O vício em pornografia pela internet já foi tema de reportagens e tem
sido estudado por muitos especialistas, devido ao grande número de pessoas indo
a consultórios para se livrar desse mal. Uma reportagem do ano 2000 da revista
“Veja”, intitulada “Viciados do sexo pedem ajuda”, alertou para a gravidade do
problema. Já naquela época, uma das pesquisas, feita nos Estados Unidos,
apontava que só naquele país havia mais de 200 mil viciados no chamado
“cybersexo”, os quais ficavam em média 25 horas por sem
ana em frente ao computador. Na ocasião, a Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana detectou o mesmo problema no Brasil, onde 16% dos internautas entrevistados disseram ficar 14 horas por semana vendo pornografia.
Essas horas consumidas na pornografia têm custado aos viciados sérios
prejuízos, como mostrou outra reportagem, esta de 2012, intitulada “Pornografia
online pode se converter em vício e destruir vida afetiva e social”. Na
matéria, o psicólogo Philip Zimbardo, da Universidade de Stanford, explica as
razões para essa dependência: “Como todo vício, esse transtorno reflete-se na
química cerebral, aumentando gradualmente os níveis de produção e absorção da
dopamina, um dos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer e
bem-estar, causando tolerância e a necessidade de estímulos cada vez mais
fortes e duradouros.”
Essa necessidade crescente de novos estímulos pode gerar consequências
ainda mais graves para os viciados, como apontou o PhD em psicologia pela
Universidade de Berkeley, Victor B. Cline em artigo publicado em 2009 no site
“Obscenity Crimes”: “Com o passar do tempo, a pessoa viciada necessitará de
material sexual mais forte, mais explícito, mais desviante, mais ‘sujo’ a fim
de conseguir sua excitação e euforia sexual”, correndo o risco de passar para
uma próxima etapa, a realização prática.
Além de psicólogos e psiquiatras, alguns grupos têm sido criados para socorrer
essas pessoas, como os Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (Dasa), que mantém
na página www.slaa.org.br uma relação dos seus grupos de apoio mundo afora,
inclusive no Brasil.
Sob o ponto de vista espírita, há ainda outros fatores que colaboram
com o vício da pornografia: o componente espiritual. Não raramente, a vontade do
encarnado no que diz respeito ao sexo desequilibrado acaba encontrando
ressonância junto a desencarnados em igual sintonia, nascendo daí relações de
simbiose fluídica, potencializando-se o problema. O desfazimento desses laços
somente se torna possível mediante nova disciplina de vida. Pensamentos
salutares, cultivo da prece, boa leitura, participação em trabalhos do bem, a
ida a palestras edificantes, o recebimento do passe magnético e da água
fluidificada são alguns procedimentos positivos nessa terapêutica.
Quem quiser saber mais a respeito, a sugestão é o livro “Educação &
Vivências” (Ed. Fráter), do Espírito Camilo, psicografado por José Raul
Teixeira. Nele, há um capítulo especialmente dedicado à “Pornografia
perturbadora”.
SERVIÇO ESPÍRITA DE
INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Março 2013
– no 2222
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