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terça-feira, 31 de maio de 2016

A Fé Ativa construindo uma Nova Era 23

Módulo/Eixo Temático: A Fé Ativa

Exortação a Perseverar na Fé

(Paulo de Tarso, in “Epístola aos Hebreus” – cap. X, itens 19 a 39)

19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,

20 Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,

21 E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,

22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,

23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.

24 E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras,

25 Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

26 Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,

27 Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.

28 Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.
29 De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?

30 Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.

31 Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

32 Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.

33 Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim foram tratados.

34 Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente.

35 Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.

36 Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.

37 Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará.

38 Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.


39 Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.
CURAS

D.Villela

Quem, aliás, conhece a natureza íntima da matéria tangível? Talvez ela seja compacta apenas no que respeita a nossos sentidos... Assim se expressava o Codificador acerca da matéria, como a observamos na Terra, na obra A Gênese, publicada em 1868, sendo que alguns anos antes, em O Livro dos Espíritos (1857), os instrutores espirituais já haviam informado que nossa matéria era formada a partir do fluido cósmico universal, material de natureza sutilíssima do qual se originam, por condensações sucessivas, todos os corpos materiais, não só em nosso plano físico mas também no mundo espiritual, não acessível à nossa percepção enquanto estamos encarnados. Tal esclarecimento antecedeu de várias décadas a conhecida afirmação de Albert Einstein, de que matéria é energia condensada ...

O corpo espiritual, ou períspirito, é constituído por essa matéria sutil e é ele que possibilita nosso acoplamento ao corpo denso que utilizamos durante nossas encarnações na Terra. Acrescentaram aqueles benfeitores que os espíritos  encarnados ou desencarnados  atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como o homem manipula os objetos materiais mas por meio do pensamento e da vontade que são, para o espírito, o que as mãos são para o homem. E era justamente esta forma de ação que possibilitava as curas, tantas vezes observadas entre nós: magnetizadores encarnados ou médiuns com a ajuda da espiritualidade direcionavam recursos curativos ao corpo espiritual de um doente, ajuda esta que, em seguida, se refletia no seu organismo, promovendo a cura da enfermidade. Benfeitores espirituais poderiam igualmente prestar tal ajuda, atuando diretamente no períspirito de um enfermo e este processo poderia verificar-se com maior ou menor rapidez, conforme as circunstâncias e as possibilidades do agente que ministrava essa ajuda.

Tendo-se em conta que a enfermidade surge em nossas vidas em função da lei de causa e efeito, sua cura, obtida com os recursos da medicina tradicional ou por intervenção fluídica, poderia, à primeira vista, parecer uma derrogação daquela lei, mas tal não ocorre.

A causalidade não tem caráter mecânico, sendo, constantemente, influenciada por tudo quanto fazemos, pensamos e sentimos, pelo que, mudanças no curso de nossas vidas são frequentes e visam sempre o nosso bem, à luz da Sabedoria e da Misericórdia Divinas, conforme esclarece o trabalhador espiritual Romeu do Amaral Camargo, no livro Seareiros de Volta (ed. FEB), psicografado por Waldo Vieira, página A lei da morte: As intercessões que partem da Altura, na lei do merecimento haurido no trabalho em favor dos outros, alteram continuamente o itinerário das existências; há miríades de mortes retardadas, inumeráveis provações substituídas, austeras expiações minoradas e milhões de golpes frustrados, sendo oportuno lembrar, por fim, que esta informação figura no próprio Evangelho, na bela síntese do apóstolo Pedro, que em sua primeira carta afirmou: O amor cobre a multidão dos pecados (I Pedro, 4: 8).


“A Gênese” (capítulo 14, itens 31 a 34).


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Dezembro 2013 – no 2231

Dos possessos

            Dos possessos  


473. Pode um Espírito momentaneamente tomar o envoltório de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e agir em lugar do que nele se acha encarnado?

-“O Espírito não entra no corpo como entrais numa casa; ele se identifica com o Espírito encarnado que tem as mesmas virtudes e os mesmos defeitos, agindo conjuntamente. É sempre, porém, o espírito encarnado que age como quer sobre a matéria que o reveste. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, porque Espírito e corpo estão ligados até o termo fixado para a existência material.”


474. Se não há possessão propriamente dita, isto é, se não há coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma encontrar-se na dependência de um outro Espírito, de maneira a ver-se por este subjugada a ponto de achar-se a sua vontade, até certo ponto, paralisada?

- “Sim. E são esses os verdadeiros possessos. Sabei, entretanto, que essa dominação jamais se processa sem a participação daquele que a sofre, seja por sua fraqueza, seja por seu desejo. Muitas vezes têm sido consideradas possessas pessoas loucas ou epilépticas, que mais necessitavam de médico do que de exorcismos.”

Na sua acepção vulgar o vocábulo possesso pressupõe a existência de demônios, isto é, uma categoria de seres, por natureza maus, e a coabitação de um desses seres com a alma no corpo de um indivíduo.

Desde porém, que não existem demônios, pelo menos neste sentido, 
e que dois Espíritos não podem, simultaneamente, ocupar o mesmo corpo, não existem possessos conforme a idéia ligada a este vocábulo.

Por possesso deve entender-se apenas a dependência absoluta em que a alma pode encontrar-se a Espíritos imperfeitos, que a subjugam.



Lição extraída do L. dos Espíritos. (Pág.179)

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Dirigentes bem orientados

Dirigentes bem orientados  


“Ninguém serve a Jesus temendo o contato com os doentes e, se o dirigente for incapaz de amar, transmitirá a insegurança e o medo. O dirigente também deve lembrar-se que a sala mediúnica não é uma classe de crianças em alfabetização, são pais e mães de família, muitos deles sofredores, levando um pouco de paz para aqueles que tanto precisam. O homem que deseja aprisionar outros homens está longe de conquistar a liberdade, porque ainda é uma presa do inimigo do Senhor - o orgulho. Acreditamos que não poucos ainda usam mal essa charrua, dando-lhe o brilho das coisas terrenas, esquecidos de que Jesus nos ensinou, pelo exemplo, a dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Portanto, amigos, devemos tomar cuidado como dirigentes de grupo mediúnico, pois se numa Casa Espírita os nossos atos são observados pelos encarnados, devemos lembrar-nos de que ainda mais o são estudados e analisados pelos que já fizeram a grande viagem.

É tão fácil saber se estamos sendo fiéis discípulos de Jesus! É só recordá-lo dizendo: “Não vos chamarei de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor, mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
( João, cap. XV, vers.15 ).

Encerramos com esta parábola de Jesus e sobre ela cada dirigente deve meditar, porque ai daquele que esconder as verdades de Deus apenas para satisfazer às suas vaidades.

Ai daqueles que abusarem do dom divino, brincando com a simplicidade e a pureza dos que desejam crer.

Ai daqueles que se vestem de cordeiro para enganar os puros e bons, apenas para se dizerem santos.

Ai daqueles que receberam do Alto a espada reluzente da verdade, mas confeccionaram para ela uma capa de ouro terreno, apenas para ostentá-la na cinta, só querendo mostrá-la para ser admirada, mantendo-a inerte, quando ela lhes foi entregue para desbravar as florestas da mentira e do egoísmo, que crescem a cada dia junto de cada homem.

Sim, irmãos, felizes os que sabem usar o dom e tudo fazem para não crescer aos olhos dos homens, mas para que Cristo cresça junto às suas obras, por uma Terra renovada.

O espírita deve lutar para não receber aplausos, empenhando-se para florescer cada vez mais a doutrina do amor, onde o fraco é aquele que se julga forte e poderoso, e o forte é aquele que já conquistou o direito de servir sem ser servido: que sabe amar, sem exigir retribuição; que perdoa infinitamente; que só luta pela concórdia dos homens; que leva a esperança onde o desespero está tomando conta; que se esquece de si pela felicidade de muitos; que morre a cada dia, lutando para viver eternamente. Estes são os trabalhadores da última hora, a quem muito devemos respeitar.


Luiz Sérgio
in O vôo mais alto, pags.51/53


Psicografia: Irene Pacheco Machado


DIANTE DO SEXO

DIANTE DO SEXO


Senhor Jesus, diante do sexo, que nos polariza as forças criativas do espírito, não nos consintas degradá-lo.

Que não nos escravizemos às paixões que nos avassalam, gerando carmas difíceis para nós mesmos...

Que preservemos a própria integridade moral, respeitando os sentimentos alheios, sem que façamos do próximo mero instrumento dos nossos caprichos enfermiços...

O prazer oriundo da carne não nos atende os anseios do espírito.

O sexo sem amor ser-nos-á causa de infinitas perturbações, das quais não nos recuperaremos, sem equilibrar os impulsos que nos atraem, fisicamente, uns para os outros.

Senhor, não nos deixes lançar a primeira pedra...

E nem tampouco ser apedrejados por aqueles que, confundindo moral com moralismo, ainda não conseguem olhar para dentro de si!
 


Pelo Espírito: Irmão José 

Do livro: Preces e Orações 

Psicografia: Carlos A. Baccelli


domingo, 29 de maio de 2016

CONHECIMENTO DO UNIVERSO

CONHECIMENTO DO UNIVERSO

D.Villela

No princípio Deus criou os céus e a terra... E Deus disse: Faça-se a luz! E a luz foi feita... foi o primeiro dia... Façam-se luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite; sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e os anos... Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir a noite, e fez também as estrelas... Deus colocou-os no firmamento para que iluminassem a Terra... foi o quarto dia... (Gênesis, capítulo 1).

A narrativa bíblica da Criação em sete dias é poética e ingênua, atribuindo ao nosso mundo um destaque todo especial, pois em função dele é que foram criados os demais corpos celestes (...para que iluminassem a Terra...), concepção essa, aliás, presente em outras cosmogonias antigas.

Dispondo apenas da visão e da inteligência, pôde o homem, ao longo do tempo, descobrir várias coisas acerca do céu, aprendendo a diferenciar estrelas e planetas e a identificar o ritmo de certos fenômenos, constatando, igualmente, a correlação entre alguns destes últimos e o que se passava na Terra.

A invenção do telescópio, no século XVII, ampliou extraordinariamente as possibilidades de observação, permitindo que se fizesse uma ideia melhor acerca das dimensões do Universo.

Surgindo no século XIX, a Doutrina Espírita pôde referir-se com segurança à grandeza do cosmo, acrescentando os benfeitores espirituais que a vida nele se acha espalhada em inumeráveis lares planetários numa exaltação à sabedoria e ao poder divinos.

Em época mais recente, o progresso científico e tecnológico incessante trouxe-nos radiotelescópios, satélites artificiais e sondas espaciais (que deixam o sistema solar) ampliando continuamente nosso conhecimento acerca do espaço sideral, cujas dimensões se estendem sempre mais e no qual agora se incluem supernovas, conglomerados de galáxias, quasares e estrelas anãs brancas. A propósito, é interessante lembrar que, habituada aos quilômetros, quilogramas e anos terrestres, nossa percepção se confunde ante as dimensões cósmicas pois, na verdade, afirmar que a massa da Terra é de 5.974.200.000.000.000.000.000.000 quilogramas ou que o diâmetro da Via Láctea mede 9.460.000.000.000 de quilômetros, não tem significado para nós, de vez que, em nossa experiência, de nada dispomos com que comparar tais medidas.

Embora a imensa maioria, ontem quanto hoje, não se preocupe com tais questões, absorvida que se acha por interesses imediatos (preocupações profissionais, competições desportivas...), a Doutrina Espírita nos convida a refletir sobre a vastidão e complexidade do cosmo, conduzindo, naturalmente, nosso espírito a meditar sobre a grandeza do Criador. O Espiritismo nos possibilita ainda compreender que, ao lado da sabedoria e do poder supremos, atua sempre o amor infinito na condução dos mundos e dos seres, entre os quais nos encontramos, na condição de filhos ainda imaturos e não conscientes quanto à paternidade divina. Esclarecem, por outro lado, os benfeitores espirituais que nessa extraordinária caminhada jamais nos encontramos sozinhos pois, conforme acentuou o apóstolo Paulo: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Jesus Cristo” (Filipenses, 4: 19).

“A Gênese” (capítulo 6).

“Por muitas sejam as tuas dores, repara o mundo em que a Divina Bondade te situa a existência e deixa que a vida te renove a esperança.
Religião dos Espíritos Emmanuel


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Julho 2014  no 2238

LIVRO É NOTÍCIA #A REENCARNAÇÃO COMO LEI BIOLÓGICA

LIVRO É NOTÍCIA

A REENCARNAÇÃO COMO LEI BIOLÓGICA

“A genética é, sem dúvida, uma das áreas da ciência que tem fornecido os mais fortes indícios que credenciam a teoria da reencarnação como hipótese científica válida. Tenho certeza de que ainda vai nos fornecer muito mais, pelo trabalho fantástico que vem sendo desenvolvido em vários países do mundo por cientistas muito mais engajados com a transformação do planeta do que imaginam” – afirma o Dr. Décio Iandoli Jr. em seu mais novo livro: “A reencarnação como lei biológica”.

O autor é médico-cirurgião, com doutorado em medicina pela Universidade Federal Paulista e autor dos livros “Fisiologia transdimensional” e “Ser médico e ser humano”. É professor titular da cadeira de Fisiologia da Universidade Santa Cecília e vice-presidente da Associação Médico-Espírita de Santos.

Movido pelas ideias e pesquisas do Dr. Hernani Guimarães Andrade, fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, cientista e pesquisador reconhecido internacionalmente, com 15 livros publicados sobre o assunto, Décio Iandoli procurou reunir alguns dos inúmeros argumentos científicos que apontam o caminho da reencarnação como lei biológica.

Abordando a dificuldade da ciência em esclarecer, através do DNA, a complexidade do ser humano, o autor afirma que “quanto mais procuramos, mais percebemos que a explicação não será encontrada na matéria física, que o paradigma materialista se mostra incompetente para avançar de maneira significativa nesses estudos.” Esgotados os recursos desenvolvidos para encontrar a “alma humana” nas substâncias químicas, os defensores do materialismo voltam-se, agora, para as proteínas. “Isto é importante – destaca – pois o fato de acreditarmos em um paradigma espiritualista, não implica abandonarmos os estudos e o conhecimento de todos os mecanismos físicos, até para que possamos identificar e delinear, de forma segura e precisa, a interface físico-etérica, pois o ponto exato da influência do espírito sobre a matéria ainda está por ser identificado, assim como os mecanismos fisiológicos transdimensionais que possibilitam essa relação. Só através de investigação rigorosa e dedicada chegaremos a entender esses mecanismos”.

“Pode-se até não concordar com o paradigma espiritualista – afirma o autor mais adiante, demonstrando a imparcialidade com que aborda o difícil tema da obra – mas rejeitá-lo como forma válida de ciência é errado. Muito do que vem sendo chamado de “pseudociência” é a nova revolução do conhecimento humano, que mais e mais se estrutura e ganha credibilidade por seus argumentos irresistivelmente racionais”.

Iniciando o livro com a temática da vida, o autor colocou, como epígrafe, uma citação de François Jacob, que marca a razão da dificuldade encontrada pelo paradigma materialista, até hoje, em definir satisfatoriamente o assunto: “É que o mais humilde organismo, a mais simples bactéria, já é uma coalizão de um imenso número de moléculas. Não há como supor que todas as partes tenham se formado independentemente no oceano primevo, tenham se encontrado por acaso, um belo dia, e, de repente, tenham se disposto num sistema de tal complexidade”.

O livro aborda, ainda, considerações sobre “Genética”, “Evolução das espécies”, “O mistério das borboletas”, “Experiência de quase-morte”, “Lembranças de vidas passadas”, “Marcas de nascença e malformações congênitas”, “Dualidade cérebro-mente”, “Intolerância” e “Para onde nos levará a reencarnação?”. Um Glossário, no final do livro, permite ao leitor a plena compreensão da terminologia técnica, indispensável na abordagem dos temas.

“A reencarnação como lei biológica” tem o formato 14x21cm, com 200 páginas e é uma publicação da FE Editora Jornalística Ltda (Av. Pedro Severino, 325 – Jabaquara – CEP 04310-060 São Paulo, SP – telefone (11) 5585-1977 – folhaespirita@uol.com.br).



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Sábado, 4/12/2004 - no 1914

OBRA DE FABIANO:

Cesar Soares dos Reis

Era um grupo de espíritas, estudiosos do Evangelho, que dispunham de um grande mestre, o Professor Pastorino. Ele conhecia cada palavra, seu valor e significado no tempo e no local em que foi pronunciada. Um sábio. Dominava muitos idiomas e conhecia os originais do Evangelho, grafados em grego koiné. Era um professor. Simples e humilde, buscava sempre a maneira mais singela e clara para explicar as coisas. Além de poliglota, conhecia profundamente física, matemática e era um músico, compositor de rara sensibilidade. Era um privilégio estudar com Pastorino. Mas um dia a Espiritualidade manifestou-se: “Vocês pensam que Evangelho é meramente para diletantismo cultural? Evangelho vivido é caridade aplicada. Isto não diz nada ao coração de vocês?” No final do ano de 1957 circula um documento convocando pessoas de boa-vontade para a criação de uma instituição voltada para o amparo a famílias em situação de miséria, principalmente crianças. A reunião de fundação aconteceu no dia 8 de janeiro de 1958, com a presença de 54 pessoas. Dentre elas, assinaram a ata de fundação do Lar Fabiano de Cristo, além de Pastorino, Alziro Zarur, Chico Xavier, Jorge Andréa, Divaldo Pereira Franco, Jaime Rolemberg de Lima, Luiz Goulart, uma plêiade de trabalhadores do bem, alguns deles encarnados até hoje, todos deixando luminoso rastro de luz para um mundo melhor.

Os pioneiros sabiam que a obra de amor teria que ser uma obra de educação. Os amigos espirituais ensinavam: “Assistir é educar. Educar é orientar na direção do bem”. Educação exige fixação de bons hábitos, substituição de antigos padrões de comportamento por outra maneira de ser. Envolve questões materiais, sociais, morais, espirituais. Educar exige constância de propósitos e de ações. Não basta oferecer uma cesta de alimentos por mês, uma lição bonita aqui ou ali, uma festinha, um presente de Natal. São, todas, iniciativas meritórias, respeitáveis, necessárias mas insuficientes quando se pretende educar. Educar exige pessoas que eduquem, sobretudo pelo exemplo. Que, além de amor, dominem determinadas técnicas. No caso de pessoas em situação de miséria, educar exige estrutura, pedagogos, médicos, dentistas, assistentes sociais, técnicos, auxiliares de múltiplas atividades e habilitações. Exige um espaço adequado, limpo e arrumado, alimentação balanceada, despesas continuadas com água, energia elétrica, telefones, salários, tributos. Os pioneiros não eram endinheirados. Ao contrário. Médicos, funcionários, militares, professores, bancários, viviam todos na modéstia natural da classe média. Alguns tinham por certo dificuldades acima do comum. Mas tinham também o ideal, a crença, a disposição, o amor. Por isso, dois anos e meio depois do Lar Fabiano de Cristo, surgiu a Caixa de Pecúlio Mauá (Capema). O coronel Rolemberg, quando serviu em Porto Alegre, conheceu o trabalho do Grupo Espírita Amigo Germano. Os companheiros mantinham oficinas para profissionalizar os necessitados. Os associados depositavam quotas de poupança na conta do grupo. Eles administravam o dinheiro, fazendo investimentos e empréstimos. As comissões eram transferidas para a manutenção das oficinas. Foi esta a ideia que fez surgir a nossa mantenedora. Uma caixa de pecúlios em que os participantes recolhem uma importância mensal que é investida segundo orientações e controle governamental. Em cada plano de previdência há uma parcela para a sustentação da
obra filantrópica. Na verdade, é a mesma ideia dos primórdios, guardadas as diferenças determinadas pela legislação. Estatutariamente a CAPEMI (Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios-Beneficente) – o nome foi mudado ainda na década de 60 – reserva uma parcela do que arrecada com a venda dos planos para a obra de amor nascida em 1958. A CAPEMI é, talvez, a única empresa que nasceu dentro de uma obra social que no início tinha um departamento de previdência. Hoje, a empresa de previdência tem um departamento social. Enquanto as empresas despontam nos dias atuais para o social, a CAPEMI, fundada para atender a esta finalidade, já o faz há mais de 40 anos.

Em 1971 a preocupação com os idosos levou à fundação da Casa do Velho, Assistencial e Divulgadora (Cavadi). Especializada no atendimento aos idosos, também recebe comissões referentes a anúncios e publicidade, publicações em jornais, revistas, rádio, televisão, para ajudar a manter o trabalho.

Buscando a gestão integrada dos serviços de assistência, foi criado, em 2001, o Instituto Capemi de Ação Social, porque, à medida em que a CAPEMI firmou-se no mercado, nas décadas de 70, 80 e 90, muitas instituições procuraram adotar o modelo de assistência do Lar, buscando também recursos através de convênios. Nosso público é formado por famílias que vivem abaixo da linha de pobreza, crianças temporariamente afastadas do convívio familiar, órfãos, idosos carentes e, atualmente, amparamos a um número considerável de pessoas com necessidades especiais em 59 unidades próprias e 179 convênios. Fazemos uma programação para cada família amparada, a partir do estudo das causas que produzem as situações de miséria. Atuamos nas questões materiais, socioafetivas, morais e espirituais. Nossa experiência mostra que, em cerca de cinco anos, uma família passa a viver com dignidade.

Alguns números dizem da magnitude do trabalho do Lar: 86 mil pessoas beneficiadas na área da saúde, além das campanhas de pediculose, escabiose, fluoretação, desnutrição, que envolveram a cerca de 62 mil pessoas. Doze mil crianças tiveram acesso aos subprogramas de Educação Infantil e Desenvolvimento criativo e Apoio Escolar. Foram distribuídas neste ano 48 mil bolsas de alimentos, cerca de 3 milhões de refeições e 6 milhões de lanches e cafés da manhã. Foram realizadas quase 17 mil visitas domiciliares além de entrevistas com quase 30 mil pessoas. O total de amparados pelo programa filantrópico é de cerca de 100 mil pessoas. A CAPEMI manteve esta programação com mais de 27 milhões de reais, um dos maiores orçamentos filantrópicos do país. Pela sua credibilidade o Lar Fabiano é Órgão de Educação Básica da Unesco, premiado nacionalmente e tem apresentado seu modelo em outros países do mundo.

O sonho dos pioneiros está em execução.  As diretrizes do mundo maior estão se concretizando e já são realidade. A Obra de Fabiano, conforme nos foi dito pela Espiritualidade, é um modelo para os tempos novos: de um lado a mão que arrecada; de outro, a mão que distribui. Um só coração, um só sentimento que reúne mais de 3 mil funcionários, voluntários, estagiários, parceiros que, de fato, se integram nesta grande aliança por um mundo melhor.


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Sábado, 1/1/2005 - no 1918


IGUALDADE

IGUALDADE

D. Villela



Nas civilizações antigas, com raras exceções, era de subalternidade a posição da mulher, o que, naturalmente, refletia-se na prática religiosa, definida e dirigida basicamente por homens. Isto ocorria também na sociedade patriarcal judaica em cujo seio surgiu o Cristianismo, que assimilou essa característica e a conservou por muitos séculos, sendo o elemento feminino admitido ao sacerdócio ou ao pastoreio apenas em época recente. Até então seu papel era passivo como frequentadoras dos templos ou até religiosas pertencentes a alguma ordem monástica, sem qualquer influência, contudo, nas questões doutrinárias e administrativas, não podendo igualmente celebrar cultos ou ministrar sacramentos. Deve-se assinalar, por outro lado, que esta não foi a atitude dos primeiros cristãos que, a exemplo de Jesus, não faziam distinções neste campo conforme se pode observar nas cartas de Paulo que mencionam, várias vezes, homens e mulheres atuando em igualdade de condições naqueles núcleos iniciais do trabalho cristão.

Chamou-se feminismo o movimento surgido na Europa com o objetivo de conquistar a equiparação dos direitos políticos e sociais de ambos os sexos. Como é compreensível, não constituiu ele uma corrente uniforme, tendo as discriminações e abusos então apontados recebido interpretações e propostas de solução diferentes, sendo mesmo, por vezes, cometidos alguns excessos (alinhar o feminismo aos modelos e valores masculinos, sem uma alternativa própria), posteriormente abandonados. Vale lembrar que as primeiras manifestações nesse sentido surgiram ainda no final do século XVIII e se intensificaram ao longo do século XIX, quando se concentraram na questão do voto feminino, conseguido somente na primeira metade do século XX. A plena igualdade ante as leis acha-se atualmente consagrada em grande número de países fazendo parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada em 1948 pela ONU. A posição inferior da mulher per persiste em algumas regiões por efeito da ignorância e de tradições retrógradas, sendo pouco a pouco modificada pelo progresso.

A propósito desse tema, assim se expressaram os orientadores espirituais em nossa obra básica: “A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria.

Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos”.

É oportuno lembrar, a propósito, que o próprio Codificador tinha essa opinião, que apresentou várias vezes nas páginas da “Revista Espírita”.

O movimento espírita, por isso, desde o começo, contou sempre com a participação de mulheres em todos os seus campos de atividade, inclusive nos postos de direção.


“O Livro dos Espíritos” (817 a 822).



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Sábado, 4/12/2004 - no 1914


Estudo 67 O LIVRO DOS MÉDIUNS SEGUNDA MÉDIUNS ESPECIAIS PARTE DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS CAPITULO XVI Item 189 Variedades especiais para os efeitos físicos – Médiuns noturnos e médiuns pneumatógrafos

 O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPITULO XVI

MÉDIUNS ESPECIAIS

Estudo 67 - Item 189 Variedades especiais para os efeitos físicos – Médiuns noturnos e médiuns pneumatógrafos

Médiuns noturnosos que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos. Esta é a resposta que dada pelo Espírito Erasto sobre a possibilidade de se considerar esses médiuns como uma variedade: 

"Certamente se pode fazer disso uma especialidade, mas esse fenômeno é devido mais às condições ambientes do que à natureza do médium, ou dos Espíritos. Devo acrescentar que alguns escapam a essa influência do meio e que os médiuns noturnos, em sua maioria, poderiam chegar, pelo exercício, a operar tão bem no claro, quanto na obscuridade. 

É pouco numerosa esta espécie de médiuns. É, cumpre dizê-lo, graças a essa condição, que oferece plena liberdade ao emprego dos truques da ventriloquia e dos tubos acústicos é que os charlatães abusam muito da credulidade, fazendo-se passar por médiuns, a fim de ganharem dinheiro. Mas, que importa? Os farsantes de gabinete como os da praça pública serão cruelmente desmascarados e os Espíritos lhes provarão que andam mal, imiscuindo-se na obra deles. Repito: alguns charlatães receberão, de modo bastante rude, o castigo que os desgostará do oficio de falsos médiuns. Aliás, tudo isso pouco durará." - ERASTO.

Médiuns pneumatógrafos os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros. Consiste em se colocar uma folha de papel dobrada em qualquer lugar ou em local indicado pelo Espírito, durante dez minutos, um quarto de hora ou mais. A prece e o recolhimento são essenciais. Numa reunião de pessoas pouco sérias ou curiosas simplesmente nada se obterá e é muito fácil de ser usada por trapaceiros.

Não confundir com médium escrevente ou psicógrafo.

Recordando o estudo do capítulo XIV  Médiuns pneumatógrafos:

Pneumatografia - (Do grego - pneuma - ar, sopro, vento, espírito, e graphô, escrevo.) - Escrita direta dos Espíritos, sem o auxílio da mão de um médium.

O fenômeno da escrita direta é, indiscutivelmente, um dos mais extraordinários do Espiritismo. Mas, por mais estranho que pareça, constitui hoje fato averiguado e incontestável. Se a teoria é necessária para a compreensão dos fenômenos espíritas em geral, talvez mais necessária ainda se faz neste caso que, sem contestação, é um dos mais estranhos que se possam apresentar, porém que deixa de parecer sobrenatural, desde que se lhe compreenda o princípio. 

Em nota à questão 189, Allan Kardec esclarece que: “(...) Os Espíritos insistiram, contra a nossa opinião, em incluir a escrita direta entre os fenômenos de ordem física, pela razão, disseram eles, de que:” Os efeitos inteligentes são aqueles para cuja produção o Espírito se serve dos materiais existentes no cérebro do médium, o que não se dá na escrita direta. A ação do médium é aqui toda material, ao passo que no médium escrevente, ainda que completamente mecânico, o cérebro desempenha sempre um papel ativo.”.

 Dá-se este nome aos médiuns que têm aptidão para obter a escrita direta, o que não é possível a todos os médiuns escreventes (psicógrafos). Esta faculdade, até agora, se mostra muito rara.

Bibliografia:


KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVI - 2ª Parte – item 189 e item177


BIGHETTI, Leda Marques – Educação Mediúnica “Teoria e Prática” 1º volume: 1.ed Ribeirão Preto: BELE, 2005 – pág 164 e 165
         

Tereza Cristina D'Alessandro
Junho / 2007


Centro Espírita Batuíra
cebatuira@cebatuira.org.br


Ribeirão Preto - SP

FATALIDADE OU LIVRE-ARBÍTRIO: QUAL ESTÁ NO COMANDO?

FATALIDADE OU LIVRE-ARBÍTRIO: QUAL ESTÁ NO COMANDO?



George Abreu de Sousa

Vive-se no meio de variadas atribulações e com certa frequência surge um novo espinho trazendo o sofrimento. Nessa hora, o espírita pergunta: “Essa situação já estaria pré-determinada?”

Para responder, precisa-se distinguir o sofrimento físico do sofrimento moral.

O mundo físico é o corpo, a família, a pátria, as condições socioeconômicas básicas que acompanham o ser enquanto ainda não puder tomar as suas decisões. O mundo moral é aquele do livre-arbítrio, da decisão, do pensamento e das ações.

Então, a resposta será, sendo o sofrimento físico, pode, sim, ter sido pré-determinado. É o que se costuma chamar de fatalidade. Em se tratando de sofrimento de natureza moral, não existe nenhum destino previamente formatado.

Nem pensar em dizer que uma pessoa é mal humorada ou desonesta porque o destino assim quis. Ocorre que ela não faz o suficiente para mudar, sua vontade é pouca. Se quisesse, ela conseguiria se modificar. Nesse mundo de provas, as fraquezas da alma estão sempre em jogo, enfrentando muitos arrastamentos para os vícios, mas com algum esforço, e boas escolhas, toda má inclinação pode ser superada.

A mente toma diversas decisões, do tipo: faço ou não faço? Aceito ou não aceito? E até mesmo do tipo: sofro ou não sofro? O espírito sempre decide, para o seu bem ou para o seu mal.

Nas decisões, um bom espírito pode ajudar a fortalecer o desejo de superação, inspirando coragem, enquanto um espírito atrasado pode atuar exagerando a dificuldade, tornando o problema algo insuperável, fazendo aos olhos da vítima, tudo parecer muito pior do que realmente é.

Quando uma pessoa tem uma deficiência física este fato não depende mais da sua decisão, pois a causa vem do passado, o efeito é que está no presente.

As escolhas feitas pelo espírito criam um caminho, certo destino, que chamamos de fatalidade.

A pessoa que afetou seu próprio corpo espiritual no passado, por ter ofendido as leis naturais, gravadas na sua consciência, provoca, ao renascer na matéria, uma modificação involuntária do seu corpo físico. É bem verdade que ela também pode ter pedido para nascer com determinada deficiência, ou mesmo ter solicitado que algo lhe acontecesse no transcorrer da vida física com um fim útil qualquer. O propósito de uma deformação física mais severa é sempre o de resgatar compromissos do passado. De um modo ou de outro, as anomalias físicas têm origem no livre-arbítrio do próprio Espírito.

Um exemplo de fatalidade: uma criança que nasça com algum problema. A sua deficiência é um efeito resultante de uma causa passada, e essa causa veio das escolhas que esse espírito fez utilizando-se da sua liberdade de decisão. Essa criança não nasce com problemas físicos porque algo “deu errado” na gestação ou no parto. Não, esse espírito já viria a nascer com problemas físicos, resultado de uma causa pretérita e geradora do problema atual.

Mesmo quando acontece uma negligência de um profissional ou da organização do hospital, ainda assim não há surpresa para os mensageiros responsáveis pelo processo da reencarnação. Só nasce com problema o espírito que estava previsto assim nascer. Caso contrário, a falha humana ali ocorrida será compensada pelo mundo espírita. Não nasce com problemas quem não deveria assim nascer. Nada “sai errado” para o planejamento espiritual.

Outro exemplo: uma futura mãe, ao usar drogas, cria uma circunstância adversa ao processo reencarnatório. Um espírito que já deveria nascer com deficiência orgânica poderá ser conduzido àquela mãe. Entretanto, se forem diferentes os objetivos espirituais, seu filho nascerá sadio. No comando não está uma mãe irresponsável, mas os responsáveis pelo desenvolvimento das criaturas na Terra.

É comum a fatalidade ser compreendida como algo ruim, mas não necessariamente o destino é algo ruim, é apenas um destino, algo que seria fatal que viesse a acontecer.

Por exemplo: para um futuro atleta, que tem no seu destino atuar, com êxito, no mundo do futebol, será fatal que seu corpo venha com os requisitos necessários que lhe possibilitarão tornar-se esse grande atleta. Próximo do objetivo a que seu destino lhe ajudou a chegar, vem o mundo moral, totalmente indefinido, e esse atleta se entrega aos excessos, e aí as consequências começam a traçar um novo rumo. Observe que era fatal que o seu físico viesse apropriado ao que iria executar, mas suas decisões são soberanas, capazes de mudar o curso de sua vida, de alterar seu destino.

Por essa razão, os Espíritos da Codificação concluem na questão 853 de “O Livro dos Espíritos” que fatal mesmo só o instante da morte. Ensinam que o livre¬-arbítrio é tão poderoso que pode mudar acontecimentos pré-determinados, até diante da morte. Quando soa a sua chamada, é necessário curvar-se a essa força irresistível.

Sabe-se que a hora da morte pode ser antecipada por decisão da própria criatura. É o livre-arbítrio, com seu poder, atuando sobre a mais fatal das fatalidades. Uma pessoa pode antecipar sua partida do invólucro físico, devido às suas decisões imprudentes, pelos seus vícios, pelo rumo que dá à vida, sem respeito à Lei de Conservação, patrimônio do seu inconsciente. O poder da liberdade de escolha é tão respeitado nesse Universo que mesmo a morte se curva diante daquele que decide morrer mais cedo. Pode também, no entanto, por algum motivo importante, receber uma moratória e estender seu período de vida na Terra.

Concluímos, portanto, que o espírito participa ativamente do seu destino, seja por ter acertado ou ter errado no pretérito, seja pelas decisões que tomou na vida espírita, antes da reencarnação, seja pelas decisões que vem tomando no decorrer da atual existência.

O livre-arbítrio proporcionará ao espírito a construção da sua felicidade ou fatalmente lhe aprisionará nas consequências dos seus atos equivocados.

É escolher.


SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
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Dezembro 2012 – no 2219

DIANTE DO ELOGIO

DIANTE DO ELOGIO


Diante do elogio, Senhor, não nos permitas delirar, perdendo a exata noção do que somos.

Que as palavras elogiosas que nos ecoam aos ouvidos se nos convertam em incentivo ao trabalho.

A quem cumpre o dever, deve bastar a paz de consciência.

Quando não estamos preparados para recebê-lo, o elogio é um hipnótico que nos paralisa as forças do espírito.

Mil vezes preferível a crítica que nos induz a esforços de auto-superação do que o elogio que nos faz supor que já podemos cruzar os braços...

Mestre, o elogio não passa de excessiva generosidade dos amigos que, com certeza, pretendem nos elevar a auto-estima; não nos deixes interpretá-lo de modo diferente.

Se de ninguém escutaste na Terra uma palavra de apoio e encorajamento na obra do Evangelho, por que haveríamos de contar com o aplauso e o reconhecimento do mundo em nosso insignificante labor?...


Pelo Espírito: Irmão José 

Do livro: Preces e Orações 

Psicografia: Carlos A. Baccelli


43ª Oração Diária - WebTV Nova Luz


sábado, 28 de maio de 2016

ETERNO É O AMOR

ETERNO É O AMOR

Giovanni Scognamillo


Após a experiência dolorosa da partida do filho Daniel, Liszt, o grande músico, imprime novo rumo no conceito de interpretar a vida e passa a compor páginas musicais que traduzem, sem palavras articuladas, o que ia por dentro de sua alma, como se pode notar no poema sinfônico “Os mortos”, feito em memória do filho. “Era um apreciador de minha música e me rendia elogios afetivos, e não o fará menos agora que se encontra no reino dos eterizados” – afirmou ele. E diante desta exclamação, ou confissão, aumenta-nos a certeza de que Liszt não aceitava a morte como um ponto final da vida. E confiante prossegue: “Não se apregoa que eterno é o amor? Ora, sinto-me envolvido por esse amor, e é melhor assim” – isso dizia referindo-se às vibrações de afeto que recebia, emitidas, sem dúvida, pelo Espírito Daniel. Afinal, ensinam-nos os benfeitores espirituais que o amor e a afinidade não se rompem, não se desfazem pelo simples fato da pessoa amada se encontrar, por força da desencarnação, no mundo dos Espíritos.

Nesta fase crucial da existência, o compositor recebeu integral apoio moral e orientação espiritual do Abade Lammenais, do escritor e jornalista Henry Heine e da escritora George Sand, e estes são tidos e reconhecidos como expoentes, em seus campos de atuação.

Fácil, pois, imaginar o quanto de sofrimento se abateu sobre o músico-filósofo, uma alma sensível, sob os golpes da separação física e sem nada poder fazer para sustar a morte inevitável do ente amado.

Fosse nos dias de hoje, por certo, uma alma caridosa enviaria ao pai lamentoso a consoladora quanto esclarecedora página ditada por Emmanuel através do médium Chico Xavier, e que se encontra no capítulo 58 do livro “Religião dos Espíritos”, editado pela Federação Espírita Brasileira, mensagem esta intitulada “Ante os que partiram”.

Refugiando-se nas preces, Liszt enaltece o poder dessa comunhão com Deus, e confessa aos amigos a ação terapêutica e confortadora que vinha recebendo como resposta aos apelos lançados para o Mais Alto. Inegável avanço fez ele, e as percepções psíquicas se ampliaram, tornando-o mais sensível à inspiração. Algumas vezes o sofrimento moral se faz necessário como impulsionador até mesmo das faculdades psíquicas diante da resistência que alguns oferecem quando chamados ao trabalho na seara de Jesus através do concurso da mediunidade.

Surgem as dificuldades, despontam os problemas para despertar a criatura ante o quadro de serviço a ser realizado.

Vale reproduzir as alentadoras palavras de Franz Liszt e que tomamos como depoimento de quem sabia orar e a quem dirigir seus pedidos. Vamos usar o texto no singular conforme a fonte consultada e com atitude de confidentes ouvir o seu testemunho:

“Somente a oração me alivia. Estou moralmente triste, mas Deus me tem dado forças para superar esta crise e a Luz da Sua misericórdia brilhará nas trevas em que me debato. Ora, o que digo? Os efeitos dessa misericórdia já se fazem sentir, afinal clamei tanto por ela e por ela fui socorrido”.

Temos aqui uma mensagem de fé, de esperança e um estímulo para não esmorecermos ante os problemas e dificuldades, pois, lá do Mais Alto, os anjos protetores estão sempre dispostos a mobilizar recursos de auxílio quando os acionamos através desse ato tão simples, dessa atitude tão positiva e que tanto enleva os corações em provas: a prece. Pela oração, sincera, munida de fé e resignação, movimentamos energias imponderáveis a nosso favor ou de nossos semelhantes. Os céus sempre responderam aos nossos apelos e Deus não se cansa no atendimento aos Seus filhos em trânsito por este mundo de expiações e provas.

Acompanhando as andanças do músico-filósofo veremos como ele reage a uma homenagem que lhe é prestada e, ainda, a sua surpresa quando lhe aparece o Espírito do filho Daniel.



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Sábado, 27/11/2004 - no 1913