Conversão
Devemos forçar nossa família a ser Espírita?
Não. É preciso que nos tornemos uma carta viva da doutrina de
Jesus para que os familiares, mesmo não desejando tê-la, apreciem as regras
doutrinárias dos nossos atos. O mal de alguns espíritas é deixar que a família
desrespeite a Doutrina. Os filhos pedem aos
pais espíritas que por intermédio dos espíritos, passem no vestibular, arrumem empregos, comprem propriedades, e alguns pais levam os pedidos até o Centro. Se os filhos são atendidos, estes nem se lembram de agradecer. Isso só ocorre porque os pais julgam que com estes atos milagrosos os filhos aprendem a gostar da Doutrina dos Espíritos.
pais espíritas que por intermédio dos espíritos, passem no vestibular, arrumem empregos, comprem propriedades, e alguns pais levam os pedidos até o Centro. Se os filhos são atendidos, estes nem se lembram de agradecer. Isso só ocorre porque os pais julgam que com estes atos milagrosos os filhos aprendem a gostar da Doutrina dos Espíritos.
Não é assim, meus irmãos, o que é necessário é que os pais façam seus filhos respeitarem
o que eles, os pais, escolheram
como sustentáculo de fé.
Se a família não desejar participar do culto cristão no lar, que eles o façam sozinhos, mas
com dignidade e amor. "Não
jogueis pérolas aos porcos" – disse Jesus.
Portanto, se o espírita tentar falar dos espíritos, dos passes,
do Evangelho, para quem não desejar ouvir, estará desrespeitando o Mestre e se
sentirá infeliz.
Se a família já fez a escolha – são os bens materiais que ocupam suas horas – o bom espírita
não deve barrar seus passos, mas
deixar que a vida mostre a verdade, se não for nesta encarnação, será na outra.
Todavia, ser enganado pela família, ou ser o porta voz dos espíritos e dos
familiares, é situação
constrangedora. O verdadeiro espírita precisa
respeitar para ser respeitado.
Não adianta desejar salvar a família se ela ainda é fraca na fé,
no amor e na caridade. Diante da dor, posicionar-se
para encará-la de frente e não correr, tentando driblá-la. É preciso
enfrentá-la com a
arma da fé, e a dor passará, como passa cada minuto da nossa vida.
arma da fé, e a dor passará, como passa cada minuto da nossa vida.
O espírita que se julga isento da dor ainda não se conscientizou
do valor da Doutrina que abraçou.
Aí está o perigo do fanatismo. A Codificação é o alicerce de um espírita. Sem estudo e
prática, nós não desfrutaremos das belezas doutrinárias, repetindo o passado,
quando visitávamos os templos apenas para cumprir tarefas religiosas, e não
para nos tornarmos verdadeiros seguidores de Jesus.
É junto aos doentes que
se encontra a sabatina da vida. É ainda junto a
eles que nos será cobrado o comportamento doutrinário.
Podemos não comer carne, mas
respeitar aqueles que com elas se
deliciam: não ingerir álcool, mas não nos tornamos desagradáveis diante dos
seus consumidores. Podemos ser espíritas, sem medo do ridículo; contudo,
recordando sempre que Jesus, que viveu com o pecado, jamais pecou. Não
queiramos converter uma família que
não respeita a nossa crença apenas porque estamos transmitindo mal aquilo que a
Doutrina nos ensina. Nada é mais desagradável do que alguém falando sem cessar de espíritos e mediunidade,
do que acontece em um centro
espírita para quem não quer e nem
deseja ouvir.
Luiz Sérgio in “Driblando a Dor”
Psicografia: Irene Pacheco Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário