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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Dirigentes bem orientados

Dirigentes bem orientados  


“Ninguém serve a Jesus temendo o contato com os doentes e, se o dirigente for incapaz de amar, transmitirá a insegurança e o medo. O dirigente também deve lembrar-se que a sala mediúnica não é uma classe de crianças em alfabetização, são pais e mães de família, muitos deles sofredores, levando um pouco de paz para aqueles que tanto precisam. O homem que deseja aprisionar outros homens está longe de conquistar a liberdade, porque ainda é uma presa do inimigo do Senhor - o orgulho. Acreditamos que não poucos ainda usam mal essa charrua, dando-lhe o brilho das coisas terrenas, esquecidos de que Jesus nos ensinou, pelo exemplo, a dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Portanto, amigos, devemos tomar cuidado como dirigentes de grupo mediúnico, pois se numa Casa Espírita os nossos atos são observados pelos encarnados, devemos lembrar-nos de que ainda mais o são estudados e analisados pelos que já fizeram a grande viagem.

É tão fácil saber se estamos sendo fiéis discípulos de Jesus! É só recordá-lo dizendo: “Não vos chamarei de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor, mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
( João, cap. XV, vers.15 ).

Encerramos com esta parábola de Jesus e sobre ela cada dirigente deve meditar, porque ai daquele que esconder as verdades de Deus apenas para satisfazer às suas vaidades.

Ai daqueles que abusarem do dom divino, brincando com a simplicidade e a pureza dos que desejam crer.

Ai daqueles que se vestem de cordeiro para enganar os puros e bons, apenas para se dizerem santos.

Ai daqueles que receberam do Alto a espada reluzente da verdade, mas confeccionaram para ela uma capa de ouro terreno, apenas para ostentá-la na cinta, só querendo mostrá-la para ser admirada, mantendo-a inerte, quando ela lhes foi entregue para desbravar as florestas da mentira e do egoísmo, que crescem a cada dia junto de cada homem.

Sim, irmãos, felizes os que sabem usar o dom e tudo fazem para não crescer aos olhos dos homens, mas para que Cristo cresça junto às suas obras, por uma Terra renovada.

O espírita deve lutar para não receber aplausos, empenhando-se para florescer cada vez mais a doutrina do amor, onde o fraco é aquele que se julga forte e poderoso, e o forte é aquele que já conquistou o direito de servir sem ser servido: que sabe amar, sem exigir retribuição; que perdoa infinitamente; que só luta pela concórdia dos homens; que leva a esperança onde o desespero está tomando conta; que se esquece de si pela felicidade de muitos; que morre a cada dia, lutando para viver eternamente. Estes são os trabalhadores da última hora, a quem muito devemos respeitar.


Luiz Sérgio
in O vôo mais alto, pags.51/53


Psicografia: Irene Pacheco Machado


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