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quinta-feira, 30 de junho de 2016

LIVRO É NOTÍCIA #ALLAN KARDEC - A EPOPÉIA DE UMA VID

*LIVRO É NOTÍCIA*

_*ALLAN KARDEC - A EPOPEIA DE UMA VIDA*_

E nesse roteiro de homenagens, vale destacar também as mensagens sobre o Codificador vindas do Mais Alto, em outras oportunidades, como a grafada por Humberto de Campos no livro Histórias e anotações, psicografado pelo saudoso Chico Xavier, e cujo título não poderia ser mais apropriado, Kardec, obrigado!:

Kardec, enquanto recebes as homenagens do mundo, pedimos vênia para associar nosso preito singelo de amor aos cânticos de reconhecimento que te exalçam a obra gigantesca nos domínios da libertação espiritual.

Não nos referimos aqui ao professor emérito que foste, mas ao discípulo de Jesus que possibilitou o levantamento das bases do Espiritismo Cristão, cuja estrutura desafia a passagem do tempo.

Falem outros dos títulos de cultura que te exornavam a personalidade, do prestígio que desfrutavas na esfera da inteligência, do brilho de tua presença nos fastos sociais, da glória que te ilustrava o nome, de vez que todas as referências à tua dignidade pessoal nunca dirão integralmente o exato valor de teus créditos humanos.

Reportar-nos-emos ao amigo fiel do Cristo e da Humanidade, em agradecimento pela coragem e abnegação com que te esqueceste para entregar ao mundo a mensagem da Espiritualidade Superior. E, rememorando o clima de inquietações e dificuldades em que, a fim de reacender a luz do Evangelho, superaste injúria e sarcasmo, perseguição e calúnia, desejamos expressar-te o carinho e a gratidão de quantos edificaste para a fé na imortalidade e na sabedoria da vida.

O Senhor te engrandeça por todos aqueles que emancipaste das trevas e te faça bendito pelos que se renovaram perante o destino à força de teu verbo e de teu exemplo!...

Diante de ti, enfileiram-se, agradecidos e reverentes, os que arrebataste à loucura e ao suicídio com o facho da esperança; os que arrancaste ao labirinto da obsessão com o esclarecimento salvador; os pais desditosos que se viram atormentados por filhos insensíveis e delinquentes, e os filhos agoniados que se encontraram na vala da frustração e do abandono pela irresponsabilidade dos pais em desequilíbrio e que foram reajustados por teus ensinamentos, em torno da reencarnação; os que renasceram em dolorosos conflitos da alma e se reconheceram, por isso, esmagados de angústia nas brenhas da provação, e os quais livraste da demência, apontando-lhes as vidas sucessivas; os que se acharam arrasados de pranto, tateando a lousa na procura dos entes queridos que a morte lhes furtou dos braços ansiosos, e aos quais abriste os horizontes da sobrevivência, insuflando-lhes renovação e paz, na contemplação do futuro; os que soergueste do chão pantanoso do tédio e do desalento, conferindo-lhes, de novo, o anseio de trabalhar e a alegria de viver; os que aprenderam contigo o perdão das ofensas e abençoaram, em prece, aqueles mesmos companheiros da Humanidade que lhes apunhalaram o espírito, a golpes de insulto e de ingratidão; os que te ouviram a palavra fraterna e aceitaram com humildade a injúria e a dor por instrumento de redenção; e os que desencarnaram incompreendidos ou acusados sem crime, abraçando-te as páginas consoladoras que molharam com as próprias lágrimas...

Todos nós, os que levantaste do pó da inutilidade ou do fel do desencanto para as bênçãos da vida, estamos também diante de ti!... E, identificando-nos na condição dos teus mais apagados admiradores e com os últimos dos teus mais pobres amigos, comovidamente, em tua festa, nós te rogamos permissão para dizer: - Kardec, obrigado!...

Muito obrigado!...

Neste ano, em que os espíritas de todo o mundo comemoram o bicentenário de nascimento de Allan Kardec, ouve-se muito falar em seu nome, a partir do qual foram criados neologismos os mais variados. Até um verbo, de autoria do respeitável Bezerra de Menezes, quando convocou os espíritas a kardequizar, isto é, a estudarem, com profundidade, as obras do Codificador. Não basta ir ao Centro, ouvir palestras, tomar passe e água fluidificada, sem conhecer os fundamentos da Doutrina, que explica o quem somos, de onde viemos e para onde vamos, a razão de ser da vida e a ligação da criatura com o Criador.

Além da obra, constituída pelos livros básicos da Doutrina Espírita  O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese  é importante conhecer outros livros de autoria de Kardec, que complementam o seu trabalho, todos traduzidos e editados em português.

Finalmente, conhecer a vida de Hippolyte Léon Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec, antigo sacerdote druida que fora, em sua encarnação entre os celtas da Gália, é uma forma também de participar das homenagens ao Codificador. Dentre as inúmeras obras que tratam da biografia de Kardec, foi editado, recentemente, o livro Allan Kardec  A epopeia de uma vida, de autoria de Demóstenes Jesus de L. Pontes, estudioso da Doutrina, atuante nos Centros Espíritas em Belém (PA), onde faz palestras e desenvolve atividades mediúnicas no campo da psicofonia e psicografia.

Escrito em forma simples e didática, o livro proporciona, inicialmente, conhecimentos históricos desde o mediunismo tribal, focaliza as figuras dos precursores do denominado Moderno Espiritualismo, abordando, em seguida, as mesas girantes, proporcionando, assim, ao leitor, uma visão geral da fenomenologia mediúnica.

Em seguida, o autor passa a relatar os dados biográficos de Rivail, sua terra natal, a formação escolar em Lyon, na França, e em Yverdon, na Suíça, sob a orientação de Pestalozzi. Aponta os primeiros contatos com o magnetismo e as controvérsias sobre sua formação em medicina, mostrando sua atuação como educador e autor de obras pedagógicas. Situa ainda, Demóstenes Pontes, a personalidade de Rivail no ambiente cultural, científico e econômico do século XIX, os primeiros contatos com os fatos espíritas e o desenvolvimento de seus estudos sobre a fenomenologia que passou a conhecer. Descreve, com detalhes, a primeira revelação espiritual de sua missão como Codificador da Doutrina Espírita, o lançamento do Livro dos Espíritos e as repercussões favoráveis da obra.

Seguem-se, as lutas de Kardec para implantar o Espiritismo, os trabalhos da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que fundou, o episódio do Auto-de-Fé das obras espíritas em Barcelona, descrito em detalhes, as Viagens Doutrinárias a outras localidades da França, à Bélgica e Suíça, testemunhando o desenvolvimento da Doutrina naqueles países, onde foi alvo de diversas homenagens.

Focaliza, também, as demais obras espíritas de Allan Kardec  a Revista Espírita; O que é o Espiritismo; Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo, publicado posteriormente com o título definitivo de O Evangelho segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno; A Gênese  os milagres e as predições segundo o Espiritismo; O Espiritismo na sua expressão mais simples; Coletânea de preces; Coletânea de poesias; Caracteres da revelação espírita, que faz parte da introdução da obra A Gênese; e Obras Póstumas, livro publicado 21 anos depois de sua desencarnação.

Sobre cada um dos livros apontados, o autor faz um pequeno resumo, possibilitando uma visão geral das obras kardequianas.

Finalmente é focalizada a luta de Kardec contra a doença cardíaca que culminou com o rompimento de um aneurisma fulminante. Descreve o enterro, atravessando os grandes bulevares de Paris para finalizar no Cemitério de Montmartre, acompanhado por uma multidão de amigos e adeptos da Doutrina. Discursaram, em sua homenagem, o vice-presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sr. Levant, Camille Flammarion, Alexandre Delanne e o sr. E. Muller. Concluindo a obra, o autor tece comentários sobre os rumos contemporâneos da Revelação Espírita, e sua expansão na Europa, nas Américas e, principalmente, no Brasil, dando continuidade à Revelação Cristã.
Allan Kardec  A epopeia de uma vida é uma publicação da CEAC Editora, que atende a pedidos de todas as partes. Endereço: Rua Sete de Setembro, 8-56  CEP 17015-031 Bauru, SP  telefax (14) 3227-0618  www.ceac.org.br e editoraceac@ceac.org.br


Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 2/10/2004 - no 1905

01 - OS PRIMEIROS PASSOS

01 - OS PRIMEIROS PASSOS



A família, sem qualquer dúvida, é bastião seguro para a criatura resguardar-se das agressões do mundo exterior, adquirindo os valiosos e indispensáveis recursos do amadurecimento psicológico, do conhecimento, da experiência para uma jornada feliz na sociedade.

Nem sempre compreendida, especialmente nos dias modernos, a família permanece como educandário de elevado significado para a formação da personalidade e desenvolvimento afetivo, mediante os quais torna-se possível ao espírito encarnado a aquisição da felicidade.

Animal biopsicossocioespiritual, o ser humano não pode prescindir da convivência familiar, porque o instinto gregário que lhe comanda a existência, ido à busca do grupo, qual sucede entre outros animais que vivem em família, protegendo-se e preparando-a para a própria independência.

Escarnecida, no entanto, pelo cinismo filosófico de ocasião, que preconiza a desenfreada corrida pelas trilhas do prazer insaciável, permanece como organização insuperável para a construção da sociedade harmônica.

Examinada pela ótica distorcida daqueles que não experimentaram o convívio saudável no lar, acusam-na de ser responsável pelos conflitos que os assaltam.

Certamente, em muitas famílias, os fatores de desequilíbrio são dos indivíduos imaturos ou autoritários que descarregam os tormentos de que são vítimas, naqueles que, indefesos, encontram-se sob a sua guarda. Tal comportamento não é responsabilidade da família, em si mesma, porquanto, ao invés de acusação indevida, seria ideal que fossem trabalhados os fatores que geram desequilíbrios, corrigindo e orientando os membros que a constituem.

O lar é o celeiro de bênçãos, no qual se coletam as informações e a vivência edificante, tornando-se o primeiro núcleo de socialização da criança, que aí haure as experiências dos ancestrais, adquirindo os hábitos que deverão nortear a sua caminhada existencial.

Se, por acaso, e isso ocorre, não são saudáveis os recursos que lhe são dispensáveis, ao abandono ou à mercê das agressões do mundo em desgoverno, muito mais graves se lhe apresentam as conjunturas, dando-lhe informações destituídas de significado superior e levando-a a atitudes agressivas como mecanismo de defesa em razão dos contínuos enfrentamentos a que se vê constrangida suportar.

No lar, desenvolvem-se a afetividade, o respeito pelos direitos alheios, o despertamento para os próprios direitos sem as extravagâncias nem os absurdos de atribuir-se méritos a quem realmente não os possui.
Esse grupamento familiar, no entanto, não é resultado casual de encontros apressados no mundo físico, havendo ocorrido nas esferas espirituais antes do renascimento orgânico, quando são desenhadas as programações entre os espíritos comprometidos, positiva ou negativamente, para os ajustamentos necessários ao progresso a que todos se encontram submetidos.

Analisando-se, portanto, as necessidades evolutivas, aqueles que se encontram com responsabilidades a cumprir juntos, constatam a excelência do cometimento que lhes ensejará reparação e crescimento intelecto-moral, em face dos erros transatos, facultando-se a tolerância e o perdão das ofensas como fundamentais para a aquisição da harmonia.

Nada obstante, quando ocorre a reencarnação, em face dos impulsos ancestrais que predominam em sua natureza animal, enquanto aguarda aquele espírito com o qual deverá edificar a família, compromete-se, por precipitação e indisciplina moral, com o primeiro ser que defronta e nele desperta os impulsos que favorecem as sensações fortes, terminando em lamentável fracasso.

Enquanto a sociedade, em geral, permanecer guindada aos interesses imediatistas, especialmente no que diz respeito às sensações, a afetividade expressando-se através dos impulsos malconduzidos, os resultados das uniões sexuais serão sempre frustrantes e amargos.

Em razão dessa falsa necessidade de atendimento das funções genésicas, os espíritos desviam-se dos caminhos anteriormente traçados, conduzidos pelos costumes fesceninos, pela permissividade exagerada, transitando em agonia, buscando, mesmo sem saber o que desejam...

Não poucas vezes, como decorrência dessa insânia, ao reencontrar o espírito afim, aquele com o qual houvera assumido o compromisso de união para a edificação da família, as possibilidades já não são favoráveis, o que se transforma em maior desconforto, dando lugar a conflitos tormentosos de efeitos deploráveis.

O excesso de liberdade moral que viceja na atualidade e as apetitosas ofertas do prazer, facultam experiências irresponsáveis por falta do necessário amadurecimento psicológico para os cometimentos sexuais, que se fazem apressados e extravagantes.

Não pensando nas suas conseqüências, quando ocorre a concepção de seres não desejados, logo se pensa em recorrer ao aborto criminoso, em hedionda conduta que deve ser gravemente enfrentada por todos os cidadãos conscientes da sua condição de humanidade.

É claro que, na estrutura emocional daquele que assim se comporta, não existe espaço mental nem moral para a construção do núcleo familiar.

Em face da situação em que se encontra, surgem as uniões e as separações, cada vez mais perturbadoras, porque logo passam os apetites vulgares, gerando comportamentos promíscuos, nos quais os indivíduos ansiosos mais se afligem.

Numa cultura social saudável, os primeiros relacionamentos afetivos têm por finalidade a vivência do companheirismo, o desabrochar da amizade, passo inicial para a manifestação do amor sem perturbação e com caráter duradouro.

O erotismo, porém, que grassa; não permite aos indivíduos a convivência que lhes faculta o desvelar-se, o conhecimento, sem a ocorrência dos violentos conúbios sexuais de efeitos insatisfatórios, que dão lugar a decepções ou levam ao desbordar das paixões da libido mal direcionada.

Unem-se os solitários egoístas, preparados para a separação, mediante a cultura da indiferença afetiva, como conseqüência da filosofia consumista de que se vive em sociedade, na qual tudo é descartável, inclusive as afeições humanas.

Este comportamento, dizem, para não sofrerem quando ocorrer a ruptura da frágil união.

Certamente há grandiosas e inumeráveis exceções, particularmente naqueles espíritos que se permitem esperar pelo ser que lhes proporcione emoção e alegria de viver, facultando-lhes a união feliz, coroada pela prole com a qual estão comprometidos.

O namoro, portanto, é o primeiro passo no caminho a percorrer afetivamente, quando há o respeito moral recíproco e o anelo pela convivência benéfica.

Embora seja essencial a união sexual, o fundamental é o sentimento de amor que pode resistir aos embates do relacionamento a dois, e depois, com o grupo de espíritos renascidos no corpo físico, constituindo o santuário doméstico.

Na primeira fase, ocorrem os fenômenos relacionados às necessidades afetivas sem os impulsos primários, nascidos no reconhecimento espiritual do outro.

Lentamente, planificam-se as aspirações e trabalha-se pela sua execução harmônica, o que propicia bem-estar e alegria com a presença física, sem qualquer tipo de tormento.

Quando, em sentido oposto, o namoro se transforma em convivência sexual, desaparece o interesse de permanência, enquanto a afetividade diminui, cedendo lugar ao hábito destituído de meta procriativa, construção familiar.

A constelação familiar, no namoro encontra a pedra angular para o futuro alicerce doméstico, que deverá resistir às tormentas do quotidiano.

Familiares difíceis e gentis procedem, portanto, da programação anteriormente traçada, que o amor do casal conseguirá conduzir com sabedoria.

... E quando o problema se apresentar entre os parceiros, a consciência do dever se encarregará de orientar o comportamento de ambos em favor do êxito do empreendimento familiar.




CONSTELAÇÃO FAMILIAR

Joanna de Ângelis

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Mulher

Mulher



Neste planeta, onde as trevas imperam, eu suplico, Mãe Santíssima, envolvei em Vosso puro manto os corações das mulheres; Que, fortificadas por Vosso amor, nossas irmãs de jornada não se percam pelos caminhos da vaidade, dos vícios.

Às mulheres foi dado o dom da vida.

Que isto esteja presente em seus corações e em seus espíritos. Mães, esposas, irmãs, amigas, namoradas, a mulher é sempre a luz 
que deve iluminar o caminho de seus companheiros. Desde o berço, o amor materno nos ensina que na mão da mãe encontramos 
a segurança que precisamos para crescer;É através de seus ensinamentos que adquirimos confiança para seguirmos 
em nossa jornada.

Permiti, Mãe Santíssima, que nossas irmãs não se desviem do caminho traçado por Deus, esquecendo que são elas as flores, as luzes que devem alegrar e iluminar a vida; os ombros amigos que deverão estar sempre prontos para o descanso e conforto daqueles 
que necessitem; a palavra amiga, sincera e conselheira a manifestar-se sempre que se fizer preciso. 

Que nunca falte à mulher um sorriso para distribuir e que ela saiba 
de que seu sorriso depende a alegria de seus companheiros de jornada.

Enfim, Mãe, protegei as nossas irmãs, para que nesta encarnação elas possam sair vitoriosas na sublime missão que lhes foi confiada.



Marina C. Cruz

XXI - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO III: HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI ITENS 3, 4 e 5: DIVERSAS CATEGORIAS DE MUNDOS HABITADOS

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - XXI

CAPÍTULO III: HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

ITENS 3, 4 e 5: DIVERSAS CATEGORIAS DE MUNDOS HABITADOS


Kardec, através dos estudos dos relatos de muitos espíritos, de diferentes graus evolutivos, fez uma classificação dos mundos habitados, classificação relativa em comparação com a Terra, pois aprendeu que há mundos mais atrasados e outros mais adiantados do que o que habitamos.

É interessante observar a lógica da pluralidade dos mundos habitados (um dos princípios da doutrina espírita), como conseqüência da existência e imortalidade dos espíritos, do seu processo evolutivo e da criação constante de novos seres vivos, que um dia se transformarão em espíritos. Sendo estes imortais, sendo a criação dos mesmos constante, todos sujeitos à evolução segundo o livre arbítrio de cada um, tem de haver moradias, lugares apropriados a esses espíritos. 

Qualquer pessoa que pensa, ao olhar à noite, o céu estrelado, mesmo vendo uma ínfima parte do universo infinito, não pode deixar de pensar que deve existir seres vivos habitando-os.

Segundo os ensinamentos dos espíritos, os mundos se apresentam muito diferentes uns dos outros, tanto física como moralmente, de acordo com o grau de evolução de seus habitantes. Quanto mais atrasados, quanto mais materializados seus habitantes, mais inferior é esse mundo.

Assim, Kardec aprendeu que existem mundos inferiores, intermediários e superiores, havendo, em cada tipo, diversos graus de diferenciação evolutiva.

Nos mundos inferiores, “a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe”, de modo que seus habitantes vivem quase que, exclusivamente, objetivando sua sobrevivência e a satisfação das suas necessidades físicas e materiais.

 Nos mundos primitivos, onde se dão as primeiras encarnações dos espíritos, os homens vivem mais guiados pelos instintos do que pela razão, pois esta aí começa a desabrochar-se.

Nas lutas pela sobrevivência, na satisfação das suas necessidades físicas e biológicas, vão desenvolvendo suas qualificações espirituais, lentamente, egocentricamente, preocupados apenas consigo mesmo. Esse egocentrismo parece-nos, absolutamente, necessário para que o homem desenvolva mais tarde, muito mais tarde, o amor por si mesmo e muito mais tarde ainda, o amor ao próximo. A Terra já foi um deles.

Nos mundos intermediários, o bem e o mal se mesclam, predominando o último quanto mais rude e atrasada é a sua humanidade, e o primeiro quanto mais caminhou sua humanidade no seu desenvolvimento intelectual e moral. Quando este último se torna preocupação de muitos, talvez da maioria, e quando esta maioria busca com determinação a igualdade, a fraternidade e a solidariedade, esse mundo está preparado para mudar de categoria.

  Nos mundos superiores o bem prevalece a luta pelos valores materiais é inexistente, trabalha-se pelo bem de todos, através do bem, da fraternidade, da solidariedade. Quanto mais elevado, pelo adiantamento espiritual dos seus habitantes, mais reina a felicidade e a paz.   

Kardec fez então, uma classificação mais diferenciada dentre as três categorias, sempre de acordo com o grau de adiantamento de seus habitantes: mundos primitivos, com homens bem animalescos, vivendo quase que exclusivamente segundo seus instintos, cada um por si, e somente após um algum desenvolvimento da razão, começam a perceber o outro como um indivíduo igual a ele; mundos de expiação e de provas, conhecidos por nós, pois a Terra é um deles, onde o mal predomina e o bem encontra dificuldade para agir; mundos regeneradores, cujos habitantes são mais felizes do que na Terra, embora ainda tenham débitos a expiar. Todavia essa expiação já não é feita com tanta angústia e sofrimento como na Terra, visto que seus habitantes a compreendem como libertação de um passado de ignorância e faltas contra seus irmãos. Expiam-nas com alegria, no exercício do bem a todos; mundos felizes, onde o bem supera o mal, tornando-se o viver pleno de realizações nobres, em gozos espirituais que nós, homens da Terra nem temos condições de avaliar; mundos celestes ou divinos, moradas dos espíritos purificados, onde o bem, o amor reina absoluto no coração e na mente de todos.

Os três primeiros servem de moradias aos espíritos sujeitos à leis da reencarnação em mundos materiais, porque ainda estão em desenvolvimento do seu potencial espiritual.

Nos dois últimos são para espíritos que não precisam mais do concurso de mundos materiais. Trabalham, aprendem, criam de outras formas. Colaboram, eficientemente, nas obras do Pai, auxiliando seus irmãos em desenvolvimento. Vivem a vida plena do Espírito Imortal!

Os espíritos encarnados em mundos materiais não permanecem sempre no mesmo. Quando nada mais têm de aprender com as experiências que ele proporciona, passa a reencarnar-se em um mundo superior, onde continua fazendo a sua evolução, o seu desenvolvimento.  E assim, sucessivamente, até atingir o estado de espírito puro. É assim que se cumprem as palavras de Jesus: “Nenhuma ovelha que o Pai me confiou se perderá.”

São sábias e perfeitas as leis divinas!

Quando, após um relativo desenvolvimento intelectual, em mundos inferiores, se inicia o desenvolvimento moral e este, crescendo na mente e na sensibilidade, sendo vivenciado dentro das possibilidades de cada um, a vida material vai deixando de influenciar, com exclusividade o homem, de tal forma que “nos mundos mais avançados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.”

 Convém lembrar também que dentre os mundos da mesma categoria há diferenciações, sempre de acordo com o grau de evolução predominante em seus habitantes. Assim, há mundos de expiação e de provas piores ou melhores do que a Terra.
Pode- se permanecer no mesmo, quando esse mundo muda de categoria, continuando a oferecer, então, oportunidades de novas experiências, mais adequadas ao grau de evolução de seus habitantes. Mas, desde que não se tem mais nada a aprender no mundo em que se está, liberta-se o espírito da necessidade de reencarnação em mundo igual ao seu.

“Os mundos são as estações em que eles (os espíritos) encontram os elementos de progresso proporcionais ao seu adiantamento. É para eles uma recompensa passarem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo prolongarem sua permanência num mundo infeliz, ou serem relegados a um mundo ainda mais infeliz, por se haverem obstinado ao mal.”

Bibliografia:
                            
1- Allan Kardec: O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro Primeiro: Capítulo III: CRIAÇÃO, V: pluralidade dos Mundos. Capítulo IV, PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS, III e IV: Encarnação nos Diferentes mundos e Transmigração Progressiva. Capítulo VI, VIDA ESPÍRITA, I e II: Espíritos Errantes e Mundos Transitórios.

2 – Emmanuel: A CAMINHO DA LUZ, capítulo III; As Raças Adâmicas.


Leda de Almeida Rezende Ebner
Fevereiro / 2002


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto (SP)




O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste Centro.

MANIFESTAÇÕES FÍSICAS

*MANIFESTAÇÕES FÍSICAS*

_*D.Villela*_

Demonstrada, pelo raciocínio e pelos fatos, a existência dos Espíritos, assim como a possibilidade que têm de atuar sobre a matéria, trata-se agora de saber como se efetua essa ação e como procedem eles para fazer que se movam as mesas e outros corpos inertes. Estas palavras constituem o início do capítulo intitulado Teoria das Manifestações Físicas de O Livro dos Médiuns, e nelas se percebem a objetividade lógica e a segurança características de Allan Kardec, que se refletem nas obras que compõem a Codificação. A referência às mesas provém da circunstância de ser bem conhecido, na época, o fenômeno das mesas girantes, considerado, no entanto, como simples divertimento em salões e residências ao ensejo de reuniões sociais. Em tais ocasiões, sentadas várias pessoas ao redor de uma mesa, esta, após alguns minutos, executava movimentos diversos, girava e até respondia, por meio de pancadas, a perguntas que lhe eram dirigidas pelos presentes.

Negando a origem espiritual desses fatos alegavam alguns não ser possível ao Espírito, não material, exercer qualquer influência sobre a matéria densa, equívoco esse desfeito pela Doutrina Espírita ao esclarecer que o Espírito se apresentava sempre revestido por um envoltório semimaterial  o perispírito , por meio do qual, aliás, comandava seu corpo, enquanto encarnado. Era com o auxílio desse corpo espiritual que os desencarnados atuavam sobre a matéria.

Sabendo que os Espíritos conservavam a forma humana, com a qual, inclusive, se apresentavam nas experiências de materialização, imaginou o Codificador, assim como muitas outras pessoas, que os Espíritos simplesmente materializassem seus braços e mãos e com eles movimentassem as mesas e outros objetos. No entanto, consultando os orientadores espirituais a esse respeito, obteve o Codificador explicação diferente e mais lógica para aquele fenômeno em cuja produção o operador desencarnado se utilizava de recursos provenientes de seu próprio envoltório perispiritual, combinados com recursos, também fluídicos, fornecidos por um médium, saturando com eles o objeto a ser movimentado, que passava, então, a ser dirigido pela sua vontade. Ao apresentarem essa descrição, frisaram os orientadores que não era válido assemelhar os processos do mundo espiritual àqueles utilizados por nós na Terra. Deve ser lembrado, ainda, que, consoante a moderna conceituação científica, no comentário acima, as expressões semimaterial e fluídico referem-se a diferentes estados de condensação da energia, não perceptíveis aos nossos sentidos.

A literatura doutrinária posterior apresenta exemplos numerosos dessa atuação da espiritualidade, com a realização de verdadeiras cirurgias perispirituais em encarnados e desencarnados, cujos efeitos, no caso dos primeiros, atingem depois o corpo material, com sensível benefício para a saúde.

Acrescentam esses orientadores que qualquer pessoa encarnada que procure viver com elevação pode candidatar-se a esse gênero de trabalho  que se realiza à noite, durante o desdobramento natural proporcionado pelo sono –, por possuir em sua organização perispiritual os recursos hábeis para essa cooperação tão valiosa.

*◊
*“O Livro dos Médiuns” (Segunda Parte, capítulo 4).*

“Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras ‘Pai Nosso’, está reconhecendo não somente a Paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a Humanidade inteira.
*Fonte Viva Emmanuel*


SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Setembro 2014  no 2240

1 - ELES ESTÃO VIVOS

1 - ELES ESTÃO VIVOS



Cada mensagem psicografada é antecedida pelas explicações do médium sobre a reunião em que ela foi obtida e os motivos que a determinaram.

Nossa reunião pública apresentava grande número de pessoas simpáticas à Doutrina Espírita.

Buscavam alguma palavra de parentes recentemente desencarnados.

Sobretudo pais, mães, familiares que perderam entes queridos rogavam em lágrimas, algumas delas, mensagens particulares.

Doía ao coração vê-las chorando, sem que pudéssemos, de nossa parte, prometer essa ou aquela manifestação da Espiritualidade.

Explicávamos que a solução dos pedidos dessa ordem não depende de nós.

Iniciadas as tarefas em programa, O Livro dos Espíritos nos ofereceu a questão número 525. Os comentaristas do texto explanaram com segurança.

No final da reunião, o caro Emmanuel trouxe a página mediúnica intitulada "Eles estão vivos".

ELES ESTÃO VIVOS

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Caminhos de Volta. Lição nº 10. Página 29.

Ainda quando não reconheças, de pronto, semelhante verdade, eles te vêem e te escutam!

Quanto possível, seguem-te os passos compartilhando-te problemas e aflições!

Compadece-te dos que te precederam na Grande Renovação!

Aqueles que viste partir de mãos desfalecentes nas tuas, doando-te os derradeiros pensamentos terrestres, através dos olhos fitos nos teus, não estão mortos.

Entraram em novas dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração.

Assinalam-te o afeto e agradecem-te a lembrança, no entanto, quase sempre se escoram em tua fé, buscando em ti a força precisa para a restauração espiritual que demandam.

Muitos deles, ainda inadaptados à vida diferente que são compelidos a facear, pedem serenidade em tua coragem e apoio em teu amor...

Outros, muitos, jazem mergulhados na bruma da saudade, detidos na sede de reencontro, ante as requisições continuadas dos teus pensamentos de angústia...

Outros muitos seguem-te ainda...

Aqueles que se despediram de ti, depois de longa existência, abençoando-te a vida;

Os que amaste indicando-lhes o caminho para as esferas superiores;

Os que levantaste para a luz da esperança e aqueles outros que socorreste um dia, com o beijo da amizade e da beneficência...

Todos te agradecem, estendendo-te os braços no sentido de te auxiliar a transpor as estradas que ainda te cabem percorrer.

Auxilia aos entes queridos na Espiritualidade, a fim de que te possam auxiliar!
Se lhes recorda a presença e o carinho, preenche o vazio que te impuseram à alma, abraçando o trabalho que terão deixado por fazer.

Sê a voz que lhes reconforte os seres amados ainda na Terra, a força que lhes execute o serviço de paz e amor que não terminaram, a luz para aqueles que lhes lastimam a ausência em recantos de sombra, ou o amparo em favor daqueles que desejariam continuar te sustentando no mundo!

Compadece-te dos entes queridos que te antecederam na Grande Libertação!

Chora, porque a dor é fonte de energias renovadoras por dentro do coração, mas chora trabalhando e servindo, auxiliando e amando sempre!


E deixa que os corações amados, hoje no Mais Além, te enxuguem as lágrimas, inspirando-te ação e renovação, porque, no futuro, tê-los-ás a todos positivamente contigo nas alegrias do Novo Despertar.


terça-feira, 28 de junho de 2016

ESTUDO 72 O LIVRO DOS MÉDIUNS - SEGUNDA PARTE DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS – CAPITULO XVI - MÉDIUNS ESPECIAIS 190. Médiuns especiais para efeitos intelectuais. Aptidões diversas.

O LIVRO DOS MÉDIUNS


(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

Por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


SEGUNDA PARTE


DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS


CAPITULO XVI


MÉDIUNS ESPECIAIS


Estudo 72 - 190. Médiuns especiais para efeitos intelectuais. Aptidões diversas.

Médiuns videntes: os que, em estado de vigília, veem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito frequente, mas, a visão habitual ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional. (N. 167.)

Em nota Allan Kardec explica: "É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos”.

Afirma Allan Kardec que “(...) A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito frequente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. A posse dessa faculdade é que constitui propriamente falando, o médium vidente(...)”.

No livro Mediunidade o professor Herculano Pires esclarece que “(...) a vidência, como todas as formas de mediunidade, pode ocorrer ocasionalmente a qualquer pessoa, mas a sua ação permanente, nos casos de mediunato, pode bloquear a razão e excitar o misticismo. Nesses casos o místico está sujeito a enganos fatais. O espírito encarnado está condicionado à vida do plano material, não dispondo de segurança para lidar com os problemas do plano espiritual. No desdobramento, com fins de pesquisa no outro plano, esse problema se agrava, pois o deslocamento do espírito para um campo de ação que não é o seu, durante a encarnação, o coloca no plano espiritual como um estrangeiro que precisaria de um tempo para ajustar-se a ele. Por isso Kardec preferiu o estudo e a investigação através das manifestações mediúnicas, onde é possível controlar-se a legitimidade das informações dadas pelos habitantes do plano espiritual.

Ressalta ainda o autor que Charles Richet, o fundador da metapsiquica, levantou o problema do condicionamento da vidência à crença do vidente. Relembra também que Frederic Myers demonstrou que a nossa mente está condicionada para a interpretação das percepções sensoriais. A consciência supraliminar, onde funciona a nossa mente de relação, está voltada para as condições do mundo em que vivemos, e que a consciência subliminar, que equivale ao inconsciente, destina-se a funcionar normalmente na vida futura, ou seja, no plano espiritual.

Para Allan Kardec nada disso passou despercebido, como se pode ver nos relatos de pesquisa nas comunicações mediúnicas de encarnados que se encontram na Revista Espírita. Os próprios espíritos recém-desencarnados referem-se às dificuldades que enfrentam para adaptar-se as condições do mundo espiritual.

Como entender a existência do mediunato de vidência? A razão nos mostra, ressalta o prof. Herculano Pires, que esse mediunato jamais será concedido para aventuras de Espíritos encarnados no plano espiritual, porque isso seria condenar o médium a uma situação de dualidade perigosa na vida terrena. Esse mediunato existe, afirma ele, para fins de auxílio às pesquisas ou para demonstrações da verdade espírita, mas não para criar condições anômalas no campo mediúnico.

Todas essas reflexões nos levam a entender a mediunidade de vidência como uma tarefa que está, como as outras, condicionada ao aspecto moral, a uso que o médium dela fará, considerando a sua condição moral. Sabemos que é uma expressão mediúnica que coloca o médium em evidência, daí a necessidade de cuidados.

Relembramos Allan Kardec: “(...) A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, se desenvolver, mas é uma dessas faculdades cujo desenvolvimento deve processar-se naturalmente, sem que se provoque, se não quiser expor-se às ilusões da imaginação. Quando temos o germe de uma faculdade, ela se manifesta por si mesmo. Devemos, por princípio, contentar-nos com aquelas que Deus nos concedeu, sem procurar o impossível, porque, então, querendo ter demais, arrisca-se a perder o que tem (...)”

O Codificador chama a atenção também para o fato de que médiuns videntes, propriamente ditos, são ainda mais raros e que é prudente não lhes dar fé senão mediante provas positivas. Algumas pessoas podem, sem dúvida, enganar-se de boa-fé, mas outras podem simular essa faculdade por amor próprio ou interesse e nesse caso, deve-se levar em conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais da pessoa.

Bibliografia:

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVI - 2ª Parte – itens 167 e 190

BIGHETTI, Leda Marques – Educação Mediúnica “Teoria e Prática” 1º volume: 1.ed Ribeirão Preto: BELE, 2005 – pág 208 a 210

PIRES, José Herculano – Mediunidade: 1.ed. São Paulo: PAIDÉIA,1986 - Cap III
           
Tereza Cristina D'Alessandro
Outubro/2007

Centro Espírita Batuíra
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto - SP  

Motivos de Resignação

Motivos de Resignação 


Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera aqueles que sofrem, e a resignação que faz abençoar o sofrimento com o prelúdio da cura.

Essas palavras podem, ainda, ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste undo são a divida das vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente sobre a Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. Deveis, pois, estar felizes porque Deus transformou vossa divida permitindo pagá-la presentemente, o vos assegura a tranqüilidade para o futuro.


 Extraído do Evangelho 
Seg.: o Espiritismo

Comentários de
Neide Fernandes Chagas

Meus amados irmãos aqui volto para deixar-lhes mais esta lição, quando sofrerdes injurias, difamações, perseguições causando-lhes dores, tristezas, amarguras e sentir-se injustiçado (a), não lamenteis, pois nosso Pai Maior lhe trará a consolação se sofreres 
calados e não devolvendo todas essas ofensas recebidas estará resgatando débitos do passado.

Jesus disse vinde a mim vós que sofreis pois serão consolados se assim o fizer sentirá o quanto foi preciosa sua resignação e paciência.
Pois sendo a Terra um planeta de expiação não esperais felicidades perpétuas aqui, mas sim ao lado do nosso Pai Criador, sedes felizes irmãos quando a dor o atingir, pois a cada lágrima derramada será uma a menos nas próximas encarnações. 

Nunca pague uma divida contraindo outra, ou seja, se alguém te fere, é porque feriste no passado suporte sem murmúrios e em prece pedindo forças do Alto e tenha certeza ela virá, quando receberes a bofetada não revide, pois no futuro lamentará vendo-se em condições precárias tendo que recomeçar. 

Sedes resignado (as) meus amados irmãos não deixe que o orgulho e a ira te façam perder grandiosa oportunidade de ficar quites com as leis de Deus, porque tais leis se fará valer você querendo ou não, uma vez que foram criadas por Deus e também obedecem a Ele e nunca será extinguida do universo.

Então quando a dor bater a sua porta suporte-as com brandura e sem lamentações e agradeça ao nosso Criador a possibilidade de saldar as dividas contraídas, dividas estas que vocês 
mesmo fizeram. 


Analisem bem esta lição e as coloquem em prática para que possam no futuro não sentirem o amargor do arrependimento.