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terça-feira, 24 de maio de 2016

Benefícios pagos com a ingratidão

Benefícios pagos com a ingratidão

Que pensar das pessoas que tendo seus benefícios pagos com a ingratidão, não fazem mais o bem com medo de reencontrar ingratos?

Essas pessoas têm mais de egoísmo do que de caridade; porque não fazer o bem senão para dele receber sinais de reconhecimento, é não fazê-lo com desinteresse, e o benefício desinteressado é o único agradável a Deus. Também são orgulhosas porque se comprazem na humildade do beneficiado que vem depositar reconhecimento aos seus pés. Aquele que procura na Terra a recompensa do bem que faz, não a receberá no céu; mas Deus terá em conta aquele que não a procura na Terra.

É preciso sempre ajudar os fracos, mesmo sabendo de antemão que aqueles a quem se faz o bem não estarão contentes.

Sabei que se aquele a quem prestais serviço esquece o benefício, Deus vo-lo terá mais em conta do que se estivésseis já recompensados pelo reconhecimento do beneficiado.

Deus permite que sejais pagos por vezes, com a ingratidão, para experimentar a vossa perseverança em fazer o bem.

E sabeis, aliás, se esse benefício, esquecido no momento não dará mais tarde bons frutos? 

Estais certos, ao contrário, de que é uma semente que germinará com o tempo. Infelizmente, não vedes sempre senão o presente trabalhais para vós, e não tendo em vista os outros.


Os benefícios acabam por abrandar os corações mais endurecidos; eles podem ser menosprezados neste mundo, mas quando o Espírito se desembaraçar de seu envoltório carnal, lembrar-se-á, e essa lembrança será o seu castigo; então, lamentará a sua ingratidão e quererá reparar sua falta, pagar sua divida noutra existência, freqüentemente, aceitando mesmo uma vida de devotamento para com seu benfeitor.

É assim que, sem disso suspeitardes, tereis contribuído para seu adiantamento moral, e reconhecereis, mais tarde, toda a verdade desta máxima: Um benefício jamais se perde. 

Mas tereis também trabalhado para vós, porque tereis o mérito de haver feito o bem com desinteresse, e sem vos deixar desencorajar pelas decepções.

Ah! Meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que, na vida presente, vos ligam a vossas existências anteriores; se pudésseis abarcar a multidão das relações que aproximam os seres uns dos outros para o progresso mútuo, admiraríeis bem mais ainda a sabedoria e a bondade do Criador, que vos permite reviver para chegar até ele. (Guia Protetor, Sens, 1862)

Trecho extraído do Evangelho
seg.: O Espiritismo

Comentários de
Neide Fernandes Chagas

Quando fazemos um benefício a alguém e este nos paga com a ingratidão, sempre dizemos: nunca mais farei nada, pois ele não merece e nem tão pouco farei mais nada a ninguém pois nunca reconhecem o que faço.

Fazer o bem, meu amigos, na espera de reconhecimento ou agradecimento nada mais é do que troca, ou a busca de aplausos, pois a nossa vaidade é tão grande que, para nós, não tem nenhum mérito se o beneficiado não ficar nos agradecendo constantemente e dizendo a todo momento o quanto somos bons e caridosos.

Grande engano o nosso; para Deus somos egoístas e vaidosos e o bem que fizemos perde o sentido e como já exigimos o reconhecimento aqui na Terra, não o teremos no céu.

Já fomos pagos e, na nossa ignorância, o que é pior, saímos espalhando ao mundo a nossa bondade, exaltando o que fizemos por amor e caridade, o que é não verdade; fizemos porque queríamos demonstrar o quanto somos bons, quando na nossa essência só existe a aparência de bom. 

Mas ai daquele que ousar dizer que cobramos caro todo o bem que fizemos. Imediatamente nos colocamos na posição de vítimas, pois fizemos o bem, trabalhamos para o próximo e estes não reconheceram. E repetimos para nós mesmos que não mais faremos nada, pois eles não merecem.


Cuidado, amigos, muitos elogios nos deixam vaidosos e a vaidade faz com que percamos todo o mérito do trabalho que estamos fazendo para evoluirmos.

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