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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

32ª Oração Diária - WebTV Nova Luz

A DOR - PAIN 13

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A dor física é, em geral, um aviso da Natureza, que procura preservar-nos dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo. Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhe sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Iria cada vez lavrando mais, invadir-nos-ia e secaria em nós as fontes da vida.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

Physical pain is generally a warning of nature, which seeks to preserve us from the excesses. Without it, abusaríamos of our bodies to the point of destroying them before long. When a dangerous evil goes hinting at us, what if we felt it not just the unpleasant effects? Would increasingly plowing more, would invade us and we would dry up in the springs of life.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A DOR - PAIN 12

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A dor não fere somente os culpados. Em nosso mundo, o homem honrado sofre tanto como o mau, o que é explicável. Em primeiro lugar, a alma virtuosa é mais sensível por ser mais adiantado o seu grau de evolução; depois, estima muitas vezes e procura a dor, por lhe conhecer todo o valor.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

Pain not only hurts the guilty. In our world, the honorable man suffers as much as the bad, which is explainable. Firstly, the virtuous soul is more sensitive for being his earliest stage of development; then esteem and often seeks pain, you all know the value.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR - PAIN 11

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Michelangelo adotara como norma de proceder os preceitos seguintes: “Concentra-te e faze como o escultor faz à obra que quer aformosear. Tira o supérfluo, aclara o obscuro, difunde a luz por tudo e não largues o cinzel.”
     Máxima sublime, que contém o princípio de todo o aperfeiçoamento íntimo. Nossa alma é nossa obra, com efeito, obra capital e fecunda, que sobrepuja em grandeza todas as manifestações parciais da Arte, da Ciência, do gênio.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

Michelangelo adopted as a standard carry the following precepts: "Brace yourself and do as does the sculptor who wants to work aformosear. Take away the superfluous, lightens the dark, the light diffuses through everything and do not let go of the chisel. "
Maximum sublime, which contains the entire inner principle improvement. Our soul is our work, in effect, capital and fruitful work, which surpasses in greatness all partial manifestations of the Art, Science, Genius.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR 10 - PAIN 10

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A vida dolorosa é um alambique onde se destilam os seres para mundos melhores. A forma, como o coração, tudo se embeleza por ter sofrido. Há, já nesta vida, um não sei quê de grave e enternecido nos rostos que as lágrimas sulcaram muitas vezes. Tomam uma expressão de beleza austera, uma espécie de majestade que impressiona e seduz.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

The painful life is an alembic distilling where beings to worlds best. The shape, like heart, it beautifies everything to have suffered. There is, in this life, one does not know what a serious and softened the tears on the faces plowed often. Take a look of austere beauty, a kind of majesty that impresses and seduces.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR 9 - PAIN 9

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Aqueles que não sofreram, mal podem compreender estas coisas, porque, neles, só a superfície do ser está arroteada, valorizada. Há falta de largueza em seus corações, de efusão em seus sentimentos; seu pensamento abrange horizontes acanhados. São necessários os infortúnios e as angústias para dar à alma seu aveludado, sua beleza moral, para despertar seus sentidos adormecidos.
(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

Those who have not suffered, can barely understand these things, because, in them, only the surface is arroteada be valued. There is a lack of breadth in their hearts, in their feelings of effusion; his thought covers cramped horizons. Misfortunes and anxieties to give his velvet soul, his moral beauty, to awaken his dormant senses are needed.
(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR 8 - PAIN 8

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É necessário sofrer para adquirir e conquistar. Os atos de sacrifício aumentam as radiações psíquicas. Há como que uma esteira luminosa que segue, no Espaço, os Espíritos dos heróis e dos mártires.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

You must suffer to acquire and conquer. Acts of sacrifice increases psychic radiation. There is something like a luminous wake that follows, Space, Spirits of heroes and martyrs.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR 7 - PAIN 7

Suprimi a dor e suprimireis, ao mesmo tempo, o que é mais digno de admiração neste mundo, isto é, a coragem de suportá-la. O mais nobre ensinamento que se pode apresentar aos homens não é a memória daqueles que sofreram e morreram pela verdade e pela justiça? Há coisa mais augusta, mais venerável que seus túmulos? Nada iguala o poder moral que daí provém. As almas que deram tais exemplos avultam aos nossos olhos com os séculos e parecem, de longe, mais imponentes ainda; são outras tantas fontes de força, mais imponentes ainda; são outras tantas fontes de força e beleza onde vão retemperar-se as gerações. Através do tempo e do espaço, sua irradiação, como a luz dos astros, estende-se sobre a Terra. Sua morte gerou a vida, e sua lembrança, como aroma sutil, vai lançar em toda a parte a semente dos entusiasmos futuros.
     É, como nos ensinaram essas almas, pela dedicação, pelo sofrimento dignamente suportados que se sobem os caminhos do céu. A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.

Suppress pain and suprimireis, while what is most admirable in this world, that is, the courage to bear it. The noblest lesson that can be presented to men is not the memory of those who suffered and died for truth and justice? There is more venerable than their graves most august thing? Nothing equals the moral power that comes from there. Souls who gave such examples loom large in our eyes through the centuries and seem by far the most impressive yet; are other sources of strength, even more impressive; are other sources of strength and beauty which will refresh yourself generations. Through time and space, its radiance like the light of the stars, extends over the Earth. His death spawned life, and his memory, as subtle scent, will launch everywhere the seed of future enthusiasms.
It is, as they taught us these souls, for their dedication, suffering borne with dignity paths that climb the sky. World history is nothing more than the consecration of the spirit through the pain. Without it, there can be no complete virtue, nor imperishable glory.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

AS MANIFESTAÇÕES NA ANTIGA HISTÓRIA - THE EVENTS IN ANCIENT HISTORY

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO
(1.º ANO DO CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA)
PELO INSTRUTOR: MARCELO STANCZYK
APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO

As manifestações na antiga história

Além das manifestações espíritas ocorridas a partir do século XVIII (já citadas), anteriormente a estas, houveram milhares de outras, pouco conhecidas, mas citadas no Cristianismo, Zoroastrismo, Bramanismo, Budismo, Taoísmo, assim como outras diversas religiões antigas.
Emmanuel cita que os fenômenos mediúnicos existem na gênese de todas as religiões, mas desaparecem, à maneira de fogo fátuo.
No Egito, fazendo um levantamento histórico da vida do povo, verificamos fatos mediúnicos, também conhecidos como espíritas, mormente aos ocorridos com Moisés e as pragas do Egito, assim como o fenômeno das pedras do decálogo. Não há que se furtar da idéia de que Moisés tenha sido um grande médium, tanto o é que, sendo um texto bíblico: “Os israelitas se encaminhavam para Hebron, onde não havia água para tanta gente. Moisés com sua vara mágica fez brotar água de uma rocha”¾ será que referida vara não funcionou como um ponto de referência para a descoberta de um veio d’água, como ocorre com o fenômeno da Radiestesia ???
Podemos citar o caso descrito no 1º Livro de Samuel - Capítulo 28, versículos de 5 a 25, em plena vigência das ordenações de Moisés contra o uso da evocação dos mortos.
E então o ocorrido no dia denominado de Pentecostes ¾ Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos 1-4:
Ao cumprir-se o dia de pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
E apareceram, distribuídas entre eles, línguas de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem”.
                Será que se trata de fenômeno espírita? !
Moisés “ouviu” e “viu” o anjo ou espírito que lhe falava na sarça ardente no Monte Sinai.
Ainda, EZEQUIEL descreve a incorporação de um espírito ( Livro de Ezequiel, capítulo 1, versículo 2, e capítulo 2).
E mais, JOSÉ recebeu diversas comunicações dos espíritos. Inicialmente um anjo lhe anuncia o nascimento de Jesus (Evangelho segundo Mateus, Capítulo 1, versículo 20), depois lhe recomenda que fuja com a família para o Egito, com o fim de escapar da fúria de Herodes (Evangelho segundo Mateus, Capítulo 2, versículo 13).
A seguir, temos JESUS andando sobre o mar (Evangelho segundo Mateus, Capítulo 14, versículos 25 a 33), a transfiguração de JESUS (Evangelho segundo Mateus, Capítulo 17, versículos 1 ao 5) assim como um amontoado de “milagres” (?!).
O livro do Apocalipse também, é uma fonte desses fenômenos espíritas, quando descreve no Capítulo 22, um fenômeno ocorrido consigo próprio.
Temos, em Roma, o conhecido caso de JÚLIO CESAR (Gaius Julius Caesar), onde sua esposa teve um sonho, onde viu-o sendo assassinado. Há também o sonho do próprio, ocorrido na noite anterior ao seu assassinado, descrito por Joe J. Heydecker, no, livro Fatos da Parapsicologia: “na noite anterior ao seu assassinato, Cesar viu a sí próprio, várias vezes, flutuando sobre nuvens, e depois, mais uma vez, se viu entregando a Júpiter sua mão direita. Sua esposa, calpúrnia, viu, em seus sonhos, como a cumeeira de sua casa ruía, e como seu marido era morto a golpes de punham em seus braços”.
Na Grécia, temos o caso de SOCRATES, contado por Charles R. Richet, no livro Tratado de Metapsíquica, onde o mesmo possuía um demônio (espírito protetor) que guiava-o, ministrando-lhe muitas vezes ensinamentos estranhos ao filósofo.
Como se poderá notar, apesar de poucas serem as citações aqui contidas, os fenômenos espíritas já ocorrem de muito tempo, porém, somente com o advento do Espiritismo, é que se inicia um estudo científico sobre o tema.

Conclusão

Evidente que é de se notar que, alhures das manifestações, que também são importantes, há uma doutrina filosófica, que deve ser estudada, analisada com o mesmo afinco, e um conteúdo religioso que não deve ser esquecido.
Mas então talvez ficaria, no ar, a pergunta: E por que esses fenômenos não mais ocorrem ?
Basta analisarmos que os fenômenos ocorrem não somente em atendimento às leis naturais, mas também, sob o impulso de uma força inteligente. Se antes ocorreram possuíam um fim, hoje, contudo, não mais é necessário que ocorram fenômenos desta natureza para que o homem creia na imortalidade da alma. Portanto, tendo conquistado o seu fim, os fenômenos baixaram de intensidade.

Bibliografia
· História do Espiritismo  Arthur Conan Doyle
· Diversos livros de História -  Ginasiais
  Vários autores
CENTRO ESPÍRITA ISMAEL
DEPARTAMENTO DE ENSINO DOUTRINÁRIO

AV. HENRI JANOR, 141, JAÇANÃ - S. P.

A DOR - The pain 6


A dor física produz sensações; o sofrimento moral produz sentimentos. Mas, como já vimos, no sensório íntimo, sensação e sentimento confundem-se e são uma só e mesma coisa.
     O prazer e a dor estão, pois, muito menos nas coisas externas do que em nós mesmos; incumbe, pois, a cada um de nós, regulando suas sensações, disciplinando seus sentimentos, dominar umas e outras e limitar-lhes os efeitos.
     Epíteto dizia: “As coisas são apenas o que imaginamos que são.” Assim, pela vontade podemos domar, vencer a dor ou, pelo menos, fazê-la redundar em nosso proveito, fazer dela meio de elevação.
     Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todos os grandes caracteres, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação mede-se pela soma dos sofrimentos que passaram. Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir revela-se em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica, que toca às vezes o sublime e o nimba de uma luz inextinguível.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

Physical pain produces sensations; moral suffering produces feelings. But, as we have seen, in the intimate sensory, sensation and feeling confused and are one and the same.
Pleasure and pain are therefore much less than the external things in ourselves; responsibility, because every one of us, regulating their feelings by disciplining their feelings, dominate one another and limit their effects.
Epictetus said: "Things are just what they are imagined." Thus, the will can tame, overcome the pain or at least make it redound to our advantage, to make it through elevation.
Give it the same with all the heroes, with all major characters, with generous hearts, with the most eminent minds. Its elevation is measured by the sum of suffering that passed. The face of pain and death, the soul of the hero and the martyr is revealed in a poignant beauty in its tragic grandeur, which sometimes touches the sublime and the nimba an inextinguishable light.

A DOR - The pain 5

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A dor e o prazer são as duas formas extremas da sensação. Para suprimir uma ou outra seria preciso suprimir a sensibilidade. São, pois, inseparáveis em princípio e ambos necessários à educação do ser, que, em sua evolução, deve experimentar todas as formas ilimitadas, tanto do prazer como da dor.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

Você quis dizer: A dor eo prazer são as duas formas extremas da sensação. Para suprimir uma ou outra seria preciso suprimir a sensibilidade. São, pois, inseparáveis em princípio e ambos necessários à educação do ser, que, em sua evolução, deve experimentar todas as formas ilimitadas, tanto do prazer como da dor.
Pain and pleasure are the two extreme forms of sensation. To delete one or the other would be necessary to suppress the sensitivity. Are thus inseparable in principle and both needed to be education, which, in its evolution, should try all the limitless ways, both pleasure and pain.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A DOR - The pain 4

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O sofrimento não é, muitas vezes, mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas; mas, sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condição do progresso. Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo; mas, somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos. É principalmente a esses, a todos aqueles que sofrem, têm sofrido ou são dignos de sofrer que dirijo estas páginas.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor) 

The suffering is often more than the repercussions of the eternal order violations committed; but, with everyone sharing, should be considered as the need of a general nature, as an agent of development, condition of progress. All beings must, in turn, pass through it. Its action is beneficent to maybe understand it; but can only understand it those who felt her powerful effects. It is mainly these, to all those who suffer, have suffered or are worthy to suffer that drive these pages.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR - The pain 3

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A dor segue todos os nossos passos; espreita-nos em todas as voltas do caminho. E, diante desta esfinge que o fita com seu olhar estranho, o homem faz a eterna pergunta: Por que existe a dor?
     É, no que lhe concerne, uma punição, uma expiação, como o dizem alguns?
     É a reparação do passado, o resgate das faltas cometidas?
     Fundamentalmente considerada, a dor é uma lei de equilíbrio e educação. Sem dúvida, as falhas do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições de nosso destino.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)

The pain follows all our steps; stalking us at every turn of the way. And before this Sphinx stares with his odd look, the man makes the eternal question: Why is there pain?
It is, in relation to him, punishment, atonement, as some say?
It is the last repair, the rescue of the misconduct?
Fundamentally considered, the pain is a law of equilibrium and education. Undoubtedly, past failures fall upon us with all his weight and determine the conditions of our destiny.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR - The pain 2

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Quanto à Humanidade, sua história não é mais que um longo martirológio. Através dos tempos, por cima dos séculos, rola a triste melopéia dos sofrimentos humanos; o lamento dos desgraçados sobre com uma intensidade dilacerante, que tem a regularidade de uma vaga.

(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor) 

As for humanity, its history is nothing more than a long martyrology. Through the ages, over the centuries, rolls sad melopoeia of human suffering; the lament about the unfortunate with a heartbreaking intensity that has the regularity of a vacancy.

(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)

A DOR - The pain 1

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O animal está sujeito à luta ardente pela vida. Entre as ervas do prado, as folhas e a ramaria dos bosques, nos ares, no seio das águas, por toda a parte desenrolam-se dramas ignorados. Em nossas cidades prossegue sem cessar a hecatombe de pobres animais inofensivos, sacrificados às nossas necessidades ou entregues nos laboratórios ao suplício da vivissecção*.
(*) Vivisseção: operação praticada em animais vivos para estudos de fenômenos fisiológicos (nota do compilador)

The animal is subject to the ardent struggle for life. Among the meadow herbs, leaves and Ramaria the woods, in the air, in the bosom of the waters, everywhere dramas unfold ignored. In our cities continues unceasingly catastrophe of poor harmless animals, sacrificed our needs and delivered us to the torture of vivisection laboratories *.
(*) Vivisection, operation practiced in live animals for studies of physiological phenomena (note the compiler)

(L. Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor)
(L. Denis - The Problem of Being, Destiny and Pain)

APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO - Estudo histórico

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO
(1.º ANO DO CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA)
PELO INSTRUTOR: MARCELO STANCZYK
APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO

APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO
 - Estudo histórico
Estudado, o que é o Espiritismo. É importante, também, se fazer um estudo do momento histórico quando nasceu o movimento espírita.
Sem muitas delongas, mas sabendo ser necessário uma breve resenha, temos que a história, propriamente dita, inicia-se a partir do momento em que há o surgimento da escrita.
Para fins didáticos o período da história é dividido em quatro grandes blocos: história antiga, história medieval, história moderna e história contemporânea.
Antes do surgimento da escrita, o homem, no sentido religioso, adorava os fenômenos naturais, a terra o céu, como sendo Deuses diante da impossibilidade de explicar esses fenômenos.
No campo já da história, caracteriza o período antigo da história o desenvolvimento intelectual no oriente, com o surgimento de diversas civilizações, principalmente os egípcios, assírios, persas, hebreus, posteriormente no ocidente, os gregos e os romanos. Há nessa fase, uma espécie de endeusamento dos chefes políticos (imperadores, Reis e Faraós). O monarca era senhor absoluto, detentor do governo e respeitado como se um Deus fosse. A contribuição maior deste período, para o homem, foi o surgimento e desenvolvimento da filosofia, principalmente destacamos, Aristóteles e Platão, entre outros, e Justiniano, que promoveu a organização do direito. No campo religioso, este período foi marcado por sistemas religiosos politeístas (crença em vários deuses), na esmagadora maioria, merecendo ser citada a exceção que era o povo hebreu que acreditava na existência de somente um Deus (JEOVÁ).
E é do seio deste povo monoteísta (Povo Hebreu) que, por volta de 2000 anos atrás encarnou um espírito com tarefa definida, este que hoje conhecemos com o nome de JESUS. Sua importância foi tão marcante que permanecem até hoje fragmentos de seus ensinamentos. Na época do nascimento de Jesus, os judeus eram subjugados, formando parte do império romano.
Apesar de terem havido diversas pessoas que tenham contribuído para o surgimento do cristianismo, a principal pessoa foi PAULO (Saulo de Tarso ¾ Judeu da Classe dos Fariseus, cidadão romano, profundo conhecedor do sistema religioso dos judeus, que quando em perseguição aos adeptos do cristianismo nascente, teve uma visão com Jesus às portas da Cidade de Damasco). Do trabalho de Paulo, aliado ao trabalho de Simão Pedro, assim como com o advento do édito de Milão, em 305 d.C., promulgado pelo Imperador Romano Constantino, os cristãos deixaram de ser perseguidos, e se tornou religião oficial do império.
O início do período medieval se deu com a divisão do Império Romano em duas partes, uma ao ocidente e outra no oriente, e o desmantelamento daquela face as investidas dos bárbaros, criando o sistema feudal (pequenas cidades autônomas). Nesta época a única organização que prevaleceu foi a Igreja. No sentido filosófico e religioso foi caracterizado pelo total obscurecimento do conhecimento humano. Foi também, a época da Santa Inquisição.
O advento da era moderna se deu com o surgimento da nova classe dos burgueses. O que no campo científico gerou o início dos conflitos entre os pensadores e a Igreja. No âmbito religioso, teve como marco a reforma protestante (movimento liderado por Martinho Lutero, em 1520, que se insurgia contra as atitudes da Igreja institucionalizada ¾ principalmente venda de indulgências) e a contra-reforma, realizada pela igreja. A conseqüência foi a divisão da cristandade entre os protestantes e os católicos.
Por volta da metade do século XVIII, e início do século XIX, iniciou-se na Europa um movimento conhecido como renascimento, onde houve a retomada do pensamento humano, se insurgindo contra os dogmas e o obscurecimento da ciência.
Foi neste ambiente que surgiram as primeiras manifestações espíritas.
O marco para o surgimento do Espiritismo é SWENDENBORG, vidente sueco, nascido em 1688, e desencarnado em Londres em 1772. Tratava-se de pessoa de variada cultura: era engenheiro de minas, autoridade em metalurgia, engenheiro militar, astrônomo, físico, zoólogo, anatomista, financista e economista. Em sua primeira visão, ele fala sobre “uma espécie de vapor que se exalava dos poros de seu corpo. Era um vapor aquoso muito visível e caia no chão, sobre o tapete” ¾ tratava-se do ectoplasma.
         Desde menino tinha suas visões. E no decorrer de sua vida com profundo conhecimento dos principais assuntos que seria tratados por Kardec na Codificação, quase um século após.
Em uma outra oportunidade, o vidente sueco observou e descreveu um incêndio em Estocolmo, a trezentas milhas de distância do lugar em que estava ¾ Cidade de Gothenburg ¾ com perfeita exatidão, estando este acompanhado de 16 pessoas em um jantar. Este caso foi investigado pelo contemporâneo Kant.
Além deste fabuloso médium, é importante citar EDWARD IRWING. Pertencia a pobre classe dos trabalhadores braçais escoceses. Foi pastor na Igreja escocesa de Hatton Garden, e diante de sua eloquência, foi transferido para a cidade de Regent Square.
A partir de 1831 iniciaram-se fenômenos de pessoas sendo tomadas de maneiras estranhas em manifestações, dentro mesmo do próprio templo da igreja. Mas o incidente que mais importou foi o ocorrido nas comunidades “shakers”, nos E.U.A., por volta de 1837. Os fenômenos iniciavam-se com a visita, principalmente de Espíritos de índios Peles Vermelhas, onde em poucos instantes, das cordas vocais dos próprios “shakers”, emanavam gritos característicos (Whoop, whoop), e estes conversavam e dançavam na língua destes, mostrando em tudo que estavam tomados realmente por espírito de Peles Vermelhas.
Ë importante analisar outro precursor da doutrina, ANDREW JACKSON DAVIS. Nascido em 1826 nas margens do Hudson. Antes dos 21 anos escreveu um dos livros mais profundos e originais sobre filosofia, apesar de ser fraco do corpo e pobre de mente. Tal obra reafirmava alguma das idéias emanadas de SWENDENBORG. Ainda em infância, desenvolveu a clarividência e a clariaudiência.
Assim o foi que, LIVINGSTONE, a princípio usava Davis para diagnósticos médicos, visto este descrever o corpo humano como se este se tornasse transparentes aos seus olhos.
Quando em transe, também falava várias línguas, expondo conhecimentos elevadíssimos em várias áreas, entre elas, geologia, arqueologia, história, etc.
Também, profetizou o aparecimento de muitas coisas, e o surgimento do Espiritismo, em seu livro “Princípios da Natureza”.
Contudo, o mais interessante fenômeno, no sentido científico foi o ocorrido em HYDESVILLE.
As várias manifestações até então ocorridas, eram desconexas e irregulares, porém o fenômeno de HYDESVILLE, que apesar de se achar em um nível inferior, ocorreu em presença de pessoas que souberam explorar, introduzindo um raciocínio e um sistema naquele que até então havia sido mero objeto de admiração para o estudiosos.
Hydesville é um vilarejo típico do Estado de New York, em 1847, com uma população primitiva, com pouca cultura, o que talvez tenha ligação com a liberdade de preconceito, assim como a receptividade característica da população local. As casas eram feitas de madeira, humildes, sendo que em uma  fazenda, habitava a família FOX. Além de pai e mão, de religião metodista, moravam também, duas filhas : MARGARET, de 14 anos, e KATE, de 11 anos. O casal possuía outros filhos e filhas que não residiam com os mesmos, sendo uma delas LEAH, que lecionava música em Rochester.
A casa alugada pelos FOX já gozava de má reputação, porém fatos incertos, perdidos diante da insignificância do lugarejo. Ocorre que, um ano após a família FOX ter alugado a casa, o que ocorreu em 11 de dezembro de 1847, os ruídos notados pelos antigos voltaram a ser ouvidos. Consistiam os ruídos em Arranhaduras. (Para ilustração, é conveniente ser citado que tais ruídos pareciam pouco naturais para serem produzidos por visitantes de fora ¾ e mais, eram desconhecidos dos fazendeiros iletrados da região ¾ ocorre que, porém tais fenômenos já haviam sido notados na Inglaterra em 1661, em Casa de Mrs. Mompesson, em Tedworth; por Melancton, em Openheim, na Alemanha, em 1520; em Epworth Vicarage, em 1716.
Até meados de março de 1848, tais ruídos não incomodavam a família FOX, contudo dessa data em diante houve um grande crescimento de intensidade. Às vezes eram simples batidas, outras soavam como arrastar de móveis. Tal foi o ponto a que esses fenômenos chegaram que, as irmãs Margareth e Kate se recusavam a dormir sozinhas, e mais se refugiavam junto aos pais, para dormir. Tão vibrantes eram os sons que as camas tremiam e se moviam. Diante desses fatos, foram feitas uma série de investigações possíveis à época. O marido aguardava de um lado da porta e a mulher do outro, mas os arranhões ainda continuavam.
Logo foi espalhada a idéia de que a luz do dia era inimiga dos fenômenos, e consequentemente, isso reforçou a idéia de que se tratava de fraude.
Por outro lado, na noite de 31 de março de 1848,  houve uma irrupção de inexplicáveis sons muito altos e continuados. Esta noite foi considerada como a de que houve grandes pontos da evolução psíquica alcançada, isso porque KATE FOX desafiou a força invisível a repetir as batidas que ela dava com os dedos. E naquele quarto rústico, em um ambiente repleto de gente ansiosa que iniciaram os primeiros ensaios científicos sobre o Espiritismo.
Apesar de ter sido formulado em palavras brandas, imediatamente foi aceito o desafio de KATE. Cada pedido era respondido com um golpe. Tratava-se ”de forma exemplificada” de uma telegrafia espiritual.
A ciência ressurgia diante do renascimento, e muitas “coisas” já eram explicadas, porém outras forças ainda eram inexplicadas. Só que, diante da Família FOX e do povo de HYDESVILLE estava uma força que pretendia ter às suas costas uma inteligência independente. Isso era a suprema significação de um novo ponto de partida.
A Sra. FOX ficou admirada daquele resultado e da posterior descoberta de que aquela força, ao que parecia, era capaz de ver e ouvir, pois quando KATE dobrava o dedo sem barulho, o aranhão respondia. No desenvolvimento da pesquisa, a mãe de KATE realizou uma série de perguntas, que mostrava um profundo conhecimento, pela misteriosa força, de seus negócios do que ela mesmo possuía, devendo-se destacar uma questão formulada em que a força respondia insistentemente que a Sra FOX tivera sete filhos, conquanto esta protestava ter tido somente seis, porém em determinado momento, eis que à sua mente veio que um havia morrido em tenra idade. Ainda, além da Sra FOX, a Sra Redfield foi chamada e se maravilhou, até mesmo ao ponto do pavor, ao obter respostas corretas a questões íntimas.
A notícia percorreu rapidamente. E apesar da ausência, em alguns momentos das Irmãs FOX, o fenômeno persistia exatamente como antes.
Foi criada uma espécie de comissão de investigação que, num jogo de perguntas e respostas, na noite de 31 de março, foram capazes de obter uma série de informações preciosas sobre o mundo espiritual. Descobriram que a força misteriosa tratava-se de um espírito que tinha sido assassinado e enterrado, aos 31 anos naquela casa, por um antigo inquilino, há cerca de 5 anos, por causa de dinheiro, e que sua sepultura seria a 10 pés de profundidade numa adega. Na noite do dia seguinte os acontecimentos continuaram e se confirmaram, quando não menos de 200 pessoas se haviam reunido em volta da casa. E em 02 de abril foi constatado que os arranhões tanto se produziam de dia quanto de noite.
Foi, porém um vizinho, de nome DUESLER, quem, pela primeira vez, usou o alfabeto para obter respostas por meio de arranhões nas letras. E dessa forma foi obtido o nome do morto ¾ Charles B. Rosma.
A idéia de coordenar as mensagens surgiu quatro meses mais tarde, quando ISAAC POST, um quaker de Rochester tomou a direção. 
No verão de 1848, O Sr. DAVID FOX, auxiliado pelo Sr. HENRY BUSH, Sr. LYMAN GRANGER, de Rochester, e outros, retomou as escavações na adega. Foram encontrados cabelos e ossos humanos, que foram declarados por um médico que testemunhava como sendo pertencente a um esqueleto humano, porém somente 56 anos mais tarde foi feita uma descoberta que provou, afastando qualquer dúvida sobre a existência de um ser humano enterrado na Adega da casa da família FOX. Tal fato constatado foi publicado no Boston Journal, de 23 de novembro de 1904.
Depoimentos confirmam o crime realizado, a identidade e outras peculiaridades que confirmam a veracidade da história exposta, até mesmo o fato de o corpo ter sido removido do chão da adega e novamente enterrado na parede desta.
Abalada a família, as irmãs acabaram por ser separadas, indo cada uma viver com um de seus irmãos. KATE foi residir junto a uma irmã sua de nome LEAH FISH, e na residência desta os acontecimentos voltaram a acontecer, tanto o é que, sendo LEAH professora de música, esta teve de deixar de lecionar, face a centenas de pessoas que enchiam a sua casa para ver as  maravilhas.
Tal acontecimento foi tão importante também porque, após a este, nas proximidades de HYDESVILLE, outros fenômenos semelhantes começaram a ocorrer com o Reverendo A. H. Jervis, com o Diácono Hale, de Grecce, com a Sra. SARAH A. TAMLIN e Sr. BENEDICT, de Auburn.
Em vão orou a família FOX junto aos seus irmãos metodistas, assim como foram feitos em vão diversos exorcismos pelos padres de vários credos. Os fenômenos persistiam.
Foram iniciadas pesquisas, e as meninas sofreram toda sorte de vexames. Foram isoladas, puseram-se diante de espelhos, pesquisadoras femininas as despiram, inspecionaram e as amarraram, selaram... Várias pessoas foram colocados na casa para vigiá-las. Todavia, mesmo com estas precauções os fenômenos persistiam. Apesar de procurarem optar pelo embuste, ao final, tiveram que se render à evidência do fenômeno e confessaram a inexistência de qualquer processo fraudulento.
Chegou-se a tal ponto, que em determinada ocasião, as moças quase foram linchadas, o que não ocorreu face a interferência de alguns heróis.
Em 1850, as meninas, isoladas, ao serem estudadas por uma comissão, receberam idêntica mensagem de altíssimo valor literário, assinadas por Benjamim Franklim.
Por fim, submeteram-se as irmãs FOX ao estudo de WILLSM CROOKS, renomado físico membro da Sociedade Real da Inglaterra. Em 1951 foi constituído um novo grupo de pessoas inteligentíssimas, com o intuito de estudar mais afundo o caso das irmãs FOX. JOHN WORTH EDMONDS compunha essa comissão. Jurista, membro do Congresso de New York, presidente do Senado e Juiz do Supremo Tribunal de Apelação, ao final concluiu que deveria tornar público o resultado de suas pesquisas, apesar mesmo da conclusão ser diversa do pré-conceito inicial.
Diante da repercussão internacional deste fenômeno, verdadeiro marco do Espiritismo no mundo, HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL, entra em cena, quando então estudava o magnetismo, para ser o Codificador da Doutrina Espírita. O que ocorreu em 18 de abril de 1857.
Evidentemente que ao lado do fenômeno de HYDESVILLE, ocorriam outros, entre eles os fenômenos das mesas girantes, junto aos jovens da alta sociedade francesa, isso tudo com o fito de convencer os homens sobre os conceitos encetados na Doutrina Espírita.




CENTRO ESPÍRITA ISMAEL
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A SOLIDÃO DE UM RECÉM-DESENCARNADO

Capítulo III
 A SOLIDÃO DE UM RECÉM-DESENCARNADO

Antes de chegarmos à "estação da morte", já ouvíamos os gritos da mãe, dos avós, dos tios, dos amigos. Todos estavam desesperados. Rogério, naquela madrugada, havia-se excedido com um coquetel de tóxicos.
Fizera a mais estranha mistura e rindo, muito alegre, julgara que o jovem corpo tivesse condição de tudo agüentar, não sabendo que a indumentária física é santuário do espírito.
Desde que esta não é respeitada, inicia-se a sua decadência. Fomos chegando, devagar. Olhei aquele adolescente que na mesa da capela era um personagem solitário, por estar só com a sua consciência, pois esta, atribulada, não lhe dava sossego.
Enrico saiu para buscar um dos encarregados da prece, tentando fazer alguém orar. O irmão nos relatou que já se encontrava cansado de tentar intuir alguém à prece, mas ninguém captava os seus pensamentos. Enquanto isso, o espírito do nosso amigo se debatia, num estado desesperador.
O suicídio por overdose é terrível e, ali, diante de muitas pessoas, um espírito sofria por demais, solitariamente.
A mãe, sob altas doses de medicamentos, encontrava-se adormecida; o pai não acreditava que seu único filho tinha deixado de existir. Os familiares gritavam, não suportando a dor.
Enquanto isso, várias pessoas, que compareceram apenas para cumprir uma obrigação social, sorriam e com voz baixa, para a família não ouvir, contavam a vida de Rogério:
"eu sabia que esse menino iria ter esse fim. Drogava-se, bebia desde os doze anos, e os pais só lhe faziam o gosto. Ele mandava e desmandava em todos, era o filhinho do papai, dos avós, dos tios".
Assim, ouvindo os comentários maledicentes sobre aquela família que agora sofria, pudemos constatar que poucos vão a um cemitério por amor e respeito ao desencarnante.
A obrigação social é que leva a fatos como este. O certo era que todos fossem contagiados pela dor da família.
Pena que isso não aconteça, porque ouvimos até o comentário mais banal: olhe só o vestido da fulana, será que ela pensou que isto fosse um baile?
A outra: baile à fantasia?
Outro dizia: não acha que o pai está chorando pouco?
Sabe quem é aquele senhor?
Sei, o político tal.
Enrico passeava entre as pessoas, buscando despertar um coração piedoso, mas, pelo que vimos, aquela família rica e poderosa tinha poucos amigos verdadeiros, porque muitos dos que ali se encontravam não podiam ser chamados de amigos.
Aproximamo-nos da família enlutada, mas todos eles estavam quase dopados. Haviam tomado comprimidos e não estavam em condição de doar fluidos de amor para o desencarnado.
Um grupo espiritual de oração, que trabalha nos cemitérios, tentava ajudar Rogério, mas até pessoas fazendo negócios havia.
Era uma boa ocasião, porque antigos amigos ali se reencontravam. Observei as imensas coroas de flores, as velas que queimavam, o caixão luxuoso, e pensei: de que vale tudo isso, se o Senhor não está presente no coração das criaturas!
Mas, mesmo assim, esforçávamo-nos para auxiliar Rogério. Voltei a fitá-lo: o jovem de ontem, rico, com roupas caras, carro importado, enfim, dono do conforto, ali jazia, lutando para compreender a "morte".
E isso é fato real na vida de todos os encarnados.
Rogério sofria, era um suicida inconsciente, mas, por mercê de Deus, aqueles que os "vivos" julgam mortos lá estavam para ajudá-lo.
Mas ele queria muito ser socorrido, ansiava pela luz do esclarecimento para que pudesse voar, e voar para bem longe dali. Nisso, entrou o sacerdote da religião daquela família.
Oramos juntos. Uma brisa beijou os cabelos de Rogério e ele pareceu ter encontrado um pouco de paz.
Abracei Enrico e chorei muito, penalizado pela situação de Rogério.
Mesmo aqueles que conduziam o corpo de Rogério longe se encontravam da hora do adeus. Um falava mal do jovem; outro, da riqueza da família; outro ainda, da beleza e da elegância da mãe.
Mas ele, o espírito, parecia-me estar tentando salvar-se entre as bravias ondas da "morte". No cemitério, na alameda dos chamados "mortos", a brisa soprava baixinho, as campas estavam floridas, os pássaros cantavam, enfim, era um lugar bonito, mas imantado de dor e de saudade.
Muitos túmulos floridos escondiam corpos, cujos espíritos ainda se debatiam junto a eles.
- Por que, Enrico, existe tanta vaidade e tanto orgulho no coração dos homens, mesmo sabendo que um dia terão de devolver à terra o que a ela pertence? Não seria mais fácil viverem com o Cristo?
 - Luiz, a Terra atingiu hoje um nível tal de tecnologia que o conforto inebriou os encarnados e estes, escravos dele, esquecem de buscar as coisas do espírito.
- Enrico, os templos religiosos estão aí, esperando por todos, e por que eles relutam em curar suas almas?
 - O erro inicia-se no lar, onde os pais procuram dar conforto para os filhos, mas poucos lhes apresentam o Cristo. As maiores vítimas são os jovens: no trânsito, nos vícios, na luxúria, são eles que se matam dizendo estar aproveitando a vida.  
E Rogério, o que será dele?
- Será atendido, mas só ficará no hospital se assim o desejar. Sabemos que muitos, mesmo depois de assistidos, fogem em busca dos antigos companheiros encarnados e desencarnados.
Do tóxico, não é fácil livrar-se. O homem deve lutar para que ele não lhe mate a dignidade.
 - Enrico, o que me diz da liberação das drogas leves?
 - É o mesmo que liberar a eutanásia e o assassinato, só muda a anua. O dano causado ao espírito é o mesmo, seja da DP ou da dita droga leve. Há pessoas que consomem heroína, cocaína e vivem por longos anos e outras na primeira dose já desencarnam. Cada organismo reage de uma forma, mas quem tem autoridade para dizer que as drogas ditas livres, tais como o álcool, o cigarro, não causam danos? Acho que isso é conversa de traficante ou de dependente. É de se lastimar que em um país de famintos uma autoridade se preocupe tanto em liberar a maconha, com tanta coisa importante para fazer em benefício da sociedade. Ali ficamos no jardim do adeus. (2) 

 NE - Droga Pesada
  

Luiz Sergio - Irene P Machado - Na Hora Do Adeus

30ª Oração Diária - WebTV Nova Luz

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"A caridade da vida é aperfeiçoamento. A paciência da natureza é seleção." (André Luiz)

"Charity of life is improving. The patience of nature's selection." (Andre Luiz)