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sábado, 30 de abril de 2016

#47 ESTUDO EVANGÉLICO - LIVRO PALAVRAS DE VIDA ETERNA - DINHEIRO E ATITUDE




Livro: Palavras de Vida Eterna

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

- ESTUDO 47



DINHEIRO E ATITUDE

"Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. - Paulo. (I Timóteo, 6:10).

A compreensão parcial de determinados trechos evangélicos tem levado a muitos equívocos. Uma dessas situações relaciona-se à posse, à riqueza como obstáculo à conquista dos valores eternos. Por exemplo, quando Jesus respondendo ao moço rico lhe disse que seria preciso vender tudo o que tinha para segui-Lo, e concluiu que "é mais fácil um camelo passar no fundo da agulha do que um rico entrar no reino de Deus", muitos interpretam que o Mestre menospreza a prosperidade e condena aquele que possui a riqueza. Jesus, com tal ensinamento, "jamais quis menosprezar a prosperidade, que é um bem da vida" 3, e nem condenar o rico; pretendeu com isso advertir-nos quanto ao apego excessivo dos bens materiais, do supérfluo porque desavisados, invigilantes, habituamo-nos ao abuso.

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo2 Allan Kardec esclarece que "se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação alguma, idéia esta que repugna a razão". Na seqüência reflete que a riqueza, naturalmente, é um poderoso "excitante do orgulho, da vaidade, da vida sensual" isto é, gera tentações e exerce grande fascínio levando o incauto, em função da concupiscência que lhe é própria, a situações infelizes.

O dinheiro em si é neutro, é a aplicação que se lhe dá que o transforma em veículo do Bem ou do Mal, de elevação ou de queda, alterando-lhe a finalidade. Provendo educação, trabalho, remédio, alimento, etc., enobrece quem o possui e quando usado com egoísmo, apenas em benefício próprio, na posse sem aplicação no bem comum, encarcera o homem levando-o à infelicidade. 

           O apóstolo Paulo reconhecendo que o dinheiro em poder de criaturas que ainda estagiam no egoísmo, na avareza, na usura, na insensibilidade é porta aberta à queda orienta Timóteo.
 

Emmanuel, no texto em estudo, atualizando o ensinamento apostólico, considera que, embora o dinheiro seja bênção da vida, seu uso indevido deforma o coração daquele que o segrega no vício; faz-se verdugo implacável do avarento; transforma a inteligência perversa em arma destruidora; vinga-se daquele que o extorque e o recolhe, instalando enfermidade e cegueira, mas é instrumento libertador quando aplicado no campo do progresso e da bondade.

Conclui que1: "não é a moeda que envilece o homem, mas sim o homem que a envilece pelo desvario das paixões que o dominam".

"A riqueza é um bem para ser administrado em benefício geral e não para uns privilegiados. Aquele que retém a riqueza em seus cofres, sem dar-lhe utilidade é avarento, e o que a manipula apenas em seu benefício é exclusivista, egoísta, ambicioso; na verdade esse já recebeu a recompensa que queria4".


Bibliografia:


1. Xavier, Francisco Cândido. "Palavras de Vida Eterna: Dinheiro e Atitude". Ditado pelo Espírito Emmanuel. CEC. 17a ed. Uberaba, MG. 1992.

2. Kardec, Allan. "O Evangelho Segundo o Espiritismo: Capítulo XVI - Salvação dos Ricos".IDE. 59a ed. Araras, SP. 1986.

3. Peralva, Martins. "Estudando o Evangelho: Riqueza". FEB. 15a ed. Rio de Janeiro, RJ. 1987.

4. Palhano Jr., L. "A Carta de Tiago: Os Ricos; Riquezas". Editora FRÁTER. Niterói, RJ. 1992.


Iracema Linhares Giorgini
Junho / 2005


I TIMÓTEO 6
10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto (SP)




QUE O AMOR GOVERNE NOSSOS CORAÇÕES

QUE O AMOR GOVERNE NOSSOS CORAÇÕES



Renato Corsetti (foto) é italiano, tendo obtido seu PhD em Economia no ano de 1964 pela Universidade Dela Sapienza, em Roma. Posteriormente, passou a interessar-se pelo estudo de idiomas, tornando-se professor de psicopedagogia de linguagem e da comunicação naquela universidade. Seu interesse pelo Esperanto manifestou-se ainda na adolescência, logo integrando-se ao movimento esperantista entre os jovens, vindo a participar, posteriormente, de sucessivas diretorias da Associação Universal de Esperanto, cuja presidência exerceu no período 2001-2007. Atualmente, preside a Confederação Esperantista Italiana. Desde cedo mostrou-se igualmente sensível às questões sociais (desigualdades, injustiças), que se tornaram para ele também temas de estudo e participação.

No “Almanako Lorenz” (Almanaque Lorenz) de 2014, Corsetti comparece com um interessantíssimo artigo – cujo título aproveitamos para este singelo comentário –, no qual, com simplicidade, clareza e franqueza, analisa as forças que se opõem à melhoria das condições desumanas em que vivem populações inteiras em várias regiões do globo. Como ele bem observa, essas forças são as mesmas que dificultam a propagação mais ampla do Esperanto que, racionalmente, representa a solução mais simples, barata e justa para o problema da comunicação internacional.

Em sua abordagem interessantíssima, como dissemos, o Prof. Corsetti aponta o predomínio do antiamor nos corações como a principal causa desse panorama triste, no qual as revelações entre indivíduos e comunidades são governadas pelo apego ao poder e por interesses econômicos, destacando, por outro lado, a existência de pessoas – entre as quais inclui os espíritas e os esperantistas – que se propõem a mudar esse estado de coisas por meio da educação e não da violência.

Concordamos com ele, lembrando apenas que esse modelo de convivência decorre do egoísmo (antiamor como ele refere) e também do desconhecimento da realidade espiritual, o que leva a grande maioria a concentrar aspirações e esforços exclusivamente na vida material com despreocupação quanto a eventuais prejuízos a terceiros disso decorrentes.

Em 2001, ao ensejo do atentado terrorista às torres gêmeas em Nova York, um esperantista chileno se dirigiu a Renato Corsetti, então presidente da Associação Universal de Esperanto, indagando-lhe como via a posição dos esperantistas ante aquele exemplo de brutalidade. Recebeu dele, então, belíssima resposta, na qual, em termos simples, o Prof. Corsetti lembra que após todos os grandes desastres oriundos da própria natureza ou da insânia de alguns, pessoas existem que procuram somar esforços e reunir os recursos remanescentes, logo iniciando o trabalho de reconstrução. E acrescentou: “Nós, os esperantistas, esperamos pertencer a este grupo.”

E nós, os espíritas, também temos esta expectativa, conscientes de que o mal é invariavelmente transitório ante a permanência inexpugnável do bem, apoiado, sempre, pelas leis que governam a vida.

*

O artigo do Prof. Renato Corsetti pode ser lido na íntegra, em Esperanto, no “Almanako Lorenz 2014”, publicação da Associação Editora Espírita F.V. Lorenz, telefone (21) 2450-4768 e e-mail editora_lorenz@uol.com.br.



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Março 2014 – no 2234

25ª Oração Diária - WebTV Nova Luz


sexta-feira, 29 de abril de 2016

#A FAMILIA E O LAR

A FAMÍLIA E O LAR

Maria Célia Cruz

O que precisamos para c o n s t r u i r uma casa? De pedra, areia, tijolos, ferro, cimento e, então, teremos paredes, chão, teto, telhado, portas, janelas, muro. Tudo tem valor, utilidade e faz falta se não encontrarmos. Além disso, pessoas diversas, profissionais hão de trabalhar na construção.

Uns ficam até o fim, outros não e nos atrasam a obra, mas, enfim, é ela erguida.

E para construirmos um lar?

Também precisamos de uma diversidade de coisas da maior importância: entusiasmo, alegria, fé, confiança em Deus, amor, renúncia, companheirismo, perdão, tolerância, benevolência, otimismo. E aí, também, pessoas diversas participarão dessa empreitada. Ilusão nossa acreditarmos que só o casal constrói seu lar. As famílias de ambos participam, querem colaborar, dar ideias, já que o casal é inexperiente, e aí surgem melindres, discórdias, ingratidão, ressentimentos. Causam brigas, mas depois tudo passa e o lar, enfim, é montado.

Difícil enumerar as alegrias, a felicidade. Mas tristezas também surgem. As dificuldades que mais atrapalham um relacionamento bom são de cunho econômico: mulher que ganha mais do que o marido, desemprego, excesso de trabalho externo, medo de concorrência, faltas em casa.

Surgem desentendimentos que requerem calma para discernir, vontade para superar e amor para iluminar. Isso é viver em comum. Precisa-se dividir experiências, mesmo porque problemas outros vão requerer de nós mais união, mais cumplicidade, mais amor  são os de ordem sentimental, quando nos afetam o coração: perda de entes queridos, infidelidades e outras derrotas, que nos exigem força, determinação e fé, constante confiança em Deus, que sempre nos assiste.

André Luiz nos diz que nas provações e conflitos, no lar terrestre, quase sempre estamos pagando, pelo sistema de prestações, certas dívidas contraídas por atacado.

A mais importante de todas as associações existentes na Terra é a constituição da família, por sua função educadora e regenerativa.

Na ligação de dois seres, respondendo aos vínculos afetivos, surge o lar.

A família evolui incessantemente para mais amplos conceitos de vivência coletiva, para aperfeiçoamento geral, sob a forma de uma valiosa escola da alma.

Temos, então, na nossa família, no nosso lar, uma organização de ordem divina, onde encontraremos os instrumentos necessários ao nosso próprio aperfeiçoamento para a edificação de um mundo melhor.

Por tudo isso, é importante os conhecimentos referentes à reencarnação, nas bases da família, com pleno exercício da lei de amor, nos recessos do lar, para que o lar não se converta, de bendita escola que é, em pouso neurótico, albergando moléstias mentais dificilmente reversíveis.


SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
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Edição 2249 Junho 2015


#63 ESTUDO DO LIVRO DOS MÉDIUNS CAPITULO XVI ITENS 185 E 186

O LIVRO DOS MÉDIUNS
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

Por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPÍTULO XVI

MÉDIUNS ESPECIAIS

Estudo 63 — Itens 185 e 186

Aptidões especiais dos médiuns

Além das categorias de médiuns que já estudamos, a mediunidade apresenta uma variedade infinita de matizes, afirma Allan Kardec, que constituem os chamados médiuns especiais, dotados de aptidões particulares, ainda não definidas, abstração feita das qualidades e conhecimentos do Espírito que se manifesta. 

A natureza das comunicações está sempre relacionada com a natureza do Espírito e traz o cunho da sua elevação, ou da sua inferioridade, de seu saber, ou de sua ignorância. Mas, apesar da semelhança de grau, do ponto de vista hierárquico, há sempre entre eles uma tendência maior para este ou aquele campo. Os Espíritos batedores, por exemplo, raramente se afastam das manifestações físicas e, entre os que dão comunicações inteligentes, há Espíritos poetas, músicos, desenhistas, moralistas, sábios, médicos etc.

Falamos dos Espíritos de mediana categoria, porque, chegando eles a um certo grau, as aptidões se confundem na unidade da perfeição. Porém, junto com a aptidão do Espírito, há a do médium, que é, instrumento mais ou menos cômodo, mais ou menos flexível e no qual descobre ele qualidades particulares que não podemos apreciar.

Façamos uma comparação: um músico muito hábil tem ao seu alcance diversos violinos, que todos, para o vulgo, são bons instrumentos, mas que são muito diferentes uns dos outros para o artista consumado, o qual descobre neles matizes de extrema delicadeza, que o levam a escolher uns e a rejeitar outros, matizes que ele percebe por intuição, visto que não os pode definir. O mesmo se dá com relação aos médiuns. Em igualdade de condições quanto à potências mediúnicas, o Espírito preferirá um ou outro, conforme o gênero da comunicação que queira transmitir. Assim, por exemplo, indivíduos há que, como médiuns, escrevem admiráveis poesias, sendo certo que, em condições ordinárias, jamais puderam ou souberam fazer dois versos; outros, ao contrário, que são poetas e que, como médiuns, nunca puderam escrever senão prosa, independente do desejo que nutrem de escrever poesias. Outro tanto sucede com o desenho, com a música, etc. Alguns há que, sem possuírem de si mesmos conhecimentos científicos, demonstram especial aptidão para receber comunicações eruditas; outros, para os estudos históricos; outros servem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos moralistas. Numa palavra, qualquer que seja a flexibilidade do médium, as comunicações que mais facilmente recebe, trazem geralmente um cunho especial; alguns existem mesmo que não saem de uma certa ordem de ideias e, quando destas se afastam, só obtêm comunicações incompletas, lacônicas e, não raro, falsas.
Além das causas de aptidão, os Espíritos também se comunicam mais ou menos dando preferência por tal ou qual médium, de acordo com as suas simpatias. Assim, em perfeita igualdade de condições, o mesmo Espírito será muito mais explícito com certos médiuns, apenas porque estes lhe convêm mais.

Seria errôneo querer obter-se, simplesmente por ter ao seu alcance um bom médium, ainda mesmo com a maior facilidade para escrever, boas comunicações de todos os gêneros. A primeira condição é de certificar-se da fonte dessas comunicações, isto é, das qualidades do Espírito que as transmite; porém, não é menos necessário ter em vista as qualidades do médium. Necessário, portanto, se estude a natureza do médium, como se estuda a do Espírito, porquanto são esses os dois elementos essenciais para a obtenção de um resultado satisfatório. Um terceiro existe, que desempenha papel igualmente importante: é a intenção, o pensamento íntimo, o sentimento mais ou menos louvável de quem interroga. Isto facilmente se concebe.

Para que uma comunicação seja boa é necessário que proceda de um Espírito bom; para que esse Espírito bom POSSA transmiti-la, é indispensável dispor de um bom instrumento. Para que QUEIRA transmiti-la, é necessário que o objetivo lhe convenha.

O Espírito que lê o pensamento julga se a questão que lhe propõem merece resposta séria e se a pessoa que a formula é digna dessa resposta. Casão contrário, não perde seu tempo em lançar boas sementes em cima de pedras e, é quando os Espíritos levianos e zombeteiros entram em ação, porque, pouco lhes importando a verdade, não a encaram de muito perto e se mostram geralmente pouco escrupulosos, quer quanto aos fins, quer quanto aos meios.

Todos esses critérios são, sem dúvida alguma, aplicáveis aos outros gêneros de comunicação, como, por exemplo, a psicofonia. O bom senso indicado por Allan Kardec deve prevalecer sempre e, por isso, relembramos suas palavras quando afirma que os Espíritos zombeteiros e levianos não se importam com a verdade e, baseando-se em processos de afinidade, de interesses comuns, atendem aos “chamados” dos encarnados, não se importando com meios que justifiquem os fins. 

Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVI - 2ª Parte

Tereza Cristina D'Alessandro 
Novembro / 2006


Centro Espírita Batuíra
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quinta-feira, 28 de abril de 2016

REVELAÇÕES DE ANDRÉ LUIZ EM REVISTA CIENTÍFICA

REVELAÇÕES DE ANDRÉ LUIZ EM REVISTA CIENTÍFICA

As informações inusitadas sobre fisiologia humana, principalmente sobre a glândula pineal, e os processos sobre os quais se originam doenças revelados pelos livros do Espírito André Luiz, psicografados por Chico Xavier, foram objeto de um artigo para uma importantíssima revista médica europeia chamada “Neuroendocrinology Letters”, de repercussão mundial. O acontecimento virou notícia na edição de número 113, do primeiro trimestre do ano, da revista “Saúde & Espiritualidade”, da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), que publicou a matéria “Mediunidade de Chico Xavier faz parte da literatura científica mundial”, assinada pelo endocrinologista Jorge Cecílio Daher Júnior, atual secretário da AME-Brasil.

“André Luiz antecipou informações que foram postuladas, pesquisadas e confirmadas 60 anos depois da publicação do livro ‘Missionários da Luz’. A publicação do artigo intitulado ‘Historical and cultural aspects of the pineal gland: comparison between the theories provided by Spiritism in the 1940s and the current scientifc evidence’ (Aspectos históricos e culturais da glândula pineal: uma comparação entre as teorias apresentadas pelo Espiritismo na década de 1940 e as atuais evidências científicas) representa um marco histórico, pois coroa a entrada de Chico Xavier em uma das mais respeitadas bases de dados da literatura médica mundial, o PubMed. O artigo demonstrou que a mediunidade é uma forma de obtenção não usual do conhecimento e que Francisco Cândido Xavier, através de André Luiz, trouxe colaboração inusitada à Ciência Médica” – ressalta a matéria.

Liderado pelo Dr. Giancarlo Luchetti, o estudo, que contou com o apoio do Departamento de Pesquisas da AME-Brasil, levantou as informações sobre a glândula pineal contidas nos livros de André Luiz, comparando-as com os conhecimentos da época em que as obras foram produzidas e também com os conhecimentos que a ciência obteve nos últimos anos.

“[...] em 1945, o livro ‘Missionários da Luz’ trouxe 21 informações a respeito da glândula pineal em apenas dois capítulos do extenso livro. [...] A título de informação, durante toda a década de 1950, os artigos médicos sobre a glândula pineal publicados na literatura científica não somam uma centena. Na última década, ultrapassam dez mil artigos” – explica o autor da matéria, ressaltando mais à frente que o artigo foi publicado em uma revista de endocrinologia, especialidade eminentemente técnica e não especulativa, e por editores que têm por linha editorial a divulgação de revisões de conhecimentos sólidos na área da Neuroendocrinologia. “Isso significa que a aceitação do artigo para publicação, sem exigência de revisão, pode ser entendida como a aceitação que as informações de André Luiz eram cientificamente válidas e apropriadas.”

A matéria completa pode ser lida em http://pt.calameo.com/read/000143697bd48a366b974, onde está também a íntegra, em inglês, do estudo.

Nota do SEI: em 2004, em sua edição de 40 anos, o “Anuário Espírita”, publicação do Instituto de Difusão Espírita, de Araras (SP), trouxe revelação sobre a verdadeira identidade do Espírito André Luiz. Foi feita pelo próprio médium Chico Xavier ao autor do texto, Hércio Marcos Cintra Arantes, em 20 de fevereiro de 1993, tendo como testemunha um grupo de amigos, dentre os quais Dorival Sortino, presidente das Casas Fraternais O Nazareno, de Santo André (SP). Segundo revelou Chico, com naturalidade, André Luiz era o pseudônimo escolhido pelo Espírito Carlos Chagas, o grande médico sanitarista brasileiro, descobridor da Doença de Chagas. Sem esta revelação, muito dificilmente se saberia a real identidade de André Luiz, cuja biografia estava toda truncada, como também já havia dito Chico ao confrade Hércio, no ano de 1964.


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Junho 2014 – no 2237

LEMBRANDO ARTHUR CONAN DOYLE

LEMBRANDO ARTHUR CONAN DOYLE

Prolífico escritor, o escocês Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), que também era médico, ganhou projeção mundial ao criar o detetive Sherlock Holmes, com o qual rompeu o estigma dos chamados romances policiais, em sua época tidos como subliteratura pela pouca qualidade. Com sua prodigiosa criatividade, Doyle escreveu histórias de investigação bem elaboradas, num estilo profundamente atrativo, que seguem encantando gerações. Não há livraria no mundo, aliás, que não tenha exemplares com as aventuras de Holmes e seu amigo Watson. Cartas chegam até hoje aos Correios de Londres endereçadas ao número 221B da Baker Street, a residência do personagem Holmes.

Mas, se foi grande a contribuição de Conan Doyle à literatura mundial, igualmente significativa foi sua atuação como divulgador dos preceitos espíritas, viajando até para outros países, para estudar e propalar suas descobertas, pelo que ficou conhecido como “o São Paulo do Espiritualismo”. Felizmente, um vídeo raríssimo disponibilizado na internet coloca em maior evidência esse outro lado do escritor, que, não fosse o apelo dos fãs, teria, em dado momento, posto um ponto final nas aventuras de Sherlock Holmes só para se dedicar mais àquele que se tornou seu principal objetivo de vida, “os assuntos psíquicos”. O vídeo, disponível em www.youtube.com/watch?v=8EOYl9Z0wB8, foi gravado no jardim da casa de Conan Doyle em Windlesham, Inglaterra, nele aparecendo também seu cãozinho Paddy, um Terrier irlandês.

“É curioso que minhas primeiras experiências nessa direção tenham ocorrido na época em que Sherlock Holmes estava sendo desenvolvido na minha mente. Isso foi por volta de 1886 e 1887. Dessa forma, não se pode dizer que desenvolvi minhas opiniões em assuntos psíquicos precipitadamente. Já se passaram 41 anos desde que escrevi um artigo a respeito, o qual foi publicado em uma revista chamada ‘Light’, e assim passei a me dedicar ao assunto” – diz o criador de Sherlock Holmes na gravação, que tem pouco mais de dez minutos, mas tempo suficiente para se sentir o seu elevado senso de humanidade e a profunda dedicação à tarefa que abraçou.

“Pouco a pouco fui me envolvendo e me convencendo, estudei o tema regularmente, mas foi apenas na época da guerra, quando nossos esplêndidos e jovens irmãos desapareciam da nossa vista, o mundo inteiro se perguntava: ‘O que terá sido feito deles?’, ‘Aonde estarão?’, ‘Que fazem agora?’, ‘Eles dissiparam-se no nada ou continuam a ser os grandes irmãos que conhecíamos?’ Foi só nesse momento que me apercebi da enorme importância que é para a humanidade conhecer mais esse assunto. Com isso, lancei-me mais seriamente ao assunto e senti que o propósito mais elevado que poderia dedicar a minha vida seria tentar divulgar a todo o mundo algo desse conhecimento e essa segurança que eu mesmo havia adquirido” – revela o escritor, que esteve na Austrália, Estados Unidos e África do Sul, observando médiuns e fenômenos mediúnicos diversos. “Sem dúvidas – prossegue ele – os resultados têm se justificado. Estou certo que poderia haver um quarto em minha casa com cartas que recebo relatando o consolo que meus escritos e minhas conferências sobre essa matéria têm proporcionado.”

Dentre os livros de conteúdo espírita escritos por Conan Doyle estão “A Nova Revelação” – o primeiro deles – e “A História do Espiritualismo”, recentemente lançado com nova tradução para o português pela Federação Espírita Brasileira (FEB), que também editou o outro título. Conan Doyle foi ainda responsável pela tradução, em 1924, do francês para o inglês, do livro “Jeanne D’Arc Medium” (Joana D’Arc Medium), de Léon Denis, também publicado em português pela FEB. Outras informações interessantes sobre o escritor podem ser encontradas na página da Sociedade Espírita Sir Arthur Conan Doyle, de Londres. Endereço:
http://sirconandoyle. wordpress.com.



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Junho 2014 – no 2237

#13 O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO ITEM 1 CAP. II MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - XIII

CAPÍTULO II: MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

Item - I

"Tornou, pois, a entrar Pilatos no pretório e chamou Jesus e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, certo os meus ministros haviam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas por agora o meu reino não é daqui. Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes que eu sou rei. Eu não nasci, nem vim a este mundo senão para dar o testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz". João, cap. XVIII 33:37.

Toda a tônica dos ensinos de Jesus é sobre a vida além da morte do corpo físico, a vida que nunca se acaba, quer o espírito esteja em mundos materiais, quer esteja em planos espirituais. Assim ensinando ele demonstrava como deveria ser o homem para poder um dia viver no reino de Deus, onde o mal não tem guarida e só o bem existe.

Para isso, o homem tem de desenvolver todo seu potencial intelectual e moral, desenvolvendo esse reino de amor e sabedoria dentro de si para poder tornar este mundo em um reino de Deus.

Jesus esclareceu à humanidade a meta do homem ao viver na Terra, indicou o caminho a ser seguido, ensinou como agir nessa caminhada, para atingir a perfeição possível, seguindo a senda do Bem traçada e exemplificada por ele, usando o instrumento do Amor a Deus e ao próximo.

Não foi compreendido pelos judeus da época, que interpretavam Jesus como sendo o Messias esperado, aquele que os libertaria do domínio romano, tornar-se ia seu rei e daria a esse povo o poder sobre os demais, ou como alguém que queria se passar como um profeta, sem o ser.

Daí a pergunta de Pilatos: Tu é o rei dos judeus?

Na resposta de Jesus, principalmente nas palavras: “por agora meu reino não é daqui", Jesus se apresenta como o colaborador de Deus na direção da humanidade terrestre, o Espírito Puro a quem o Pai confiou essa humanidade. Todavia, o reino de Deus que ele divulgava ainda não estava, nem ainda está na Terra, porque seus habitantes (encarnados e desencarnados) ainda não estão seguindo o caminho indicado por ele.

Ainda hoje, a grande maioria da humanidade, incluindo os seguidores de Jesus e os seguidores de outras interpretações espirituais, mas todos igualados na aceitação de um Ser Supremo, não conseguem vislumbrar esse reino de Deus, de paz, de harmonia, de amor, sem o contexto material, imaginando-o com os mesmos valores materiais da Terra.

Imaginam a vida futura com os parâmetros da vida material, estando o homem ainda muito preso a esses prazeres, esquecendo-se os cristãos do "por agora meu reino não é daqui", isto é, dos valores deste mundo, onde estamos, provisoriamente, enquanto não conseguirmos um desprendimento das coisas materiais, suficiente para merecermos viver em um mundo melhor. Assim, se "por agora meu reino não é daqui", um dia o será, quando os homens compreenderem, aceitarem os seus ensinos e viverem de acordo com eles.

Na frase “Eu não nasci, nem vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade", Jesus se apresenta como um enviado de Deus, como o Messias prometido, que veio trazer a uma humanidade ainda muito imperfeita, as leis morais divinas, relativas a este mundo, ao grau de entendimento que essa humanidade pode alcançar, enquanto viver em um mundo de expiações e de provas.

Jesus tinha tanta convicção do que viera fazer, que não argumentava, como vemos nesta passagem de sua vida, apenas respondeu a Pilatos o que lhe foi perguntado.

Enquanto o homem alimentar dentro de si sentimentos negativos, a Terra continuará sendo um mundo inferior.

Assim, o esforço maior de quem tenta compreender e viver as lições do Mestre Jesus é continuar estudando, aprendendo e praticando no dia a dia, onde estiver, com quaisquer pessoas, a moral cristã, que representa a Verdade que Jesus veio trazer, verdade que essa humanidade tem condição de assimilar, implantando o reino de Deus, dentro de cada um, a fim de que num futuro próximo, ainda neste milênio possa a Terra transformar-se em um mundo melhor, num verdadeiro reino de Deus.


Leda de Almeida Rezende Ebner
Junho / 2002


 Centro Espírita Batuira
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Ribeirão Preto (SP)

LIVRO É NOTÍCIA #TEMPO PARA MARCELO

LIVRO É NOTÍCIA


TEMPO PARA MARCELO


Nos dias de hoje quando se observam tantos dramas vividos nos lares, a expositora Ana Jaicy Guimarães tem aproveitado as conferências que realiza pelo Brasil e exterior para tratar, consoante o pensamento espírita, das questões ligadas à vida familiar e suas problemáticas. Bastante conhecida, Ana Guimarães já falou em mais de duas mil oportunidades em solo brasileiro e visitou, a serviço da Doutrina, diversos países, como Portugal e Espanha, concentrando, contudo, em se tratando de exterior, labor mais específico nos Estados Unidos e Canadá.

Para preservar esse esforço, que envolve assunto tão oportuno como a família, é que Humberto Vasconcelos, responsável pela Doxa Editora e Serviços Culturais Ltda., de Recife, resolveu deixar registrado em livro o conteúdo de algumas dessas preleções. O resultado foi a publicação de Tempo para Marcelo  Crônica de família, cujo título faz alusão a um rapaz que desencarnou por causa das drogas e tornou-se símbolo para a atenção que requer a vida no ambiente doméstico.

Entre as palavras de Ana Guimarães utilizadas para a confecção da obra, estão as proferidas em três entrevistas para o programa Despertar de um mundo melhor, produzido pelo Lar Fabiano de Cristo e veiculado aos domingos pela CNT, canal 9 do Rio de Janeiro, das 15 às 15h30min, e também para outros estados pela mesma emissora.

Numa dessas oportunidades, a expositora comentou o planejamento realizado no mundo espiritual, antes que o Espírito reencarne, para a constituição do grupamento familiar ao qual ele irá pertencer.

O lar é o ambiente ideal onde adversários do passado, conduzidos pelas regras da sociedade, pactuam uma convivência pacífica e restauram muitas vezes a afeição interrompida tempos atrás. (...) As pessoas, por afinidades positivas ou negativas, se aproximam atraídas pelo encantamento dos namoros, pela ternura dos filhos, situações que motivam a aproximação, camuflando, de certa forma, o passado. Assim sendo, a convivência no lar proporciona a aprendizagem do amor  explica.

No livro também é levantada a questão da educação religiosa, que frequentemente suscita dúvidas nos pais, por não saberem se devem ou não dar aos filhos a mesma orientação religiosa que possuem.

Se tem sido bom para mim, para o meu companheiro, para aqueles que se aproximam de nós pelas janelas da amizade, por que não será também bom para os filhos?

Então, devo conduzi-los para a religião que pratico, mesmo que na idade adulta resolvam orientar-se em noutro sentido  afirma, ressaltando, ainda, com respeito à formação dos filhos: Muitas vezes, como pais, perdemos a oportunidade de oferecer as informações corretas aos nossos filhos na infância, que começa na vida intra-uterina e se prolonga até o início da adolescência.

Esse é o período de educar. A adolescência, quando muitos pais resolvem cobrar de seus filhos comportamentos que não lhes foram transmitidos, não parece ser o melhor terreno para essa semeadura. Na adolescência a orientação é no sentido da construção da amizade, quando o pai deixa de ser pai para converter-se em amigo, a mãe perde o tom autoritário para construir na filha os sentimentos de companheira, de confidente. Mas para que essa nova relação se instale entre pais e filhos é indispensável aquela primeira semeadura.

Entre os assuntos tratados nas 164 páginas que compõem a obra, estão: Família, laços que o tempo não desfaz, Busca interior e família e A família à luz do Evangelho.

Tempo para Marcelo  Crônica de família tem 15x21cm e, ao final, reserva ainda ao leitor uma biografia da conhecida oradora.

Os pedidos devem ser feitos pelo telefone (21) 2252-2177, do Rio de Janeiro, com o companheiro Geraldo Guimarães, marido de Ana.


Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 25/9/2004 - no 1904

LIVROS COM TEMÁTICAS ESPÍRITAS NO EXTERIOR

LIVROS COM TEMÁTICAS ESPÍRITAS NO EXTERIOR


Temas ligados à Doutrina Espírita têm ganhado projeção cada vez maior pelo mundo. Esse fato se nota mais claramente através da farta literatura editada em vários idiomas, abordando, principalmente, esses dois assuntos que parecem ser os que despertam maior interesse do público fora do Brasil: a reencarnação e as lembranças de vidas passadas.

Uma rápida consulta ao site de vendas Amazon, localizado em várias partes do mundo, ajuda a entender a dimensão desse promissor universo literário. Na Amazon americana (www.amazon.com), por exemplo, a pesquisa pelos termos “reincarnation & past lives” (reencarnação e vidas passadas) retorna mais de 3.700 resultados, valendo frisar que, diferentemente do que costuma acontecer com a pesquisa em livrarias virtuais brasileiras, as obras abordando esse tipo de temática são, em grande parte, trabalhos de pesquisa científica sem conotação religiosa.

Na Amazon inglesa (www.amazon.co.uk) os números são um pouco menores, mas, mesmo assim, bastante expressivos, ultrapassando os 2.800 títulos. Na Amazon francesa (www.amazon.fr), a pesquisa pelo termo “réincarnation” (reencarnação) retorna quase 1.600 resultados, que, se somados com os livros sobre o mesmo tema disponíveis no site para venda em outros idiomas, ultrapassa 8 mil títulos. Agora, se a consulta for feita em outra loja virtual francesa, a Price Minister (www.priceminister.com), popular na França, nos depararemos com mais de 1.400 livros em francês sobre o assunto, números que, somados, ajudam a desconstruir um pouco a ideia de que, na atualidade, há pouco ou quase nenhum interesse por questões voltadas à espiritualidade na terra de Allan Kardec. Na Amazon alemã (www.amazon.de), a quantidade de livros com o nome “reinkarnation” no título é de 1.154, prova de que o assunto desperta curiosidade. Reforçando ainda mais isso, vale recordar que, em maio deste ano, o médium e orador brasileiro Divaldo Pereira Franco falou em seis cidades da Alemanha.

Obviamente, essa breve pesquisa realizada pela equipe do SEI poderia englobar outros temas, como experiências de quase-morte (EQM) ou a mediunidade, mas, acreditamos, que as duas palavras usadas como elemento de consulta já oferecem um panorama animador que, esperamos, possa se expandir mais e mais.

Com essa profusão de livros, evidencia-se, também, a grande quantidade de autores que vem se dedicando a esse tipo de estudo, muitos dos quais profissionais conceituados da área da psiquiatria e da psicologia, como o canadense Ian Stevenson, desencarnado em 2007 e autor de livros como “Vinte casos sugestivos de reencarnação”, ou o americano Brian Weiss, autor, dentre outros, do clássico “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, ambos estudiosos bastante conhecidos no Brasil. E nomes novos que, embora não tenham tido ainda suas obras editadas em língua portuguesa, desenvolvem meritório trabalho em seus países, prestando igualmente valiosa contribuição às pesquisas nesse campo.

Os dados acima nos remetem à questão 798 de “O Livro dos Espíritos”, na qual os benfeitores espirituais afirmam que as ideias espíritas (reencarnação, causa e efeito, progresso...) se tornarão crença comum, pois correspondem a realidades que estão na natureza. Esse fato, por outro lado, assinalará uma nova época na História da Humanidade, com a substituição do egoísmo e do materialismo pelo amor e o conhecimento do mundo espiritual como referências para o comportamento humano.


SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
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Julho 2014 – no 2238


quarta-feira, 27 de abril de 2016

CONVITES

CONVITES

D. Villela

Jesus veio trazer vigoroso impulso à nossa evolução, destacando a excelência do amor e conscientizando-nos de nossa dimensão espiritual. Para auxiliá-lo nessa tarefa, reuniu um grupo de Espíritos de escol, os apóstolos, que o acompanharam durante sua permanência entre nós e deram continuidade ao trabalho após a sua partida. É admirável como a simples presença do Mestre e seu convite direto bastavam para despertar naqueles indivíduos a noção desse compromisso, levando--os a deixar seus interesses e atividades, passando, de imediato, a segui-lo, recebendo-lhe as instruções e secundando-o em seu ministério. Mateus, por exemplo, descreve em seu Evangelho como ele próprio foi chamado: Jesus, saindo dali, ao passar viu um homem sentado ante uma mesa de impostos, chamado Mateus, ao qual disse: Segue-me, e logo este se levantou e o seguiu (Mateus, 9:9). O mesmo se passou com Pedro e André, Tiago e João, pescadores, que chamados por aquele desconhecido, deixaram as redes, tornando-se seus discípulos.

Parece difícil, senão impossível, explicar  a não ser recorrendo ao milagre  como possa alguém adotar atitude tão radical. O fato, contudo, apesar de extraordinário, é natural, decorrendo da elevada condição espiritual daqueles que iriam compor o grêmio apostólico, que se sentiam desde logo profundamente ligados ao Mestre. Jesus, por sua vez, podia identificá-los perfeitamente por possuir a chamada dupla vista; isto é, sua percepção não se limitava ao mundo físico, mas abrangia também a realidade espiritual. Essa faculdade, observada por Allan Kardec em algumas pessoas, que a apresentavam de forma limitada e esporádica, Jesus a possuía em grau máximo e em caráter permanente, podendo, em consequência, agir com aquela segurança que tanto nos surpreende: Segue-me!

A propósito, assim se expressou o Codificador: A penetração do pensamento e, por conseguinte, certas previsões, são a consequência da visão espiritual. Quando Jesus chama a si Pedro, André, Tiago, João e Mateus, seria necessário que conhecesse suas disposições íntimas, para saber que o seguiriam e que eram capazes de cumprir a missão da qual deveria encarregá-los. Seria necessário que eles mesmos tivessem a intuição dessa missão para, sem hesitação, atenderem ao chamado de Jesus. Ocorreu o mesmo no dia da Ceia, quando anunciou que um dos doze o trairia, e o designou dizendo que seria aquele que pusesse a mão no prato; e quando disse que Pedro o negaria.

Útil lembrar, por fim, que embora imensamente distantes da grandeza espiritual dos auxiliares mais próximos do Mestre, somos, por nossa vez, alvo dos convites da esfera superior para que, prosseguindo em nossas tarefas e responsabilidades, abandonemos as ilusões e hábitos menos felizes que tanto nos dificultam a marcha.

Que possamos, pois, permanecer atentos e dispostos à aceitação desses apelos amorosos, para que estejamos cada vez mais sintonizados com o bem, cuja presença em nossas vidas se faz acompanhar, invariavelmente, pela paz, a esperança e a alegria.

A Gênese (cap. 15, itens 8 e 9).


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Edição 2255 Dezembro 2015

Céu inferno_059_2ª parte cap. V - Suicidas - O pai e o conscrito

Céu inferno_059_2ª parte cap. V - Suicidas - O pai e o conscrito

TEXTO PARA ESTUDO

No começo da guerra da Itália, em 1859, um negociante de Paris, pai de família, gozando de estima geral por parte dos seus vizinhos, tinha um filho que fora sorteado para o serviço militar. Impossibilitado de o eximir de tal serviço, ocorreu-lhe a ideia de suicidar-se a fim de o isentar do mesmo, como filho único de mulher viúva. Um ano mais tarde, foi evocado na Sociedade de Paris a pedido de pessoa que o conhecera, desejosa de certificar-se da sua sorte no mundo espiritual.

A S. Luís.) - Podereis dizer-nos se é possível evocar o Espírito a que vimos de nos referir?

R. Sim, e ele ganhará com isso, porque ficará mais aliviado.

1. - Evocação. - R. Oh! obrigado! Sofro muito, mas... é justo. Contudo, ele me perdoará.

Nota - O Espírito escreve com grande dificuldade; os caracteres são irregulares e mal formados; depois da palavra mas, ele para, e, procurando em vão escrever, apenas consegue fazer alguns traços indecifráveis e pontos. É evidente que foi a palavra Deus que ele não conseguiu escrever.

2. - Tende a bondade de preencher a lacuna com a palavra que deixastes de escrever.

R. Sou indigno de escrevê-la.

3. - Dissestes que sofreis; compreendeis que fizestes muito mal em vos suicidar; mas o motivo que vos acarretou esse ato não provocou qualquer indulgência?

R. A punição será menos longa, mas nem por isso a ação deixa de ser má.

4. - Podereis descrever-nos essa punição?

R. Sofro duplamente, na alma e no corpo; e sofro neste ultimo, conquanto o não possua, como sofre o operado a falta de um membro amputado.

5. - A realização do vosso suicido teve por causa unicamente a isenção do vosso filho, ou concorreram para ele outras razões?

R. Fui completamente inspirado pelo amor paterno, porém, mal inspirado. Em atenção a isso, a minha pena será abreviada.

6. - Podeis precisar a duração dos vossos padecimentos?

R. Não lhes entrevejo o termo, mas tenho certeza de que ele existe, o que é um alivio para mim.

7. - Há pouco não vos foi possível escrever a palavra Deus, e no entanto temos visto Espíritos muito sofredores fazê-lo: será isso uma consequência da vossa punição?

R. Poderei fazê-lo com grandes esforços de arrependimento.

8. - Pois então fazei esses esforços para escrevê-lo, porque estamos certos de que sereis aliviado. (O Espírito acabou por traçar esta frase com caracteres grossos, irregulares e trêmulos: - Deus é muito bom.)

9. - Estamos satisfeitos pela boa-vontade com que correspondestes à nossa evocação, e vamos pedir a Deus para que estenda sobre vós a sua misericórdia.

R. Sim, obrigado.

10. - (A S. Luís.) - Podereis ministrar-nos a vossa apreciação sobre esse suicídio?

R. Este Espírito sofre justamente, pois lhe faltou a confiança em Deus, falta que é sempre punível. A punição seria maior e mais duradoura, se não houvera como atenuante o motivo louvável de evitar que o filho se expusesse à morte na guerra. Deus, que é justo e vê o fundo dos corações, não o pune senão de acordo com suas obras.

OBSERVAÇÕES - À primeira vista, como ato de abnegação, este suicídio poder-se-ia considerar desculpável. Efetivamente assim é, mas não de modo absoluto. A esse homem faltou a confiança em Deus, como disse o Espírito S. Luís. A sua ação talvez impediu a realização dos destinos do filho; ao demais, ele não tinha a certeza de que aquele sucumbiria na guerra e a carreira militar talvez lhe fornecesse ocasião de adiantar-se. A intenção era boa, e isso lhe atenua o mal provocado e merece indulgência; mas o mal é sempre o mal, e se o não fora, poder-se-ia, escudado no raciocínio, desculpar todos os crimes e até matar a pretexto de prestar serviços.

A mãe que mata o filho, crente de o enviar ao céu, seria menos culpada por tê-lo feito com boa intenção? Aí está um sistema que chegaria a justificar todos os crimes cometidos pelo cego fanatismo das guerras religiosas.

Em regra, o homem não tem o direito de dispor da vida, por isso que esta lhe foi dada visando deveres a cumprir na Terra, razão bastante para que não a abrevie voluntariamente, sob pretexto algum. Mas, ao homem - visto que tem o seu livre arbítrio - ninguém impede a infração dessa lei. Sujeita-se, porém, às suas consequências. O suicídio mais severamente punido é o resultante do desespero que visa a redenção das misérias terrenas, misérias que são ao mesmo tempo expiações e provações. Furtar-se a elas é recuar ante a tarefa aceita e, às vezes, ante a missão que se deverá cumprir. O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais. Não se pode tachar de suicida aquele que dedicadamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante: primeiro, porque no caso não há intenção de se privar da vida, e, segundo, porque não há perigo do qual a Providência nos não possa subtrair, quando a hora não seja chegada. A morte em tais contingências é sacrifício meritório, como ato de abnegação em proveito de outrem.

(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens nos. 5, 6, 18 e 19.)

QUESTÕES PARA ESTUDO

1.Qual foi a circunstância atenuante para este caso de suicídio?

2.Bastaria a este espírito esta circunstância para se aliviado de seu sofrimento?

3.Essa atitude, a qual teve como base o amor paterno, é de todo desculpável? Que consequência poderia ter esse ato para o filho?

CONCLUSÃO

1.O pai acreditava estar fazendo o bem ao filho impedindo, com sua morte, que ele fosse para a guerra.

2.Não. Como em qualquer outra circunstância faltosa, o espírito terá que responder por ela, embora sua "pena" possa ser suavizada no momento em que ele se deu conta de seu engano e se arrependeu.


3.Desculpável até o ponto em que ele acreditava que estava certa sua atitude, mas com este ato, ele teria impedido que o seu filho passasse pelas provas necessárias a sua evolução.

terça-feira, 26 de abril de 2016

CONSEQUÊNCIAS

CONSEQUÊNCIAS

D. Villela


Habituamo-nos, no Espiritismo, a estudar a Lei de Causa e Efeito, identificando-lhe a atuação nas ocorrências da vida comum. Sabemos, por isso, que não se trata de um processo simples, mecânico, mas, pelo contrário, muito complexo, pois leva em conta fatores pessoais e circunstanciais que se influenciam reciprocamente e cuja ação, além disso, não é limitada pelo tempo, isto é, as consequências de atos praticados há muitas décadas, ou mesmo séculos, ao se apresentarem, podem ser modificadas por atitudes que assumimos poucos dias ou até horas antes.


Sem dúvida as religiões da Antiguidade continham também esse conceito, mas sob forma ainda imprecisa e desfigurada pela superstição e pela falta de informações (punições materiais eternas, incomunicabilidade entre encarnados e desencarnados, atuação de seres demoníacos, etc.).


Outro aspecto significativo que a Doutrina Espírita veio revelar acerca do tema é a imensa importância do bem que praticamos, cujas consequências são permanentes, ao passo que aquelas decorrentes de nossos erros são invariavelmente limitadas, esgotando-se em certo momento mas deixando-nos valioso cabedal de experiência. Devemos entender que essa assimetria é natural, de vez que o bem, expressando alinhamento com as Leis Divinas, tende sempre a se fortalecer e consolidar, enquanto o mal  o afastamento voluntário daquelas leis  se enfraquece e anula em virtude da Lei de Progresso, devido a nossas ações corretivas e nossa reforma íntima. Evidenciam-se aí, ainda uma vez, a bondade e a sabedoria do Criador, que fazem com que até mesmo faltas e equívocos, pelos resultados que produzem, contribuam para o nosso adiantamento. Em O Céu e o Inferno, bem como em obras doutrinárias posteriores à Codificação, essa lei é abordada com maior amplitude por meio de exemplos cuidadosamente analisados.


Há ainda dois importantes aspectos a focalizar. Primeiramente, estudando a Causalidade  da qual a grande maioria não cogita, mesmo quando tenha noções a respeito, por informação religiosa  somos, no âmbito espírita, convidados a utilizar conscientemente tal conhecimento, identificando aspectos positivos e negativos de nosso comportamento, com vistas ao fortalecimento dos primeiros e a correção dos últimos.


Por outro lado, embora a consequência do bem seja sempre a felicidade, passamos a interpretá-la de maneira nova e mais consentânea com a realidade, afastando-nos da visão tradicional, de feição individualista, que propõe ajudar os outros para ganhar o céu, um céu de facilidades, com repouso e ausência de problemas.


Com a mensagem espírita começamos a perceber que a vivência do bem amplia nossas possibilidades de ação, habilitando-nos a estender ainda mais a esperança, a alegria e a paz nos corações alheios, identificando, assim, a nossa felicidade com a de nossos semelhantes na aplicação efetiva do mandamento divino ama ao teu próximo como a ti mesmo.


O Evangelho segundo do Espiritismo (capítulo 2, item 3).



SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Edição 2258 Março 2016
 Publicação digital, sob responsabilidade da Federação Espírita Brasileira. Distribuição mensal e gratuita

18 A FÉ ATIVA CONSTRUINDO UMA NOVA ERA #CARÁTER E CONSEQUENCIAS DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

A Fé Ativa construindo uma Nova Era 18

Módulo/Eixo Temático: A Fé Ativa

Caráter e Consequências das Manifestações Espíritas

(Allan Kardec, in “Obras Póstumas” – cap. III)

1. As almas ou Espíritos daqueles que viveram constituem o mundo invisível que povoa o espaço, e no meio do qual nós vivemos; disso resulta que, desde que há homens, há Espíritos, e que se estes últimos têm o poder de se manifestar, devem tê-lo feito em todas as épocas. É o que constatam a história e as religiões de todos os povos.

Entretanto, nestes últimos tempos, as manifestações dos Espíritos tomaram um grande desenvolvimento, e adquiriram um maior caráter de autenticidade, porque estava nos objetivos da Providência pôr um termo à praga da incredulidade e do materialismo, por provas evidentes, permitindo àqueles que deixaram a Terra virem atestar a sua existência, e nos revelar a sua situação feliz ou infeliz.

2. Vivendo o mundo visível no meio do mundo invisível, com o qual está em contato perpétuo, disso resulta que reagem incessantemente um sobre o outro. Essa reação é a fonte de uma multidão de fenômenos considerados sobrenaturais por falta de lhes conhecer a causa.

A ação do mundo invisível sobre o mundo visível, e reciprocamente, é uma das leis, uma das forças da Natureza necessária à harmonia universal, como a lei da atração; se ela viesse a cessar, a harmonia seria perturbada, como num mecanismo do qual uma engrenagem viesse a ser suprimida. Estando essa ação fundada sobre uma lei da Natureza, disso resulta que todos os fenômenos que ela produz nada têm de sobrenatural. Não pareceram tais senão porque não se lhes conhecia a causa; assim se deu com certos fenômenos da eletricidade, da luz, etc.

3. Todas as religiões têm por base a existência de Deus, e por objetivo o futuro do homem depois da morte. Esse futuro, que é para o homem de um interesse capital, está necessariamente ligado à existência do mundo invisível; também o conhecimento desse mundo foi feito, em todos os tempos, o objeto de suas pesquisas e de suas preocupações. Sua atenção, naturalmente, foi levada sobre os fenômenos tendentes a provarem a existência desse mundo, e deles não há, mais concludentes, do que a manifestação dos Espíritos, pelas quais os próprios habitantes do mundo revelam a sua existência; foi por isso que esses fenômenos se tornaram a base da maioria dos dogmas de todas as religiões.

4. Tendo o homem, instintivamente, a intuição de um poder superior, foi levado, em todos os tempos, a atribuir à ação direta desse poder os fenômenos cuja causa lhe era desconhecida, e que passavam, aos seus olhos, por prodígios e efeitos sobrenaturais. Essa tendência é considerada, por alguns incrédulos, como a consequência do amor do homem pelo maravilhoso, mas não procuram a fonte desse amor do maravilhoso; ela está muito simplesmente na intuição mal definida de uma ordem de coisas extracorpóreas. Com o progresso da ciência e o conhecimento das leis da Natureza, esses fenômenos, pouco a pouco, passaram do domínio do maravilhoso ao dos efeitos naturais, de tal sorte que o que parecia outrora sobrenatural não o é mais hoje, e que o que o é ainda hoje, não o será mais amanhã.

Dependendo os fenômenos da manifestação dos Espíritos, por sua própria natureza, forneceram um grande contingente aos fatos reputados maravilhosos; mas deveria vir um tempo em que a lei que os rege sendo conhecida, eles reentrariam, como os outros, na ordem dos fatos naturais. Esse tempo chegou, e o Espiritismo, fazendo conhecer essa lei, dá a chave da maioria das passagens incompreendidas das Escrituras sagradas deles fazendo alusão, e de fatos olhados como miraculosos.

5. O caráter do fato miraculoso é de ser insólito e excepcional; é uma derrogação às leis da Natureza; desde que um fenômeno se reproduz em condições idênticas, é que ele está submetido a uma lei, e não é miraculoso. Essa lei pode ser desconhecida, mas nem por isso ela existe menos; o tempo se encarrega de fazê-la conhecer.

O movimento do Sol, ou melhor, da Terra, parado por Josué seria um verdadeiro milagre, porque seria uma derrogação manifesta da lei que rege o movimento dos astros; mas se o fato pudesse se reproduzir nas condições dadas, é que estaria submetido a essa lei, e cessaria, por conseguinte, de ser miraculoso.

6. É erradamente que a Igreja se assuste em ver se restringir o círculo dos fatos miraculosos, porque Deus prova melhor a sua grandeza e o seu poder pelo admirável conjunto de suas leis, do que por algumas infrações a essas mesmas leis, e isso enquanto ela atribui ao demônio o poder de fazer prodígios, o que implicaria que o demônio, podendo interromper o curso das leis divinas, seria tão poderoso quanto Deus. Ousar dizer que o Espírito do mal pode suspender a ação das leis de Deus, é uma blasfêmia e um sacrilégio.

A religião, longe de perder a sua autoridade naquilo que fatos reputados miraculosos passem para a ordem dos fatos naturais, não pode com isso senão ganhar; primeiro, porque, se um fato é erradamente reputado miraculoso, é um erro, a religião não pode senão perder apoiando-se sobre um erro, se, sobretudo, ela se obstinasse em olhar como um milagre o que não o seria; em segundo lugar, quantas pessoas, não admitindo a possibilidade dos milagres, negam os fatos reputados miraculosos, e, por consequência, a religião que se apoia sobre esses fatos; se, ao contrário, a possibilidade desses fatos está demonstrada como consequência das leis naturais, não há mais lugar para recusá-los, não mais do que a religião que os proclama.

7. Os fatos constatados pela ciência, de maneira peremptória, não podem ser negados por nenhuma crença religiosa contrária. A religião não pode senão ganhar em autoridade, seguindo o progresso dos conhecimentos científicos, e perder em permanecer atrasada ou em protestar contra esses mesmos conhecimentos em nome dos dogmas, porque nenhum dogma poderia prevalecer contra as leis da Natureza, nem anulá-las; um dogma fundado sobre a negação de uma lei da Natureza não pode ser a expressão da verdade.

O Espiritismo, fundado sobre o conhecimento de leis incompreendidas até este dia, não vem destruir os fatos religiosos, mas sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional; ele não vem destruir senão as falsas consequências que deles foram deduzidas, em consequência da ignorância dessas leis, ou de sua interpretação errônea.

8. A ignorância das leis da Natureza, levando o homem a procurar causas fantásticas para os fenômenos que não compreende, é a fonte das ideias supersticiosas, das quais algumas são devidas aos fenômenos espíritas mal compreendidos: o conhecimento das leis que regem esses fenômenos destrói essas ideias supersticiosas, conduzindo as coisas à realidade, e mostrando o limite do possível e do impossível.