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quarta-feira, 11 de março de 2009

PORQUÊ E COMO VIGIAR E ORAR


Vigilância e oração são imprescindíveis ao aperfeiçoamento espiritual do homem.

“Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, disse Jesus a seus discípulos, que não conseguiam permanecer em vigília e oração com ele, pouco antes de ser preso.

Essa frase continua importante e indispensável a todos, principalmente, aos que procuram viver em harmonia com a lei do bem.

Vigiar, como verbo intransitivo, significa velar, estar atento, estar desperto.

Vivendo em um mundo onde o mal e o bem se mesclam e se confundem, irradiação do que temos e do que somos, interiormente, precisamos estar sempre vigilantes e atentos ao que se passa ao redor e dentro de nós, para evitarmos erros de interpretação ao que acontece exteriormente e às reações equivocadas de nossa parte.

Assim, podemos e devemos adquirir o hábito de estar atentos aos nossos pensamentos, preferencialmente, no momento que surjam e, dependendo do seu teor, afastá-los ou continuar com eles. 

Toda vez que nos pegarmos em flagrante, com um pensamento negativo, seja de raiva, ódio, desânimo, tristeza, ou outros, paremos e reflitamos sobre o que deu origem a eles. O estímulo pode ser exterior ou interior a nós. De qualquer maneira despertou um sentimento criado e alimentado por nós, quando ainda não tínhamos a intenção de seguir o exemplo de Jesus.

Pode ser também – e isso é muito freqüente - que continuamos a alimentá-lo, na existência atual, apesar do nosso desejo de seguir Jesus, porque é sempre difícil substituir hábitos antigos por novos.

Trazemos, em nosso inconsciente, experiências já vividas, muitos sentimentos e emoções recalcados, situações não resolvidas que, em dadas circunstâncias, vêm à tona, muitas vezes surpreendendo até a nós próprios.

“Renascemos na Terra com as forças desequilibrantes do nosso pretérito para as tarefas do reajuste. Nas raízes de nossas tendências encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Não te proponhas desse modo, atravessar o mundo sem tentações. Elas nascem de ti mesmo e alimentam-se de ti quando não as combates...” (1)

Também, através da mediunidade generalizada, que é “a disposição natural do espírito para expandir-se, projetar-se e entrar em relação com outros espíritos”, encarnados ou desencarnados, e que todos a possuem, estamos, constantemente, conversando, dialogando com Espíritos que nos querem ajudar ou obsessores, respondendo a inquirições sobre nós ou sobre determinadas pessoas, através dos nossos pensamentos (2).

Jesus, O Mestre Maior, sabia das nossas dificuldades interiores, compadecia-se dos seus irmãos tão imperfeitos na escala evolutiva e ensinava-nos, com palavras simples, lições de profunda sabedoria, como: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação.”

Vigiando nossos pensamentos, analisando-os, olhando dentro de nós mesmos, vamos perceber que eles apenas refletem nossos sentimentos bons e maus, positivos e negativos. 

Uma maneira de estarmos atentos a esses pensamentos é vigiarmos as sensações físicas que eles provocam em nós, se agradáveis ou desagradáveis. Percebendo o teor da sensação provocada, chegamos ao que sentimos. Todo pensamento nosso é fruto do que sentimos em relação a um estímulo.

Além do vigiar, mandou-nos Jesus orar. Sim, só vigiar não basta, devido à nossa imperfeição no uso das faculdades do espírito. Precisamos também orar, entrarmos em sintonia com a Espiritualidade Maior, para que possamos ser ajudados na análise dos nossos pensamentos e sentimentos, afastar os maus e os prejudiciais, sintonizando-nos com o bem. Nossos amigos espirituais atendem ao nosso apelo, fortalecendo nossa vontade de aprender e de lutar contra o mal que criamos dentro de nós. 

Somos ainda muito imperfeitos para lutar sozinhos. Sempre que necessário, busquemos o auxílio do Alto, principalmente, em nossas batalhas internas.

Sigamos, pois, o “Vigiai e Orai” que Jesus nos deixou e vivamos com mais segurança e alegria na busca da harmonização conosco e com os demais. 

Bibliografia:

1 : Fonte Viva, Emmanuel, médium Francisco C. Xavier Lição110 : Vigiemos e Oremos

2 : Mediunidade, Herculano Pires, capítulo 2, página 19 da primeira edição.

 

Ribeirão Preto, maio de 2002. 

Leda de Almeida Rezende Ebner

 

Março de 2006, edição n°. 242

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