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quinta-feira, 31 de março de 2016

ESTUDO 55 O LIVRO DOS MÉDIUNS ITENS 164 E 16

O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPITULO XIV

OS MÉDIUNS

Médiuns sensitivos ou impressionáveis e médiuns audientes
Estudo 55 - Item 164 e 165

              Relembramos que são chamados médiuns os que possuem uma sensibilidade acentuada e que servem de intermediários entre os dois mundos: espiritual e material.
Sensitivos são pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão geral ou local, vaga ou material.
Médiuns sensitivos ou impressionáveis: São assim designadas as pessoas capazes de sentir a presença dos Espíritos por uma vaga impressão, uma espécie de arrepio geral que elas mesmas não sabem o que seja. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, de maneira que a impressionabilidade é antes uma qualidade geral do que especial: é a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual não se deve confundi-la, pois há pessoas que são neuricamente sensíveis e sentem mais ou menos a presença dos Espíritos, ao passo que outras muito suscetíveis absolutamente não os percebem.
Essa faculdade se desenvolve com o hábito e pode atingir uma tal sutileza que a pessoa dotada reconhece, pela sensação recebida, não só a natureza boa ou má do Espírito que se aproximou, mas também a sua individualidade, como o cego reconhece, por um certo não sei que, a aproximação desta ou daquela pessoa. Ela se torna, em relação aos Espíritos, um verdadeiro sensitivo. Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, pelo contrário é penosa, angustiante e desagradável; tem como que um cheiro de impureza.
Médiuns Audientes
São os que ouvem a voz dos Espíritos. Como foi explicado ao tratar da pneumatofonia, é algumas vezes uma voz interna que se faz ouvir no foro íntimo. De outras vezes é uma voz externa, clara e distinta como a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem assim conversar com os Espíritos. Quando adquirem o hábito de comunicar-se com certos Espíritos, os reconhecem imediatamente pelo timbre da voz. Quando não se possui essa faculdade, pode-se também comunicar com um Espírito através de um médium audiente, que exerce o papel de intérprete.
Esta faculdade é muito agradável quando o médium só ouve Espíritos bons ou somente aqueles que ele chama. Mas não se dá o mesmo quando um Espírito mau se apega a ele, fazendo-lhe ouvir a cada minuto as coisas mais desagradáveis e algumas vezes mais inconvenientes. É necessário então tratar de desembaraçar-se, pois são sinais característicos de influência espiritual obsessiva, uma vez que os Espíritos mais elevados não se impõem em nossas vivências.
Em nosso próximo estudo abordaremos os médiuns falantes.
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XIV - 2ª Parte
Tereza Cristina D'Alessandro
Março / 2006

Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto - SP 

quarta-feira, 30 de março de 2016

A FÉ ATIVA CONSTRINDO UMA NOVA ERA - 12 OS MILAGRES DO EVANGELHO

A Fé Ativa construindo uma Nova Era 12
Módulo/Eixo Temático: A Fé Ativa

 Os Milagres do Evangelho 
(Allan Kardec, in “A Gênese” – cap. XV)
Curas
Ressurreições
A filha de Jairo
37. - Tendo Jesus passado novamente, de barca, para a outra margem, logo que desembarcou, grande multidão se lhe apinhou ao derredor. Então, um chefe de sinagoga, chamado Jairo, veio ao seu encontro e, ao aproximar-se dele, se lhe lançou aos pés, - a suplicar com grande instância, dizendo: Tenho urna filha que está no momento extremo; vem impor-lhe as mãos para a curar e lhe salvar a vida.
Jesus foi com ele, acompanhado de grande multidão, que o comprimia.
Quando Jairo ainda falava, vieram pessoas que lhe eram subordinadas e lhe disseram: Tua filha está morta; por que hás de dar ao Mestre o incômodo de ir mais longe? - Jesus, porém, ouvindo isso, disse ao chefe da sinagoga: Não te aflijas, crê apenas. - E a ninguém permitiu que o acompanhasse, senão a Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Chegando a casa do chefe da sinagoga, viu ele uma aglomeração confusa de pessoas que choravam e soltavam grandes gritos. - Entrando, disse-lhes ele: Por que fazeis tanto alarido e por que chorais? Esta menina não está morta, está apenas adormecida. - Zombavam dele. Tendo feito que toda a gente saísse, chamou o pai e mãe da menina e os que tinham vindo em sua companhia e entrou no lugar onde a menina se achava deitada. - Tomou-lhe a mão e disse:
Talitha cumi, isto é: Minha filha, levanta-te, eu to ordeno. - No mesmo instante a menina se levantou e se pôs a andar, pois contava doze anos, e ficaram todos maravilhados e espantados. (S. Marcos, cap. V, vv. 21 a 43.)
Filho da viúva de Naim
38. - No dia seguinte, dirigiu-se Jesus para uma cidade chamada Naim; acompanhavam-no seus discípulos e grande multidão de povo. - Quando estava perto da porta da cidade, aconteceu que levavam a sepultar um morto, que era filho único de sua mãe e essa mulher era viúva; estava com ela grande número de pessoas da cidade. - Tendo-a visto, o Senhor se tomou de compaixão para com ela e lhe disse: Não chores. - Depois, aproximando-se, tocou o esquife e os que o conduziam pararam. Então, disse ele: Mancebo, levanta-te, eu o ordeno. - Imediatamente, o moço se sentou e começou a falar. E Jesus o restituiu à sua mãe.
Todos os que estavam presentes ficaram tomados de espanto e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo. - O rumor desse milagre que ele fizera se espalhou por toda a Judéia e por todas as regiões circunvizinhas. (S. Lucas, cap. VII, vv. 11 a 17.)
39. - Contrário seria às leis da Natureza e, portanto, milagroso, o fato de voltar à vida corpórea um indivíduo que se achasse realmente morto. Ora, não há mister se recorra a essa ordem de fatos, para ter-se a explicação das ressurreições que Jesus operou.
Se, mesmo na atualidade, as aparências enganam por vezes os profissionais, quão mais frequentes não haviam de ser os acidentes daquela natureza, num país onde nenhuma precaução se tomava contra eles e onde o sepultamento era imediato5. É, pois, de todo ponto provável que, nos dois casos acima, apenas síncope ou letargia houvesse. O próprio Jesus declara positivamente, com relação à filha de Jairo: Esta menina, disse ele, não está morta, está apenas adormecida.
Dado o poder fluídico que ele possuía, nada de espantoso há em que esse fluido vivificante, acionado por uma vontade forte, haja reanimado os sentidos em torpor; que haja mesmo feito voltar ao corpo o Espírito, prestes a abandoná-lo, uma vez que o laço perispirítico ainda se não rompera definitivamente. Para os homens daquela época, que consideravam morto o indivíduo desde que deixara de respirar, havia ressurreição em casos tais; mas, o que na realidade havia era rara e não ressurreição, na acepção legítima do termo.
40. - A ressurreição de Lázaro, digam o que disserem, de nenhum modo infirma este princípio. Ele estava, dizem, havia quatro dias no sepulcro; sabe-se, porém, que há letargias que duram oito dias e até mais. Acrescentam que já cheirava mal, o que é sinal de decomposição. Esta alegação também nada prova, dado que em certos indivíduos há decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte, havendo em tal caso cheiro de podridão. A morte só se verifica quando são atacados os órgãos essenciais à vida.
5Uma prova desse costume se nos depara nos Atos dos Apóstolos, cap. V, vv. 5 e seguintes. "Ananias, tendo ouvido aquelas palavras, caiu e rendeu o Espírito e todos os que ouviram falar disso foram presas de grande temor. - Logo, alguns rapazes lhe vieram buscar o corpo e, tendo-o levado, o enterraram. - Passadas umas três horas, sua mulher (Safira), que nada sabia do que se dera, entrou. – E Pedro lhe disse... etc. - No mesmo instante, ela lhe caiu aos pés e rendeu o Espírito. Aqueles rapazes, voltando, a encontraram morta e, levando-a, enterraram-na junto do marido."
E quem podia saber que Lázaro já cheirava mal? Foi sua irmã Maria quem o disse. Mas, como o sabia ela? Por haver já quatro dias que Lázaro fora enterrado, ela o supunha; nenhuma certeza, entretanto, podia ter. (Cap. XlV, nº 29.) 6
6 O fato seguinte prova que a decomposição precede algumas vezes a morte. No Convento do Bom Pastor, fundado em Toulon, pelo padre Marin, capelão dos cárceres, e destinado às decaídas que se arrependem, encontrava-se uma rapariga que suportara os mais terríveis sofrimentos com a calma e a impassibilidade de uma vítima expiatória. Em meio de suas dores parecia sorrir para uma visão celestial. Como Santa Teresa, pedia lhe fosse dado sofrer mais, embora suas carnes já se achassem em frangalhos, com a gangrena a lhe devastar todos os membros. Por sábia previdência, os médicos tinham recomendado que fizessem a inumação do corpo, logo após o trespasse. Coisa singular! Mal a doente exalou o último suspiro, cessou todo o trabalho de decomposição; desapareceram as exalações cadaverosas, de sorte que durante 36 horas pôde o corpo ficar exposto às preces e à veneração da comunidade.
Jesus caminha sobre a água
41. - Logo, fez Jesus que seus discípulos tomassem a barca e passassem para a outra margem antes dele, que ficava a despedir o povo. - Depois de o ter despedido, subiu a um monte para orar e, tendo caído a noite, achou-se ele sozinho naquele lugar.
Entrementes, a barca era fortemente açoitada pelas ondas, em meio do mar, por ser contrário o vento. - Mas, na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando por sobre o mar 7.
7 O lago de Genesaré ou de Tiberíades.
- Quando eles o viram andando sobre o mar, turbaram-se e diziam: É um fantasma e se puseram a gritar amedrontados. Jesus então lhes falou dizendo: Tranquilizai-vos, sou eu, não tenhais medo.
Pedro lhe respondeu: Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro, caminhando sobre as águas. Disse-lhe Jesus: Vem. Pedro, descendo da barca, caminhava sobre a água, ao encontro de Jesus. Mas, vindo um grande vento, ele teve medo; e como começasse a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Logo, Jesus, estendendo-lhe a mão, disse:
Homem de pouca fé! Por que duvidaste? - E, tendo subido para a barca, cessou o vento. - Então, os que estavam na barca, aproximando- se dele o adoraram, dizendo: És verdadeiramente filho de Deus, (S. Mateus, cap. XIV, vv. 22 a 33.)
42. - Este fenômeno encontra explicação natural nos princípios acima expostos, cap. XIV, nº 43.
Exemplos análogos provam que ele nada tem de impossível, nem de miraculoso, pois que se produz sob a ação das leis da Natureza. Pode operar-se de duas maneiras.
Jesus, embora estivesse vivo, pôde aparecer sobre a água, com uma forma tangível, estando alhures o seu corpo. É a hipótese mais provável. Fácil é mesmo descobrir-se na narrativa alguns sinais característicos das aparições tangíveis. (Cap. XIV, nos 35 a 37.)
Por outro lado, também pode ter sucedido que seu corpo fosse sustentado e neutralizada a sua gravidade pela mesma força fluídica que mantém no espaço uma mesa, sem ponto de apoio. Idêntico efeito se produz muitas vezes com os corpos humanos.
Transfiguração
43. - Seis dias depois, tendo chamado de parte a Pedro, Tiago e João, Jesus os levou consigo a um alto monte afastado 8 e se transfigurou diante deles. - Enquanto orava, seu rosto pareceu inteiramente outro; suas vestes se tornaram brilhantemente luminosas e brancas qual a neve, como não há pisoeiro na Terra que possa fazer alguma tão alva. - E eles viram aparecer Elias e Moisés, a entreter palestra com Jesus.
8 O Monte Tabor, a sudoeste do lago de Tabarich e a 11 quilômetros a sudeste de Nazaré, com cerca de 1.000 metros de altura.
Então, disse Pedro a Jesus: Mestre, estamos bem aqui; façamos três tendas: uma para ti, outra para Moisés, outra para Elias. - É que ele não sabia o que dizia, tão espantado estava.
Ao mesmo tempo, apareceu uma nuvem que os cobriu; e, dessa nuvem, uma voz partiu, fazendo ouvir estas palavras: Este é meu Filho bem-amado; escutai-o.
Logo, olhando para todos os lados, a ninguém mais viram, senão a Jesus, que ficara a sós com eles.
Quando desciam do monte, ordenou-lhes ele que a ninguém falassem do que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. - E eles conservaram em segredo o fato, inquirindo uns dos outros o que teria ele querido dizer com estas palavras: Até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dentre os mortos. (S. Marcos, cap. IX, vv. 1 a 9.)
44. - É ainda nas propriedades do fluido perispirítico que se encontra a explicação deste fenômeno. A transfiguração, explicada no cap. XIV, nº 39, é um fato muito comum que, em virtude da irradiação fluídica, pode modificar a aparência de um indivíduo; mas, a pureza do perispírito de Jesus permitiu que seu Espírito lhe desse excepcional fulgor. Quanto à aparição de Moisés e Elias cabe inteiramente no rol de todos os fenômenos do mesmo gênero. (Cap. XIV, nos 35 e seguintes.)

De todas faculdades que Jesus revelou, nenhuma se pode apontar estranha às condições da humanidade e que se não encontre comumente nos homens, porque estão todas na ordem da Natureza. Pela superioridade, porém, da sua essência moral e de suas qualidades fluídicas, aquelas faculdades atingiam nele proporções muito acima das que são vulgares. Posto de lado o seu envoltório carnal, ele nos patenteava o estado dos puros Espíritos.

ESTUDO # 54 O LIVRO DOS MÉDIUS - ITENS 162 E 163

O LIVRO DOS MÉDIUNS
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO XIV


OS MÉDIUNS

Médiuns de efeitos físicos

Estudo 54 - Itens 162 e 163

Relembrando o estudo anterior vimos que os fenômenos de efeitos físicos impressionam e servem, muitas vezes, para despertar o interesse pela Doutrina, mas o que realmente interessa é esta, com suas consequências morais e espirituais.
Considerando as condições em que acontecem e o que provocam afirma Allan Kardec que, algumas vezes, a Ciência submeteu criaturas frágeis e delicadas a torturas morais e físicas com o objetivo de evitar que praticassem fraudes, o que são sempre prejudiciais ao organismo dos sensitivos, podendo acarretar graves desordens à sua economia orgânica. A Ciência Espírita tem outro objetivo e exige outros métodos de investigação. Esses fenômenos pertencem mais à ordem moral do que à ordem física e será em vão que se buscará suas solução nas nossas Ciências exatas.
Por serem tais fenômenos mais de ordem moral, deve-se evitar, com cuidado, todos os motivos de superexcitação da imaginação. Sabe-se quantos acidentes pode produzir o medo e não desconhecemos quantos casos de loucura e neuroses são provocadas por estórias de lobisomens e bichos-papões. Que aconteceria, então, se pudessem persuadir a todos de que se trata do diabo? Os que procuram convencer os outros dessas idéias não sabem a responsabilidade que assumem: eles podem matar, e esse perigo existe não só para o paciente, mas também para os que o cercam.
Esta crença funesta é que foi causa de tantos atos de atrocidade nos tempos de ignorância. Entretanto, se houvesse um pouco mais de discernimento, teria ocorrido aos que os praticaram que não queimavam o diabo, por queimarem o corpo que supunham possesso do diabo. Desde que do diabo é que queriam livrar-se, ao diabo é que era preciso matassem. Esclarecendo-nos sobre a verdadeira causa de todos esses fenômenos, a Doutrina Espírita lhe dá o golpe de misericórdia. Longe, pois, de concorrer para que tal idéia se forme, todos devem, e este é um dever de moralidade e de humanidade, combatê-la onde exista.
O que há a fazer-se, quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso natural: a Natureza é mais prudente do que os homens. A Providência tem seus desígnios e aos maiores destes pode servir de instrumento a mais pequenina das criaturas. Porém, forçoso é convir, o fenômeno assume por vezes proporções fatigantes e importunas para toda gente, tal como é relatado por Allan Kardec na Revista Espírita de 1858, com os comentários e explicações necessárias, e que pode ser considerado um dos fatos mais extraordinários desta natureza, pela variedade e singularidade dos fenômenos. Ocorreu em 1852, no Palatinado (Baviera renana), em Bergzabern, perto de Wissemburg. É tanto mais notável, quando se percebe, reunidos no mesmo indivíduo, quase todos os gêneros de manifestações espontâneas: estrondos de abalar a casa, móveis derrubados, arremesso de objetos ao longe por mãos invisíveis, visões e aparições, sonambulismo, êxtase, catalepsia, atração elétrica, gritos e sons aéreos, instrumentos tocando sem contato, comunicações inteligentes, etc. e, o que não é de somenos importância, a comprovação destes fatos, durante quase dois anos, por inúmeras testemunhas oculares, dignas de crédito pelo saber e pelas posições sociais que ocupavam. A narração autêntica dos aludidos fenômenos foi publicada, naquela época, em muitos jornais alemães e, especialmente, numa brochura hoje esgotada e raríssima. Além do empolgante interesse que tais fenômenos despertam, eles são eminentemente instrutivos, do ponto de vista do estudo prático do Espiritismo.
Eis, então, o que em todos os casos importa fazer-se. No capítulo V - Das manifestações físicas espontâneas, encontramos orientações a este respeito, dizendo ser preciso entrar em comunicação com o Espírito, para dele saber-se o que quer. O meio seguinte também se funda na observação.
Os seres invisíveis, que revelam sua presença por efeitos sensíveis, são, em geral, Espíritos de uma ordem inferior e que podem ser dominados pelo ascendente moral. A aquisição deste ascendente é o que se deve procurar.
Para alcançá-lo, preciso é que o indivíduo passe do estado de médium natural ao de médium voluntário. Produz-se, então, efeito análogo ao que se observa no sonambulismo. Como se sabe, o sonambulismo natural cessa geralmente, quando substituído pelo sonambulismo magnético. Não se suprime a faculdade, que tem a alma, de emancipar-se; dar-se-lhe outra diretriz. O mesmo acontece com a faculdade mediúnica. Para isso, em vez de impedir as manifestações, coisa que raramente se consegue e que nem sempre deixa de ser perigosa, o que se tem de fazer é levar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse meio, chega o médium a sujeitá-lo e, de um dominador às vezes tirânico, faz um ser submisso e, não raro, dócil. Fato digno de nota e que a experiência confirma é que, em tal caso, uma criança tem tanta e, por vezes, mais autoridade que um adulto: mais uma prova a favor deste ponto capital da Doutrina, que o Espírito só é criança pelo corpo; que tem por si mesmo um desenvolvimento necessariamente anterior à sua encarnação atual, desenvolvimento que lhe pode dar ascendente sobre Espíritos que lhe são inferiores. A moralização de um Espírito, pelos conselhos de uma pessoa influente, do ponto de vista moral, e experiente, não estando o médium em estado de o fazer, constitui freqüentemente meio muito eficaz. É o que ocorre em reuniões mediúnicas que tem por objetivo o socorro espiritual e a desobsessão.
Concluindo esse estudo ressaltamos a importância da educação mediúnica como meio para dar ao médium o equilíbrio e a segurança que lhe são necessários, e só adquiridos através do esforço no estudo, na prática do Bem, na perseverança em direção ao caminho Maior.

Em nosso próximo estudo veremos Médiuns sensitivos ou impressionáveis.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - "O Livro dos Médiuns" - 2a Ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XIV - 2a Parte.

Tereza Cristina D'Alessandro
Fevereiro / 2006


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br



Ribeirão Preto - SP

terça-feira, 29 de março de 2016

Dicas Para Estudar O Evangelho 5
SEMU - Sociedade Espírita Mãos Unidas - Ivan Renê Franzolim

O que se conhece dos apóstolos

Novo Testamento


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Evangelho Mateus – o publicano - Levi, - filho de Alfeu
Capítulos 28
Versículos106 - 8
Data Provável Após 70 d.C.
Língua provável Grego, possível Aramaico
Local provável Síria
Autor provável Discípulo ignorado de Mateus
Escrito para: Judeus
Objetivo Divulgar a mensagem de Cristo
Quem é o autor- judeu culto – conhecedor das escrituras e das tradições


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Evangelho Marcos
Capítulos 16
Versículos 661
Data Provável Entre 65 a 70 dC
Língua provável Grego
Local provável Roma
Autor provável João Marcos, companheiro de Pedro e Paulo
Escrito para: Novos cristãos
Objetivo Apresentar a Boa Nova de Jesus
Quem é o autor- intérprete de Pedro - judeu nativo de Jerusalém


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Evangelho Lucas
Capítulos 24
Versículos 114 – 9
Data Provável Após 70 dC
Língua provável Grego
Local provável Grego – Acaia –Beócia – Grécia – Roma - Antioquia
Autor provável companheiro de João Marcos
Escrito para: Teófilo
Objetivo Para melhor conheceres a firmeza da Doutrina em que fostes instruído
Quem é o autor médico, gentio – companheiro de Paulo - autor de Atos dos Apóstolos


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Evangelho João
Capítulos 21
Versículos 879
Data Provável90 dC
Língua provável Grego
Local provável Éfeso
Autor provável Discípulo ignorado de João
Escrito para: Judeus
Objetivo Para que creais em Jesus e crendo tenhais a vida em seu nome
Quem é o autor – intérprete do pensamento de João - autor do Apocalipse


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Evangelho Atos dos Apóstolos
Capítulos 28
Versículos 968


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Evangelho Apocalipse de João
Capítulos 22
Versículos 405
Autor provável João Evangelista


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo Aos Romanos (1)
Capítulos16
Versículos 433
Data Provável 57/58
Local provável Corinto


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo 1ª aos Corintos 1
Capítulos 16
Versículos 437
Data Provável 55/56
Local provável Éfeso


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo 2ª aos Coríntios 1
Capítulos 13
Versículos 256
Data Provável 55/56
Local provável Filipos


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo Aos Gálatas1
Capítulos 6
Versículos 149
Data Provável 57
Local provável
Autor provável Éfeso


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo Aos Efésios 2
Capítulos 6
Versículos 133
Data Provável 61
Local provável Roma(cativeiro)
Autor provável Secretário


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo Aos Filipenses 1
Capítulos 4
Versículos 104
Data Provável 56
Local provável Roma, Éfeso ou Cesaréia


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo Aos Colossenses 2
Capítulos 4
Versículos 95
Data Provável 60
Local provável Roma (cativeiro)
Autor provável Secretário


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo 1ª aos Tessalonicenses 1
Capítulos 5
Versículos 89
Data Provável 50/51
Local provável Corinto


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo 2ª aos Tessalonicenses 2
Capítulos 3
Versículos 47
Data Provável 50/51
Local provável Corinto


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo 1ª à Timóteo 2, 3
Capítulos 6
Versículos 113
Data Provável 55 ou 58
Local provável Creta (?)
Autor provável Secretário


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo 2ª à Timóteo 2, 3
Capítulos 4
Versículos 83
Data Provável 58 ou 61
Local provável Creta (?)
Autor provável Secretário


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo À Tito 2, 3
Capítulos 3
Versículos 46 
Data Provável 57 ou 58
Local provável Creta (?)
Autor provável Secretário


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo À Filemon 1
Capítulos 
Versículos 25
Data Provável 61
Local provável Éfeso, Cesaréia ou Roma (cativeiro)
Autor provável Paulo


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Epístolas de Paulo Aos Hebreus 2, 4
Capítulos 13
Versículos 303
Data Provável 80
Autor provável Discípulo de Paulo


1 = Consideradas de autoria incontestável;

2 = Há dúvidas quanto a autoria;

3 = Conhecidas como as pastorais;

4 = Emmanuel afirma em “Paulo e Estevão” que Paulo a escreveu do próprio punho;

Documento Atual Documento Original Características


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas Tiago 2
Capítulos 5
Versículos 107 
Data Provável 90 a 100


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas 1ª Pedro
Capítulos 5
Versículos 105
Data Provável 64 a 67 70 a 110


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas 2ª Pedro 2
Capítulos 3
Versículos 61
Data Provável 70 e 125
Quem é o autor Testamento espiritual de Pedro


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas 1ª João 5
Capítulos 
Versículos 105
Data Provável 90 a 100
Objetivo Mesmo autor do 4º Evang.


 Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas 2ª João 2, 5
Capítulos 1
Versículos 13 
Data Provável 90 a 100
Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas 3ª João 2, 5
Capítulos 1
Versículos 15 
Data Provável 90 a 100


Documento Atual   -   Documento Original   -   Características
Outras epístolas Judas 2
Capítulos 
Versículos 25 
Data Provável 80 e 90
Língua provável
Local provável
Autor provável
Escrito para:
Objetivo Irmão de Jesus
Quem é o autor Previne contra alguns cristãos hereges


2 = Há dúvidas quanto a autoria;

5 = Alternativas sobre o autor:

a) João evangelista,

b) João chefe da igreja de Éfeso,


c) discípulo de João.