NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
CONSUMA COM MODERAÇÃO
A maioria das norte-americanas tem em média 19 pares de sapatos, embora só usem quatro pares regularmente, e chegam mesmo algumas delas a esconder os sapatos que compram dos maridos, receando críticas. É o que apontou uma pesquisa do Centro Nacional de Pesquisas do Consumidor para a revista de compras ShopSmart. O estudo revelou ainda que, das 1.057 mulheres entrevistadas, 15% têm mais de 30 pares de sapatos; 13% escondem suas aquisições de seus parceiros; e seis em cada dez delas se arrependem de pelo menos um par de sapatos comprado.
Falo com freqüência com mulheres que têm uns 400 pares de sapatos. Uma mulher com quem falei tinha 400 pares, dos quais 300 eram botas pretas até o joelho disse a especialista em sapatos Meghan Cleary, que também apresenta um programa de TV chamado Shoe Terapy (sapato-terapia), transmitido por um canal de compras.
A reportagem, divulgada em 10 de setembro pela agência de notícias Reuters, é assinada pela jornalista Belinda Goldsmith e pode ser lida na íntegra na página http://noticias.click21.com.br/artigo_53683html.
No livro Vereda familiar, psicografado por José Raul Teixeira e publicado pela Editora Frater, a benfeitora espiritual Thereza de Brito aborda a questão do consumismo doméstico, ao qual dedica todo um capítulo da obra.
Ninguém está impedido de consumir, de obter pequenos supérfluos, atendendo ao gosto pela vida e às possibilidades que ela consente diz Thereza. Contudo pondera , o excesso (...) certamente será a geratriz de tormento sem conta, nos caminhos terrenos.
E complementa: Alguém poderá banquetear-se nos melhores restaurantes, gastando o próprio dinheiro como queira. Porém, se a seu lado algum irmão padece fome, sem contar com sua cooperação amiga, estará consignado o crime de lesa-fraternidade.
Alguém poderá viver as férias viajando por toda parte, nos mais modernos aviões ou nos mais caros cruzeiros, despendendo suas moedas valiosas. Mas, se a seu redor algum companheiro desloca-se a pé para atender aos deveres, por falta de recurso para a mínima condução, aí estará o ônus moral, caracterizando o acinte às Leis de Amor.
Alguém poderá viver na mais suntuosa mansão, no palácio mais exuberante, rodeado por todas as facilidades que o progresso da tecnologia permita, aplicando suas riquezas mais grandiosas. Todavia, se na sua estrada comum houver um ser que não tenha o mínimo teto para albergar-se, nisso estará assinalado o egoísmo infelicitador, demarcando com perspectivas expiatórias os passos futuros.
Alguém terá condições de vestir-se com as mais formosas sedas, com os mais custosos linhos, nos galarins da moda mais atual, empregando seus ganhos abundantes.
Porém, se no circuito da sua existência algum irmão estiver ao frio, tiritante ou desnudo, sem um pano qualquer que o resguarde, aí estará o crime da indiferença, responsável por dores morais dantescas.
E prossegue a autora, afirmando que o problema não está em ter isso ou ter aquilo.
Está sim no modo como as coisas são tidas, obtidas e mantidas. E pondera sobre a importância de se buscar viver com pouco ou com muito, sem que se escravize aos gastos improcedentes, frutos da ilusão da propaganda, aquisições que logo estarão nas gavetas, nos cantos de armários, nos porões, sem utilidade.
Quando descubra que o seu lar, atrelado ao consumismo tresloucado, ajuntou coisas e coisas que não são usadas, faça as passar a outras mãos, com a sua vibração de fraternidade, é certo, mas também, com o compromisso de você realizar o esforço da educação das suas despesas, sem que se faça sovina ou onzenário, porém, responsável multiplicador dos bens divinos que, por agora, você administra conclui.
Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 3/11/2007 no 2066
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