LIVRO É NOTÍCIA
SOMOS SEIS
Na apresentação que faço do livro, do qual participei na condição de entrevistador das famílias envolvidas e com comentários sobre as mensagens recebidas pelo Chico, lembro, de início, que os jovens estão de volta. E de fato, em 1975, um ano antes, foi lançado com estruturação muito semelhante Jovens no além, sobre a história de quatro jovens que retornam do Plano Espiritual para conversar com os familiares queridos.
Em 1976, atendendo a generoso convite do Chico, recolhi informações e dados surpreendentes a respeito dos seis jovens, quatro dos quais já conhecidos de Jovens no além e dois heroicamente imolados no incêndio do Edifício Joelma, ocorrido em fevereiro de 1974.
Augusto César, Carlos Alberto, Jair Presente e Wadyzinho, já nossos conhecidos de Jovens no além, e Volkimar e Wilson compõem os seis jovens de Somos seis.
Tanto Volkimar como Wilson trazem-nos a dura experiência da desencarnação dramática no incêndio do Joelma, que entristeceu São Paulo e o Brasil. Assim como ocorrera em Jovens no além, tive a oportunidade de visitar e de manter longos diálogos com os familiares da Volkimar e do Wilson, na capital paulista.
Por força da obrigação de descrever o que ocorrera em toda a sua extensão na indelével tragédia do Joelma, semelhante à que acontecera no Andrauss, dois anos antes, procurei na época munir-me de informações, relatos, depoimentos, muito enriquecidos com a vivência de José da Fonseca, residente em Santos, litoral paulista, que participou de todo o episódio envolvendo o Andrauss. A ele, rendo minhas homenagens, com o mesmo carinho que o faço aos jovens desencarnados que participam de Somos seis, a seus familiares e, naturalmente, a Chico Xavier, cujas mensagens, recebidas com lágrimas insopitáveis, constituem belos testemunhos sobre a realidade da vida após a morte.
Estive em Santos para colher o rico depoimento do Fonseca, além de assistir a raro filme que ele obtivera na época a respeito do incêndio do Andrauss, que insisto, marcou-nos a todos, tanto quanto o do Joelma, ambos os episódios almas gêmeas de dor.
Na leitura do livro Somos seis, o leitor poderá concluir a importância da mensagem trazida pelos jovens, renovando a esperança de seus pais, irmãos e familiares, com a certeza de que seus filhos não morreram.
Como nesta carta da jovem Volquimar dirigida à sua mãe, em que fala dos fatos ocorridos durante o incêndio e oferece duas valiosas lições:
Esforcei-me por atingir algum meio para a descida, mas isso se fazia impraticável.
Com alguns poucos que me podiam ouvir, subimos apressadamente para os cimos do prédio. A esperança nos helicópteros estava em nossa cabeça, mas era muito difícil abraçar tantos para o regresso à rua com recursos tão poucos. Entendi tudo e orei. Orei como nunca, lembrando toda a vida num momento só. (...) Tudo atravessei com a prece no coração. E posso dizer a você, mãezinha querida, que um brando torpor me invadiu, pouco a pouco. (...) Compreendi que não estávamos à beira de uma libertação para o mundo e sim na margem da Vida Espiritual que devíamos aceitar com fé em Deus. E aceitei. (...) Essa atitude de prece e de aceitação me auxiliou e me colocou em posição de ser socorrida.
O livro Somos seis, que tem ajudado a enxugar as lágrimas de tantas famílias que perderam entes queridos, está hoje na sua 17a edição, com mais de 115 mil exemplares vendidos. A publicação é do Grupo Espírita Emmanuel (GEEM), que atende a pedidos na Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 2.857 Vila Alves Dias CEP 09851-003 São Bernardo do Campo, SP telefone (11) 4109-7122.
Caio Ramacciotti
Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 4/9/2004 - no 1901
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