DOS CONFRADES
QUESTÕES DE FAMÍLIA
Therezinha Oliveira
Examinando a nossa família, constatamos que ela não parece ser uma reunião de Espíritos afins e amigos entre si, uma família espiritual. Mas ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso não existe na obra da Criação, nos esclarece Emmanuel, em Leis de Amor, prosseguindo: Nos elos da consanguinidade através das portas benditas da reencarnação, reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram ao destino pelos vínculos do bem ou do mal.
Então, a família que temos é a que fomos construindo ao longo das existências. Traduz não somente nossas afinidades espirituais, mas também expiações inadiáveis ou provas necessárias e, em alguns casos, ensejo abençoado de realizarmos uma boa obra em especial.
No âmbito da família, com alguns combinamos bem, por semelhança de tendências (boas ou más), ou porque a pessoa é bondosa e afável para com todos e, portanto, conosco também. Com outros nós damos mal, por sermos opositores desta ou de vidas anteriores, cabendo-nos evitar o agravamento da situação e, se possível, nos perdoarmos e reajustarmos reciprocamente.
Também podemos não gostar de familiares que são corretos, disciplinados, trabalhadores e responsáveis e, neste caso, talvez estejamos rejeitando a ação de protetores encarnados.
Os que na família são carentes, dependentes de nós, podem representar alguém a quem devemos recuperação e ajuda, ou alguém em quem temos uma oportunidade de testemunhar a fraternidade pura. Os que parecem muito diferentes dos demais membros da nossa família são criaturas que nos servem de prova ou aprendizado, testando-nos as virtudes, ensinando-nos ângulos diferentes da vida e dos seres.
Sendo heterogênea, constituída por tipos humanos muito variados, a família nos enseja extensa gama de experiências e realizações e, por isso mesmo, se constitui, no momento, no grupo mais apropriado para favorecer a nossa maior evolução. Ou, como diz Emmanuel, no mesmo livro: No mundo, o lar é a primeira escola de reabilitação e do reajuste.
A grande e única questão é saber como agir perante essa família. Recomenda-nos Emmanuel que, para essa realização, devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender a vencer, na luta doméstica.
Não se trata de vencermos uns aos outros, mas de nos vencermos a nós próprios e nos sobrepormos às dificuldades na convivência. Triunfar sobre as nossas imperfeições, controlar a agressividade, superar o egoísmo e a tendência à inércia, a fim de sairmos vitoriosos na grande oportunidade de reajuste e progresso espiritual que a vida em família nos enseja.
Você está triunfando assim na luta doméstica, familiar, no dia-a-dia? Aceite, então, os nossos mais efusivos cumprimentos:
- Parabéns!
Alavanca, órgão da União das Sociedades Espíritas USE Intermunicipal de Campinas (Caixa Postal 774 CEP 13001-970 Campinas, SP www.aleph.com.br/useic).
Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 25/9/2004 - no 1904
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