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terça-feira, 5 de abril de 2016

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA - UMA DOCUMENTADA EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA

UMA DOCUMENTADA EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE

Herminio C. Miranda

Pam Reynolds, uma jovem senhora de 35 anos de idade, casada e mãe de três filhos, estava sendo preparada para uma delicada e urgente cirurgia cerebral. O Dr. Spetzler a avisara que teriam de paralisar-lhe o coração e retirar todo o sangue de seu corpo, para o procedimento conhecido como circulação extracorpórea.

Em outras palavras, Pam estaria clinicamente morta cerca de uma hora enquanto estivesse sendo operada. Amarraram-lhe os membros, lubrificaram-lhes os olhos e os vendaram com uma fita adesiva.

Já anestesiada, a paciente percebeu que fora como que ejetada para fora do próprio corpo, fixando-se em um posto de observação por trás do ombro do médico.

Mesmo com os olhos totalmente vendados, via o cirurgião empunhando um estranho aparelho semelhante a uma escova de dentes elétrica e ouviu uma voz de mulher declarar que seus vasos sanguíneos eram muito apertados.

Notou, sem compreender, que trabalhavam em suas virilhas, mas aquilo era impossível  pensou  pois ela estava sendo submetida a uma cirurgia cerebral, que nada tinha a ver com suas pernas. Ou será que tinha?

O instrumento parecido com uma escova de dentes  saberia depois  era uma serra e o trabalho nas virilhas fora necessário para introduzir os cateteres até o coração, a fim de proceder a drenagem do sangue para a anunciada circulação extracorpórea.

Feito isso, o monitoramento da parafernália tecnológica indicou que Pam acabara, literalmente, de morrer.

Já no outro lado da vida, ela se encontrou com sua falecida avó e alguns amigos e parentes, igualmente mortos, mas que, paradoxalmente, estavam muito bem vivos. Em outras palavras: Pam vivenciava uma experiência de quase morte (EQM, em português, e NDE  near death experience, em inglês).

Ao retornar ao corpo físico, depois de concluída a cirurgia, narrou à estarrecida equipe médica o que acabara de observar. O comentário do Dr. Spetzler foi curto e enfático: Isso está muito além de minha área de especialidade  disse ele. Ou seja, não tinha como explicar como é que uma pessoa clinicamente morta, os olhos vendados, cérebro e coração paralisados, pudesse ter visto o que vira e pensado o que pensara.
Anita Bartholomew, autora do texto que nos serviu para elaborar esse resumo (revista Seleções, julho de 2004), deu conta de casos semelhantes e realizou algumas pesquisas adicionais para substanciar seu texto, como, por exemplo, a de consultar a eminente Dra. Susan Blackmore, professora de uma universidade inglesa. Se o caso que você descreve é verdadeiro  respondeu Blackmore por e-mail  toda a ciência precisa ser reescrita.

A ilustre cientista prefere, portanto, entender que a história não está bem contada; haveria no relato, a seu ver, alguma imprecisão insanável.

Trata-se de reconhecida autoridade de categoria internacional e merece todo o respeito que lhe é devido e precisa ser ouvida com atenção.

Por acaso, assisti na TV o documentário acerca da cirurgia feita na senhora Reynolds, e mais ainda, tenho comigo o livro Dying to live (Morrendo para viver), da Dra. Blackmore. Na sua opinião, os fenômenos ocorridos na EQM são meramente fisiológicos e se passam, basicamente, no âmbito do cérebro. Entende, ainda, que as alucinações são provocadas pela chamada anoxia ou anóxia (o Aurélio registra ambas). Ou seja, falta de oxigenação cerebral.

Consultada a respeito, uma entidade espiritual à qual muito respeito e admiro, declarou, em suma, que a anoxia é consequência e não causa das vidências e demais fenômenos tidos por alucinações.

Acrescentou que, em estado de repouso  relaxamento, sonho, anestesia  o organismo precisa de menos oxigênio, como se pode observar na hibernação de certos animais.

Para a ciência, morto não pode pensar, nem ver coisa alguma porque seu cérebro estaria igualmente morto. Para os que se acham informados da realidade espiritual, o cérebro físico não passa de uma sofisticada aparelhagem biológica por onde circulam impulsos e comandos provenientes de outro cérebro não físico localizado no corpo energético, que conhecemos sob o nome de perispírito.

Você escolhe...

Não tenho qualquer preparo científico para entrar nesse debate de gente grande.

Reservo-me, contudo, o direito a algumas observações que você que me lê pode tomar como reflexões de um ignaro escriba.

Para mim, a novidade mais antiga do mundo é a da sobrevivência do ser à morte corporal e, paradoxalmente, a mais rejeitada, pelo menos desde que o chamado racionalismo se impôs como norma para lidar com o aprendizado da vida. A partir daí, ignorar a realidade espiritual  que não apenas nos envolve por toda parte, mas está dentro de cada um de nós  tornou-se elegante e pressupõe elevado status intelectual e cultural aos negadores de plantão.

Cada vez que ocorre um fenômeno insólito, não faltam declarações destinadas a minimizar seu inevitável impacto.

Tudo bem com os que assim pensem.

Há que reconhecer que têm suas razões para fazê-lo, mesmo porque se aquilo for mesmo verdadeiro, então a ciência precisa ser reescrita.

E isto seria um horror!

Caso o leitor e a leitora desejem saber minha opinião, fico com os ignorantes, ao mesmo tempo em que reitero meu convicto respeito pelos que pensam de modo diverso. No contexto da realidade espiritual, o regime é honesta e sadiamente democrático.

Acontece, contudo, que dúvidas, descrenças e negações em nada alteram a verdade que se encontra à espera de todos nós do outro lado da vida. É só esperar...

Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 4/9/2004 - no 1901

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