SERVIR
Ivone Molinaro Ghiggino
Do mesmo modo que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir... Jesus (Mateus, 20:28).
Deus criou seus filhos (nós) por amor e para amar. Pai soberanamente justo e bom (1), amorosamente nos envolve em sua divina providência.
Confiou-nos a Jesus, nosso Irmão Maior, a fim de que cuidasse de nós, servindo-nos de guia e modelo (2), amparando-nos e sendo para nós carinhoso farol para nossa evolução.
Para isso, seus Emissários de Luz estão sempre nos enviando conselhos e mensagens de incentivo ao esforço do progresso, dirimindo dúvidas e exortando ao trabalho edificante.
Eles nos asseveram que todos nós, estudantes-aprendizes do Evangelho do Cristo,
devemos empenhar-nos em transformar a nossa existência no eterno afã de servir, seguindo o exemplo de nosso Irmão Maior.
E isso se aplica tanto aos Espíritos já desencarnados quanto a nós, que nos encontramos mergulhados no escafandro da carne ainda tão pesado e que torna difícil, para muitos, a recepção de influências benévolas e educadoras.
Dizem-nos esses Embaixadores do Bem que se faz mister nos desliguemos das amarras da inércia, da intolerância e da ociosidade, buscando vislumbrar o fanal de amor que existe em nossos corações, retirando daí a energia sacrossanta que nos permitirá enxergar os irmãos à nossa volta, caminheiros da vida como nós!
Portanto, não tardemos!
Não desperdicemos nosso tempo, que é mais um bendito talento recebido de nosso Pai. Como na tão elucidativa Parábola dos Talentos (3), também prestaremos contas dele no momento devido.
Não desaproveitemos as horas, que se assemelham às águas de um rio: as que passam não voltam mais.
Disponhamo-nos logo a servir!
E o que é servir? Ser e vir!
Interessante analisarmos esses dois verbos.
É, primeiramente, ser um Espírito consciente de sua criação, sua essência, e sua destinação gloriosa.
Ser o filho de Deus, criatura imortal, que alcançará a felicidade através da sua reforma íntima.
Ser aquele que já se dedica ao aprendizado do amor, que une pensamentos,
sentimentos e ações em todo o Cosmos.
Ser, enfim!
Não estar, pois isso é passageiro...
Ser! Sempre ser!
E, então, vir: vir entusiasta para o trabalho que lhe cabe.
Vir para executar a missão que lhe toca no contexto da Terra e do Universo.
Vir para cumprir as palavras do Cristo, para que faça brilhar a sua luz (4).
Como esse ser é irmão de seus irmãos, ele virá de mãos estendidas e de coração e mente abertos em prol dos sofredores e necessitados, transfundindo-lhes vibrações salutares, modificando-lhes, pouco a pouco, o cerne íntimo, que irá atuar sobre seu corpo perispirítico, o qual, por sua vez, amenizará os desacertos fisiológicos.
E sendo o Espírito que quer avançar, aquele que já aprende a amar virá a todos e com todos, estimulando, ao seu redor, a compreensão de que todos pertencemos à mesma família universal!
Servir! Ser e vir!
Como Jesus foi e É a luz do nosso caminho para o Pai...
Como Ele veio e vem até nós, a fim de iluminar mais e mais esse caminho...
E servir é fazer luz! (5)
Sirvamos sempre, em nome do Pai e do Mestre Amado!
∗
(1) “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec: primeira parte, questão 13.
(2) Idem: terceira parte, questão 625.
(3) Parábola dos Talentos: Evangelho de Mateus, cap. 25: 14 a 30.
(4) Evangelho de Mateus, cap. 5:16.
(5) “Segue-me Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo Fazer luz.
Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Março 2013 no 2222
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