CARL JUNG E O MUNDO DOS ESPÍRITOS
Uma série de três artigos foi publicada pela centenária revista italiana Luce e Ombra (Luz e Sombra), enfocando as experiências mediúnicas do fundador da moderna psiquiatria, Carl Gustav Jung (1785-1961), que privou da convivência do igualmente famoso Sigmund Freud (1856-1939), considerado o Pai da Psicanálise. Jung, porém, por aceitar a reencarnação e a comunicabilidade dos Espíritos, deu um largo passo para melhor conhecer e compreender determinados sintomas da loucura, visões, sonhos e algumas manifestações patológicas mal interpretadas pela ciência, como, por exemplo, a catalepsia, vista pelo cientista da psique como um determinado tipo de mediunidade. No primeiro dos artigos, divulgados pela revista italiana e assinado pela médium e divulgadora espírita Paola Giovetti, importantes revelações são feitas e narrada a intimidade do Dr. Jung em reuniões mediúnicas, sem esquecer de trazer à tona como tudo havia começado para o jovem Carl Jung, desde tenra idade. Ele sabia do teor dos diálogos mantidos pelo seu pai com o Espírito Emilie, que fora nada mais nada menos que sua mãe, desencarnada quando era ainda bem pequeno. Esses encontros, entre o pai e o Espírito da mãe, eram tão frequentes e levados a sério que o pai de Jung mantinha uma cadeira propositadamente vazia em seu escritório, para acomodar o Espírito visitante e com ele manter longos diálogos.
E estas tertúlias provocaram ciúme na nova esposa, pois o pai de Jung era casado em segundas núpcias. Donde se pode concluir pela autenticidade do fenômeno, e neste caso específico, que o Sr. Jung fosse médium auditivo e muito bem dotado de mediunidade de vidência.
Eis, sem dúvida, o ponto de partida, o toque inicial que iria se desenvolver no correr dos anos e que acompanharia Carl Jung por toda a sua existência terrena, fazendo dele um grande estudioso dos fenômenos mediúnicos e deles tirando substanciosos ensinamentos e provas contundentes da comunicabilidade entre encarnados e desencarnados.
O segundo artigo, também divulgado no mesmo número da revista, pois estão sequenciados, descreve a intimidade de Carl Jung na Suíça e é o resultado de uma visita que lhe foi feita em março de 1949 pelo estudioso da fenomenologia espírita Gastone de Boni, amigo de Ernesto Bozzano.
Foi uma longa e proveitosa entrevista, que revelou interessantes detalhes sobre o comportamento de Jung, que residia então às margens do lago de Zurique, num pequeno castelo onde vivia com a família, também conhecido como La Torre.
Diante daquele estudioso e divulgador espírita, Carl Jung sentiu-se bem à vontade para comentar suas experiências e oferecer ao entrevistador uma série de fotos, inclusive com a família, e que foram estampadas pela revista para ilustrar os referidos artigos.
Nesta entrevista, Jung estendeu-se sobre o assunto, e esse rico diálogo entre ambos veio contribuir para uma melhor apreciação sobre a real personalidade do Dr. Jung e de como este via e interpretava a à mediunidade e os Espíritos que se serviam deste veículo de comunicação entre os mundos físico e material.
No terceiro artigo apresentado pela revista, o último da série, temos a assinatura do atual presidente da Fondazione Biblioteca Bozzano De Boni, Massino Biondi, que dá um enfoque ampliado da vivência de Jung junto aos médiuns e aos Espíritos.
Igualmente contribui com uma riqueza de detalhes curiosos e valiosos sobre a infância de Carl Gustav Jung. Evidentemente, e não poderia deixar de ser, o enfoque é sob as lentes do Espiritismo.
O primeiro artigo traz o sugestivo título O envolvimento de Carl Gustav Jung com as temáticas paranormais e espirituais.
O segundo é intitulado Uma visita a Carl Gustav Jung. E o terceiro e último da série, Horizontes espiritistas de Jung, que também traz revelações preciosas sobre as experiências mediúnicas vividas por Jung com dois grandes e reconhecidos médiuns austríacos, e da amizade entre Jung e o pesquisador Scherenck-Notzing.
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