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quinta-feira, 7 de abril de 2016

ESTUDO #8 O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - ITEM 5

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – VIII
POR ALLAN KARDEC
 As três revelações Moisés, Cristo, o Espiritismo Parte - 2

CAPÍTULO I – ITEM 5

O ESPIRITISMO

No estudo anterior, vimos as duas primeiras revelações: Moisés e Jesus. Vamos refletir um pouco sobre a terceira, que é o Espiritismo.

Por que Kardec, baseado nas revelações dos Espíritos, colocou esta nova doutrina como a terceira grande revelação?

No Evangelho de João, capítulo XIV: 15 a 17 e 26, encontramos: “E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." No capítulo XVI: 12 a 14 lemos:" Tenho ainda muito que vos dizer, mas não o podeis suportar agora; quando vier o Espírito de Verdade ele vos guiará a toda verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir."

O espiritismo veio no século XIX, quando a Ciência, não mais permitindo aos homens a aceitação do que sua razão não podia aceitar, propiciou-lhe a abertura intelectual necessária para compreender a Ciência do Espírito, a que veio revelar um novo mundo interagindo conosco, suas leis, seus habitantes, esclarecendo muitos dos ensinos de Jesus, até então aceitos sem ou com pouca compreensão.

O espiritismo desvendou aos homens esse mundo espiritual como “uma das forças vivas e, incessantemente, atuante da natureza, como a fonte de fenômenos, até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso!"

O espiritismo veio provar a imortalidade da alma, aceita e divulgada pelas religiões existentes.

Assim como Jesus, o espiritismo não veio revogar as leis do Pai, mas esclarecê-las com novas e comprovadas explicações, que tornaram muitos dos ensinos de Jesus, até então, aceitos somente pela fé dogmática, aceitáveis pela razão e portanto, facilitando a sua aplicação no viver cotidiano da Terra.

Cumpre desse modo, o espiritismo a promessa de Jesus de ensinar todas as coisas até então ocultas e de lembrar as que estivessem esquecidas, tornando mais claras as lições ensinadas, muitas sob a forma de alegorias.

É o novo Consolador porque consola através da razão, com explicações lógicas e claras, mostrando o que somos, de onde viemos, o que fazemos e para onde vamos, o porquê do sofrimento na Terra, ao mesmo tempo que desperta a nossa sensibilidade para o desenvolvimento do amor em nós.

Os princípios espíritas vão pouco a pouco, penetrando na mente e no coração dos homens, transformando - os em seres mais conscientes da justiça e do amor de Deus, das suas próprias potencialidades, das suas possibilidades infinitas que os levarão a viver o verdadeiro amor ao próximo, que tornarão a Terra no mundo de paz e felicidade, almejado por todos.

O espiritismo difere das outras duas revelações, porque não está centrada em ninguém, sendo o resultado dos ensinos dos Espíritos, através de médiuns de toda parte do mundo, Espíritos que ainda hoje continuam se manifestando, na tarefa de auxiliar o progresso moral da humanidade.

Allan Kardec não criou o espiritismo. Apenas percebeu nos fenômenos que surgiam por toda parte e que sempre existiram, leis novas e desconhecidas, dispondo-se a estudá-las, o que fez, codificando assim, a nova doutrina Criou a palavra espiritismo para destacar os novos ensinos do espiritualismo existente.

Se a característica da revelação de Moisés é a justiça, a do Cristo o amor, a do espiritismo é a verdade; não que as anteriores não tivessem também essa qualificação, mas porque veio trazer verdades que só então, o homem, mais esclarecido e mais amadurecido, poderia compreender, para melhor poder vivenciar as leis de Deus de dentro para fora, pela sua razão e sensibilidade.

A finalidade do espiritismo é o desenvolvimento da fé raciocinada, "que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade."

A missão do espiritismo é pois, a mesma de Moisés e de Jesus: auxiliar o progresso moral dos homens, a fim de que eles possam desenvolver-se na justiça, no amor e na verdade.

Jesus é o Espírito mais puro que já viveu na Terra, a quem Deus confiou a evolução dessa humanidade e continuará na direção dessa tarefa, enquanto esses Espíritos, sob a sua direção, não atingirem a perfeição e a felicidade possíveis.

Jesus é a porta para o reino Deus, o espiritismo é a chave que nos ajuda a transpô-la, facilitando a aplicação dos seus ensinos, mesmo em um mundo imperfeito como a Terra.


Leda de Almeida Rezende Ebner
Janeiro/2002


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto (SP)

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