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quinta-feira, 28 de abril de 2016

LEMBRANDO ARTHUR CONAN DOYLE

LEMBRANDO ARTHUR CONAN DOYLE

Prolífico escritor, o escocês Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), que também era médico, ganhou projeção mundial ao criar o detetive Sherlock Holmes, com o qual rompeu o estigma dos chamados romances policiais, em sua época tidos como subliteratura pela pouca qualidade. Com sua prodigiosa criatividade, Doyle escreveu histórias de investigação bem elaboradas, num estilo profundamente atrativo, que seguem encantando gerações. Não há livraria no mundo, aliás, que não tenha exemplares com as aventuras de Holmes e seu amigo Watson. Cartas chegam até hoje aos Correios de Londres endereçadas ao número 221B da Baker Street, a residência do personagem Holmes.

Mas, se foi grande a contribuição de Conan Doyle à literatura mundial, igualmente significativa foi sua atuação como divulgador dos preceitos espíritas, viajando até para outros países, para estudar e propalar suas descobertas, pelo que ficou conhecido como “o São Paulo do Espiritualismo”. Felizmente, um vídeo raríssimo disponibilizado na internet coloca em maior evidência esse outro lado do escritor, que, não fosse o apelo dos fãs, teria, em dado momento, posto um ponto final nas aventuras de Sherlock Holmes só para se dedicar mais àquele que se tornou seu principal objetivo de vida, “os assuntos psíquicos”. O vídeo, disponível em www.youtube.com/watch?v=8EOYl9Z0wB8, foi gravado no jardim da casa de Conan Doyle em Windlesham, Inglaterra, nele aparecendo também seu cãozinho Paddy, um Terrier irlandês.

“É curioso que minhas primeiras experiências nessa direção tenham ocorrido na época em que Sherlock Holmes estava sendo desenvolvido na minha mente. Isso foi por volta de 1886 e 1887. Dessa forma, não se pode dizer que desenvolvi minhas opiniões em assuntos psíquicos precipitadamente. Já se passaram 41 anos desde que escrevi um artigo a respeito, o qual foi publicado em uma revista chamada ‘Light’, e assim passei a me dedicar ao assunto” – diz o criador de Sherlock Holmes na gravação, que tem pouco mais de dez minutos, mas tempo suficiente para se sentir o seu elevado senso de humanidade e a profunda dedicação à tarefa que abraçou.

“Pouco a pouco fui me envolvendo e me convencendo, estudei o tema regularmente, mas foi apenas na época da guerra, quando nossos esplêndidos e jovens irmãos desapareciam da nossa vista, o mundo inteiro se perguntava: ‘O que terá sido feito deles?’, ‘Aonde estarão?’, ‘Que fazem agora?’, ‘Eles dissiparam-se no nada ou continuam a ser os grandes irmãos que conhecíamos?’ Foi só nesse momento que me apercebi da enorme importância que é para a humanidade conhecer mais esse assunto. Com isso, lancei-me mais seriamente ao assunto e senti que o propósito mais elevado que poderia dedicar a minha vida seria tentar divulgar a todo o mundo algo desse conhecimento e essa segurança que eu mesmo havia adquirido” – revela o escritor, que esteve na Austrália, Estados Unidos e África do Sul, observando médiuns e fenômenos mediúnicos diversos. “Sem dúvidas – prossegue ele – os resultados têm se justificado. Estou certo que poderia haver um quarto em minha casa com cartas que recebo relatando o consolo que meus escritos e minhas conferências sobre essa matéria têm proporcionado.”

Dentre os livros de conteúdo espírita escritos por Conan Doyle estão “A Nova Revelação” – o primeiro deles – e “A História do Espiritualismo”, recentemente lançado com nova tradução para o português pela Federação Espírita Brasileira (FEB), que também editou o outro título. Conan Doyle foi ainda responsável pela tradução, em 1924, do francês para o inglês, do livro “Jeanne D’Arc Medium” (Joana D’Arc Medium), de Léon Denis, também publicado em português pela FEB. Outras informações interessantes sobre o escritor podem ser encontradas na página da Sociedade Espírita Sir Arthur Conan Doyle, de Londres. Endereço:
http://sirconandoyle. wordpress.com.



SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Junho 2014 – no 2237

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