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sábado, 30 de abril de 2016

QUE O AMOR GOVERNE NOSSOS CORAÇÕES

QUE O AMOR GOVERNE NOSSOS CORAÇÕES



Renato Corsetti (foto) é italiano, tendo obtido seu PhD em Economia no ano de 1964 pela Universidade Dela Sapienza, em Roma. Posteriormente, passou a interessar-se pelo estudo de idiomas, tornando-se professor de psicopedagogia de linguagem e da comunicação naquela universidade. Seu interesse pelo Esperanto manifestou-se ainda na adolescência, logo integrando-se ao movimento esperantista entre os jovens, vindo a participar, posteriormente, de sucessivas diretorias da Associação Universal de Esperanto, cuja presidência exerceu no período 2001-2007. Atualmente, preside a Confederação Esperantista Italiana. Desde cedo mostrou-se igualmente sensível às questões sociais (desigualdades, injustiças), que se tornaram para ele também temas de estudo e participação.

No “Almanako Lorenz” (Almanaque Lorenz) de 2014, Corsetti comparece com um interessantíssimo artigo – cujo título aproveitamos para este singelo comentário –, no qual, com simplicidade, clareza e franqueza, analisa as forças que se opõem à melhoria das condições desumanas em que vivem populações inteiras em várias regiões do globo. Como ele bem observa, essas forças são as mesmas que dificultam a propagação mais ampla do Esperanto que, racionalmente, representa a solução mais simples, barata e justa para o problema da comunicação internacional.

Em sua abordagem interessantíssima, como dissemos, o Prof. Corsetti aponta o predomínio do antiamor nos corações como a principal causa desse panorama triste, no qual as revelações entre indivíduos e comunidades são governadas pelo apego ao poder e por interesses econômicos, destacando, por outro lado, a existência de pessoas – entre as quais inclui os espíritas e os esperantistas – que se propõem a mudar esse estado de coisas por meio da educação e não da violência.

Concordamos com ele, lembrando apenas que esse modelo de convivência decorre do egoísmo (antiamor como ele refere) e também do desconhecimento da realidade espiritual, o que leva a grande maioria a concentrar aspirações e esforços exclusivamente na vida material com despreocupação quanto a eventuais prejuízos a terceiros disso decorrentes.

Em 2001, ao ensejo do atentado terrorista às torres gêmeas em Nova York, um esperantista chileno se dirigiu a Renato Corsetti, então presidente da Associação Universal de Esperanto, indagando-lhe como via a posição dos esperantistas ante aquele exemplo de brutalidade. Recebeu dele, então, belíssima resposta, na qual, em termos simples, o Prof. Corsetti lembra que após todos os grandes desastres oriundos da própria natureza ou da insânia de alguns, pessoas existem que procuram somar esforços e reunir os recursos remanescentes, logo iniciando o trabalho de reconstrução. E acrescentou: “Nós, os esperantistas, esperamos pertencer a este grupo.”

E nós, os espíritas, também temos esta expectativa, conscientes de que o mal é invariavelmente transitório ante a permanência inexpugnável do bem, apoiado, sempre, pelas leis que governam a vida.

*

O artigo do Prof. Renato Corsetti pode ser lido na íntegra, em Esperanto, no “Almanako Lorenz 2014”, publicação da Associação Editora Espírita F.V. Lorenz, telefone (21) 2450-4768 e e-mail editora_lorenz@uol.com.br.



SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com

Março 2014 – no 2234

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