QUE O AMOR GOVERNE NOSSOS
CORAÇÕES
Renato Corsetti (foto) é italiano, tendo obtido seu PhD em Economia no
ano de 1964 pela Universidade Dela Sapienza, em Roma. Posteriormente, passou a interessar-se
pelo estudo de idiomas, tornando-se professor de psicopedagogia de linguagem e
da comunicação naquela universidade. Seu interesse pelo Esperanto manifestou-se
ainda na adolescência, logo integrando-se ao movimento esperantista entre os
jovens, vindo a participar, posteriormente, de sucessivas diretorias da
Associação Universal de Esperanto, cuja presidência exerceu no período
2001-2007. Atualmente, preside a Confederação Esperantista Italiana. Desde cedo
mostrou-se igualmente sensível às questões sociais (desigualdades, injustiças),
que se tornaram para ele também temas de estudo e participação.
No “Almanako Lorenz” (Almanaque Lorenz) de 2014, Corsetti comparece com
um interessantíssimo artigo – cujo título aproveitamos para este singelo comentário
–, no qual, com simplicidade, clareza e franqueza, analisa as forças que se
opõem à melhoria das condições desumanas em que vivem populações inteiras em
várias regiões do globo. Como ele bem observa, essas forças são as mesmas que
dificultam a propagação mais ampla do Esperanto que, racionalmente, representa
a solução mais simples, barata e justa para o problema da comunicação
internacional.
Em sua abordagem interessantíssima, como dissemos, o Prof. Corsetti
aponta o predomínio do antiamor nos corações como a principal causa desse
panorama triste, no qual as revelações entre indivíduos e comunidades são
governadas pelo apego ao poder e por interesses econômicos, destacando, por
outro lado, a existência de pessoas – entre as quais inclui os espíritas e os
esperantistas – que se propõem a mudar esse estado de coisas por meio da
educação e não da violência.
Concordamos com ele, lembrando apenas que esse modelo de convivência
decorre do egoísmo (antiamor como ele refere) e também do desconhecimento da
realidade espiritual, o que leva a grande maioria a concentrar aspirações e
esforços exclusivamente na vida material com despreocupação quanto a eventuais
prejuízos a terceiros disso decorrentes.
Em 2001, ao ensejo do atentado terrorista às torres gêmeas em Nova
York, um esperantista chileno se dirigiu a Renato Corsetti, então presidente da
Associação Universal de Esperanto, indagando-lhe como via a posição dos
esperantistas ante aquele exemplo de brutalidade. Recebeu dele, então,
belíssima resposta, na qual, em termos simples, o Prof. Corsetti lembra que
após todos os grandes desastres oriundos da própria natureza ou da insânia de
alguns, pessoas existem que procuram somar esforços e reunir os recursos
remanescentes, logo iniciando o trabalho de reconstrução. E acrescentou: “Nós,
os esperantistas, esperamos pertencer a este grupo.”
E nós, os espíritas, também temos esta expectativa, conscientes de que
o mal é invariavelmente transitório ante a permanência inexpugnável do bem,
apoiado, sempre, pelas leis que governam a vida.
*
O artigo do Prof. Renato Corsetti pode ser lido na íntegra, em Esperanto,
no “Almanako Lorenz 2014”, publicação da Associação Editora Espírita F.V.
Lorenz, telefone (21) 2450-4768 e e-mail editora_lorenz@uol.com.br.
SERVIÇO ESPÍRITA DE
INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Março 2014 –
no 2234
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