EDGAR EVANS CAYCE
Frederico Guilherme Kremer
Edgar Cayce, um dos maiores médiuns do século XX. Nascido em 18 de
março de 1877, na zona rural de Hopkinsville, Kentucky, nos Estados Unidos, foi
o mais velho de cinco irmãos. Ao longo de 43 anos da sua vida, Cayce realizou
mais de 13 mil sessões, onde, numa espécie de sono hipnótico, entrava num
transe inconsciente e receitava procedimentos médicos. Posteriormente, também
passou a escrever sobre outros temas.
Desde pequeno, Cayce demonstrou a sua paranormalidade, conversando com amigos
imaginários e com seu avô, já desencarnado.
Seus pais não se preocupavam, pois consideravam que estes seres seriam
fruto de uma imaginação fértil. Edgar desde cedo se afeiçoou à leitura
constante da Bíblia e se encantava com as histórias do Novo e do Velho
Testamento.
Em 1901, Edgar adoeceu gravemente e não melhorava. Foi quando então
entrou em transe e trouxe uma receita para si mesmo. Tinha início assim a sua
tarefa missionária. Aos 16 anos, teve que abandonar os estudos e trabalhar para
cooperar com o sustento da família. Inicialmente empregou-se numa livraria e,
posteriormente, aprendeu o ofício de fotógrafo.
Até 1923, as suas leituras eram apenas voltadas para a saúde, o que,
aliás, trouxe grande popularidade para ele nos Estados Unidos, não faltando
também as inevitáveis investigações das entidades de medicina.
A partir desse ano, ele também faria leituras sobre espiritualismo,
mistérios antigos e uma série de profecias.
Esta mudança ocorreu quando ele fez uma leitura para um amigo filósofo
que não estava interessado na sua saúde e sim nos mistérios de sua vida. Após o
transe, Edgar surpreendeu-se com a leitura que fizera, pois fazia referência a
vidas passadas do seu amigo. Pela primeira vez Edgar tomava conhecimento da
reencarnação. A partir de então, procurou estudar a grande lei e sua aderência
ao Novo Testamento e acabou por concluir que ela estava em sintonia com os
ensinamentos cristãos.
Em 1925, transferiu-se com a família, mulher e filhos, para Virginia
Beach. Em 1928, funda um hospital que, infelizmente, teve que fechar as portas
em 1931, devido à crise econômica que então atingia o mundo inteiro.
Edgar Cayce desencarnou em 3 de janeiro de 1945. Em 1944, recebera
orientação espiritual para realizar apenas duas sessões por dia. Entretanto,
condoído com a angústia da família americana, que enfrentava os horrores da
Segunda Guerra Mundial, passou a realizar sete reuniões diárias, o que acabou
desgastando o seu combalido organismo.
Com relação aos mistérios antigos, comentaremos dois deles trazidos na
década de 30. O primeiro acerca dos essênios.
Edgar afirmou que os essênios eram uma comunidade judaica rigorosa e
não uma ordem ascética como todos os pesquisadores na época acreditavam.
Posteriormente, na década de 40, foram descobertos os famosos manuscritos do
Mar
Morto, que trouxeram muitas informações sobre as crenças dos essênios.
Além disso, no local, foram encontradas sepulturas de homens e mulheres,
confirmando a tese da comunidade apresentada por Edgar.
O segundo, refere-se à civilização Atlante, comentada por Emmanuel no
livro “A Caminho da Luz”. Edgar previu que entre as patas da esfinge de Gizé,
situada perto do Cairo, no Egito, existiria uma espécie de câmara com escritos
referentes a esta grande civilização. No início da década de 90, pesquisadores
da Universidade de Boston, dos Estados Unidos, realizaram pesquisas na famosa
esfinge e detectaram a presença da referida câmara.
Além disso, analisando a erosão da esfinge, surpreenderam-se com o seu
padrão diferente das pirâmides que estão à sua volta.
Nas pirâmides, o padrão é horizontal, característica de uma erosão
causada pelos ventos. Na esfinge, a erosão é vertical, padrão causado pela
água. Aquela região desértica fora um vale florescente cerca de 10.000 anos
atrás. Neste caso precisamos aguardar para que as suas previsões sejam totalmente
confirmadas, visto que as autoridades egípcias dificilmente irão autorizar qualquer
escavação na esfinge de Gizé.
Finalmente, destacamos as grandes dificuldades para Edgar exercer o seu
mandato mediúnico. Ele não tinha uma equipe de encarnados ou mesmo um Centro
Espírita que lhe desse apoio. Além disso, foi criado com as interpretações
não-espíritas da Bíblia. Por fim, o grande médium sempre foi assediado pelos
interesses imediatistas.
Trabalhando inconscientemente, algumas vezes as questões eram
formuladas com base apenas no interesse material. Após estas leituras, Edgar
Cayce não passava bem e sempre buscava evitá-las.
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