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quinta-feira, 16 de abril de 2015

O GRÃO DE MOSTARDA

INDICE




OBJETIVO DO TEMA

Ø     O valor do Trabalho no BEM, por menor que seja, um dia  crescera e dará frutos;
Ø     Dar o devido  valor ao mundo Material, e, valorizar devidamente o Mundo Espiritual;

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL


O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec)
Capitulo
O Livro dos Espiritos – (Allan Kardec)
Questões

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR


Rodolfo Calligaris - Parabolas Evangelicas
Cairbar Schutel - Parabolas E Ensinos De Jesus



PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA E DO FERMENTO


“O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e lançou no seu campo.
Esse grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças, e se faz árvore, de tal modo que as aves vêm fazer ninho em seus ramos.

O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que ficasse levedada toda a massa.” (Mat. 13:31-33)

Temos aqui mais duas parábolas, pequeninas no texto, mas encerrando ensinamentos de grande relevância.
Em ambas, o reino dos céus é comparado aos fenômenos do crescimento e da expansão.
O grão de mostarda, tomado como símbolo na primeira, é, de fato, uma semente minúscula; mas, uma vez lançada a terra, auxiliada pela humildade, germina, deita raízes, através das quais assimila os elementos de que necessita; projeta-se então para o ar livre, e já agora, aos bafejas da luz e do calor solar, ramifica-se o seu caule, emite folhas, vai-se desenvolvendo mais e mais, até que reproduz a planta de onde proveio, tornando-se a maior das hortaliças, em cuja ramagem as aves podem pousar e até fazer os seus ninhos.
Assim acontece com a implantação do reino dos céus na alma humana.
Seja por indiferença religiosa, ou outra razão quaisquer, leva algum tempo para que ela adquira condições de receptividade favoráveis a tal evento.
Mas, sentido que seja esse avivamento interior, com a assimilação do Evangelho em espírito e verdade, um incoercível impulso de ascensão marca-lhe novos rumos à existência.
Embora presa às inibições do erro e da imperfeição, vislumbra nos altos cimos as esferas resplandecentes e gloriosas onde outras almas, mais evoluídas, gozam a plenitude da felicidade, e essa visão encoraja-a, empolga-a, dando-lhe forças para trabalhar, sem esmorecimento, no próprio crescimento.
O estudo e a pesquisa dilatam-lhe os horizontes de percepção; adquire uma fé viva e inabalável, porque baseada no conhecimento; expande-se sua consciência espiritual; o esforço e a boa vontade levam-na às mais esplêndidas realizações no campo do Bem; e assim, num aperfeiçoamento diuturno, vem a constituir-se um ponto de apoio a. outras criaturas, que dela se acercam, sequiosas de ajuda e refrigério para os seus males, como as aves buscam repouso na sombra amena e acolhedora do arvoredo.
Dia virá em que, de expansão em expansão, chegará a igualar-se ao divino modelo, tornando-se, então, uma alma cristianizada.
O fermento, a que se referiu o Mestre na segunda das parábolas em análise, colocado, igualmente, em pequena porção na massa de farinha, faz que, depois de algum tempo, toda ela fique levedada, determinando-lhe o crescimento, sem o que o pão se tornaria pesado, indigesto, e, portanto impróprio para o consumo, pelas fermentações e perigosos males que produziria no organismo.
O Entendimento Espiritual, semelhantemente, produz profunda e substancial modificação sobre todos os elementos da alma humana, transformando-os em preciosos fatores da Evolução.
Fá-la compreender que uma estreita solidariedade nos liga uns aos outros, que é ilusório querer-se avançar sozinho, pois o que não beneficia a todos, não beneficia realmente a ninguém.
Sem ele, porém, enceguecida pelos egoísmos pessoais, de classes e de raças, a Humanidade, desvirtuando o uso dos conhecimentos que possui, poderá resvalar para o abismo e para o caos, na mais terrível hecatombe de todos os tempos.
“Ainda que eu penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas, se não tiver caridade, nada sou” — disse 5. Paulo (1 Cor. 13:2).
Busquemos, pois, a Sabedoria, porquanto toda ciência é útil, mas busquemos em primeiro lugar aquilo que nos possibilite ajudar e servir ao próximo.
Assim fazendo, estaremos edificando, desde já. o reino dos céus em nossas almas.

Livro: Parabolas Evangelicas – Rodolfo Calligaris


PARÁBOLAS DO TESOURO ESCONDIDO E DA PÉROLA


“O reino dos céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo. É semelhante, ainda, a um negociante que buscava boas pérolas, e, tendo achado uma de grande valor, foi vender tudo o que possuía e a comprou.” (Mat. 13:44-46)

Nestas duas parábolas tão singelas quão expressivas, Jesus compara o reino dos céus a “um tesouro oculto no campo” e a “uma pérola de grande valor”, dizendo que aquele que tem a ventura de achá-los, é tomado de tal gozo que não titubeia em dispor de todos os seus haveres para adquiri-los.
Esse tesouro ou essa pérola, é bem de ver-se, não é senão a alma humana.
“O reino dos céus está dentro de vós”, dissera de outra feita o Divino Mestre, deixando bem claro que o reino celestial significa não um lugar no espaço, mas algo que se verifica no íntimo de cada um.
Geralmente, procura o homem edificar a felicidade sobre as posses materiais, a ascendência social, a fama ou a saúde, mas estas coisas são precárias e incertas, pois podem durar, no máximo, uma existência, enquanto um terremoto, uma enchente, um incêndio, os azares da fortuna, uns micróbios em seu sangue ou determinado humor em seus fluidos orgânicos não as arruinarem por completo.
Jazem ocultas, a milhões de criaturas, coisas mais belas e grandiosas: os bens espirituais, que são, aliás, os únicos valores reais e duradouros, ante os quais aquilo tudo pouco ou quase nada importa.
Possuir esses bens espirituais, as virtudes cristãs, é conquistar o reino dos céus, porque o conhecimento e o amor de Deus nos fazem desfrutar tal estado de paz e de alegria que nada e ninguém conseguirá destruir ou perturbar.
Por isso, como diz a parábola, quando alguém “descobre” no campo de si mesmo esse tesouro de tão subido valor, que é a própria alma, e a sabe imortal, e fadada a alcançar o mais excelso destino: sua integração à única Realidade Absoluta — Deus! — todas as ilusões da materialidade, todas as gloriosas do mundo, e até mesmo o bem-estar do corpo físico, se tornam de somenos importância. Então, cheio de júbilo, sabendo que a felicidade verdadeira depende, não daquilo que se tem, mas daquilo que se é, vai “vender tudo o que possui”, isto é, desprender-se das pseudo-propriedades e distinções terrenas, para cuidar precipuamente do enriquecimento de sua Consciência Espiritual, a mais preciosa das pérolas, cuja posse vale o sacrifício de todos os bens de menos valor, de tudo aquilo que considerava importante e valioso em sua vida.

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Não se entenda, o que seria errôneo, que a posse dos valores espirituais seja incompatível com a posse das coisas materiais. Não.
O que se quer salientar é que para o nosso progresso espiritual faz-se mister vivermos mais intensa e sinceramente em função dos ideais superiores, dedicando-lhes maior atenção do que às aquisições materiais, que devem constituir-se apenas um meio de realizarmos os nossos objetivos, e não um fim em si mesmo.
Quem se disponha a assim proceder, sobrepondo os interesses da alma a quaisquer outros, não deve temer que lhe venha a faltar o necessário à subsistência, porquanto Jesus nos assevera, no seu Evangelho, que, “se buscarmos primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, todas as outras coisas nos serão dadas de acréscimo”.

Livro: Parabolas Evangelicas – Rodolfo Calligaris


PARÁBOLA DA REDE


“Finalmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede, que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda a espécie.
Depois de cheia, os pescadores puxaram-na para a praia, e, sentados, puseram os bons em cestos, deitando fora os ruins.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes.” (Mat. 13:47-50)

Em que pese à doutrina das Igrejas tidas por ortodoxas, que afirma seremos salvos ou condenados segundo aceitemos ou rejeitemos a Jesus Cristo, pessoalmente, como nosso Salvador, esta edificante parábola, a última de uma série de sete, proposta pelo Mestre a seus discípulos, nos ensina, uma vez mais, que nossa aceitação ou rejeição no reino dos céus depende tão só e unicamente do cumprimento ou da negligência dos nossos deveres de amar e servir a Humanidade.
A simples crença ou incredulidade no poder de salvação pelo sangue do Cristo, em que essas Igrejas põem tanta ênfase, não têm a mínima influência na determinação de nossa sorte futura.
Admitido que assim fosse a maioria da Humanidade estaria perdida, pois o Cristianismo só é conhecido e (mal) praticado por menos de um terço da população mundial.
A aceitação do Cristo como nosso redentor só tem eficácia quando se traduz em um esforço sincero e constante no sentido de reproduzir-lhe o espírito em nossa própria vida, ou seja, quando procurarmos modelar o nosso caráter pelo seu, pautando nossa conduta pelas diretrizes do Evangelho.
Aliás, todo o Novo Testamento está repleto de passagens que estabelecem categórica-mente que o julgamento dos homens será baseado em seus feitos e não em sua fé.
A expressão “fim do mundo”, usada pelo Mestre, não deve ser tomada em sentido absoluto, porquanto a Terra e todos os planetas do Universo são obras de Deus, e elas não foram feitas para morrer.
Significa, apenas, o fim deste ciclo evolutivo da Humanidade terrena, com o desaparecimento de todos os seus usos, costumes e instituições contrários à Moral e à Justiça.
É o fim do mundo velho, com suas confusões, suas discórdias, seus convencionalismos, suas iniqüidades sociais, seus ódios, suas lutas armadas, e o advento de um mundo novo, sob a égide da verdade, do bom entendimento, da. lisura de caráter, da equidade, do amor, da paz e da fraternidade universal.
Os anjos são os Mentores Espirituais deste planeta; que velam pelo seu destino, aos quais estará afeta a expulsão dos maus: os açambarcadores, os avarentos, os déspotas, os corruptores, os devassos, os desonestos, os exploradores, os hipócritas, os ladrões, os libertinos, os maldizentes, os orgulhosos, os sanguinários, enfim todos os que tenham feito mau uso de seu livre arbítrio e hajam malbaratado as inúmeras oportunidades que lhes foram concedidas (através das reencarnações) para a realização de seu progresso espiritual.
A rede representa a Lei de Amor, inscrita por Deus em todas as consciências, e os peixes de toda a espécie apanhados por ela são os homens de todas as raças e de todos os credos, que serão julgados de acordo com as suas obras.
O texto é claríssimo nesse ponto, não deixando margem a qualquer dubiedade: “ e puseram os bons em cestos, deitando fora os ruins.
Quando, pois, o ciclo se fechar, a sorte dos justos será passar a um plano “à direita do Cristo”, plano que aqui será implantado no correr do terceiro milênio, constituído de almas cristãs, afeitas ao bem, onde fruirão de imperturbável felicidade; e a dos maus, a de serem lançados na “fornalha de fogo”, símbolo dos mundos inferiores, de expiação e de provas, onde terão que se depurar, entre lágrimas e dores, até. que mereçam acesso a uma esfera melhor.

 

Livro: Parabolas Evangelicas – Rodolfo Calligaris


PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA – CAIRBAR SCHUTEL


“O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e lançou no seu campo; o qual grão é na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vêm pousar nos seus ramos.” (Ma teus, VIII, 31-32 – Marcos, IV, 30-32 – Lucas, 18-19.)

Consideremos, aqui, o Reino dos Céus como tudo o que está acima e abaixo, à direita e à esquerda de nós, todo esse espaço imenso, infinito, incomensurável, onde (2) se balançam os astros e fulgem as estrelas ; todo esse
Éter que nos parece vazio, mas que, na verdade, encerra multidões de seres e de mundos, onde se ostentam maravilhas da Arte e da Ciência de Deus.
Para quem o vê da Terra, com os olhos da carne, parece o seu conhecimento insignificante, como o é uma semente de mostarda.
Mas, depois que o estudamos, assim como depois que se planta a semente, nossa inteligência se dilata, como se dilata a semente quando germina; transforma-se o nosso modo de pensar, como sói acontecer à semente modificada já em erva; e o conhecimento do Reino dos Céus cresce em nós como cresce a mostarda, a ponto de nos tornarmos um centro de apoio em torno do qual voluteiam os Espíritos, bem assim os homens que sentem a necessidade desse apoio moral e espiritual, da mesma forma que os pássaros, para o seu descanso, procuram as arvorem mais exuberantes para gozarem a sombra benéfica das suas ramagens!
O grão de mostarda serviu duas vezes para as comparações de Jesus: uma vez comparou-o ao Reino dos Céus; outra, à Fé.
O grão de mostarda tem substância e uma semente faz efeito revulsivo.
Essa mesma substância se transforma em árvore; dá, depois, muitas sementes e muitas árvores e até suas folhas servem de alimento.
Mas é necessária a fertilidade da terra, para que trabalhe a germinação, haja transformação, crescimento e frutificação do que foi semente; e é necessário, a seu turno, o trabalho da semente e da planta no aproveitamento desse elemento que lhe foi dado.
Assim acontece com o Reino dos Céus na alma humana; sem o trabalho dessa “semente”, que é feito pelos Espíritos do Senhor; sem o concurso da boa vontade, que e a melhor fertilidade que lhe podemos proporcionar; sem o esforço da pesquisa, do estudo, não pode aumentar e engrandecer-se em nós, não se nos pode mostrar tal como é, assim como a mostarda não se transforma em hortaliça sem o emprego dos requisitos imperiosos para essa modificação.
A Fé é a mesma coisa: parece-se com um grão de mostarda quando já é capaz de “transportar montanhas”, mas a sua tendência é sempre para o crescimento, a fim de operar mudança para campo mais largo, mais aberto, de mais dilatados horizontes.
A Fé verdadeira estuda, examina, pesquisa, sem espírito preconcebido, e cresce sempre no conhecimento e na vivência do Evangelho de Jesus. O Espiritismo, com seus fatos positivos, vem dar um grande impulso à Fé, desvendando a todos o Reino dos Céus.
Assim como o Reinado Celeste abrange o infinito, a Fé é tudo e dela todos precisam para crescer no conhecimento da Vida Eterna!

2 Vide também O Espírito do Cristianismo. 12


PARÁBOLA DO FERMENTO – CAIRBAR SCHUTEL


“O Reino dos Céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar toda ela levedada.” (Mateus, XIII, 33 – Lucas, XIII, 20-21.)

Não há quem ignore o processo da panificação.
Lança-se um tanto de fermento na massa de farinha, mistura-se e espera-se que fique toda levedada, para o que muito concorre o calor.
Aparentemente, quem vê a massa não diz que tem fermento; entretanto, depois de algumas horas, a própria massa levedada acusa a presença do mesmo.
Assim é o Reino dos Céus: o homem não se pode transformar, de simples e ignorante, em elevado e sábio de um momento para outro, como o levedo não transforma a farinha na mesma hora em que nela é posto.
Aos poucos, à medida que ouve a voz dos profetas, a palavra dos emissários do Alto, a inteligência do homem se vai esclarecendo e o seu Espírito se transforma: ele assimila o Reino dos Céus, que à prima facie lhe pareceu um enigma, mas depois se lhe apresentou positivo, racional, lógico. Quem diria que uma só medida de fermento, em três medidas de farinha, leveda a mesma? preciso, porém, lembrar que o calor, não só na farinha para o pão, como também no homem, para a transformação de Espíritos, é indispensável.
E este calor pode traduzir-se na atividade que empregamos para progresso que somos chamados a conquistar.


PARÁBOLA DO TESOURO ESCONDIDO – CAIRBAR SCHUTEL


“O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo que possuía e comprou aquele campo.” (Mateus, XIII, 44.)

O homem tem resumido a sua tarefa na Terra a procurar “tesouros”, a achar tesouros, a esconder tesouros, a vender o que possui para comprar campos que tenham tesouros.
Assim tem acontecido, assim está acontecendo.
Para que trabalha o homem, na Terra?
Para que estuda?
Para que luta, a ponto de matar o seu semelhante?
Para possuir tesouros!
Jesus, sabendo dos artifícios que o homem emprega na conquista dos tesouros, fez do “tesouro escondido” uma parábola, comparando-o ao Reino dos Céus; fê-lo, naturalmente, para que os que recebessem esses conhecimentos, também empregassem todo o seu talento, todos os seus esforços, todo o seu trabalho, toda a sua atividade, todos os seus sacrifícios, na conquista desse outro “tesouro”, ao qual ele chamou imperecível, lembrando que “a traça e a ferrugem não o corrompem, e os ladrões não o roubam”.
O Reino dos Céus é um tesouro oculto ao mundo, porque os grandes, os nobres, os guias e os chefes de seitas religiosas não querem fazê-lo aparecer à Humanidade.
Mas, graças à Revelação, aos Ensinos Espíritas, aos Espíritos do Senhor, hoje é muito fácil ao homem achar esse tesouro.
Mais difícil lhe pode ser, “vender o que tem e comprar o campo”, isto é, desembaraçar-se das suas velhas crenças, do egoísmo, do preconceito, do amor aos bens terrestres, para possuir os bens celestes. Materializado como está, o homem prefere sempre os bens aparentes e perecíveis, porque os considera positivos; os bens reais e imperecíveis ele os julga abstratos.
A Parábola do Tesouro Escondido é significativa e digna de meditação: o homem terreno morre e fica sem seus bens; o homem espiritual permanece para a Vida Eterna e o tesouro do céu, que ele adquiriu é de sua posse permanente.


A PARÁBOLA DA PÉROLA


 “O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e tendo achado urna de grande valor, foi vender tudo o que possuía e a comprou.” (Mateus, XIII, 45 – 46.)

As pérolas constituem enfeites para a gente fina; são raras, por isso são caras.
Quem possui grandes e finas pérolas possui tesouro, possui fortuna.
Além disso, são jóias muito apreciadas no seu todo, pela sua estrutura, pela sua composição.
Os porcos não apreciam, as virtudes das pérolas; preferem milho ou alfarrobas.
Se lhes dermos pérolas, eles pisam-nas e submergem-nas no lamaçal em que vivem; por isso disse Jesus: “Não deis pérolas aos porcos.”
Certamente já havia o Senhor do Verbo Divino comparado o Reino dos céus a uma pérola de raro valor, quando propôs aquela recomendação a um discípulo que deliberara anunciar a sua Doutrina a um homem-suíno.
Na verdade, há homens que são Homens, e há homens que se parecem muito com suínos.
O suíno vive exclusivamente para o estômago e para a lama.
Os homens suínos também vivem de lama e para o estômago.
A estes as “pérolas” nada significam: as alfarrobas melhor lhes sabem.
O Reino dos Céus, nos tempos atuais, é incompatível com o Reino do Mundo.
Para a aquisição da pérola o homem vendeu tudo o que possuía; para a aquisição da Pérola do Reino dos Céus o homem precisa vender o Reino do Mundo.
Há Reino do Mundo, e há Reino dos Céus.
Aquele desaparece com as revoluções, ao chamado da morte, ou o guante da miséria.
O Reino dos Céus permanece na alma daquele que souber possuí-lo.


PARÁBOLA DA REDE


“Finalmente, o Reino dos Céus é semelhante a uma rede, que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda espécie: e depois de cheia, os pescadores puxaram-na para a praia; e sentados, puseram os bons em cestos, mas deitaram fora os ruins. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e lançá-los-ão na fornalha do sofrimento; ali haverá choros e ranger de dentes.” (Mateus, XIII, 47 – 50.)

O fim do mundo é o característico dos tempos em que estamos, destes tempos em que a própria fé é encontrada com muita dificuldade nos corações; tempos em que a lealdade, a sinceridade, a verdadeira afeição, o amor, a verdade, andam obscurecidas nas almas; tempos de discórdias, de ódios, de confusão tal, que até os (3) próprios “escolhidos” periclitam.
É o fim do mundo velho, é o advento do mundo novo; é uma fase que se extingue para dar lugar a outra que vem nascendo.
Não é o fim do mundo, como alguns o têm entendido, mas, sim, o fim dos costumes com os seus usos, suas praxes, seu convencionalismo, sua ciência, sua filosofia, sua religião.
É uma fase do nosso mundo, que ficará gravada nas páginas da História com letras indeléveis, encerrando um ciclo de existência da Humanidade e abrindo outra página em branco mas trazendo no alto o novo programa de Vida.
A rede cheia de peixes de toda a espécie representa a Lei Suprema, que, ministrada a todos, sem exceção, sejam gregos ou gentios, vem trazendo ao Tribunal de Cristo gente de toda a espécie, bons, medianos e maus, para serem julgados de acordo com as suas obras.
Os anjos são os Espíritos Superiores, e quem está afeto o poder do julgamento; a fornalha de dor é o símbolo dos mundos inferiores, onde os maus têm de se depurar entre lágrimas e dores, para atingirem uma esfera melhor.
Contudo, não se julgue que esta parábola seja para os “outros”, que não os espíritas, ou os crentes no Espiritismo.
Parece-nos, até, que os afeta primeiro que a todos os demais, pois que se acham dentro da rede tecida pela pregação dos Espíritos no mundo todo.
Quer dizer que não vale só conhecer, é preciso também praticar; não vale estar dentro da rede; é indispensável ser bom!
Os que conhecem o amor e não têm amor; os que exigem a lealdade e a sinceridade, mas não as praticam; os que clamam por indulgência e não são indulgentes; os que anunciam a humildade, mas se elevam aos primeiros lugares, deixando o banco do discípulo para se sentarem na cadeira do mestre; todos estes, e ainda mais os perjuros, os convencionalistas, os tíbios e os subservientes, não poderão ter a cotação dos bons, dos humildes, dos que têm o coração reto, dos que cultivam o amor pelo amor, a fé pelo seu valor progressivo, e trabalham pela Verdade para terem liberdade.
Entende-se por “escolhido” aquele que, pela sua vivência cristã, já se libertou em grande parte do Reino do Mundo; não obstante periclita, ainda pode cair, donde a advertência do Apóstolo Paulo:
“Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia.” (I Coríntios, 10:12.) 15

A Parábola da Rede é a última da série das sete parábolas que o Mestre propôs a seus discípulos; por isso o Apóstolo, ao publicá-la no seu Evangelho, conservou a expressão que o Cristo lhe deu ao propô-la: Finalmente:
Ela é a chave com que Jesus quis fechar naqueles corações o ensino alegórico que lhes havia transmitido, ensino bastante explicativo do Reino dos Céus com todas as suas prerrogativas

2 Vide também O Espírito do Cristianismo. 


O EVANGELHO ETERNO – OSVALDO POLIDORO


273 – “Jesus figurou o REINO DO CÉU, que cada um tem dentro de si mesmo e deve desabrochá-lo, como o grão de mostarda que cresce, cresce tanto que vem a ter aquelas utilidades que a parábola encerra.
Não te esqueças de considerar os muitíssimos estágios evolutivos; não pretendas passar por aquilo que ainda não és, para não caíres em freqüentes ridículos”.

274 – “De tanto fazer afirmações religiosistas, os homens se esqueceram de praticar ações decentes, aquelas que de fato engrandecem os filhos de Deus; e, de tamanha monta é o desvio, que um dilúvio de fogo será necessário para que voltem ao bom senso.
Que os discípulos do Consolador Generalizado saibam conduzir as gentes das futuras eras, para que de novo tal não venha a acontecer”.


PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA



«O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.” (Mateus, 13; 31-33).


PARÁBOLA DA PÉROLA

 


“O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e tendo achado uma de grande valor, foi vender tudo o que possuía e a comprou.” Mateus,XIII, 45 – 46


PARÁBOLA DA REDE



"Finalmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda a espécie. Depois de cheia, os pescadores puxaram-na para a praia, e, sentados, puseram os bons em cestos, deitando fora os ruins. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes (Mateus, 13:47-50)”.


CONSIDERAÇÕES


I – RELAÇÕES

1. Semeador — relação do reino com as diferentes classes de homens;
2. Joio — relação do reino com o iníquo.

II – AVANÇO

1. Grão de mostarda — avanço do reino sob o conceito do crescimento vivo;
2. Fermento — crescimento do reino sob o conceito de uma contagiosa difusão.

III – PRECIOSIDADE

       1.  Tesouro  escondido  —   pr  ciosidad       do  reino  sob  o  conceito  da  descoberta daquilo que está escondido; 

       2. Pérola  de grande  valor — preciosidade   do reino sob o conceito do  encerramento do que foi oferecido.

       IV - SEPARAÇÃO

       Rede — separação entre o bem e o mal no grande dia.


PLANO DE IDÉIAS Nº 01


APRESENTAÇÃO

ESTORIA DA VERDADE E DA PARABOLA

MESTRE JESUS = Sempre pronto a ensinar o caminho da salvação, mais que isto, exemplificava e por isto era Mestre.

Um exemplo vale mais que mil palavras. Nós construimos nosso mundo de hoje e de amanhã com nossas escolhas. E participamos da construção do mundo alheio  pelos nos exemplos.
Que exemplo Damos aos nossos filhos?

GRÃO DE MOSTARDA = A menor das sementes que se torna, a maior hortaliça.
Um Pensamento no BEM, uma simples palavra de esperança pode mudar a vida do proximo

Escoteiro – uma boa ação diaria
O BEM não prolifera porque é timido
Nossos Pensamentos e atos são sempre orientados pelo preceito de fazer ao nosso proximo o que queremos para nós?

UM HOMEM = Todos podemos fazer o BEM, temos Livre Arbitrio para decidir o caminho

Nos preocupamos em Fazer todo BEM possivel ou  em verificar o Bem que os outros não fazem

O CAMPO = nosso campo começa no LAR, nos vizinhos, no Trabalho, no Clube.
Em todo lugar onde atuamos.

Como reconhecemos os Entes queridos no lar?
Nos preocupamos com duas necessidades verdadeiras ou só com as materiais.


A ARVORE = Ponto de referencia na caminhada, que produz sombra e frutos e da guarida aos viajantes

Como somos vistos no nosso meio??
Qual é a imagem de projetamos
Quais são os nosso frutos

AS AVES = Todos aqueles que  veem em nós um ponto de apoio.
Que nos buscam, nos momentos dificeis

Estamos disponiveis para o proximo?
Ou passamos “ao largo” evitando as pessoas que podem nos trazer problemas.


A ÚNICA estrada da Salvação é a Caridade, tome uma atitude hoje.


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