PROPRIEDADE VERDADEIRA
01 - APEGO AOS BENS MATERIAIS.
Um dia um
homem que acredita na vida após a morte, e que valoriza o ser mais que o ter,
hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade europeia.
Depois do
jantar, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e
começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.
Falou que
o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua
vida na Terra. Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias,
títulos, valores diversos.
Depois de
ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os
bens da Terra não nos pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde teremos
que deixá-los.
Argumentou
que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as
posses terrenas, sempre passageiras.
No
entanto o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo
aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos os seus bens
não lhe pertenciam.
Diante de
tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo.
Já que é
assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?
Ora,
disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois
ambos temos mais de sessenta e cinco anos de idade!
O hóspede
respondeu prontamente: é por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com
mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas
mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.
Chegará
um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando
consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito
imortal. E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.
O homem
materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua
galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.
Pense nisso!
Que
diferença fará daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?
Se
comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?
Se bebeu
em taças de cristal ou numa concha de barro?
Se comeu
em pratos finos ou numa simples marmita?
Se pisou
em tapetes caros ou sobre o chão batido?
Se teve
grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?
Que
diferença isso fará daqui a cem anos?
Absolutamente
nenhuma!
No
entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra, fará muita diferença em sua
vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.
Por essa
razão, vale a pena pensar no que realmente tem valor duradouro e efetivo,
considerando-se que você é um ser imortal, herdeiro de si mesmo, de cujos atos
terá que prestar contas à própria consciência.
Pense nisso, mas pense agora!
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Equipe de
redação do Momento Espírita
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