VALOR IMPERECIVEL
01 - APEGO AOS BENS MATERIAIS
O homem vale mais do
que o mundo inteiro com as suas jazidas, os seus diamantes e todo tipo de
pedras preciosas.
No entanto, esquecido
de seu próprio valor, o homem consome-se e esgota-se na conquista do que é
perecível.
Perde-se na busca
frenética de bens cujo valor é discutível, uma vez que só valem diante de
convenções estabelecidas pelos caprichos e vaidades do próprio homem.
Acostumou-se a dar
elevada importância ao que tem valor muito relativo, ou não tem valor algum.
Acaba esquecendo do
valor de si próprio, positivo e incalculável.
Ao dinheiro, à prata
e ao ouro, bens considerados como preciosos, o homem sacrifica a si mesmo.
Vende por moedas a
sua paz de consciência e seu bem-estar.
Exaure suas melhores
energias na corrida incessante e cruel pela posse de tesouros e pela sensação
ilusória de poder e glória.
Por isso,
equivocadamente, costuma-se julgar perdida a existência que transcorre na
humildade de um lar ignorado, ou na reclusão de um hospital.
Porque se acredita
que em tais circunstâncias, o homem se vê impedido de buscar aquilo que se
supõe valioso.
No entanto, é certo
que tais vidas podem ser tão fecundas e brilhantes quanto quaisquer outras.
O mundo admira e se
deixa levar por meras exterioridades.
Ostentação e brilho
seduzem os sentidos e enganam, por curto tempo, mentes despreparadas.
O verdadeiro valor,
porém, está no interior do homem.
Está no seu caráter,
nos seus sentimentos e na sua inteligência.
Não é a forma que
encerra o valor a que nos estamos referindo: é o espírito; é a alma, o “eu”
imortal, sede das faculdades e poderes cuja origem é divina.
Desenvolver os
próprios talentos é realizar o objetivo supremo da vida.
Aquele que mais e
melhor desenvolve seus próprios recursos mais aumenta o seu valor intrínseco.
É tão importante e
tão sagrada a conquista desse ideal que Deus, em sua soberana justiça, mantém
assegurada e intangível, em todos os homens, a possibilidade de realizá-la.
O paralítico, o cego,
o enfermo, não está impedido de visar, com êxito, o alvo grandioso da vida.
Mesmo que encerrem o
homem em um calabouço escuro e infecto, ainda assim ele conservará a capacidade
de aprimorar seus sentimentos e galgar novos degraus na escala evolutiva.
Mesmo que o algemem,
acorrentem-no e cravem-no em uma cruz, como fizeram com o ladrão que se
encontrava à direita do Cristo, mesmo dessa forma ele poderá ser um vencedor.
Embora crucificado,
apelando para suas próprias forças, ele logrará elevar-se das misérias da
terra, em direção às grandezas do céu.
***************************
Arrastados pelas
convenções humanas, somos levados a crer que o “ter” é mais importante do que o
“ser”.
Ter belas casas, ter
luxuosos carros, ter um corpo de plástica impecável...
Ter poder, ter
sucesso, ter reconhecimento...
Eis aí os requisitos
que o mundo impõe como necessários à felicidade humana.
No entanto, são
quimeras incapazes de resistir à ação do tempo e do próprio egoísmo humano.
São tesouros sujeitos
à ação da ferrugem e das traças.
E, no dizer de Jesus,
fica a questão: “de que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder-se a si
mesmo?”
Equipe de Redação do
Momento Espírita, com base no cap. Valores imperecíveis, do livro Nas pegadas
do Mestre, de Vinícius, Ed. FEB,
Nenhum comentário:
Postar um comentário