ÍNDICE
Subsídios para preparação do tema da USE de Novembro:
Nossa Diretriz
A diretriz
para todo cristão será sempre a prática da “caridade e
humildade, porque é o único caminho da salvação.”.
Este princípio
se acha formulado nos seguintes termos: "Amarás
a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os
profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do
amor de Deus e do próximo, acrescenta: que não se pode verdadeiramente amar a
Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que
se faça contra o próximo é o mesmo que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a
Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do ser humano
se resumem nesta máxima: fora da caridade não há salvação.” (OESOE, Cap. XV, 5)
De tal modo
compreendeu o apóstolo Paulo essa grande verdade, que disse: “Mesmo que eu tivesse a linguagem dos anjos; tivesse o dom de
profecia, que penetrasse todos os mistérios; tivesse toda a fé possível, até ao
ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas
três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais importante é a caridade.” Coloca assim, a caridade acima até da fé. É que a caridade
está ao alcance de todos: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre,
e independe de qualquer crença particular. (1a Carta de Paulo aos Coríntios, XIII, 13 – OESOE, Cap. XV, 7)
A caridade é
impossível sem a fé; [...] porque nada além dela nos faz levar com coragem e
perseverança a cruz desta vida. (OESOE, Cap. XI, 13)
O Mestre
Nazareno nos ensina: “Pedi e vos será dado. Buscai e
achareis. Batei e vos será aberto.” (Mateus, 7:7
– OESOE Cap. XXV, 1) Entretanto, quem pede algo sabendo que não lhe será dado?
Quem busca, sabendo que não vai encontrar? Quem bate, sabendo que ninguém lhe
abrirá? [...] entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma
coisa, a certeza de atingir determinado fim.
Ela [...]
permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de
chegar lá, por isso que quem a possui caminha com absoluta segurança. (OESOE,
Capítulo XIX, 3)
Além da
confiança [...] o ato de crer demanda a necessidade do sentimento e do
raciocínio, para que a Alma edifique a fé dentro de si mesma. Acreditar é uma
expressão dentro da qual os legítimos valores da fé se encontram embrionários.
O que crê depende dos elementos externos, nos quais coloca o objeto da sua
crença. O que tem fé está livre das influências exteriores, porque seu interior
está iluminado pela certeza. Fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer:
“eu creio”, mas afirmar: “eu sei”. (O Consolador, Emmanuel)
Até o
presente, a fé só foi compreendida senão pelo lado religioso, o Cristo a
colocou como poderosa alavanca, mas é considerado apenas como o chefe de uma
religião. Entretanto, o Cristo [...] mostrou o que pode o Ser, quando tem fé,
isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode ser atendida.
(OESOE, Cap. XIX, 12) Por isso Jesus esclarece: “Tudo o
que pedirdes na oração, crede como já alcançado, e vos será concedido”. (Marcos 11, 24 – OESOE, Cap. XXVII, 5)
O Mestre
ensina também que “Quando fordes orar, se tiverdes
qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos
céus, também vos perdoe”. (Marcos XI, 25 – OESOE, Cap.
XXVII, 2).
A esperança e
a caridade são corolários da fé, formando uma trindade inseparável. (OESOE,
Cap. XIX, 11)
A prece é um
ato de caridade (OESOE, Cap. XXVI, 4)
Portanto,
deve-se [...] deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau
pensamento contra o próximo. Só então os anjos levarão nossa prece aos pés do
Eterno. (OESOE, Cap. X, 8)
Em seu
Evangelho Jesus nos ensina também a “Buscar primeiramente o reino de Deus e a
sua justiça, que todas as coisas nos serão dadas por acréscimo.” (Mateus VI, 33
– OESOE. Cap. XXV, 6)
Nos exorta
assim ao desapego dos bens terrenos não acumulando “tesouros na Terra, pois que
são perecíveis; acumulando-os no céu, onde são eternos." Em outros termos:
não dar aos bens materiais mais importância do que aos bens espirituais.
(OESOE, Cap. XXV, 8)
Só possuímos
plena propriedade daquilo que podemos levar deste mundo. Ou seja, nada do que é
de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos,
as qualidades morais. O apego aos bens terrenos constitui um dos mais fortes
entraves ao nosso adiantamento moral e espiritual. Depende de nós sermos mais
ricos ao partir do que ao chegar. Pelo apego à posse de bens materiais,
destruímos as nossas capacidades de amar, para aplicar todas às coisas
materiais. (Lacordaire, OESOE, Cap. XVI, 14)
Quando alguém
vai a um país distante, faz a sua bagagem com objetos utilizáveis nesse país;
não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com
relação à vida futura. (Lacordaire, OESOE, Cap. XVI, 14)
Carregamos
todos os dias uma bagagem simbólica, que é a síntese de uma história de toda
vida. É composta de valores, atitudes, hábitos, padrões de comportamento,
paradigmas, preconceitos, sentimentos de ansiedade, medo e frustração.
A Terra não é
nossa pátria de origem nem nosso destino final, estamos aqui apenas de
passagem, experimentando a vida física temporariamente. O mundo espiritual é a
nossa pátria de origem e, nosso destino final, lá nascemos e para lá
retornaremos. (Sua mala está pronta? Admir Serrano) Quando a visão de futuro é
clara, os elementos que carregamos na bagagem estão diretamente associados a
ela. É a visão de futuro que determina o que levarmos na bagagem. Revisar os
itens da bagagem é imprescindível para evitarmos problemas na viagem e no
destino final. Isso é caridade para conosco.
A caridade e a
fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração,
o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.
(OESOE, Cap. XXV, 8) O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas
facilita a prática da moral do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida.
(OESOE, Cap. XVII, 4) Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na
humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em
todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que
conduzem à eterna felicidade. (OESOE, Cap. XV, 3)
Para viverdes
como cristãos é necessário única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo
e do vosso orgulho [...]. Vencereis, se a caridade vos inspirar e sustentar a
vossa fé. (Espírito Protetor – OESOE, Capitulo XI, 13)
Esta prática
nos conduz a vivermos como pessoas de bem, porque a verdadeira pessoa de bem é
a que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Deposita
fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Possuindo o
sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem; retribui o mal
com o bem [...], e sacrifica sempre seus interesses à justiça. A pessoa de bem
encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, em
fazer os outros felizes, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que
proporciona aos aflitos. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade
[...] a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e, só dos benefícios se
lembra, por saber que será perdoado conforme houver perdoado. (OESOE, Cap.
XVII, 3).
Sem a caridade
não haverá descanso para a sociedade humana. Digo mais: não haverá segurança.
(Paschal, Sens, 1862 – OESOE, Capitulo XI, 12)
Na máxima: Fora
da caridade não há salvação, estão
encerrados os destinos de todos, na Terra e no céu; na Terra, porque eles
viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado se acharão diante do
Senhor. (Paulo apóstolo, OESOE, Cap. XV, 10)
Cada dia é uma
porta de trabalho no rumo das conquistas da alma, e cada criatura do caminho,
por mais desagradável à vista, é a oportunidade de exercermos a bondade, o
entendimento, o auxílio, e a tolerância. (Escrínios de luz, Emmanuel)
Esforçai-vos,
pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer
que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são a mesma coisa, pois todos
que praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que
pertençam. (Paulo, o apóstolo – OESOE, Cap. XV, 10)
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