ÍNDICE
Objetivo Do Tema
Denifir “Dificuldades”.
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Mostrar a necessidade de conhecer-nos para melhor poder
entender o próximo
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O Trabalho como única forma de Evolução.
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Reflexão
Lembrando o Apostolo dos
Gentios, as nossas dificuldades de compreensão, nossa teimosia e o chamado
constante de Jesus por intermédio das pessoas e situações.
Podemos comparar a nossa
chegada ao Centro Espírita com a estrada de Damasco, nossos algozes acabam
nos ajudando.
Sempre temos um Estevão
e uma Abigail em nossas vidas. Lembremos-nos das grandes recomendações: Ama, trabalha, espera e
perdoa.
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Bibliografia Principal
O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec)
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Capítulos 18 a 24
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O Livro dos Espíritos – (Allan Kardec)
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Questões 619 a 646 - 913 a 919A
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Bibliografia Complementar
Melhorar Para Progredir
- José Argemiro Da Silveira
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Auto-Obsessão – Hammed –
Francisco do Espírito Santo Neto
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A imensidão dos sentidos
- Hammed - Francisco do Espírito Santo Neto
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Para Quem Busca Ser Feliz! - Maria Amélia S. Augusto
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Melhorar
Para Progredir - José Argemiro Da Silveira
“E a um deu cinco
talentos e a outro dois e a outro um, a cada um segundo sua capacidade...” - Jesus (Mateus,
25:5)
O Senhor da vida nos concede a todos,
talentos, ou seja, recursos para trabalharmos com eles e progredir. Desenvolver
nossas potencialidades, nossas qualidades. Estas qualidades já estão em nós, em
latência, precisam desabrochar e desenvolver. Nosso trabalho visa esse
objetivo, pois, desenvolvendo-nos, compreenderemos as leis divinas. E vivendo
em harmonia com elas seremos felizes.
Os talentos são distribuídos em
quantidade desigual, mas “a cada um segundo sua capacidade”. Estamos em
diversos graus evolutivos, daí a capacidade também desigual, a diversidade de
talentos. Mas esta desigualdade é diferença de percurso, Partimos de um mesmo
ponto, estamos subordinados às mesmas leis, e destinados ao mesmo fim, que é a
perfeição relativa, e, consequentemente, a felicidade.
Afirma Emmanuel: “Passa o
rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser recolhe
as águas, segundo o recipiente de que se faz portador”. O mar é imenso.
Mas se formos ali pegar
água, cada um pegará conforme o tamanho de sua vasilha. Se não recebemos
recursos mais expressivos do Criador é porque ainda não ampliamos nosso
recipiente.
O próprio Emmanuel alerta para não
nos perdermos em lamentações, nem anular nosso tempo com queixas. Muitas vezes
suspiramos por tarefas de amor, mas nos entregamos à aversão e à discórdia. E
outros sonham servir à luz e se deixam ficam nas trevas da ociosidade e da
ignorância.
Geralmente atribuímos a outras
pessoas a causa de nossas dificuldades, de nossas aflições. A pessoa acha que
sofre devido aos defeitos morais de parentes, de vizinhos, de companheiros de
trabalho, do governo, enfim males de muitas origens, quando, na realidade, a
causa de tudo está em nós.
As dificuldades, ou o que chamamos de
sofrimento, seja ele físico, moral, ou carências diversas, chegam até nós
conforme nossas necessidades de aprendizado, nossas carências evolutivas.
À medida que compreendermos as leis
divinas, afeiçoando-nos a elas, vivenciando-as, tudo se soluciona,
paulatinamente, porque aprendemos lidar com as referidas dificuldades.
Daí a frase de André Luiz: “A
medida que melhoramos nosso mundo íntimo, tudo melhora em torno de nós.” Não é que a
situação externa se modifique para melhor. Nós que passamos a ver esse mundo de
fora com outros olhos. A pessoa mesquinha, atrasada, egoísta, maledicente, só
vê esse tipo de coisa nas outras pessoas, pois ela não tem capacidade de
perceber o altruísmo, generosidade, grandeza de alma.
Da mesma forma que alguém que não
conhece música não consegue apreciar um concerto, a boa música, também para
percebermos o bem, a bondade, a beleza de caráter nos outros precisamos
edificar essas qualidades em nós.
Allan Kardec, na questão 619, de O Livro
dos Espíritos perguntou se Deus proporcionou a todos os homens os meios de
conhecerem a sua Lei. Resposta: todos podem conhecê-la, mas nem todos a
compreendem. Os que melhor a compreendem são os homens de bem e os que desejam
pesquisá-las.
Mas todos um dia a compreenderão.
Os homens de bem são os que melhor
compreendem as Leis Divinas porque já evoluíram um tanto, já aumentaram seu
recipiente, para compreender a Lei. Não há privilégios na obra do Criador.
Dessa resposta se infere que essa
compreensão só pode ocorrer ao longo do tempo, em muitas existências, pois numa
só é evidente que isto não se realiza. Também se diz, no mesmo livro, questão
621, que a Lei de Deus está escrita na consciência do ser humano. Se a Lei está
em nossa consciência, porque a diversidade no modo de entendê-la?
Porque uns tem uma consciência tão
sensível, exigente, que cobra por qualquer falta praticada, enquanto outros
fraudam, praticam crimes, cometem as mais sérias transgressões à lei, e, ao que
parece, suas consciências não os acusam? A resposta para o fato está nos graus
diferentes de despertamento da consciência.
De fato a Lei de Deus está escrita na
consciência, mas esta reflete o estágio evolutivo da criatura. Há consciências
adormecidas, semidespertas, despertas, e lúcidas. Um espelho coberto de lama
não reflete a luz. A medida que limpamos sua superfície, irá refletindo a luz.
Quanto maior for a parte da
superfície limpa, maior a quantidade de luz refletida. Nossa consciência seria
esse espelho, que vamos livrando da sujeira pela evolução, e a medida que ele
se torna limpo, reflete a luz, que é a verdade, o amor, ou seja, a lei divina.
O bem-estar íntimo, a paz, o sentir
bem que todos desejamos vai sendo conseguido a medida que realizamos nossos
ideais, de libertação e aperfeiçoamento. Para conseguir esse grande bem,
elucida-nos Emmanuel: “Se te afeiçoas aos ideais de
aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que
aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que
santifica. Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que
necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de
que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade
de cada um”
Auto-Obsessão – Hammed
“Mas é necessário evitar atribuir à ação direta dos
Espíritos todas as nossas contrariedades, que, em geral, são consequências da
nossa própria incúria ou imprevidência.” - (Livro
dos Médiuns - 2ª Parte - cap. XXIII, item
253.)
A influência obsessiva da alma sobre si mesma denomina-se
auto-obsessão.
A criatura passa a ser "a opressora de si própria"; há
um verdadeiro "campo de batalha" em seu mundo interior, provocando
alterações de comportamento físico, emocional e mental.
Ao pensar, através de seu centro mental, ela irradia vibrações
ou ondas que se propagam ao seu derredor. A mente emite e, ao mesmo tempo,
capta qualquer onda energética que a atinja, desde que esteja vibrando na mesma
sintonia espiritual de outra fonte emissora.
Cada pessoa plasma os reflexos de si mesma e, por onde passa,
entra em comunhão com a matéria mental alheia, exteriorizando o seu melhor
lado, ou mesmo, criando perturbação ou desajustamento.
Em síntese: somos nós mesmos que ligamos ou desligamos o fio condutor
de nossos sentimentos e pensamentos.
A projeção mental se vincula, se perpetua e se justapõe, ou se
desata, se distancia e se inibe, dependendo da força da determinação e do grau
de conhecimento, isto é, do potencial evolutivo do indivíduo.
Dessa forma, as almas em desarmonia íntima são semelhantes a um
ímã: atraem para si forças destrutivas que lhes assinalam o âmago, projetando
teias enfermiças através de sua atmosfera psíquica ou de sua aura doentia.
Geralmente, a auto-obsessão vem acompanhada de sentimentos de
culpa, de autocensura, de recriminação, de complexos de inferioridade e de
irresponsabilidade pelo próprio destino.
Esses sentimentos desagradáveis resultam, incondicionalmente, de
ideias ou crenças inadequadas e inconscientes que distorcem o real significado
de bondade, de pureza, de honestidade, de castidade, de retidão, de evolução,
de religiosidade e de outros tantos conceitos ou definições.
A criatura passa a ser "vitima do destino" e, tal é a
apatia e passividade que a envolve, que ela se julga imperfeita e impotente,
ignorando sua possibilidade de mudar ou de utilizar seu livre-arbítrio.
Os auto-obsidiados sentem-se tratados de forma injusta pela
vida, ressaltando negativamente o modo de ser das pessoas, das coisas e de si
mesmos.
São facilmente influenciados e se asfixiam constantemente com as
"sujeiras do mundo". Por terem uma aura de negatividade, atraem
"larvas astrais" que desarranjam o reino interior.
Aquele que se encontra em auto-obsessão experimenta um modo de
viver complicado ou embaraçado. Tem dificuldade de analisar, discernir e sentir
a vida tal como ela é, pois lhe falta a "visão sistêmica" da
existência humana.
Ele carece da síntese das experiências vividas, pois seu
pensamento analítico fica obstruído. Quando nos conscientizamos de nossos
processos mentais, passamos a clarear nosso mundo interior e a administrar
nossas atitudes psíquicas.
A partir disso, resgatamos o "senso pluridimensional"
de almas imortais. A faculdade de raciocinar faz com que percebamos a proporção
de “nossas
dificuldades”, a dimensão e extensão de
nossos problemas e conflitos existenciais.
Por isso, é importante tomar consciência do quanto ignoramos a
vida dentro e fora de nós. Sobretudo quando o fato de ignorar nos leva à
humildade, por admitirmos o quanto não sabemos, como também nos incentiva na
busca do aprendizado e da sabedoria.
Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates e mestre de
Aristóteles, escreveu:
"As pessoas ignorantes não
procuram sabedoria. O mal da ignorância está no fato de que aqueles que não são
bons nem sábios estão, apesar disso, satisfeitos consigo mesmos. Não desejam
aquilo de que não sentem falta".
Os dicionários definem auto-ilusão como um engano dos sentidos
ou da mente, que faz com que interpretemos de forma errada uma atitude, um fato
ou uma sensação, tomando-os por coisas completamente diferentes.
O estudo de nós mesmos nos ajuda a escapar do intrincado
labirinto no qual vivemos e nos permite desenvolver nossas habilidades
adormecidas, facilitando-nos, assim, entrar em contato com a sabedoria da Vida
Providencial, que tudo governa através de suas leis naturais.
A auto-obsessão está vinculada aos processos de elaboração do
mundo intimo, podendo acarretar sérios distúrbios no corpo astral e,
consequentemente, na roupagem física. Quanto mais ignorarmos o processo das
leis divinas, cultivando mágoa, culpa, crítica, baixa estima, ilusão,
dependência e outras tantas "dores da alma", mais estaremos semeando farpas magnéticas no campo
emotivo e intoxicando, por conta própria, a nossa atividade mental.
Para nos libertarmos das prisões da auto-obsessão,é necessário
exercitarmos a auto-observação e aprendermos a testemunhar nossos próprios
pensamentos, emoções, atos e atitudes.
Mais ainda, é preciso desenvolvermos uma visão interior que não acusa nem julga, mas
unicamente observa, de maneira imparcial e objetiva, permitindo-nos conhecer a
verdade tal como é. Além disso, é imprescindível aquietarmo-nos numa aceitação
serena e honesta, admitindo o que somos e o que sentimos, sem jamais nos
condenarmos ou punirmos.
A auto-aceitação nos facilita a conscientização de nossos
desacertos e de nossa ignorância e, se essa conscientização for progressiva e
constante, aí descobriremos dentro de nós as fontes que nos perturbam a existência.
Assumindo a responsabilidade total por nosso desequilíbrio, não passamos mais a
"atribuir à ação direta dos Espíritos todas as nossas contrariedades, que,
em geral, são consequência da nossa própria incúria ou imprevidência", nem
tampouco a lançar culpa nos outros, na família, nas pessoas com quem
convivemos, nas existências do passado ou nas regras injustas da sociedade.
A rigor, aqui está o início da cura de toda auto-obsessão.
Livro: "A imensidão dos sentidos" - Hammed - Francisco do Espírito Santo Neto
Para Quem
Busca Ser Feliz! - Maria Amélia S. Augusto
É preciso nos conscientizarmos que
somos seres em construção. Sempre!
Esse reconhecimento é fundamental
para nossa segurança, principalmente emocional. Sabendo que sempre podemos nos
transformar, nos garantimos vantagens, nos garantimos novas chances, outras
alternativas.
É certo que carregamos uma bagagem,
mas ela só nos define parcialmente, pois a convivência com outras pessoas no
nosso ambiente social, constantemente nos modifica. Isso porque é com o outro,
um semelhante a nós, que aprendemos e nos transformamos. Isso ocorre ao
imitá-lo em atitudes, comportamentos, aceitarmos novas idéias, pontos de vista,
pois alteramos nossa forma de pensar, de agir, de ser.
Nosso primeiro grupo social, a
família, nos transmite muitos valores. Mas ocorre que no decorrer de nossa vida
esses valores serão acrescidos, trocados, complementados, pois passamos por
vários outros grupos como a escola, amigos, trabalho, igreja, clube,
condomínio… e isso nos permite estar em eterna metamorfose, em transformação,
pois estamos sempre em relação, influenciando e sendo influenciados pelas
pessoas de nosso convívio.
Conscientes desse processo contínuo
de mudanças, quando nos referimos a transformação, com clareza pretendemos
realizá-la sempre de forma positiva. Ninguém pensa em mudar para o pior. Se a
transformação é movimento, deve ser de evolução. E para que o movimento seja
evolução, devemos conhecer o que somos, quem somos nós.
Já evoluímos quando conhecemos nossos
defeitos, nossas qualidades, nossos pensamentos, nossos sentimentos, tendo
assim a chance de nos transformar para o melhor. Evoluímos, portanto, com o
autoconhecimento, a partir do qual redefinimos nossa relação com outras
pessoas, garantimo-nos mais chances de conquistar a felicidade e até de lidar
com nossas dificuldades.
O autoconhecimento é a possibilidade
de descoberta do que somos, é um afastamento de ilusões que distorcem nossa
imagem real, é um entendimento do nosso funcionamento que nos permite
dimensionar nossas dificuldades, nos tornarmos mais seguros, realistas, nos
incomodarmos menos com o que antes nos afligia. E sempre é uma garantia de
melhora, pois à medida que tomamos consciência de nós mesmos, podemos nos
corrigir.
Adquirimos confiança em nossos
recursos internos, sabemos do que dispor para buscar nosso equilíbrio e
consequentemente melhoramos nossa forma de ver o mundo e a nós mesmos. Ganhamos
em autoestima e com isso nos capacitamos a perceber que a felicidade está em
nós e não fora de nós.
Você está em mim, eu estou em você.
Que a partir do nosso contato, de nossas trocas, possamos estar VIVENDO MELHOR!
Esquecimento Do
Passado - Andréa Azevedo
As vezes nos
questionamos o porquê de não podermos lembrar de nossas existências anteriores.
Ficamos imaginando e indagando o porquê de nossas relações e vidas atuais e não
nos damos conta da essência da condição atual.
Deus, na sua infinita
bondade e sabedoria , nos poupa dessa condição de lembrança de outras vidas,
porque sabe que isso somente nos poderia causar dificuldades. Ele nos poupa,
para podermos nos manter firmes na condição atual e vencer as imperfeições e
erros cometidos nas existências anteriores.
Se por um lado , nos
esquecemos do passado para justamente evoluir com mérito, por outro, renascemos
com nossa intuição, que será nosso termômetro para avaliarmos as situações
dentro do que estamos necessitando corrigir.
O nosso passado
(outras existências) fica provisoriamente esquecido. Quando voltamos ao nosso
estado original ( a vida espírita ) , nossa existência (toda a vida) se
desenrola por diante de nós. E então, é nesse momento que podemos ver e
entender os motivos pelos quais sofremos e o que necessitaremos para correção
de erros cometidos. É quando começamos a pensar nas novas encarnações.
Nos diferentes
mundos, ou nos mundos evoluídos, podemos encontrar situações em que os
espíritos ali se lembram de toda as suas existências e sentem-se felizes por
agora estarem vivendo sem o véu da escuridão valorizando assim , as provas
passadas, as quais foram vencidas.
Esses sabem apreciar
a felicidade que Deus lhe permite viver hoje. Há outros porem, que não apreciam
essa felicidade por não conhecerem o passado de existências mais penosas.
Porem, se não a
conhecem e apreciam como homens, dessa forma, eles em espíritos sabem da
verdade. Tudo é sempre muito sábio na Providência Divina. Deus, nosso amado
Pai, sabe de nossas dificuldades e do que precisamos
para evoluir com toda plenitude. Não devemos evoluir na teoria e sim na pratica
e consciência da alma é de fato, podermos ter a capacidade do amor
incondicional e da prática do bem sem egoísmo e sem falsas situações que, como
espíritos, ainda em evolução egoisticamente agimos em nosso próprio benefício.
A lembrança de nossas vidas passadas teria gravíssimos inconvenientes, como é
dito no LE. Poderia em certos casos, humilhar-nos extraordinariamente; em
outros, exaltar o nosso orgulho, o qual afetaria nosso livre-arbítrio.
Temos , dado por
Deus, o que é suficiente : a voz da consciência e nossas tendências
instintivas, tirando-nos aquilo que nos poderia prejudicar. Apesar de nem
sempre poder ter algumas revelações do passado , muitos sabem entretanto o que
foram. Pode acontecer também em sonhos , de vir a lembrança de vidas passadas por
indícios desses sonhos. Porem, quase sempre, nos deparamos com imaginação para
esses casos.
Lembramos, nunca um
espírito regride, ele evoluí ou permanece no estado estacionário. As
inclinações do espírito pode revelar seu passado. Das provas , lembranças e
passados , vemos que a Providência Divina nos brinda com sua sabedoria em nos
poupar da vergonha de um passado que hoje (muito possivelmente) já não temos
mais as más inclinações.
Lutamos nessas
existências por nosso melhoramento. Há que cumprirmos o que nos propusemos.
Sabemos, por inspiração, o que devemos fazer. Precisamos para isso, sempre
vigiar para entrar em sintonia com o plano maior, o qual nos ajudará nessa
nossa luta pela correção dos erros cometidos outrora. Como segue no LE:”
Chegando ao termo que
a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito escolhe as
provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é,
escolhe meios de adiantar-se e tais provas estão sempre em relação com as
faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que
recomeçar.
O Espírito goza
sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando
desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer
ou não uma coisa procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o
livre-arbítrio fora reduzi-lo à condição de máquina.
Mergulhando na vida
corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências
anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga
consciência, lhe podem ser reveladas.
Esta revelação,
porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lhe fazem, com um fim útil,
nunca para satisfazer a vã curiosidade..
As existências
futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de que dependem
do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha que
ulteriormente faça. tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem,
se atende às boas inspirações que lhe dão.
O homem não conhece
os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual
o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu
caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas
tendências. As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do
passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro.
Depuram-nos e
elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.
A natureza dessas
vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do
que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de
um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei.
Assim, o orgulhoso
será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência
subalterna; mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para os outros,
pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela
ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc”.
Aos Discípulos
"MAS NÓS PREGAMOS A
CRISTO CRUCIFICADO, QUE É ESCÂNDALO PARA OS JUDEUS E LOUCURA PARA OS
GREGOS." - PAULO. (I CORÍNTIOS, 1:23.)
A vida vai ensinando que pregar
é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias.
Sem atos à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao
ridículo e à negação.
É nesse quadro que os
aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da
bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina daquele que
preferiu a crucificação ao pacto com o mal.
Novos discípulos vão surgindo,
além do sacerdócio organizado. Irmãos dos sofredores, dos simples, dos
necessitados, os espiritistas cristãos encontram obstáculos terríveis na
cultura intoxicada do século e no espírito utilitário das idéias comodistas.
Há quase dois mil anos,
Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude dos aprendizes espalhava entre
os judeus e à falsa impressão de loucura que despertava nos ânimos dos gregos.
Os tempos de agora são aqueles
mesmos que Jesus declarava chegados ao Planeta; e os judeus e gregos,
atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos intelectuais vaidosos,
prosseguem na mesma posição do inicio.
Entre eles, surge o continuador
do Mestre, transmitindo-lhe o ensinamento com o verbo santificado pelas ações
testemunhais.
Aparecem dificuldades,
sarcasmos e conflitos.
O aprendiz fiel, porém, não se
atemoriza.
O comercialismo da avareza
permanecerá com o escândalo e a instrução envenenada demorar-se-á com os
desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo, seguirá adiante, amando,
exemplificando e educando com o Libertador imortal.
Marcas
"DESDE AGORA NINGUÉM
ME MOLESTE, PORQUE TRAGO NO MEU CORPO AS MARCAS DO SENHOR JESUS." - PAULO.
(GÁLATAS, 6:17.)
Todas as realizações humanas
possuem marca própria.
Casas, livros, artigos,
medicamentos, tudo exibe um sinal de identificação aos olhos atentos.
Se medida semelhante é
aproveitada na lei de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair o
mesmo princípio, na catalogação de tudo o que se refira à vida eterna.
Jesus possui igualmente os
sinais dele.
A imagem utilizada por Paulo de
Tarso, em suas exortações aos gálatas, pode ser mais extensa.
As marcas do Cristo não são
apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência comum.
Em cada situação, o homem pode
revelar uma demonstração do Divino Mestre.
Jesus forneceu padrões
educativos em todas as particularidades da sua passagem pelo mundo. O Evangelho
no-lo apresenta nos mais diversos quadros, junto ao trabalho, à simplicidade,
ao pecado, à pobreza, à alegria, à dor, a glorificação e ao martírio. Sua
atitude, em cada posição da vida, assinalou um traço novo de conduta para os
aprendizes Todos os dias, portanto, o discípulo pode encontrar recursos de
salientar suas ações mais comuns com os registros de Jesus.
Quando termine cada dia, passa
em revista as pequeninas experiências que partilhaste na estrada vulgar.
Observa os sinais com que assinalaste os teus atos, recordando que a marca do
Cristo é, fundamentalmente, aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de
todos.
Não Se Envergonhar
"PORQUE QUALQUER QUE
DE MIM E DAS MINHAS PALAVRAS SE ENVERGONHAR, DELE SE ENVERGONHARÁ O FILHO DO
HOMEM." - JESUS. (LUCAS, 9:26.)
Muitos aprendizes existem
satisfeitos consigo mesmos tão-somente em razão de algumas afirmativas
quixotescas. Congregam-se em grandes discussões, atrabiliários e irascíveis,
tentando convencer gregos e troianos, relativamente à fé religiosa e, quando
interpelados sobre a fúria em que se comprazem, na imposição dos pontos de
vista que lhes são próprios, costumam redargüir que é imprescindível não nos
envergonharmos do Mestre, nem de seus ensinamentos perante a multidão.
Todavia, por vezes, a
preocupação de preservar o Cristianismo não passa de posição meramente verbal.
Tais defensores do Cristo andam
esquecidos de que, antes de tudo, é indispensável não esquecer-lhe os
princípios sublimes, diante das tarefas de cada dia.
A vida de um homem é a sua
própria confissão pública.
A conduta de cada crente é a
sua verdadeira profissão de fé.
Muito infantis o trovão da voz
e a mímica verbalista, filhos da vaidade individual, junto de ouvintes
incompreensivos e complacentes, com pleno esquecimento dos necessários
testemunhos com o Mestre, na oficina de trabalho comum e no lar purificador.
Torna-se indispensável não se
envergonhar o aprendiz de Jesus, não em perlengas calorosas, das quais cada
contendor regressa mais exasperado, mas sim perante as situações, aparentemente
insignificantes ou eminentemente expressivas, em que se pede ao crente o
exemplo de amor, renúncia e sacrifício pessoal que o Senhor demonstrou em sua
trajetória sublime.
Liberdade
"NÃO USEIS, PORÉM,
DA LIBERDADE PARA DAR OCASIÃO À CARNE, MAS SERVI-VOS UNS AOS OUTROS PELA
CARIDADE." - PAULO. (GÁLATAS, 5:13.)
Em todos os tempos, a liberdade
foi utilizada pelos dominadores da Terra. Em variados setores da evolução
humana, os mordomos do mundo aproveitam-na para o exercício da tirania, usam-na
os servos em explosões de revolta e descontentamento.
Quase todos os habitantes do
Planeta pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, para se
mergulharem na escravidão aos delitos de toda sorte.
Ninguém, contudo, deveria
recorrer ao Evangelho para aviltar o sublime princípio.
A palavra do apóstolo aos
gentios é bastante expressiva. O maior valor da independência relativa de que
desfrutamos reside na possibilidade de nos servirmos uns aos outros,
glorificando o bem.
O homem gozará sempre da
liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria
existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.
É forçoso reconhecer, porém,
que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude
superior.
Em quase todas as ocasiões, o
perseguido, com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o
caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido,
no instante azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.
·
Onde se acham aqueles que se
valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus-Cristo?
·
Onde os que se sentem
suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos?
No entanto, o Pai concede
relativa liberdade a todos os filhos, observando-lhes a conduta.
Raríssimas são as criaturas que
sabem elevar o sentido da independência a expressões de vôo espiritual para o
Infinito.
A maioria dos homens cai,
desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes,
elos de veludo em algemas de bronze.
Porta Estreita
"PORFIAI POR ENTRAR PELA PORTA ESTREITA, PORQUE EU VOS DIGO
QUE MUITOS PROCURARÃO ENTRAR, E NÃO PODERÃO." - JESUS. (LUCAS, 13:24.)
Antes da reencarnação
necessária ao progresso, a alma estima na "porta estreita" a sua
oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do
sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo
que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra
coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a
elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne,
em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a
oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as "portas
largas" por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se
pelo menor esforço.
Temendo o sacrifício, exige a
vantagem pessoal. Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos
outros para si.
E, no sono doentio do passado,
atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos
assumidos.
Em geral, quase todos os homens
somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações
da morte.
"Ah! se fosse possível
voltar!..." - pensam todos.
Com que aflição acariciam o
desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência
e a fé!... com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos
outros! ...
Mas... é tarde. Rogaram a
"porta estreita" e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do
serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas "portas largas",
volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e
não conseguem.
Corrigendas
"PORQUE O SENHOR CORRIGE AO QUE AMA E AÇOITA A QUALQUER QUE
RECEBE POR FILHO." - PAULO. (HEBREUS, 12:6.)
Quando os discípulos do
Evangelho começam a entender o valor da corrigenda, eleva-se-lhes a mente a
planos mais altos da vida.
Naturalmente que o Pai ama a
todos os filhos, no entanto, os que procuram compreendê-lo perceberão, de mais
perto, o amor divino.
Máxima identificação com o
Senhor representa máxima capacidade sentimental.
Chegado a essa posição, penetra
o espírito em outras zonas de serviço e aprendizado.
A princípio, doem-lhe as
corrigendas, atormentam-no os açoites da experiência, entretanto, se sabe
vencer nas primeiras provas, entra no conhecimento das próprias necessidades e
aceita a luta por alimento espiritual e o testemunho de serviço diário por
indispensável expressão da melhoria de si mesmo, A vida está repleta de lições
nesse particular.
O mineral dorme.
A árvore sonha.
O irracional atende ao impulso.
O homem selvagem obedece ao
instinto.
A infância brinca.
A juventude idealiza.
O espírito consciente
esforça-se e luta.
O homem renovado e convertido a
Jesus, porém, é o filho do céu, colocado entre as zonas inferiores e superiores
do caminho evolutivo. Nele, o trabalho de iluminação e aperfeiçoamento é
incessante; deve, portanto, ser o primeiro a receber as corrigendas do Senhor e
os açoites da retificação paterna.
Se te encontras, pois, mais
perto do Pai, aprende a compreender o amor da educação divina.
Que Fazeis De Especial?
"QUE FAZEIS DE ESPECIAL?" - JESUS. (MATEUS, 5:47.)
Iniciados na luz da Revelação
Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima
da compreensão normal dos homens encarnados.
Em verdade, sabem que a vida
prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da
Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo
carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e
desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais
altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a
sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que
estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é
uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em
excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a
justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a
existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção
e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos
que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.
Efetivamente, sabemos tudo
isto.
Em face, pois, de tantos
conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos
círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do
Divino Mestre:
- Que fazeis mais que os
outros?
A Auto-Educação
O processo para a
formação moral, com bases no Evangelho, de caráter mais objetivo, é certamente
aquele que atinge o íntimo da criatura, estimulando toda a sua dinâmica na
direção da transformação do ser.
É todo um conjunto de
esforços que nos conduz ao progressivo trabalho da auto-educação de nós mesmos.
A vontade é utilizada
como alavanca poderosa que nos impulsiona ao progresso espiritual.
Os vencedores, entre
as mil coisas que poderíamos estar fazendo escolhemos estar aqui, buscando o
alimento espiritual algo que complete nosso interior.
A nossa atitude é que
vai decidir nosso futuro é nós realizarmos pequenas coisas e sabermos que estas
pequenas ações na verdade são grandes realizações quem vai saber se foi grande
ou pequena será o meu grau de satisfação qual minha intenção ao fazer isso ou
aquilo
Uma abelha e uma mosca
presa a esta sala ao abrir o vidro e solta-las quais os caminhos que elas
tomarão qual são seus objetivos
A abelha procurara as plantas as flores
para fazer algo
E a mosca também, mas quanta
diferença,
O que nos dá prazer? O
que esta no meu íntimo é a minha educação
É onda eletromagnética sutil nos campos de
ação da mente, a desencadear energias transformadoras de intensidades tanto
maiores quanto melhores forem os esforços e a persistência que mantemos em nós
mesmos. Quando dirigimos a nossa vontade no sentido da autoeducação, dentro do
Evangelho, começamos a nos identificar e a entrar em sintonia com as forças
transformadoras que mais intensamente vibram no sentido evolutivo e regenerador
da Criação.
Nada é mais objetivo e
valoroso na obra da criação, dentro desse aspecto evolutivo, do que a
harmonização e identificação da criatura com o Criador.
"Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim", disse-nos
Jesus.
Esse é o trabalho a
ser realizado por todos nós e nada em nossa existência é realmente mais
importante do que isso.
Todo e qualquer
sacrifício que venhamos a fazer nesse sentido é altamente construtivo na
transformação lenta e progressiva que o nosso Espírito ainda vacilante vem
realizando, de forma desordenada, desde o despertar da nossa consciência no
reino hominal.
A autoeducação,
abraçada conscientemente, compreendida como necessidade prioritária em nossa
existência, alicerçada na Boa Nova do Dirigente Espiritual do nosso planeta é,
indubitavelmente, o primeiro e o mais importante programa a ser seguido, com
todas as forças do nosso Espírito, no decurso de toda a existência.
O trabalho de autoeducação
é realizado no nosso mundo interior, atingindo desde a esfera periférica do
nosso consciente, às profundezas do nosso inconsciente.
A realização desse
objetivo não é tarefa fácil e de resultados imediatos; é antes de tudo um
empreendimento alimentado com constante e profundo amor: amor à causa do nosso
Divino Mestre.
Pensar em autoeducação
como um trabalho de preparação lenta e progressiva para o serviço do Cristo, a
quem desejamos cada vez melhor servir, é o nosso ideal primeiro; é a motivação
central do nosso esforço renovador.
Todo o trabalho que se
procura realizar com o coração, dando de nós mesmos, em razão de um ideal
sublime, é destituído de interesses particulares e, portanto, com total
desapego e desprendimento, ausência dos desejos de conquista ímediatistas de
poderes psíquicos, de destaque próprio nas virtudes adquiridas; é um trabalho
desinteressado, realizado com humildade e abnegação.
Nessa atmosfera em
que, a essa altura do curso da Escola de Aprendizes do Evangelho, todos já tivemos
as nossas experiências, sabemos da necessidade e do valor da paciência nesse
trabalho de remodelação que estamos empenhados em realizar no nosso ser.
E a paciência se
reflete serenamente, com a sua atuação tranquilizante nos momentos de exaltação
que muitas vezes nos levam ao desânimo na luta com as nossas dificuldades.
A paciência é
fruto do amor que, em nós, procuramos alimentar em tudo o que pretendemos
realizar por dedicação ao Meigo Rabi da Galiléia.
O amor, ao vibrar em
nós, emite as forças mais sutis do nosso espírito, que vão movimentar no nosso
corpo mental as energias correspondentes impulsionadoras da vontade.
A vontade comanda a
nossa ação no trabalho de autoeducar-se nos campos dos pensamentos, das
palavras e dos atos.
Esses três terrenos:
pensamentos, palavras e atos são constante e simultaneamente revolvidos pela
nossa ação transformadora, à semelhança de um arado que sulca a terra com as
suas afiadas lâminas, na renovação das camadas do terreno em preparação ao
plantio e futuras colheitas.
A força que a nossa
decisão imprime à vontade no trabalho reconstrutor de nós mesmos, é a
ferramenta que ajudará enormemente nessa monumental obra edificadora.
A coragem em
enfrentarmos os obstáculos que naturalmente se apresentam, será tanto maior
quanto mais intensa for a nossa força impulsionadora da vontade.
Como resultante,
ainda, da nossa paciência e na nossa força de vontade, é a perseverança que
assegura a continuidade e, portanto, o sucesso do nosso trabalho.
Os resultados poderão ser
obtidos com maior ou menor eficiência, dependendo dos métodos e da disciplina
que imprimirmos no encaminhamento da atividade interior.
Desse modo, são estes
os principais requisitos para a autoeducação.
AMOR
DESPRENDIMENTO
HUMILDADE
PACIÊNCIA
VONTADE
DECISÃO
CORAGEM
PERSEVERANÇA
DISCIPLINA
Frases importantes
Disse Paulo: - "Desperta, tu que
dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará". E nós
repetiremos: - "Acordemos para a vida superior e levantemo-nos na
execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os
outros" - Fonte Viva, Emmanuel, "66-Acordar e
erguer-se"
Propensão ao desvio.
"... as tentações
para o desvio surgem com esmagadora percentagem sobre as sugestões de
prosseguimento no caminho reto, dentro da ascensão espiritual." - Vinha de
Luz, cap.30, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
“Porque dormis: Levantai-vos e orai
para não entrardes em tentação” (Lucas, 22:46)
Há um provérbio chinês que diz: “Se você gosta de
deslizar encosta abaixo, deve gostar de empurrar o trenó até o alto da montanha”. Ele nos aponta o
equivoco quando pensamos assim: “Estou interessado em evolução, mas não em
Trabalho”. É o mesmo que dizer: “Gosto de deslizar pela encosta, mas
não gosto de empurrar o trenó até o alto da montanha”.
O Livro dos Espíritos
(Questões 619 A 628) - Conhecimento Da Lei Natural
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619
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Deus facultou a todos os homens o direito de conhecerem as suas
leis, e todos há compreenderão um dia.
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620
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Antes de encarnar, a alma pode compreender melhor as leis de
Deus e dela guarda a intuição quando unida ao corpo.
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621
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A lei de Deus está escrita na consciência de cada um.
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A
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Como os homens costumam esquecer as leis de Deus e Ele as revela
quando necessário.
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622
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Em todos os tempos, espíritos superiores encarnados, tiveram a
missão de revelarem aos homens, as leis de Deus.
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623
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Mesmo que entre estes espíritos, alguns errem nas lições, muitas
verdades se encontram nos seus ensinos.
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624
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O verdadeiro profeta é um homem de bem. Reconhecido pelas suas palavras
e por seus atos.
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625
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O modelo mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para servir
de guia, foi Jesus.
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626
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As leis de Deus sempre estiveram disponíveis na Natureza, para o
bom observador.
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627
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Jesus foi obrigado a usar de alegorias e parábolas, o ensino dos
espíritos tem que ser claro e sem dúvidas.
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628
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A verdade não foi sempre posta ao alcance de todos porque é como
a luz, deve-se habituar a ela pouco a pouco.
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(Questões 629 A 646) - O Bem E O Mal
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629
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Moral é a regra de bem proceder ou de distinguir entre o que é
bom e o que é mal.
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630
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O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus; o mal, tudo o que
lhe é contrário.
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631
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Deus deu ao homem a inteligência para distinguir por si mesmo o
que é bem do que é mal.
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632
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Para não haver engano, Jesus disse: “Vede o que queríeis que vos
fizessem ou não.”
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633
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A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades.
Quando esse limite é ultrapassado, vem o sofrimento.
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634
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Quis Deus que o homem tivesse a escolha entre o bem e o mal.
Para adquirir experiência é necessário conhecer ambos.
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635
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As diferentes posições sociais foram fruto do progresso
individual, não implica que a lei natural não é a mesma para todos.
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636
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A lei é a mesma para todos. O mal depende da vontade de quem o pratica
e a diferença está no grau de responsabilidade.
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637
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Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.
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638
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Embora necessário, o mal não deixa de ser mal. Essa necessidade
desaparece à medida que a alma se depura.
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639
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A consequência do mal recai sempre sobre quem lhe foi a causa.
Tem menos culpa quem obedece do que quem manda.
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640
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Aquele que não pratica o mal, mas se aproveita dele é tão
culpado quanto.
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641
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Quando se resiste ao desejo do mal, há virtude. Quando não se o
pratica por falta de oportunidade, há culpa.
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642
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Não basta não fazer mal, o homem responderá pelo mal resultante
de não haver praticado o bem.
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643
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Não há quem não possa fazer o bem. Fazer o bem não significa
fazer caridade, mas ser útil ao semelhante no possível.
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644
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Às vezes, nascer no meio de crimes e vícios é uma prova que o
espírito escolheu para exposto, ter o mérito da resistência.
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645
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Mesmo na atmosfera do vício, o mal pode arrastar alguém, mas o
apelo não é irresistível.
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646
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O mérito de fazer o bem está na dificuldade de praticá-lo.
Melhor o pobre que divide o pedaço, que o rico que dá a sobra.
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(Questões 913 A 917) - O Egoísmo
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913
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De todos os vícios o mais radical é o egoísmo, ele neutraliza
todas as outras qualidades.
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914
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915
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Ao longo das encarnações sucessivas o homem se despojará do
egoísmo como de outras impurezas.
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916
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Os homens extirparão o egoísmo e viverão como irmãos, sem se
fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente.
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917
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A dificuldade de eliminar o egoísmo deriva da influência da
matéria, ainda muito próxima de sua origem.
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(Questão 918) - Caracteres Do Homem De Bem
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918
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O homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e
caridade, na sua maior pureza.
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(Questão 919) - Conhecimento De Si Mesmo
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919
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O meio mais prático e eficaz que o homem tem de melhorar nesta
vida e resistir à tentação é: “Conhece-se a si mesmo”.
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A
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Interrogar a própria consciência, passar em revista o que se fez
dia a dia, é uma das formas de consegui-lo.
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