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sábado, 25 de abril de 2015

NOSSAS DIFICULDADES

ÍNDICE




Objetivo Do Tema


Denifir “Dificuldades”.
Mostrar a necessidade de conhecer-nos para melhor poder entender o próximo
O Trabalho como única forma de Evolução.


Reflexão


Lembrando o Apostolo dos Gentios, as nossas dificuldades de compreensão, nossa teimosia e o chamado constante de Jesus por intermédio das pessoas e situações.
Podemos comparar a nossa chegada ao Centro Espírita com a estrada de Damasco, nossos algozes acabam nos ajudando.
Sempre temos um Estevão e uma Abigail em nossas vidas. Lembremos-nos das grandes recomendações: Ama, trabalha, espera e perdoa.

Bibliografia Principal


O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec)
Capítulos 18 a 24
O Livro dos Espíritos – (Allan Kardec)
Questões 619 a 646 - 913 a 919A





Bibliografia Complementar


Melhorar Para Progredir - José Argemiro Da Silveira

Auto-Obsessão – Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto

A imensidão dos sentidos - Hammed - Francisco do Espírito Santo Neto

Para Quem Busca Ser Feliz! - Maria Amélia S. Augusto





Melhorar Para Progredir - José Argemiro Da Silveira


E a um deu cinco talentos e a outro dois e a outro um, a cada um segundo sua capacidade...” - Jesus (Mateus, 25:5)

O Senhor da vida nos concede a todos, talentos, ou seja, recursos para trabalharmos com eles e progredir. Desenvolver nossas potencialidades, nossas qualidades. Estas qualidades já estão em nós, em latência, precisam desabrochar e desenvolver. Nosso trabalho visa esse objetivo, pois, desenvolvendo-nos, compreenderemos as leis divinas. E vivendo em harmonia com elas seremos felizes.

Os talentos são distribuídos em quantidade desigual, mas “a cada um segundo sua capacidade”. Estamos em diversos graus evolutivos, daí a capacidade também desigual, a diversidade de talentos. Mas esta desigualdade é diferença de percurso, Partimos de um mesmo ponto, estamos subordinados às mesmas leis, e destinados ao mesmo fim, que é a perfeição relativa, e, consequentemente, a felicidade.

Afirma Emmanuel: “Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser recolhe as águas, segundo o recipiente de que se faz portador”. O mar é imenso.

Mas se formos ali pegar água, cada um pegará conforme o tamanho de sua vasilha. Se não recebemos recursos mais expressivos do Criador é porque ainda não ampliamos nosso recipiente.

O próprio Emmanuel alerta para não nos perdermos em lamentações, nem anular nosso tempo com queixas. Muitas vezes suspiramos por tarefas de amor, mas nos entregamos à aversão e à discórdia. E outros sonham servir à luz e se deixam ficam nas trevas da ociosidade e da ignorância.

Geralmente atribuímos a outras pessoas a causa de nossas dificuldades, de nossas aflições. A pessoa acha que sofre devido aos defeitos morais de parentes, de vizinhos, de companheiros de trabalho, do governo, enfim males de muitas origens, quando, na realidade, a causa de tudo está em nós.
As dificuldades, ou o que chamamos de sofrimento, seja ele físico, moral, ou carências diversas, chegam até nós conforme nossas necessidades de aprendizado, nossas carências evolutivas.

À medida que compreendermos as leis divinas, afeiçoando-nos a elas, vivenciando-as, tudo se soluciona, paulatinamente, porque aprendemos lidar com as referidas dificuldades.

Daí a frase de André Luiz: “A medida que melhoramos nosso mundo íntimo, tudo melhora em torno de nós.” Não é que a situação externa se modifique para melhor. Nós que passamos a ver esse mundo de fora com outros olhos. A pessoa mesquinha, atrasada, egoísta, maledicente, só vê esse tipo de coisa nas outras pessoas, pois ela não tem capacidade de perceber o altruísmo, generosidade, grandeza de alma.

Da mesma forma que alguém que não conhece música não consegue apreciar um concerto, a boa música, também para percebermos o bem, a bondade, a beleza de caráter nos outros precisamos edificar essas qualidades em nós.

Allan Kardec, na questão 619, de O Livro dos Espíritos perguntou se Deus proporcionou a todos os homens os meios de conhecerem a sua Lei. Resposta: todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os que melhor a compreendem são os homens de bem e os que desejam pesquisá-las.

Mas todos um dia a compreenderão.
Os homens de bem são os que melhor compreendem as Leis Divinas porque já evoluíram um tanto, já aumentaram seu recipiente, para compreender a Lei. Não há privilégios na obra do Criador.

Dessa resposta se infere que essa compreensão só pode ocorrer ao longo do tempo, em muitas existências, pois numa só é evidente que isto não se realiza. Também se diz, no mesmo livro, questão 621, que a Lei de Deus está escrita na consciência do ser humano. Se a Lei está em nossa consciência, porque a diversidade no modo de entendê-la?

Porque uns tem uma consciência tão sensível, exigente, que cobra por qualquer falta praticada, enquanto outros fraudam, praticam crimes, cometem as mais sérias transgressões à lei, e, ao que parece, suas consciências não os acusam? A resposta para o fato está nos graus diferentes de despertamento da consciência.

De fato a Lei de Deus está escrita na consciência, mas esta reflete o estágio evolutivo da criatura. Há consciências adormecidas, semidespertas, despertas, e lúcidas. Um espelho coberto de lama não reflete a luz. A medida que limpamos sua superfície, irá refletindo a luz.

Quanto maior for a parte da superfície limpa, maior a quantidade de luz refletida. Nossa consciência seria esse espelho, que vamos livrando da sujeira pela evolução, e a medida que ele se torna limpo, reflete a luz, que é a verdade, o amor, ou seja, a lei divina.

O bem-estar íntimo, a paz, o sentir bem que todos desejamos vai sendo conseguido a medida que realizamos nossos ideais, de libertação e aperfeiçoamento. Para conseguir esse grande bem, elucida-nos Emmanuel: “Se te afeiçoas aos ideais de aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica. Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um


Auto-Obsessão – Hammed


Mas é necessário evitar atribuir à ação direta dos Espíritos todas as nossas contrariedades, que, em geral, são consequências da nossa própria incúria ou imprevidência.” - (Livro dos Médiuns - 2ª Parte - cap. XXIII, item 253.)

A influência obsessiva da alma sobre si mesma denomina-se auto-obsessão.
A criatura passa a ser "a opressora de si própria"; há um verdadeiro "campo de batalha" em seu mundo interior, provocando alterações de comportamento físico, emocional e mental.
Ao pensar, através de seu centro mental, ela irradia vibrações ou ondas que se propagam ao seu derredor. A mente emite e, ao mesmo tempo, capta qualquer onda energética que a atinja, desde que esteja vibrando na mesma sintonia espiritual de outra fonte emissora.
Cada pessoa plasma os reflexos de si mesma e, por onde passa, entra em comunhão com a matéria mental alheia, exteriorizando o seu melhor lado, ou mesmo, criando perturbação ou desajustamento.
Em síntese: somos nós mesmos que ligamos ou desligamos o fio condutor de nossos sentimentos e pensamentos.
A projeção mental se vincula, se perpetua e se justapõe, ou se desata, se distancia e se inibe, dependendo da força da determinação e do grau de conhecimento, isto é, do potencial evolutivo do indivíduo.
Dessa forma, as almas em desarmonia íntima são semelhantes a um ímã: atraem para si forças destrutivas que lhes assinalam o âmago, projetando teias enfermiças através de sua atmosfera psíquica ou de sua aura doentia.
Geralmente, a auto-obsessão vem acompanhada de sentimentos de culpa, de autocensura, de recriminação, de complexos de inferioridade e de irresponsabilidade pelo próprio destino.
Esses sentimentos desagradáveis resultam, incondicionalmente, de ideias ou crenças inadequadas e inconscientes que distorcem o real significado de bondade, de pureza, de honestidade, de castidade, de retidão, de evolução, de religiosidade e de outros tantos conceitos ou definições.
A criatura passa a ser "vitima do destino" e, tal é a apatia e passividade que a envolve, que ela se julga imperfeita e impotente, ignorando sua possibilidade de mudar ou de utilizar seu livre-arbítrio.
Os auto-obsidiados sentem-se tratados de forma injusta pela vida, ressaltando negativamente o modo de ser das pessoas, das coisas e de si mesmos.
São facilmente influenciados e se asfixiam constantemente com as "sujeiras do mundo". Por terem uma aura de negatividade, atraem "larvas astrais" que desarranjam o reino interior.
Aquele que se encontra em auto-obsessão experimenta um modo de viver complicado ou embaraçado. Tem dificuldade de analisar, discernir e sentir a vida tal como ela é, pois lhe falta a "visão sistêmica" da existência humana.
Ele carece da síntese das experiências vividas, pois seu pensamento analítico fica obstruído. Quando nos conscientizamos de nossos processos mentais, passamos a clarear nosso mundo interior e a administrar nossas atitudes psíquicas.
A partir disso, resgatamos o "senso pluridimensional" de almas imortais. A faculdade de raciocinar faz com que percebamos a proporção de “nossas dificuldades”, a dimensão e extensão de nossos problemas e conflitos existenciais.
Por isso, é importante tomar consciência do quanto ignoramos a vida dentro e fora de nós. Sobretudo quando o fato de ignorar nos leva à humildade, por admitirmos o quanto não sabemos, como também nos incentiva na busca do aprendizado e da sabedoria.
Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, escreveu:
"As pessoas ignorantes não procuram sabedoria. O mal da ignorância está no fato de que aqueles que não são bons nem sábios estão, apesar disso, satisfeitos consigo mesmos. Não desejam aquilo de que não sentem falta".
Os dicionários definem auto-ilusão como um engano dos sentidos ou da mente, que faz com que interpretemos de forma errada uma atitude, um fato ou uma sensação, tomando-os por coisas completamente diferentes.
O estudo de nós mesmos nos ajuda a escapar do intrincado labirinto no qual vivemos e nos permite desenvolver nossas habilidades adormecidas, facilitando-nos, assim, entrar em contato com a sabedoria da Vida Providencial, que tudo governa através de suas leis naturais.
A auto-obsessão está vinculada aos processos de elaboração do mundo intimo, podendo acarretar sérios distúrbios no corpo astral e, consequentemente, na roupagem física. Quanto mais ignorarmos o processo das leis divinas, cultivando mágoa, culpa, crítica, baixa estima, ilusão, dependência e outras tantas "dores da alma", mais estaremos semeando farpas magnéticas no campo emotivo e intoxicando, por conta própria, a nossa atividade mental.
Para nos libertarmos das prisões da auto-obsessão,é necessário exercitarmos a auto-observação e aprendermos a testemunhar nossos próprios pensamentos, emoções, atos e atitudes.
Mais ainda, é preciso desenvolvermos uma visão interior que não acusa nem julga, mas unicamente observa, de maneira imparcial e objetiva, permitindo-nos conhecer a verdade tal como é. Além disso, é imprescindível aquietarmo-nos numa aceitação serena e honesta, admitindo o que somos e o que sentimos, sem jamais nos condenarmos ou punirmos.
A auto-aceitação nos facilita a conscientização de nossos desacertos e de nossa ignorância e, se essa conscientização for progressiva e constante, aí descobriremos dentro de nós as fontes que nos perturbam a existência. Assumindo a responsabilidade total por nosso desequilíbrio, não passamos mais a "atribuir à ação direta dos Espíritos todas as nossas contrariedades, que, em geral, são consequência da nossa própria incúria ou imprevidência", nem tampouco a lançar culpa nos outros, na família, nas pessoas com quem convivemos, nas existências do passado ou nas regras injustas da sociedade.
A rigor, aqui está o início da cura de toda auto-obsessão.

Livro: "A imensidão dos sentidos" - Hammed - Francisco do Espírito Santo Neto


Para Quem Busca Ser Feliz! - Maria Amélia S. Augusto


É preciso nos conscientizarmos que somos seres em construção. Sempre!

Esse reconhecimento é fundamental para nossa segurança, principalmente emocional. Sabendo que sempre podemos nos transformar, nos garantimos vantagens, nos garantimos novas chances, outras alternativas.

É certo que carregamos uma bagagem, mas ela só nos define parcialmente, pois a convivência com outras pessoas no nosso ambiente social, constantemente nos modifica. Isso porque é com o outro, um semelhante a nós, que aprendemos e nos transformamos. Isso ocorre ao imitá-lo em atitudes, comportamentos, aceitarmos novas idéias, pontos de vista, pois alteramos nossa forma de pensar, de agir, de ser.

Nosso primeiro grupo social, a família, nos transmite muitos valores. Mas ocorre que no decorrer de nossa vida esses valores serão acrescidos, trocados, complementados, pois passamos por vários outros grupos como a escola, amigos, trabalho, igreja, clube, condomínio… e isso nos permite estar em eterna metamorfose, em transformação, pois estamos sempre em relação, influenciando e sendo influenciados pelas pessoas de nosso convívio.

Conscientes desse processo contínuo de mudanças, quando nos referimos a transformação, com clareza pretendemos realizá-la sempre de forma positiva. Ninguém pensa em mudar para o pior. Se a transformação é movimento, deve ser de evolução. E para que o movimento seja evolução, devemos conhecer o que somos, quem somos nós.

Já evoluímos quando conhecemos nossos defeitos, nossas qualidades, nossos pensamentos, nossos sentimentos, tendo assim a chance de nos transformar para o melhor. Evoluímos, portanto, com o autoconhecimento, a partir do qual redefinimos nossa relação com outras pessoas, garantimo-nos mais chances de conquistar a felicidade e até de lidar com nossas dificuldades.

O autoconhecimento é a possibilidade de descoberta do que somos, é um afastamento de ilusões que distorcem nossa imagem real, é um entendimento do nosso funcionamento que nos permite dimensionar nossas dificuldades, nos tornarmos mais seguros, realistas, nos incomodarmos menos com o que antes nos afligia. E sempre é uma garantia de melhora, pois à medida que tomamos consciência de nós mesmos, podemos nos corrigir.

Adquirimos confiança em nossos recursos internos, sabemos do que dispor para buscar nosso equilíbrio e consequentemente melhoramos nossa forma de ver o mundo e a nós mesmos. Ganhamos em autoestima e com isso nos capacitamos a perceber que a felicidade está em nós e não fora de nós.

Você está em mim, eu estou em você. Que a partir do nosso contato, de nossas trocas, possamos estar VIVENDO MELHOR!


Esquecimento Do Passado - Andréa Azevedo

As vezes nos questionamos o porquê de não podermos lembrar de nossas existências anteriores. Ficamos imaginando e indagando o porquê de nossas relações e vidas atuais e não nos damos conta da essência da condição atual.

Deus, na sua infinita bondade e sabedoria , nos poupa dessa condição de lembrança de outras vidas, porque sabe que isso somente nos poderia causar dificuldades. Ele nos poupa, para podermos nos manter firmes na condição atual e vencer as imperfeições e erros cometidos nas existências anteriores.

Se por um lado , nos esquecemos do passado para justamente evoluir com mérito, por outro, renascemos com nossa intuição, que será nosso termômetro para avaliarmos as situações dentro do que estamos necessitando corrigir.

O nosso passado (outras existências) fica provisoriamente esquecido. Quando voltamos ao nosso estado original ( a vida espírita ) , nossa existência (toda a vida) se desenrola por diante de nós. E então, é nesse momento que podemos ver e entender os motivos pelos quais sofremos e o que necessitaremos para correção de erros cometidos. É quando começamos a pensar nas novas encarnações.

Nos diferentes mundos, ou nos mundos evoluídos, podemos encontrar situações em que os espíritos ali se lembram de toda as suas existências e sentem-se felizes por agora estarem vivendo sem o véu da escuridão valorizando assim , as provas passadas, as quais foram vencidas.

Esses sabem apreciar a felicidade que Deus lhe permite viver hoje. Há outros porem, que não apreciam essa felicidade por não conhecerem o passado de existências mais penosas.

Porem, se não a conhecem e apreciam como homens, dessa forma, eles em espíritos sabem da verdade. Tudo é sempre muito sábio na Providência Divina. Deus, nosso amado Pai, sabe de nossas dificuldades e do que precisamos para evoluir com toda plenitude. Não devemos evoluir na teoria e sim na pratica e consciência da alma é de fato, podermos ter a capacidade do amor incondicional e da prática do bem sem egoísmo e sem falsas situações que, como espíritos, ainda em evolução egoisticamente agimos em nosso próprio benefício. A lembrança de nossas vidas passadas teria gravíssimos inconvenientes, como é dito no LE. Poderia em certos casos, humilhar-nos extraordinariamente; em outros, exaltar o nosso orgulho, o qual afetaria nosso livre-arbítrio.

Temos , dado por Deus, o que é suficiente : a voz da consciência e nossas tendências instintivas, tirando-nos aquilo que nos poderia prejudicar. Apesar de nem sempre poder ter algumas revelações do passado , muitos sabem entretanto o que foram. Pode acontecer também em sonhos , de vir a lembrança de vidas passadas por indícios desses sonhos. Porem, quase sempre, nos deparamos com imaginação para esses casos.

Lembramos, nunca um espírito regride, ele evoluí ou permanece no estado estacionário. As inclinações do espírito pode revelar seu passado. Das provas , lembranças e passados , vemos que a Providência Divina nos brinda com sua sabedoria em nos poupar da vergonha de um passado que hoje (muito possivelmente) já não temos mais as más inclinações.

Lutamos nessas existências por nosso melhoramento. Há que cumprirmos o que nos propusemos. Sabemos, por inspiração, o que devemos fazer. Precisamos para isso, sempre vigiar para entrar em sintonia com o plano maior, o qual nos ajudará nessa nossa luta pela correção dos erros cometidos outrora. Como segue no LE:”

Chegando ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é, escolhe meios de adiantar-se e tais provas estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que recomeçar.

O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio fora reduzi-lo à condição de máquina.

Mergulhando na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência, lhe podem ser reveladas.

Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lhe fazem, com um fim útil, nunca para satisfazer a vã curiosidade..

As existências futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de que dependem do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha que ulteriormente faça. tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem, se atende às boas inspirações que lhe dão.
O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas tendências. As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro.

Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.

A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei.

Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência subalterna; mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc”.


Aos Discípulos


"MAS NÓS PREGAMOS A CRISTO CRUCIFICADO, QUE É ESCÂNDALO PARA OS JUDEUS E LOUCURA PARA OS GREGOS." - PAULO. (I CORÍNTIOS, 1:23.)

A vida vai ensinando que pregar é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias.

Sem atos à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação.

É nesse quadro que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina daquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.
Novos discípulos vão surgindo, além do sacerdócio organizado. Irmãos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristãos encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário das idéias comodistas.

Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude dos aprendizes espalhava entre os judeus e à falsa impressão de loucura que despertava nos ânimos dos gregos.

Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do inicio.
Entre eles, surge o continuador do Mestre, transmitindo-lhe o ensinamento com o verbo santificado pelas ações testemunhais.
Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos.
O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza.
O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução envenenada demorar-se-á com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo, seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal.

Marcas


"DESDE AGORA NINGUÉM ME MOLESTE, PORQUE TRAGO NO MEU CORPO AS MARCAS DO SENHOR JESUS." - PAULO. (GÁLATAS, 6:17.)

Todas as realizações humanas possuem marca própria.
Casas, livros, artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de identificação aos olhos atentos.
Se medida semelhante é aproveitada na lei de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair o mesmo princípio, na catalogação de tudo o que se refira à vida eterna.
Jesus possui igualmente os sinais dele.
A imagem utilizada por Paulo de Tarso, em suas exortações aos gálatas, pode ser mais extensa.
As marcas do Cristo não são apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência comum.
Em cada situação, o homem pode revelar uma demonstração do Divino Mestre.
Jesus forneceu padrões educativos em todas as particularidades da sua passagem pelo mundo. O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos quadros, junto ao trabalho, à simplicidade, ao pecado, à pobreza, à alegria, à dor, a glorificação e ao martírio. Sua atitude, em cada posição da vida, assinalou um traço novo de conduta para os aprendizes Todos os dias, portanto, o discípulo pode encontrar recursos de salientar suas ações mais comuns com os registros de Jesus.
Quando termine cada dia, passa em revista as pequeninas experiências que partilhaste na estrada vulgar. Observa os sinais com que assinalaste os teus atos, recordando que a marca do Cristo é, fundamentalmente, aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de todos.

Não Se Envergonhar


"PORQUE QUALQUER QUE DE MIM E DAS MINHAS PALAVRAS SE ENVERGONHAR, DELE SE ENVERGONHARÁ O FILHO DO HOMEM." - JESUS. (LUCAS, 9:26.)

Muitos aprendizes existem satisfeitos consigo mesmos tão-somente em razão de algumas afirmativas quixotescas. Congregam-se em grandes discussões, atrabiliários e irascíveis, tentando convencer gregos e troianos, relativamente à fé religiosa e, quando interpelados sobre a fúria em que se comprazem, na imposição dos pontos de vista que lhes são próprios, costumam redargüir que é imprescindível não nos envergonharmos do Mestre, nem de seus ensinamentos perante a multidão.
Todavia, por vezes, a preocupação de preservar o Cristianismo não passa de posição meramente verbal.
Tais defensores do Cristo andam esquecidos de que, antes de tudo, é indispensável não esquecer-lhe os princípios sublimes, diante das tarefas de cada dia.
A vida de um homem é a sua própria confissão pública.
A conduta de cada crente é a sua verdadeira profissão de fé.
Muito infantis o trovão da voz e a mímica verbalista, filhos da vaidade individual, junto de ouvintes incompreensivos e complacentes, com pleno esquecimento dos necessários testemunhos com o Mestre, na oficina de trabalho comum e no lar purificador.
Torna-se indispensável não se envergonhar o aprendiz de Jesus, não em perlengas calorosas, das quais cada contendor regressa mais exasperado, mas sim perante as situações, aparentemente insignificantes ou eminentemente expressivas, em que se pede ao crente o exemplo de amor, renúncia e sacrifício pessoal que o Senhor demonstrou em sua trajetória sublime.



Liberdade


"NÃO USEIS, PORÉM, DA LIBERDADE PARA DAR OCASIÃO À CARNE, MAS SERVI-VOS UNS AOS OUTROS PELA CARIDADE." - PAULO. (GÁLATAS, 5:13.)

Em todos os tempos, a liberdade foi utilizada pelos dominadores da Terra. Em variados setores da evolução humana, os mordomos do mundo aproveitam-na para o exercício da tirania, usam-na os servos em explosões de revolta e descontentamento.
Quase todos os habitantes do Planeta pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, para se mergulharem na escravidão aos delitos de toda sorte.
Ninguém, contudo, deveria recorrer ao Evangelho para aviltar o sublime princípio.
A palavra do apóstolo aos gentios é bastante expressiva. O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside na possibilidade de nos servirmos uns aos outros, glorificando o bem.
O homem gozará sempre da liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.
É forçoso reconhecer, porém, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.
Em quase todas as ocasiões, o perseguido, com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.
·                     Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus-Cristo?
·                     Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos?
No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos os filhos, observando-lhes a conduta.
Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de vôo espiritual para o Infinito.
A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze.


Porta Estreita


"PORFIAI POR ENTRAR PELA PORTA ESTREITA, PORQUE EU VOS DIGO QUE MUITOS PROCURARÃO ENTRAR, E NÃO PODERÃO." - JESUS. (LUCAS, 13:24.)

Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na "porta estreita" a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as "portas largas" por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.
Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal. Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.
"Ah! se fosse possível voltar!..." - pensam todos.
Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!... com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros! ...
Mas... é tarde. Rogaram a "porta estreita" e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas "portas largas", volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.



Corrigendas


"PORQUE O SENHOR CORRIGE AO QUE AMA E AÇOITA A QUALQUER QUE RECEBE POR FILHO." - PAULO. (HEBREUS, 12:6.)

Quando os discípulos do Evangelho começam a entender o valor da corrigenda, eleva-se-lhes a mente a planos mais altos da vida.
Naturalmente que o Pai ama a todos os filhos, no entanto, os que procuram compreendê-lo perceberão, de mais perto, o amor divino.
Máxima identificação com o Senhor representa máxima capacidade sentimental.
Chegado a essa posição, penetra o espírito em outras zonas de serviço e aprendizado.
A princípio, doem-lhe as corrigendas, atormentam-no os açoites da experiência, entretanto, se sabe vencer nas primeiras provas, entra no conhecimento das próprias necessidades e aceita a luta por alimento espiritual e o testemunho de serviço diário por indispensável expressão da melhoria de si mesmo, A vida está repleta de lições nesse particular.
O mineral dorme.
A árvore sonha.
O irracional atende ao impulso.
O homem selvagem obedece ao instinto.
A infância brinca.
A juventude idealiza.
O espírito consciente esforça-se e luta.
O homem renovado e convertido a Jesus, porém, é o filho do céu, colocado entre as zonas inferiores e superiores do caminho evolutivo. Nele, o trabalho de iluminação e aperfeiçoamento é incessante; deve, portanto, ser o primeiro a receber as corrigendas do Senhor e os açoites da retificação paterna.
Se te encontras, pois, mais perto do Pai, aprende a compreender o amor da educação divina.



Que Fazeis De Especial?


"QUE FAZEIS DE ESPECIAL?" - JESUS. (MATEUS, 5:47.)

Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.
Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.
Efetivamente, sabemos tudo isto.
Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do Divino Mestre:
- Que fazeis mais que os outros?



A Auto-Educação


O processo para a formação moral, com bases no Evangelho, de caráter mais objetivo, é certamente aquele que atinge o íntimo da criatura, estimulando toda a sua dinâmica na direção da transformação do ser.

É todo um conjunto de esforços que nos conduz ao progressivo trabalho da auto-educação de nós mesmos.

A vontade é utilizada como alavanca poderosa que nos impulsiona ao progresso espiritual.

Os vencedores, entre as mil coisas que poderíamos estar fazendo escolhemos estar aqui, buscando o alimento espiritual algo que complete nosso interior.

A nossa atitude é que vai decidir nosso futuro é nós realizarmos pequenas coisas e sabermos que estas pequenas ações na verdade são grandes realizações quem vai saber se foi grande ou pequena será o meu grau de satisfação qual minha intenção ao fazer isso ou aquilo

Uma abelha e uma mosca presa a esta sala ao abrir o vidro e solta-las quais os caminhos que elas tomarão qual são seus objetivos

            A abelha procurara as plantas as flores para fazer algo
            E a mosca também, mas quanta diferença,

O que nos dá prazer? O que esta no meu íntimo é a minha educação

 É onda eletromagnética sutil nos campos de ação da mente, a desencadear energias transformadoras de intensidades tanto maiores quanto melhores forem os esforços e a persistência que mantemos em nós mesmos. Quando dirigimos a nossa vontade no sentido da autoeducação, dentro do Evangelho, começamos a nos identificar e a entrar em sintonia com as forças transformadoras que mais intensamente vibram no sentido evolutivo e regenerador da Criação.

Nada é mais objetivo e valoroso na obra da criação, dentro desse aspecto evolutivo, do que a harmonização e identificação da criatura com o Criador.

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim", disse-nos Jesus.

Esse é o trabalho a ser realizado por todos nós e nada em nossa existência é realmente mais importante do que isso.

Todo e qualquer sacrifício que venhamos a fazer nesse sentido é altamente construtivo na transformação lenta e progressiva que o nosso Espírito ainda vacilante vem realizando, de forma desordenada, desde o despertar da nossa consciência no reino hominal.

A autoeducação, abraçada conscientemente, compreendida como necessidade prioritária em nossa existência, alicerçada na Boa Nova do Dirigente Espiritual do nosso planeta é, indubitavelmente, o primeiro e o mais importante programa a ser seguido, com todas as forças do nosso Espírito, no decurso de toda a existência.

O trabalho de autoeducação é realizado no nosso mundo interior, atingindo desde a esfera periférica do nosso consciente, às profundezas do nosso inconsciente.

A realização desse objetivo não é tarefa fácil e de resultados imediatos; é antes de tudo um empreendimento alimentado com constante e profundo amor: amor à causa do nosso Divino Mestre.

Pensar em autoeducação como um trabalho de preparação lenta e progressiva para o serviço do Cristo, a quem desejamos cada vez melhor servir, é o nosso ideal primeiro; é a motivação central do nosso esforço renovador.

Todo o trabalho que se procura realizar com o coração, dando de nós mesmos, em razão de um ideal sublime, é destituído de interesses particulares e, portanto, com total desapego e desprendimento, ausência dos desejos de conquista ímediatistas de poderes psíquicos, de destaque próprio nas virtudes adquiridas; é um trabalho desinteressado, realizado com humildade e abnegação.

Nessa atmosfera em que, a essa altura do curso da Escola de Aprendizes do Evangelho, todos já tivemos as nossas experiências, sabemos da necessidade e do valor da paciência nesse trabalho de remodelação que estamos empenhados em realizar no nosso ser.

E a paciência se reflete serenamente, com a sua atuação tranquilizante nos momentos de exaltação que muitas vezes nos levam ao desânimo na luta com as nossas dificuldades.

A paciência é fruto do amor que, em nós, procuramos alimentar em tudo o que pretendemos realizar por dedicação ao Meigo Rabi da Galiléia.

O amor, ao vibrar em nós, emite as forças mais sutis do nosso espírito, que vão movimentar no nosso corpo mental as energias correspondentes impulsionadoras da vontade.

A vontade comanda a nossa ação no trabalho de autoeducar-se nos campos dos pensamentos, das palavras e dos atos.

Esses três terrenos: pensamentos, palavras e atos são constante e simultaneamente revolvidos pela nossa ação transformadora, à semelhança de um arado que sulca a terra com as suas afiadas lâminas, na renovação das camadas do terreno em preparação ao plantio e futuras colheitas.

A força que a nossa decisão imprime à vontade no trabalho reconstrutor de nós mesmos, é a ferramenta que ajudará enormemente nessa monumental obra edificadora.

A coragem em enfrentarmos os obstáculos que naturalmente se apresentam, será tanto maior quanto mais intensa for a nossa força impulsionadora da vontade.

Como resultante, ainda, da nossa paciência e na nossa força de vontade, é a perseverança que assegura a continuidade e, portanto, o sucesso do nosso trabalho.

Os resultados poderão ser obtidos com maior ou menor eficiência, dependendo dos métodos e da disciplina que imprimirmos no encaminhamento da atividade interior.

Desse modo, são estes os principais requisitos para a autoeducação.
AMOR
DESPRENDIMENTO
HUMILDADE
PACIÊNCIA
VONTADE
DECISÃO
CORAGEM
PERSEVERANÇA
DISCIPLINA


Frases importantes


Disse Paulo: - "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará". E nós repetiremos: - "Acordemos para a vida superior e levantemo-nos na execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os outros" - Fonte Viva, Emmanuel, "66-Acordar e erguer-se"



Propensão ao desvio.

"... as tentações para o desvio surgem com esmagadora percentagem sobre as sugestões de prosseguimento no caminho reto, dentro da ascensão espiritual." - Vinha de Luz, cap.30, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier



Porque dormis: Levantai-vos e orai para não entrardes em tentação” (Lucas, 22:46)



Há um provérbio chinês que diz: “Se você gosta de deslizar encosta abaixo, deve gostar de empurrar o trenó até o alto da montanha”. Ele nos aponta o equivoco quando pensamos assim: “Estou interessado em evolução, mas não em Trabalho”. É o mesmo que dizer: “Gosto de deslizar pela encosta, mas não gosto de empurrar o trenó até o alto da montanha”.



O Livro dos Espíritos


(Questões 619 A 628) - Conhecimento Da Lei Natural


619
Deus facultou a todos os homens o direito de conhecerem as suas leis, e todos há compreenderão um dia.
620
Antes de encarnar, a alma pode compreender melhor as leis de Deus e dela guarda a intuição quando unida ao corpo.
621
A lei de Deus está escrita na consciência de cada um.
A
Como os homens costumam esquecer as leis de Deus e Ele as revela quando necessário.
622
Em todos os tempos, espíritos superiores encarnados, tiveram a missão de revelarem aos homens, as leis de Deus.
623
Mesmo que entre estes espíritos, alguns errem nas lições, muitas verdades se encontram nos seus ensinos.
624
O verdadeiro profeta é um homem de bem. Reconhecido pelas suas palavras e por seus atos.
625
O modelo mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para servir de guia, foi Jesus.
626
As leis de Deus sempre estiveram disponíveis na Natureza, para o bom observador.
627
Jesus foi obrigado a usar de alegorias e parábolas, o ensino dos espíritos tem que ser claro e sem dúvidas.
628
A verdade não foi sempre posta ao alcance de todos porque é como a luz, deve-se habituar a ela pouco a pouco.

(Questões 629 A 646) - O Bem E O Mal


629
Moral é a regra de bem proceder ou de distinguir entre o que é bom e o que é mal.
630
O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário.
631
Deus deu ao homem a inteligência para distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal.
632
Para não haver engano, Jesus disse: “Vede o que queríeis que vos fizessem ou não.”
633
A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Quando esse limite é ultrapassado, vem o sofrimento.
634
Quis Deus que o homem tivesse a escolha entre o bem e o mal. Para adquirir experiência é necessário conhecer ambos.
635
As diferentes posições sociais foram fruto do progresso individual, não implica que a lei natural não é a mesma para todos.
636
A lei é a mesma para todos. O mal depende da vontade de quem o pratica e a diferença está no grau de responsabilidade.
637
Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.
638
Embora necessário, o mal não deixa de ser mal. Essa necessidade desaparece à medida que a alma se depura.
639
A consequência do mal recai sempre sobre quem lhe foi a causa. Tem menos culpa quem obedece do que quem manda.
640
Aquele que não pratica o mal, mas se aproveita dele é tão culpado quanto.
641
Quando se resiste ao desejo do mal, há virtude. Quando não se o pratica por falta de oportunidade, há culpa.
642
Não basta não fazer mal, o homem responderá pelo mal resultante de não haver praticado o bem.
643
Não há quem não possa fazer o bem. Fazer o bem não significa fazer caridade, mas ser útil ao semelhante no possível.
644
Às vezes, nascer no meio de crimes e vícios é uma prova que o espírito escolheu para exposto, ter o mérito da resistência.
645
Mesmo na atmosfera do vício, o mal pode arrastar alguém, mas o apelo não é irresistível.
646
O mérito de fazer o bem está na dificuldade de praticá-lo. Melhor o pobre que divide o pedaço, que o rico que dá a sobra.

(Questões 913 A 917) - O Egoísmo


913
De todos os vícios o mais radical é o egoísmo, ele neutraliza todas as outras qualidades.
914
O homem conseguirá extirpar o egoísmo, reformando instituições que o entretêm e excitam e isso depende da educação.
915
Ao longo das encarnações sucessivas o homem se despojará do egoísmo como de outras impurezas.
916
Os homens extirparão o egoísmo e viverão como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente.
917
A dificuldade de eliminar o egoísmo deriva da influência da matéria, ainda muito próxima de sua origem.

(Questão 918) - Caracteres Do Homem De Bem


918
O homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza.

(Questão 919) - Conhecimento De Si Mesmo


919
O meio mais prático e eficaz que o homem tem de melhorar nesta vida e resistir à tentação é: “Conhece-se a si mesmo”.
A
Interrogar a própria consciência, passar em revista o que se fez dia a dia, é uma das formas de consegui-lo.



O Evangelho Segundo o Espiritismo














Capítulo 18
























































































Capítulo 20

























































































Capítulo 21



























































































Capítulo 22













































































Capitulo 23

























































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