fé inabalavel
01 - APEGO AOS BENS MATERIAIS
A fé é o maior tesouro da alma.
É a grande luz que ilumina nossos destinos, enriquece nossa inteligência
e exalta o nosso coração.
A fé é o emblema da perfeição e a insígnia do poder.
Por isso, Jesus disse aos Seus discípulos: “se tivésseis fé do tamanho de
uma semente de mostarda, diríeis a este amoreira: transplanta-te para o mar e
ela vos obedeceria.”
A fé é um cabedal que valoriza a alma, tal como o ouro no mundo valoriza
o homem.
Na esfera material o homem tem sido considerado pelo que tem.
Na esfera espiritual cada um vale pela fé que possui.
Para se possuir legalmente bens materiais, na Terra, é necessário
trabalho, raciocínio e esforço.
Para se adquirir a verdadeira fé também é indispensável o trabalho, o
raciocínio, o estudo e o esforço.
A prosperidade material é produto do trabalho.
A prosperidade espiritual é uma conquista do espírito humano.
O dinheiro facilita o bem estar físico.
A fé, por sua vez, felicita o homem, não só espiritualmente, mas também
atinge o seu físico.
A fé não se compra nos templos de mercadores, nem nas feiras. Não se dá
por esmola, nem se adquire por herança.
A fé adquire-se especialmente pela aquisição de conhecimento.
Sobre esse assunto, Allan Kardec, deixou-nos o seguinte ensinamento: “fé
verdadeira é a que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da
humanidade.”
Deus tem concedido aos homens as mais variadas bênçãos, menos a fé.
Por essa razão, vê-se em todas as religiões, pessoas capazes de nos
cativar pela bondade, maravilharem-nos por sua paciência, atraírem-nos pela sua
caridade.
Entretanto, facilmente notamos também nelas a ausência da verdadeira fé.
Por quê?
Porque a fé não se adquire sem estudo, sem trabalho, sem o exercício do
livre-arbítrio.
Muitos homens ainda encontram-se cegos em face da luz e surdos em
relação aos sons. São, ainda, pessoas sem fé.
Têm o entendimento encoberto pelos véus dos dogmas e dos preconceitos.
A fé verdadeira é poderosa, mas não se impõe pela força.
A cada um de nós foi dada a liberdade para buscar a verdade e abandonar
o engano.
A fé é o alimento que sustenta o espírito.
É a água pura que dessedenta a alma.
E assim, como o comer e o beber exigem um esforço dirigido da vontade,
também a fé não se conquista sem a aplicação de meios adequados a sua obtenção.
A fé é a sabedoria consubstanciada no amor que nos conduz a Deus.
Esta sim, a fé raciocinada, é a fé que efetivamente há de nos salvar.
Pense nisso!
Não é a repetição automática de palavras decoradas que nos aproximam de
Deus.
Não é a oferta de valores e de bens que nos concederá a paz que tanto
almejamos.
Não serão rituais, nem trajes específicos que garantirão às nossas almas
o consolo e a orientação de que necessitamos.
Deus dispensa fórmulas para estender seus braços amorosos em nossa
direção.
Somente a fé verdadeira, que deve ser conquistada por cada um de nós,
individualmente e à custa de esforço e dedicação, é que nos oferecerá tais
bênçãos de forma efetiva e permanente.
Pensemos nisso!
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Redação do Momento Espírita. Em
08.03.2010.
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