INDICE
OBJETIVO DO TEMA
Ø
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Ø
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BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
O Evangelho Segundo o
Espiritismo – (Allan Kardec)
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Capitulo
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O Livro dos Espiritos –
(Allan Kardec)
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Questões
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BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
O Novo Testamento –
Edição dos Gideões Internacionais.
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Estudos Espíritas do
Evangelho – Therezinha Oliveira.
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Caminho, Verdade e Vida –
Emmanuel/Chico Xavier, Lição 180.
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Palavras de Vida Eterna –
Emmanuel/ Chico Xavier, Lição 13.
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Fonte Viva – Emmanuel/
Chico Xavier, Lição 105.
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Vinha de Luz – Emmanuel/
Chico Xavier, Lição 159.
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PARÁBOLA
DA CANDEIA - MÁRCIA PACCIULIO
Introdução:
No relato de Mateus a parábola da
Candeia está inserida no Sermão do Monte (5:1 a 48; 6:1 a 34 e 7:1 a 29).
Embora tenha sido dirigido
inicialmente aos discípulos, esse sermão foi acompanhado por uma enorme
multidão que tinha vindo “da Galiléia, de
Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão” (Mt, 4:25),
procurando conhecer Jesus e ouvir o seu verbo iluminado.
Muitos consideram o Sermão do Monte o
principal discurso de Jesus, aquele em que teria exposto pela primeira vez as
propostas moralizadoras e regeneradoras da Boa Nova, utilizando-se de linguagem
simples e de fácil entendimento.
O Sermão do Monte inicia-se com as 7
Bem-Aventuranças (Mt, 5: 1 a 12) que relacionam as disposições íntimas e as
virtudes necessárias à todo aquele que deseja “entrar no Reino dos Céus” e
tornar-se um bem-aventurado (feliz).
Logo em seguida, Jesus exorta os
discípulos e todos aqueles que “têm ouvidos de ouvir”, que empreguem as suas
conquistas interiores em benefício dos semelhantes, sem se deixarem corromper (Vós sois o sal da terra) e sem ocultarem
os benefícios que a prática do conhecimento da Verdade já lhes despertava (Vós sois a luz do mundo).
Mais adiante (Mt, 6: 19 a 24), Jesus
alerta para a necessidade de colocarmos os valores espirituais acima dos
valores materiais temporais ( Não
ajunteis tesouros na Terra... mas ajuntai tesouros no céu) e sugere que
vigiemos a nossa forma de ver e analisar as coisas, para que tiremos melhor
proveito do conhecimento da Verdade para o nosso progresso espiritual (A candeia do corpo é o olho).
Para os nossos estudos estaremos
considerando estas duas passagens em que a figura da candeia é utilizada por
Jesus com o intuito de exortar seus discípulos a assumirem novas responsabilidades que a propagação da Boa
Nova lhes cobraria à partir de então. (Vide nota nº1).
UMA PROPOSTA DE LEITURA DA PARÁBOLA DA CANDEIA
“Vós
sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá
luz a todos que estão na casa. Assim, resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está
nos céus” (Mt, 5: 14
a 16).
Em todas as épocas, a luz sempre foi
utilizada pelos iniciados de diferentes doutrinas ou religiões como um símbolo
para a sabedoria que advém da compreensão da verdade.
“Vós sois a luz do mundo” é uma
metáfora (vide nota nº 3) utilizada por Jesus para transmitir aos seus
discípulos a responsabilidade que lhes cabia diante do mundo, pelo fato de
terem travado contato com a verdade através dele, que por sua vez, a tinha
recebido diretamente do Pai (“Porque eu
não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento
sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar” – Jo, 12: 49).
Sobre Jesus, diria João, o
Evangelista: “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o
homem que vem ao mundo” (Jo, 1: 9); (vide questão 625 de O Livro dos
Espíritos e comentário de Kardec).
Como bom semeador que é, ao mesmo
tempo em que recomenda aos seus discípulos que a verdade deve ser uma luz que
não “pode ser colocada debaixo do
alqueire” (não deve ser ocultada), dá o exemplo de como ela deve ser dosada
da forma mais adequada a quem é dirigida: “Eu
lhes falo em parábolas, porque eles não estão em condições de compreender
certas coisas; eles vêem, olham, ouvem e não compreendem; assim, dizer-lhes
tudo, ao menos agora, seria inútil; mas a vós o digo, porque já vos é dado
compreender esses mistérios” (Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo 24,
item 4). Vide também a nota nº4.
“Deve
notar-se que Jesus só se exprimiu em parábolas sobre as questões, de alguma
maneira, abstratas da sua Doutrina. Mas, tendo feito da caridade e da humildade a condição expressa da salvação, tudo o
que disse a esse respeito é perfeitamente claro, explícito e sem nenhuma
ambiguidade. Assim devia ser, porque se tratava de regra de conduta, regra que
todos deviam compreender, para poderem observar... Sobre outras questões, só
desenvolvia os seus pensamentos para os discípulos. Estando eles mais
adiantados, moral e intelectualmente, Jesus podia iniciá-los nos princípios
mais abstratos... não obstante, mesmo com os apóstolos, tratou de modo vago
sobre muitos pontos, cuja inteligência completa estava reservada aos tempos futuros”
(E.S.E. – capítulo 24, item 6); (vide também as questões 627 e 628 de O Livro
dos Espíritos).
A prioridade na missão dos discípulos
do Cristo era, portanto, a divulgação dos princípios morais do Evangelho, em
espírito e verdade, ou seja, transformar em vivência o conhecimento adquirido
junto a Jesus: esclarecer, consolar, curar e praticar toda forma de caridade ao
seu alcance. Iriam levar a Boa Nova para homens ainda ignorantes e atrasados
moralmente, para os quais a compreensão de um Deus misericordioso, justo e bom
era extremamente difícil. Desse modo, a observância do Evangelho pelos
discípulos serviria de modelo a esses homens ainda embrutecidos e os
aproximaria da compreensão necessária à sua futura edificação: “Assim, brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos
céus” (vide as seguintes questões de O Livro dos Espíritos: 768 – Lei de
Sociedade e 779 – Lei de Progresso).
Mais uma vez, os discípulos deveriam
seguir o exemplo daquele que foi “A luz verdadeira”: “Vendo os feitos e curas admiráveis de Jesus, o povo judeu maravilhou-se
e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens” (Mt, 9:8).
POR QUE JESUS COMPARAVA OS DISCÍPULOS ÀS CANDEIAS?
As candeias são os instrumentos que produzem
a luz. A luz se produz no interior da candeia como resultado da combustão do
óleo, assim como a luz dos discípulos do Cristo deve se desenvolver
primeiramente em seu íntimo, como resultado de sua capacidade de interpretar a
verdade e apropriar-se dela para a sua transformação moral. Os discípulos são
candeias a iluminarem os corações e as mentes daqueles que ainda não dispõem de
luz, até que aprendam a cultivar luz própria, pois todos necessitaremos dela
para atingirmos a perfeição e conhecermos a verdadeira felicidade (vide questão
780-a de O Livro dos Espíritos).
O
Espírito Emmanuel (Caminho, Verdade e Vida – Lição 180) afirma: “Em meio da
grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar
o caminho da libertação...
Nossa necessidade básica é de luz
própria, de esclarecimento
íntimo, de auto-iluminação, de conversão substancial do eu ao Reino de Deus”.
Os indivíduos-candeia seguem à frente,
clareando caminhos sem violentar o livre-arbítrio daqueles que lhes seguem os passos,
mas oferecendo-lhes as “ferramentas” de que precisam para alcançarem
discernimento próprio (vide a questão 804 de O Livro dos Espíritos).
Mas, a qualidade da luz depende da
qualidade do combustível que produz a luz.
Assim é que, mais adiante no Sermão do
Monte, Jesus volta a se utilizar da figura da candeia:
“A
candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se teus olhos forem bons, todo o
teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será
tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais
trevas!” (Mt, 6: 22 e 23).
Esta parábola é uma advertência para
que os discípulos vigiassem a forma como viam e interpretavam os acontecimentos
à sua volta, porque disso dependeria a qualidade da luz que produziriam. Basta
que recuemos na história para que encontremos diversas épocas em que as trevas
se disseminaram pelo mundo porque aqueles que detinham a verdade e que deveriam
ser as candeias da humanidade optaram por ocultar ou adulterar a luz,
deixando-se guiar pelo personalismo e o preconceito ou corrompendo-se pela
ambição de poder e pela riqueza.
Sendo a Doutrina Espírita o Consolador
Prometido pelo Cristo (Jo, 14: 15 a 17 e 26), tem como principal finalidade o
restabelecimento do Cristianismo em espírito e verdade: “Estamos encarregados de preparar o Reino de Deus anunciado por Jesus,
e por isso é necessário que ninguém possa interpretar a lei de Deus ao sabor de
suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei que é toda amor e caridade”
(Livro dos Espíritos, questão 627- Lei Divina ou Natural). Vide também a
questão 801 – Lei de Progresso.
E como estamos em outubro, que é o mês
em que se comemora o nascimento de Allan Kardec, não poderíamos deixar de
lembrar que ele foi uma verdadeira “candeia”, um discípulo do Cristo, que
trabalhou até o sacrifício de si mesmo para a codificação da Doutrina Espírita,
que é o Consolador prometido por Jesus, vivenciando em Espírito e Verdade essa
doutrina, lançando luz sobre o nosso entendimento e ampliando a compreensão de
nossa origem, nosso destino e a finalidade de nossa existência.
Os espíritas conscientes da missão do
Espiritismo e que se disponibilizam como instrumentos da Espiritualidade na
propagação da Doutrina Espírita são as candeias da atualidade, para os quais as
orientações deixadas por Jesus aos seus discípulos são de extrema importância e
devem sempre ser estudadas e levadas à reflexão, por serem muito atuais.
Finalmente, queremos destacar o
conselho de Emmanuel ao divulgador espírita:
“Ensinemos
o caminho da redenção, tracemos programas salvadores onde estivermos; brilhe a
luz do Evangelho em nossa boca ou em nossa frase escrita, mas permaneçamos
convencidos de que se esses clarões não descortinam as nossas boas obras,
seremos invariavelmente recebidos no ouvido alheio e no alheio entendimento,
entre a expectação e a desconfiança, porque somente em fundido pensamento,
verbo e ação, no ensinamento do Cristo Jesus, haverá em torno de nós
glorificação construtiva ao Nosso Pai que está nos Céus” (Vinha de Luz – lição 159). Vide
também a questão 841 – Lei de Liberdade – O Livro dos Espíritos.
NOTAS IMPORTANTES
1-
No
relato de Lucas a Parábola da Candeia não faz parte do Sermão do Monte (Lc, 6:
17 a 49), mas aparece também como parte da orientação dada por Jesus aos discípulos,
em um momento em que eles se encontravam rodeados pelo povo:
“E ninguém, acendendo uma candeia, a
põe em oculto, nem debaixo do alqueire, mas no velador, para que os que entram
vejam a luz. A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples,
também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será
tenebroso. Vê, pois, que a luz que em ti há não seja trevas. Se, pois, todo o
teu corpo é luminoso, não tendo em trevas parte alguma, todo será luminoso,
como quando a candeia te alumia com o seu resplendor.” (Lu, 11: 33 a 36).
QUESTÕES DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS UTILIZADAS NESSE ESTUDO
Questão 625 (Lei Divina ou Natural): Qual o tipo
mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo?
R: Vede Jesus.
Comentário de Allan Kardec: “Jesus é para o homem o tipo da
perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra. Deus no-lo oferece
como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura
expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser
mais puro que já apareceu na Terra...”
Questão 627 (Lei Divina ou Natural): Desde que
Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensinamento
dado pelos Espíritos? Têm eles mais alguma cosa para nos ensinar?
R: O ensino de Jesus era
frequentemente alegórico e em forma de parábolas, porque ele falava de acordo
com a época e os lugares. Faz-se hoje necessário que a verdade seja inteligível
para todos. É preciso, pois, explicar e desenvolver essas leis, tão poucos são
os que as compreendem e ainda menos os que as praticam...O ensinamento dos
Espíritos deve ser claro e sem equívocos a fim de que ninguém possa pretextar
ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com sua própria razão...”
Questão 628 (Lei Divina ou Natural): Por que a
verdade não esteve sempre ao alcance de todos?
R: É necessário que cada coisa venha a
seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso que nos habituemos a ela pouco a
pouco, pois de outra maneira nos ofuscaria...
Questão 768 (Lei de Sociedade): O homem, ao
buscar a sociedade, obedece apenas a um sentimento pessoal ou há também nesse
sentimento uma finalidade providencial, de ordem geral?
R: O homem deve progredir, mas sozinho
não o pode fazer porque não possui todas as faculdades; precisa do contato dos
outros homens. No isolamento ele se embrutece e se estiola.
Questão 779 (Lei de Progresso): O homem tira de
si mesmo a energia progressiva ou o progresso não é mais do que o resultado de
um ensinamento?
R: O homem se desenvolve por si mesmo,
naturalmente, mas nem todos progridem ao mesmo tempo e da mesma maneira; é
então que os mais adiantados ajudam os outros a progredir, pelo contato social.
Questão780-a (Lei de Progresso): Como o progresso
intelectual pode conduzir ao progresso moral?
R: Dando a compreensão do bem e do
mal, pois então o homem pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio
segue-se ao desenvolvimento da inteligência e aumenta a responsabilidade do
homem pelos seus atos.
Questão 801 (Lei de Progresso): Por que os
Espíritos não ensinaram desde todos os tempos o que ensinam hoje?
R: Não ensinais às crianças o que
ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um alimento que ele não possa
digerir. Cada coisa tem o seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens
não compreenderam ou desfiguraram, mas que atualmente podem compreender. Pelo
seu ensinamento, mesmo incompleto, prepararam o terreno para receber a semente
que vai agora frutificar.
Questão 804 (Lei de Igualdade): Por que Deus não
deu as mesmas aptidões a todos os homens?
R: Deus criou todos os Espíritos
iguais, mas cada um deles viveu mais ou menos tempo e, por conseguinte,
realizou mais ou menos aquisições; a diferença está no grau de experiência e na
vontade, que é o livre-arbítrio: daí decorre que uns se aperfeiçoam mais
rapidamente, o que lhes dá aptidões diversas. A mistura de aptidões é
necessária a fim de que cada um possa contribuir para os desígnios da
Providência, nos limites do desenvolvimento de suas forças físicas e
intelectuais; o que um não faz, o outro faz, e é assim que cada um tem a sua
função útil...
Questão 841 (Lei de Liberdade): Devemos, por
respeito à liberdade de consciência, deixa que se propaguem as doutrinas
perniciosas ou podemos, sem atentar contra essa liberdade, procurar conduzir
para o caminho da verdade os que se desviaram para falsos princípios?
R: Certamente se pode e mesmo se deve;
mas ensinai, a exemplo de Jesus, pela doçura e persuasão e não pela
força,porque seria pior que a crença daquele a quem desejásseis convencer. Se
há alguma coisa que possa ser imposta é o bem e
fraternidade,mas não acreditamos que o meio de fazê-lo seja a violência;
a convicção não se impõe.
DIFERENÇA ENTRE SÍMILE, METÁFORA E PARÁBOLA
Símile: É uma analogia.
Exemplo: “Como um cordeiro mudo diante
daquele que o tosquia”.
Metáfora: É uma palavra usada fora de sua
significação natural, por semelhança subtendida.
Exemplo: “Vós sois a luz do mundo”.
Parábola: É uma narrativa alegórica que encera
doutrina moral.
Exemplo: as parábolas de Jesus.
POR QUE JESUS ENSINAVA POR PARÁBOLAS?
- Ao usar
elementos simples do dia-a-dia do povo, conseguia fornecer imagens de grande
poesia e/ou impacto, revelando algo da vida espiritual ou apresentando sua
doutrina moral.
- Podia falar as mais duras verdades sem se expor aos
adversários, que o queriam apanhar em falta.
- Por serem estórias, não sofreram as alterações com que a
ignorância ou má fé de tradutores, copiadores e divulgadores prejudicou o
registro de alguns de seus ensinos.
- O ensino por parábolas já era conhecido dos hebreus que,
como outros povos orientais, a empregavam muito.
Exemplos:
“Inclinarei
os meus ouvidos a uma parábola; decifrarei o meu enigma na harpa”(Salmos,
49:4).
“Abrirei a
minha boca n’uma parábola; proporei enigmas da antiguidade” (Salmos, 78:2).
“... e o
entendido adquira habilidade para entender provérbios e parábolas, as palavras
e enigmas dos sábios” (Provérbios, 1: 6).
PARÁBOLA DA CANDEIA – CAIRBAR SCHUTEL
Livro:
PARABOLAS E ENSINOS DE JESUS
“Ninguém,
depois de acender uma candeia, a cobre com um raso ou a põe debaixo de uma
cama; pelo contrário, coloca-a :obre um velador, a fim de que os que entram
vejam a luz.
Porque não
há coisa oculta que não venha a ser manifesta; nem coisa secreta que se não
haja de saber e vir à luz. Vêde, pois, como ouvis; porque ao que tiver,
ser-lhe-á dado; e ao que não tiver, até aquilo que pensa ter, ser-lhe-á tirado.”
- (Lucas, VIII, 16-18.)
“E
continuou Jesus: Porventura vem a candeia para se pôr debaixo do módio ou
debaixo da cama?
Não é antes
para se colocar no velador?
Porque nada
está oculto senão para ser manifesto; e nada foi escondido senão para ser
divulgado.
Se alguém
tem ouvidos de ouvir, ouça. Também lhes disse: Atenta! no que ouvis.
A medida de
que usais, dessa usarão convosco: e ainda se vos acrescentará. Pois ao que tem,
serlhe-á dado; e ao que não tem, até aquilo que pensa ter, ser-lhe-á tirado.” -
(Marcos, IV, 21-25.)
A Luz é
indispensável à vida material e à vida espiritual.
Sem luz não
há vida; a vida é luz quer na esfera física, quer na esfera psíquica.
Apague-se o
Sol, fonte das luzes materiais e o mundo deixará, incontinente, de existir.
Esconda-se
a luz da sabedoria e da Religião sob o módio da má fé ou do preconceito, e a
Humanidade não dará mais um passo, ficará estatelada debatendo-se em trevas.
Assim,
pois, tão ridículo é acender uma candeia e colocá-la debaixo da cama, como
conceber ou receber um novo conhecimento, uma verdade nova e ocultá-los aos
nossos semelhantes.
Acresce
ainda que não é tão difícil encontrar o que se escondeu porque “não há coisa
oculta que não venha a ser manifesta”.
Mais hoje,
mais amanhã, um vislumbre de claridade denunciará a existência da candeia que
está sob o leito ou sob o módio, e que desapontamento sofrerá o insensato que
aí a colocou!
A
recomendação feita na parábola é que a luz deve ser posta no velador a fim de
que todos a vejam, por ela se iluminem, ou, então, para que essa luz seja
julgada de acordo com a sua claridade.
“Uma árvore
má não pode dar bons frutos”; e o combustível inferior não dá, pela mesma
razão, boa luz. Julga-se a árvore pelos frutos e o combustível pela claridade;
pela pureza da luz que dá.
A luz do
azeite não se compara com a do petróleo, nem esta com a do acetileno; mas todas
juntas não se equiparam à eletricidade.
Seja como
for, é preciso que a luz esteja no velador, para se distinguir uma da outra.
Dar a necessidade do velador.
No sentido
espiritual, que é justamente o em que Jesus falava, todos os que receberam a
Luz da sua Doutrina precisam mostrá-la, não a esconderem sob o módio do
interesse, nem sob o leito da hipocrisia. Quer seja fraca, média ou forte;
ilumine na proporção do azeite, do petróleo, do acetileno ou da eletricidade, o
mandamento é:
“Que a
vossa luz brilhe diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras (que
são as irradiações dessa luz) glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.”
Ter luz e
não fazê-la iluminar, é colocá-la sob o módio; é o mesmo que não a ter; e
aquele que não a tem e pensa ter, até o que parece ter ser-lhe-á tirado. Ao
contrário, “aquele que tem, mais lhe será dado”, isto é, aquele que usa o que
tem em proveito próprio e de seus semelhantes, mais lhe será dado. A chama de
uma vela não diminui, nem se gasta o seu combustível por acender cem velas; ao
passo que estando apagada é preciso que alguém a acenda para aproveitar e fazer
aproveitar sua luz.
Uma vela
acendendo cem velas, aumenta a claridade, ao passo que, apagada, mantém as
trevas.
E como
temos obrigação de zelar, não só por nós como pelos nossos semelhantes,
incorremos em grande responsabilidade pelo uso da “medida” que
fizemos; se damos um dedal não podemos receber um alqueire; se uma oitava, não
podemos contar com um quilo em restituição, e, se nada damos o que havemos de
receber?
A luz não
pode permanecer sob o módio, nem debaixo da cama.
A candeia,
embora matéria inerte, nos ensina o que devemos fazer, para que a Palavra do
Cristo permaneça em nós, possamos dar muitos frutos e sejamos seus discípulos.
Assim, o
fim da luz é iluminar e o do sal é conservar e dar sabor.
Sendo os
discípulos de Jesus luz e sal, mister se faz que ensinem, esclareçam, iluminem,
ao mesmo tempo que lhes cumpre conservar no ânimo de seus ouvintes, de seus
próximos, a santa doutrina do Meigo Rabino, valendo-se para isso do espírito
que lhe dá o sabor moral para ingerirem esse pão da vida que verdadeiramente
alimenta e sacia.
Assim como
a luz que não ilumina e o sal que não conserva, para nada prestam, assim,
também, os que se dizem discípulos do Cristo e não cumprem os seus preceitos
nem desempenham a tarefa que lhes está confiada, só servem para serem lançados
fora da comunhão espiritual e serem pisados pelos homens.
A candeia
sob o módio não ilumina; o sal insípido não salga, não conserva, nem dá sabor.
"Venha a nós o teu reino..." - assim rogou Jesus ao
Pai Celestial, sabendo que só o Plano de Deus pode conceder-nos a verdadeira
felicidade. Mas, o Mestre não se limitou a pedir; ele trabalhou e se esforçou
para que o Reino do Céu encontrasse as bases necessárias na Terra.
Espalhou, com as próprias mãos, as bênçãos da paz e da
alegria, a fim de que os homens se fizessem melhores.
Uma locomotiva não corre sem trilhos adequados.
Um automóvel não avança sem a estrada que lhe é própria.
Um prato bem feito precisa ser preparado com todos os temperos
necessários.
Assim também, o auxílio celeste reclama o nosso esforço. É
sempre indispensável purificar o nosso sentimento para recebê-lo e difundi-lo.
Sem a bondade em nós, não poderemos sentir a bondade de Deus
ou entender a bondade de nossos semelhantes.
Quando é noite e reclamamos: - "Venha a nós a luz",
é necessário ofereçamos a lâmpada ou a candeia, para que a luz resplandeça entre nós.
Se rogamos a Graça Divina, preparemos o sentimento para
entendê-la e manifestá-la, a fim de que a felicidade e a harmonia vivam
conosco.
Jesus trabalhou pela vinda da Glória do Céu ao mundo,
auxiliando a todos e ajudando-nos até à cruz do sacrifício, dando-nos a
entender que o Reino de Deus é Amor e só pelo Amor brilhará entre os homens
para sempre.
Autor: Meimei - Psicografia de Chico Xavier
MIGALHA DE AMOR – MEIMEI
Não
menosprezes a migalha de amor que te pode marcar o concurso no serviço do bem.
Estende o
coração através dos braços e auxilia sempre.
Quem
definirá, entre os homens, toda a alegria da xícara de leite nos lábios da
criancinha doente ou da gota de remédio na boca atormentada do enfermo? Quem
dirá o preço de uma oração fervorosa, erguida ao Céu, em favor do necessitado?
Quem medirá o brilho oculto da caridade que socorre os sofredores e desvalidos?
Recorda a
importância do pano usado para os que choram de frio, da refeição
desaproveitada para o companheiro subnutrido, do vintém a transformar-se em
mensagem de reconforto, do minuto de conversação consoladora que converte o
pessimismo em esperança, e auxilia quanto possas.
Lembra-te
que Jesus renovou a Terra, utilizando diminutas migalhas de boa vontade e
cooperação... Dos recursos singelos da Manjedoura faz o mais belo poema de
humildade, de cinco pães e dois peixes retira o alimento para milhares de
criaturas, em velhos barcos emprestados erige a tribuna das sublimes revelações
do Céu... Para ilustrar seus preciosos ensinamentos, detém-se na beleza dos
lírios do campo, salienta o valor da candeia singela, comenta a riqueza de um grão de mostarda e recorre ao merecimento
de uma dracma perdida.
Não olvides
que teu coração é esperado por bênção viva, na construção da felicidade humana
e, empenhando-lhe, agora, a tua migalha de carinho, recolhê-la-ás, amanhã, em
forma de alegria eterna no Reino do Eterno Amor.
Meimei
O SERMÃO DA MONTANHA
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MARCOS ( capítulo 5)
1 Jesus, pois, vendo as
multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus
discípulos,
2 e ele se pôs a ensiná-los,
dizendo:
3 Bem-aventurados os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
4 Bem-aventurados os que
choram, porque eles serão consolados.
5 Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra.
6 Bem-aventurados os que
têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.
7 Bem-aventurados os
misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
8 Bem-aventurados os
limpos de coração, porque eles verão a Deus.
9 Bem-aventurados os
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os que
são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois
vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra
vós por minha causa.
12 Alegrai-vos e exultai, porque
é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que
foram antes de vós.
13 Vós sois o sal da terra; mas
se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada
mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não
se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
15 nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire,
mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa.
16 Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso
Pai, que está nos céus.
17 Não penseis que vim destruir
a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.
18 Porque em verdade vos digo
que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou
um só til, até que tudo seja cumprido.
19 Qualquer, pois, que violar um
destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será
chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será
chamado grande no reino dos céus.
20 Pois eu vos digo que, se a
vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis
no reino dos céus.
21 Ouvistes que foi dito aos
antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.
22 Eu, porém, vos digo que todo
aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a
seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu
do fogo do inferno.
23 Portanto, se estiveres
apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti,
24 deixa ali diante do altar a
tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar
a tua oferta.
25 Concilia-te depressa com o
teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o
adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.
26 Em verdade te digo que de
maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.
27 Ouvistes que foi dito: Não
adulterarás.
28 Eu, porém, vos digo que todo
aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela.
29 Se o teu olho direito te faz
tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus
membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30 E, se a tua mão direita te
faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos
teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno.
31 Também foi dito: Quem
repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
32 Eu, porém, vos digo que todo
aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz
adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.
33 Outrossim, ouvistes que foi
dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus
juramentos.
34 Eu, porém, vos digo que de
maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
35 nem pela terra, porque é o
escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
36 nem jures pela tua cabeça,
porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto.
37 Seja, porém, o vosso falar:
Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.
38 Ouvistes que foi dito: Olho
por olho, e dente por dente.
39 Eu, porém, vos digo que não
resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita,
oferece-lhe também a outra;
40 e ao que quiser pleitear contigo,
e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
41 e, se qualquer te obrigar a
caminhar mil passos, vai com ele dois mil.
42 Dá a quem te pedir, e não
voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes.
43 Ouvistes que foi dito: Amarás
ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo.
44 Eu, porém, vos digo: Amai aos
vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;
45 para que vos torneis filhos
do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e
bons, e faz chover sobre justos e injustos.
46 Pois, se amardes aos que vos
amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?
47 E, se saudardes somente os
vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo?
48 Sede vós, pois, perfeitos,
como é perfeito o vosso Pai celestial.
"A seara é imensa e os
trabalhadores poucos."
BOA NOVA DO EVANGELHO - GUSTAVO MARCELO R. DARÉ
gmadea@ig.com.br
B) dificuldades sociais, onde FALSOS CRISTOS E FALSOS
PROFETAS, incluindo espíritos fascinadores, poderão confundir nossa vontade,
sendo necessário o exercício da crítica e do discernimento, mas também da
compreensão perante as dificuldades afetivas no mundo, para NÃO SEPARAR(mos) O
QUE DEUS JUNTOU, respeitando a felicidade do próximo e suas escolhas:
C) dificuldades pessoais e sociaisdiante da doutrina
revolucionária e dialética (complexa em sua simplicidade) de Jesus, que exige
de nós um salto qualitativo de consciência para entendermos a essência de
ensinamentos que nos soem como MORAL ESTRANHA.
Em meio a esta muralha de obstáculos, os autores não
se esquecem de nossas potencialidades: somos possuidores de uma FÉ (humana ou
divina) QUE TRANSPORTA MONTANHAS; a fé – mãe da caridade.
Em NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE, o leitor é lembrado que, apesar
das dificuldades, será bem-aventurado aquele que carregar sua cruz sem
esmorecer, cumprindo sua missão simultaneamente.
Nos capítulos finais, procura-se livrar o homem de
toda dependência anteriormente estabelecida quanto à ligação com Deus,
mostrando que este Pai Amoroso não exige intermediação para atender aos nossos
pedidos. BUSCAI E ACHAREIS mostra a providência divina para com nossas
necessidades, pedindo para que “não nos cansemos pelo ouro” e salientando que a
prática do bem e o esforço pessoal pela sublimação também são formas de prece.
DAÍ DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER é um manifesto espírita em defesa do
exercício gratuito da mediunidade. PEDI E OBTEREIS fala da prece como algo
simples, uma sintonia de amor em pensamento, uma experiência mística para
todos. Orar em espírito.
O livro termina em prece e oração por todos que
necessitam e sofrem: COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS.
Abril de 2006, edição n°. 243
Jornal Eletrônico Verdade e Luz
USE de Ribeirão Preto
Intermunicipal de Ribeirão Preto - Caixa Postal, 827
- 14001-970 - Ribeirão Preto, SP
FAÇAMOS NOSSA LUZ - Emmanuel
"Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens". - Jesus, (Mateus, 5:16)
Ante a
glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o Universo, o
estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limitado círculo de
ação.
Se o
problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos a lamentar.
A casa
pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade.
A angústia
de nosso plano procede da sombra.
A escuridão
invade os caminhos em todas as direções.
Trevas que
nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições
e pessoas.
Nevoeiros
que assaltam consciência, raciocínios e sentimentos.
Em meio da
grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar
o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não
poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em
nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja.
É
indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as
trevas não nos dominem.
É possível
marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria,
padeceremos constante ameaça de queda. Os proprietários das lâmpadas acesas
podem afastar-se de nós, convocados pelos montes de elevação que ainda não
merecemos.
Vale-te,
pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa-vontade ao óleo do serviço
e da humildade e acende o teu archote para a jornada. Agradece ao que te
ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa !...
O problema
fundamental da REDENÇÃO é de luz própria, meu amigo, não se resume a palavras
faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar
excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos.
Nossa
necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de
auto-educação, de conversão substancial do "EU" ao Reino de Deus.
Podes falar
maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os
valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores
do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera
do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade em
trânsito pelos vales do mundo...
Tudo isso,
em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos
ângulos da estrada. Todavia, avançar sem luz é impossível.
LUZ E ESPIRITISMO - SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Jesus trouxe-nos o Evangelho, a Boa Nova, a luz do conhecimento espiritual. Ele disse: "Vós sois a luz do mundo". Como compreender o alcance dessas palavras? É o que propomos neste estudo.
2. CONCEITO
Luz - do latim luce.
Em Física. 1. Radiação eletromagnética capaz de provocar sensação visual num observador normal; radiação eletromagnética de comprimento de onda compreendido aproximadamente entre 4 000Å e 7 800Å. 2. Claridade emitida pelos corpos celestes. 3. Claridade emitida por corpos que não a possuem, mas que a refletem de outros; reflexo: a luz dos planetas. 4. Claridade, luminosidade: a luz do dia.
Å (abreviatura de Ångström) - unidade de medida de comprimento equivalente a 10-10m, utilizada correntemente em ótica e em técnica de raios X.
Em sentido figurado. 1. Aquilo ou aquele que esclarece, ilumina ou guia o espírito: as luzes da fé; o pai era a luz do menino. 2. Faculdade de percepção; juízo, inteligência. 3. Esclarecimento, elucidação: Sua crítica emprestou luz à obra. 4. Evidência, certeza, verdade: "Da discussão nasce a luz" (prov.) (Dicionário Aurélio).
3. HISTÓRICO
Antigüidade clássica: a primeira metáfora da luz encontra-se no Mito da Caverna, em que Platão associa a luz ao sol. Neste mito, Platão coloca alguns homens dentro de uma caverna, de costas para a luz, de modo que o que vêem são as suas próprias sombras. Para ver a luz (conhecimento), eles devem sair da caverna.
Velho Testamento: o simbolismo da luz perpassa toda a revelação bíblica. Observe que a primeira ação de Deus registrada pela Bíblia é a separação da luz e das trevas (Gênesis, 1, 3 a 5). No relato Deus é o único autor da luz e até as próprias trevas reconhecem o seu poder. A metáfora da luz é encontrada em outros trechos dos livros que compõe o Antigo Testamento, inclusive as promessas de luz dos profetas. Por isso, diz-se que "Deus é luz".
Novo Testamento: aqui torna-se realidade a luz escatológica prometida pelos profetas: quando Jesus começa a sua pregação na Galiléia cumpre-se o oráculo de Isaías 9, 1 (Mt 4, 16). Quando ele ressuscita segundo as profecias é para "anunciar a luz ao povo e às nações pagãs (At 26, 23). Cristo é revelado como luz, mas é sobretudo por seus atos e palavras que vemos Cristo revelar-se como luz do mundo.
No final da história da salvação a nova criação terá por luz o próprio Deus (Ap 21, 23) (Léon-Dufour, 1972).
Idade Média e Contemporânea: a metáfora da luz está presente em Santo Agostinho, que compara o conhecimento à luz e atribui a Deus a fonte que ilumina as coisas e as portas à luz do dia. Dela se serviu Descartes, que associa a luz à razão. É empregada por Locke, que a associa à luz da lamparina, ao comparar sua chama um tanto débil com o entendimento humano (Domingues, 1996, p. 205).
4. JESUS E A LUZ
4.1. SÍMBOLO E COMUNICAÇÃO
O Símbolo é tudo quanto está em lugar de outro. O símbolo escapa a toda e qualquer definição. Assemelha-se à flecha que voa e que não voa, imóvel e fugitiva, evidente e inatingível. De acordo com Georges Gurvitch, os símbolos revelam velando e velam revelando. Ele transcende o significado e depende da interpretação que, por sua vez, depende de certa predisposição. Está carregado de afetividade e de dinamismo. A religião está repleto de símbolos: a árvore, o carvalho, a figueira, a cruz, a candeia etc. A árvore, por exemplo, é símbolo da vida, em perpétua evolução e em ascensão para o céu; a figueira simboliza a abundância, mas quando seca, torna-se a árvore do mal; o carvalho, em todos os tempos e por toda a parte, é sinônimo de força (Chevalier, 1992).
A simbologia da expressão inclui as figuras de linguagem: a parábola, a metáfora, a alegoria, a hipérbole etc. A parábola, por exemplo, é um relato que possui sentido próprio, destinado , porém, a sugerir, além desse sentido imediato, uma lição moral. Jesus, ao utilizar-se deste recurso para a transmissão de seus ensinamentos, contava estórias que incluíam o homem do campo, a semente, a árvore, a moeda etc., ou seja, tomava as imagens da realidade terrestre para serem sinais da realidades espiritual.
4.2. A VIDA DE JESUS
Jesus Cristo (de Jesoûs, forma grega do hebraico Joxuá, contração de Jehoxuá, isto é, "Jeova ajuda ou é salvador", e de Cristo, do grego Christós, corresponde ao hebraico Moxiá, escolhido ou ungido).
Jesus nasceu em Belém e morreu no ano 30 de nossa era. O mês e o ano do nascimento de Jesus Cristo são incertos. A era vulgar, chamada de Cristo, foi fixada no séc. VI por Frei Dionísio, que atribui o Natal ao ano de 754 da fundação de Roma.
A história de Jesus, tal como se processou sua vida, é muito difícil de se reconstituir hoje, porque os Evangelhos são praticamente a única fonte existente a fornecê-la, e eles descrevem muito mais o que Jesus vem a significar, após a sua morte para a Igreja, do que os fatos tal como aconteceram.
Contava trinta anos quando começou a pregar a "Boa Nova". Compreende a sua vida pública um pouco mais de três anos (27 a 30 da era cristã). Utilizou-se, na sua pregação, o apelo combinado à razão e ao sentimento, por meio de parábolas ilustrativas das verdades morais.
As duas regiões de sua pregação:
1) Galiléia (Nazaré) - as cercanias do lago de Genesaré e as cidades por ele banhadas, e principalmente Cafarnaum, centro a atividade messiânica de Jesus;
2) Jerusalém - que visitou durante quatro vezes durante o seu apostolado e sempre por ocasião da Páscoa.
Na Galiléia, percorrendo os campos, as aldeias e as cidades, Jesus anunciava às turbas que o seguem o Reino de Deus; é aí, também, que recruta os seus doze apóstolos e os prepara para serem as suas testemunhas. Ao mesmo tempo, vai realizando milagres.
Em Jerusalém, continuamente perseguido pela hostilidade dos fariseus (seita muito considerada e muito influente, que constituía a casta douta e ortodoxa do judaísmo), ataca a hipocrisia deles e esquiva-se às suas ciladas. Como prova de sua missão divina, apresenta-lhes a cura de um cego de nascença e a ressurreição de Lázaro (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira).
4.3. O EVANGELHO
Evangelho é a tradução portuguesa da palavra grega Euangelion que foi notavelmente enriquecida de significados. Para os gregos mais antigos ela indicava a "gorjeta" que era dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a significar uma "boa-nova", segundo a exata etimologia do termo.
Falava-se de "evangelho", nas cidades gregas, quando ecoava a notícia de uma vitória militar, quando os arautos noticiavam o nascimento de um rei ou de um imperador. Ao termo estava unida a idéia de festa com cânticos, luzes e cerimônias festivas. Era, em suma, o anúncio da alegria, porque continha uma certeza de bem-estar, de paz e salvação. (Battaglia, 1984, p. 19 e 20)
O Evangelho de Jesus - Deus, no Velho Testamento, havia comunicado os seus anúncios de alegria aos patriarcas, a Moisés e aos profetas do seu povo; no Novo Testamento, dá o maior dos "anúncios", o anúncio de Jesus. Jesus não é só conteúdo do anúncio, mas é também o primeiro portador e arauto. Ele apresenta a si mesmo e a sua obra como o "Evangelho de Deus", isto é, a "boa-nova" que Deus envia ao mundo que espera. (Battaglia, 1984, p. 21 e 22)
4.4. OS DISCÍPULOS
As relações entre Jesus e seus discípulos assemelhavam-se às relações entre os rabinos e seus discípulos. Porém havia uma diferença substancial: enquanto os rabinos apenas transmitiam a doutrina aos seus discípulos, Jesus pedia uma adesão pessoal mais completa do que aquela que era pedida pelos rabinos. O seu discípulo deveria estar disposto a abandonar pai, mãe, filho e filha, a tomar a sua cruz e dar a vida no seguimento de Jesus. Como seu mestre, os discípulos deveriam abandonar suas casas, ficando sem ter onde repousar a cabeça (Mackenzie, 1984).
Com o intuito de disseminar a luz do Evangelho, deu-lhes diversas instruções, incluindo as admoestações, os estímulos, as dificuldades e as recompensas.
Disse-lhes para procurar as ovelhas perdidas da casa de Israel, curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos, repelir os demônios; lembrou-lhes de serem prudentes como as serpentes e simples como as pombas; estimulou-lhes a nada temer, pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser reconhecido; advertiu-os que não veio trazer paz à terra, mas espada; por fim, recomendou-lhes dar de beber aos pequeninos, pois o reino dos céus a estes se assemelha (Mateus, 10).
5. O PROBLEMA DAS TREVAS
5.1. DETURPAÇÃO DO CRISTIANISMO PRIMITIVO
A divulgação do Evangelho, desde as suas primeiras manifestações, não foi tarefa fácil. A começar pela construção desses conhecimentos - realizada sob um clima de opressão -, pois o jugo romano pesava de maneira especial sobre a Palestina. As mortes dos primeiros cristãos, nos circos romanos, ainda ecoa de maneira indelével em nossos ouvidos. Além disso, tivemos que assistir à ingerência política em muitas questões de conteúdo estritamente religioso. Fomos desfigurando o Cristianismo do Cristo para aceitarmos o Cristianismo dos vigários, como disse o Padre Alta. A fé, o principal alimento da alma, torna-se dogmática nas mãos de políticos e religiosos inescrupulosos. Para ganhar os céus, tínhamos que confessar as nossas culpas, pagar as indulgências e obedecermos aos inúmeros dogmas criados pela Igreja.
5.2. SINTONIA
A base de todo o intercâmbio está na mente. O nosso pensamento pode ser comparado a uma pedra nas mãos do escultor: se este agir de má vontade e usar ferramentas mal afiadas, a pedra permanecerá ociosa por muito tempo, e notar-se-á poucas mudanças na sua estética; ao contrário, se agir de boa vontade e usar ferramentas apropriadas, em pouco tempo vê-se surgir uma obra de arte. Da mesma forma são os nossos pensamentos que, carregados de hábitos nocivos e impulsos degradantes, dificultam a percepção das luzes espirituais superiores. Há casos de viciação tão graves que nos levam ao monoideísmo, ou seja, à idéia fixa, que exigirá, no futuro, esforços hercúleos para nos libertamos dela. Denominamos tais estados de obsessão, possessão, vampirismo etc.; não importa o termo; a relevância é que tudo está na mente. Assim, cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria felicidade: as andorinhas seguem a beleza da primavera; as corujas acompanham as trevas da noite. Para que permaneçamos num campo vibratório de luz, devemos construí-lo dentro de nós. E isso nem sempre é tarefa fácil, porque teremos que despender as nossas energias interiores para porfiar por entrar pela "porta estreita", a porta das dificuldades e não da perdição.
5.3. JUDAS ISCARIOTES
Judas Iscariotes foi o discípulo que traiu Jesus, influenciado pelas trevas do pré-julgamento. Observe que ele, embora amoroso, quase sempre tomava a dianteira de Jesus na maioria dos empreendimentos. Foi assim que organizou a primeira bolsa de fundos da comunhão apostólica. Mas a sua crítica contumaz contra tudo e a respeito de todos, obrigaram-no a insular-se. Os próprios companheiros andavam arredios. Ninguém lhe aprovava as acusações impulsivas e as lamentações sem propósito. Apenas o Cristo não perdia a paciência. Gastava longas horas, encorajando-o e esclarecendo-o afetuosamente. ..
Certa feita disse ao Mestre: Senhor, por que motivos sofro tão pesadas humilhações? Noto que os próprios companheiros se afastam, cautelosos, de mim...
Jesus, aproveitando-se de um gesto impulsivo do discípulo, ao pegar água no fundo do poço, pois a sua mão veio cheio de lama, disse-lhe:
"Neste poço singelo, Judas, tens a lição que desejas. Quando quiseres água pura, retira-a com cuidado e reconhecimento. Não há necessidade de alvoroçar a lama do fundo ou das margens. Quando tiveres sede de ternura e de amor, faze o mesmo com teus amigos. Recebe-lhes a cooperação afetuosa sem cogitar do mal, a fim de que não percas o bem supremo" (Xavier, 1978, cap. 44).
6. LUZ E ESPIRITISMO
6.1. A CAMINHO DA LUZ
É o título de um livro psicografado por Francisco Cândido Xavier em que o Espírito Emmanuel traça a história da civilização à luz do Espiritismo. Neste livro há alusão à origem e ao desenvolvimento do nosso planeta, vislumbrando a Antigüidade Clássica, a vinda do Messias, o seu apostolado, os exilados de Capela e a lutas do homem para a conquista da liberdade. Diz-nos que os homens passam e as civilizações se sucedem.
"Só Jesus não passou, na caminhada dolorosa das raças, objetivando a dilaceração de todas as fronteiras para o amplexo universal. Ele é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. Todas as coisas humanas se modificarão. Ele, porém, é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição" (Xavier, 1972, p. 16)
6.2. LUZ E RESPONSABILIDADE
"Vós sois a luz do mundo" (Mateus, 5, 14).
O Espírito Emmanuel, comentando esta passagem, fala-nos que quando Cristo designou os seus discípulos como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra. É que a chama da candeia gasta o óleo do pavio. Nesse sentido, o Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho. Recomenda-nos, assim, não nos determos em conflitos ou perquirições sem proveito, visto que a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina (Xavier, s.d.p., cap. 105)
Mas, em meio à responsabilidade de seguir o Mestre, deparamo-nos com algumas perguntas de ordem pessoal: Por que esses esforços se não ganho nada financeiramente? Por que doar a minha saúde em prol do Evangelho? Por que perder horas de sono ajudando um necessitado? Contudo, mesmo no meio desses conflitos íntimos, os amigos do além vem nos dizer para esquecermos de nós mesmos, tomarmos a nossa cruz e caminharmos mesmo com os pés sangrando e os joelhos desconjuntados.
6.3. CLAREAR SEM OFUSCAR
Observe que, em muitas circunstâncias da vida, a luz da vela tem maior utilidade do que a do holofote. Por pequena que seja, ela serve para alumiar uma parte da escuridão. Nesse sentido, em se dizendo que luz não argumenta, mas ilumina, é que ela deve clarear sem ofuscar. Ela deve iluminar a sombra da ignorância, sem erradicá-la de uma vez. Ela assemelha-se ao semeador que saiu a semear. Este deve escolher a terra boa, arroteá-la, a fim de que a semente dê frutos sazonados. Transpondo para o campo do Espírito, o Semeador não deve iluminar a esmo, mas, sim, e antes de tudo, preparar o ânimo daqueles que irão receber a Boa Nova. Sem essa preocupação constante, estaremos apenas dando pérolas aos porcos.
7. CONCLUSÃO
O progresso é inexorável. A luz do Evangelho é uma verdade que se impõe por si mesma. Podemos nos distanciar, fugir, ficar nas trevas da ignorância, visto termos o livre-arbítrio. Contudo, chegará o tempo em que teremos de nos voltar para Jesus e aceitar os seus ensinamentos se quisermos ser admitidos no reino dos céus.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BATTAGLIA, 0. Introdução aos Evangelhos - Um Estudo Histórico-crítico. Rio de Janeiro, Vozes, 1984.
CHEVALIER, J. e GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números) . 6 ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1992.
DOMINGUES, I. O Fio e a Trama: Reflexões sobre o Tempo e a História. Belo Horizonte, UFMG, 1996.
FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d. p.
LEON-DUFOUR, X. e OUTROS. Vocabulário de Teologia Bíblica. Rio de Janeiro, Vozes, 1972.
MACKENZIE, J. L. (S. J.) Dicionário Bíblico. São Paulo, Edições Paulinas, 1984.
XAVIER, F. C. A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, 1972.
XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, s.d.p.
XAVIER, F. C. Luz Acima, pelo Espírito Irmão X. 4. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978.
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