A
DOUTRINA ESPÍRITA E O EVANGELHO (Jesus, a porta; Kardec, a chave)
Objetivos
– Reconhecer os ensinamentos espíritas como um roteiro seguro para o
entendimento do Evangelho de Jesus.
Ideias
principais – O Espiritismo (termo criado por Allan Kardec) é ao mesmo tempo,
uma ciência de observação e uma doutrina filosófica (O que é o Espiritismo, Preâmbulo, p.50)
-
A maioria dos espiritistas entende e aceita o Evangelho de Jesus, à luz do
Consolador, como o grande roteiro de redenção humana (Tempo de Transição –
Juvanir Borges de Souza, p.13)
-
Jesus é o caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os
milênios terrestres, como o Verbo do princípio ( Caminho, verdade e vida.
Introdução, p.13)
Subsídios
– O Espiritismo é compreendido como a manifestação da misericórdia divina em
benefício da humanidade terrestre.
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma
ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele
consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como
filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas
relações (O que é o Espiritismo, preâmbulo, p.50).
É a essas relações que o Cristo alude
em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que ele disse permaneceu
ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio
da qual tudo se explica de modo fácil (O Evangelho Segundo o Espiritismo) Cap.
1, item 5)
As orientações da Doutrina Espírita são
seguras e diretas, nos projetando na horizontalidade do conhecimento das leis
que nos regem. O alcance de suas claridades nos revela o impositivo da
renovação imprescindível e inadiável. Como Cristianismo Redivivo, faz ecoar a
palavra de Jesus veiculada nos primeiros tempos, sem as contaminações nela
impregnadas pela insensatez e irreflexões dos homens ao longo dos tempos. “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do
Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde
vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros
princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança” (ESSE, cap. 6,
item 4)
Em
vários arraiais da atividade espírita séria, já se ouve que a hora atual é a da
vivência do Evangelho. Não mais como uma norma religiosa, superada e
fanatizante, mas como cartilha de vida. Percebemos “com íntima satisfação, que
a imensa maioria dos espiritistas entende e aceita o Evangelho de Jesus, à luz
do Consolador, como o grande roteiro da redenção humana, no esforço continuado
de cada um para aumentar a capacidade de amar, servir e compreender (Tempo de
Transição, Introdução, p.13 – Juvanir Borges de Souza).
Com
lucidez, assim fala Emmanuel:
-
Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam
a lição nos ouvidos. Não se trata de
registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro
do coração. Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador. Os
círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não
sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando
a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo.
Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos,
todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo. A maioria não
pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse
simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um. São alunos que
procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam
protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir. Não estimam ensinamentos.
Formulam imposições. E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo. Os
resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a
dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades
eternas. Não poucos se revoltam, desencantados. Não se queixem, contudo, senão
de si mesmos. “Ponde minhas palavras em vossos ouvidos” disse Jesus. O próprio
vento possui uma direção. Teria, pois, o divino Mestre transmitido alguma
lição, ao acaso?” (Caminho, verdade e vida, Emmanuel/Chico Xavier, Introdução,
p. 15)
O MESTRE E O
APÓSTOLO
Luminosa, a coerência entre o Cristo e
o Apóstolo que lhe restaurou a palavra.
Jesus, o Mestre Kardec, o Professor
Jesus refere-se a Deus, junto da fé sem
obras. Kardec fala de Deus, rente às
obras sem fé.
Jesus é combatido, desde a primeira
hora do Evangelho, pelos que se acomodam na sombra.
Kardec é impugnado desde o primeiro dia
do Espiritismo, pelos que fogem da luz.
Jesus caminha sem convenções. Kardec
age sem preconceitos.
Jesus exige coragem de atitudes.
Kardec reclama independência mental.
Jesus convida ao amor. Kardec impele à caridade.
Jesus consola a multidão. Kardec esclarece o povo.
Jesus acorda o sentimento. Kardec desperta a razão.
Jesus constrói. Kardec consolida. Jesus revela. Kardec descortina.
Jesus propõe. Kardec expõe.
Jesus lança as bases do Cristianismo,
entre fenômenos mediúnicos.
Kardec recebe os princípios da Doutrina
Espírita, através da mediunidade.
Jesus afirma que é preciso nascer de
novo. Kardec explica a reencarnação.
Jesus reporta-se a outras moradas. Kardec menciona outros mundos.
Jesus espera que a verdade emancipe os
homens; ensina que a justiça atribui a cada um pelas próprias obras e anuncia que o Criador será
adorado, na Terra, em espírito.
Kardec esculpe na consciência as leis
do Universo.
Em suma, diante do acesso aos mais
altos valores da vida, Jesus e Kardec estão perfeitamente conjugados pela Sabedoria Divina.
Jesus, a porta. Kardec, a chave.
Do
livro Opinião Espírita – edição da Comunhão Espírita Crista –
Emmanuel/Francisco C. Xavier
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