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terça-feira, 28 de abril de 2015

MÓDULO 2-7
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
Dirigente Reunião Mediúnica

8. Funcionamento das Reuniões Mediúnicas

  Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus.
  1 João, 4:7

8.1 CONDIÇÕES

* Privacidade. A reunião mediúnica deve ser privativa, tendo as portas chaveadas para se evitar a entrada de participantes atrasados ou de pessoas estranhas ao trabalho. Aconselhável se feche disciplinadamente a porta de entrada, 15 minutos antes do horário marcado para a abertura da reunião, tempo que será empregado na leitura preparatória. Desobsessão, cap.14.

A reunião deve ser realizada com a mesma equipe, previamente definida. Por ser privativa, é vedada a participação de enfermos ou pessoas interessadas em receber benefícios durante a manifestação de Espíritos; este não é o local nem o momento para esse tipo de atendimento.

* Regularidade. A reunião será sempre realizada nos dias e horários pré-estabelecidos, com periodicidade definida pela Direção da Casa Espírita  semanal ou quinzenal , evitando-se a realização de reunião extemporânea ou ocasional, exceto em atendimento a situação especial, definida pela direção da Casa Espírita e por orientação espiritual pertinente. Neste caso, a reunião mediúnica extraordinária tem caráter  específico.

* Horário. Não se recomenda mais de 60 (sessenta) minutos para a manifestação dos Espíritos. Pode-se estabelecer o tempo máximo de duas horas para duração da reunião, considerando todas as etapas do trabalho, que começa na leitura preparatória e termina na  avaliação.

*  Ambiente. A reunião deve ser realizada num local onde seja possível garantir silêncio respeitável e harmonia vibratória, elementos favoráveis à manifestação de Espíritos necessitados de auxílio. A simplicidade deve ser a tônica do ambiente.

O local da reunião deve ser preservado de movimentação ou ruídos que interfiram na manutenção da calma, do recolhimento, da concentração, do transe e do intercâmbio mediúnico. O comportamento dos participantes, por sua vez, deve garantir a harmonia do ambiente, antes, durante e após a realização da atividade.

O esclarecedor e o médium ostensivo devem evitar o tom de voz muito elevado, ou muito baixo, durante o diálogo com os Espíritos comunicantes, favorecendo, assim, o entendimento e a  manutenção da harmonia da equipe.

Na medida do possível, destinar um espaço apenas para a prática mediúnica; na sala reservada para a prática mediúnica não devem ser realizadas atividades que não lhe sejam afins.

* Número de participantes. Este número depende do bom senso do dirigente e, também, da capacidade física do ambiente. Allan Kardec ressalta: O número excessivo dos assistentes constitui uma das causas mais contrárias à homogeneidade. O Livro dos Médiuns, cap. 29, item 332. André Luiz adverte que os componentes da reunião, [...] nunca excederão o número de quatorze. Desobsessão, cap.20 e 73.  Léon Denis afirma: É prudente não exceder o limite de dez a doze pessoas [...]. No Invisível, primeira parte, cap.9.

*  Manifestações dos desencarnados. As comunicações dos Espíritos devem ocorrer de forma espontânea, segundo programação determinada pelos Mentores Espirituais, evitando-se as evocações.  É preferível que as reuniões mediúnicas ocorram no Centro Espírita, não no lar, uma vez que o ambiente doméstico nem sempre se revela propício à manifestação dos Espíritos: No templo espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano espiritual para o socorro a obsidiados e obsessores [...]. Desobsessão, cap.9.

8.2 ETAPAS DA REUNIÃO MEDIÚNICA

A reunião mediúnica deve ser realizada dentro de um período de tempo que não exceda duas horas. A duração de 90 minutos (1hora e 30 minutos) é ideal. A manifestação dos Espíritos e o diálogo não devem ultrapassar sessenta minutos, mesmo nas reuniões com tempo total de 2 horas.

PREPARATÓRIA

* Breve leitura de uma página espírita, seguida de prece, objetiva e concisa, de aberturada reunião.

* Leitura de pequeno trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo ou de O Livro dos Espíritos, sem comentários.
Observações:

a. Os participantes que chegarem antes do início da reunião, e que desejam permanecer na sala mediúnica, deverão manter-se em silêncio, guardando a devida harmonia íntima, por meio de meditação ou por leitura edificante. Evitar barulhos, movimentações e conversas no local da reunião.

b. Vibrar mentalmente pelas pessoas, encarnadas ou desencarnadas, para as quais se solicita a intercessão dos Mentores Espirituais.

DESENVOLVIMENTO

Esta fase caracteriza-se pela manifestação dos Espíritos e diálogo que com eles se realiza, objetivando esclarecimento e auxílio.

Os médiuns ostensivos devem observar o seguinte:

* Controlar o tom da voz nas comunicações psicofônicas, que deve favorecer a audição dos participantes e, ao mesmo tempo, manter a harmonia vibratória do ambiente.

* Em relação ao número de comunicações psicofônicas de Espíritos necessitados de auxílio, cada médium deve observar as seguintes orientações transmitidas, respectivamente, pelos Espíritos André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda:

a) Só se devem permitir, a cada médium, duas passividades por reunião, eliminando com isso maiores dispêndios de energia e manifestações sucessivas ou encadeadas, inconvenientes sob vários aspectos. Desobsessão, cap. 40.

b) Tratando-se de um grupo com muitos médiuns atuantes, duas comunicações são suficientes para cada sensitivo; excepcionalmente, três. Deve-se evitar um número maior de passividades por causa do desgaste físico e psíquico do médium. Qualidade da Prática Mediúnica, segunda parte (Divaldo responde), item: Funcionamento, p. 81.

* As comunicações simultâneas devem ser avaliadas com cuidado, como, igualmente, esclarecem André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda:

a) Os médiuns psicofônicos, muito embora por vezes se vejam pressionados por entidades em aflição, cujas dores ignoradas lhes percutem nas fibras mais íntimas, educar-se-ão, devidamente, para só oferecer passividade ou campo de manifestação aos desencarnados inquietos quando o clima da reunião lhes permita o concurso na equipe em atividade. Isso, porque, na reunião, é desaconselhável se verifique o esclarecimento simultâneo a mais de duas entidades carentes de auxílio, para que a ordem seja naturalmente assegurada. Desobsessão, cap. 39.

b) A depender do número de doutrinadores, quando houver várias comunicações simultâneas, é conveniente os demais médiuns controlarem-se até que haja um momento favorável. [...] O ideal é que se espere um pouco, enquanto outros médiuns estão em ação. Na impossibilidade de assim proceder, deve-se dar campo, porque na hipótese de se ter um bom grupo de doutrinadores, pode-se atender até três comunicações simultâneas, desde que seja em tom de voz coloquial. Qualidade da Prática Mediúnica, segunda parte (Divaldo responde), item: Funcionamento, p. 81-82.

É necessário que os esclarecedores fiquem atentos:

* À administração do tempo destinado ao esclarecimento doutrinário, evitando diálogos muito longos ou excessivamente curtos, ambos totalmente improdutivos.

* Ao emprego correto das palavras e à emissão de vibrações aos Espíritos manifestantes necessitados de ajuda, atendendo-os com bondade, gentileza e equilíbrio.

* À aplicação do passe, à emissão de prece ou à  indução  sonoterápica sempre que se fizer  necessário, em auxílio ao médium e ao Espírito comunicante.

* Ao controle do tom de voz, que deve favorecer a audição dos participantes e, ao mesmo tempo, mantenha a harmonia vibratória do ambiente.

ENCERRAMENTO

* Concluídas as manifestações dos Espíritos, o dirigente da reunião realiza vibrações (irradiações mentais), seguidas de prece final, ou indica um participante para fazê-las.

Observações:

* Não ultrapassar o horário de funcionamento da reunião. No momento das irradiações os participantes podem, mentalmente, solicitar auxílio aos Benfeitores em favor de alguém.

* Não realizar irradiações e  preces longas.

* As irradiações podem ser realizadas antes da manifestação dos Espíritos. É comum, porém, fazê-las ao final, favorecendo a recuperação das energias despendidas durante a prática mediúnica.

AVALIAÇÃO

A avaliação normal da reunião mediúnica deve ser realizada após a prece final.


Além desta, deverá ser realizada outra avaliação da tarefa, também executada na Casa Espírita,  em dia e hora pré-estabelecidos,  a qual, vista como um todo, tem como finalidades: fortalecer a equipe; analisar o correto desenvolvimento da atividade e o desempenho de todos os membros do Grupo Mediúnico; avaliar o atendimento espiritual prestado aos Espíritos necessitados e o conteúdo das comunicações mediúnicas, independentemente de terem sido transmitidas por benfeitores espirituais ou por Espíritos em processos de reajuste.

Essas duas avaliações não devem ser dispensadas, sob quaisquer justificativas. A segunda, por se tratar de reunião especial, deve seguir um cronograma (bimensal ou trimestral), de acordo com as necessidades identificadas.

A atividade avaliativa deve ser transcorrida num clima harmônico e fraterno, de respeito mútuo, por mais difíceis que sejam os assuntos a serem considerados.

 Considerar como critérios da avaliação: a) impessoalidade; b) auto-percepção; c) melhoria do trabalho. Os participantes serão orientados pelo dirigente, ou por pessoa por ele indicada, sobre a adoção de parâmetros de auto-avaliação.

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