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terça-feira, 7 de abril de 2015

22 -= ESTAR NO CAMINHO

GEESE

Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho. (Marcos, 16:15)

Estar no Caminho implica que a pessoa tenha se comprometido com o despertar acima das outras preocupações da vida, tendo compreendido as ideias da Escola.
Jesus também afirmou ser o Caminho, correspondendo ao estado de quem está desperto para as verdades eternas, com preocupações que não são as da vida cotidiana. E aceitamos que o estágio já alcançado pelo Cristo permanece além de nossa compreensão atual.
Escolas do Oriente ilustravam a si mesmas como escadas de diversos degraus, ou graus de iniciação. Os guias ou gurus desempenham função importante nesse processo, porém é necessário considerar a diferença de linguagem.
Os mestres ou guias têm função comparável a dirigentes ideais, enquanto o Caminho corresponde ao processo de libertação da influência material. E a escada corresponde às etapas da via de Iniciação.
Nessas Escolas, o primeiro degrau é o momento em que o homem que busca o despertar encontra quem conhece o Caminho ou o seu guia. Entre a vida comum e o Caminho, existe a escada.
É somente por ela que o homem pode entrar no Caminho. É formada com a ajuda de seu mestre, uma vez que não é capaz de subi-la sozinho. O Caminho só começa no topo da escada, num nível muito acima da vida ordinária.
Onde começa o Caminho? Segundo a tradição das Escolas, começa com o que não está na vida deste mundo.
Quando transpuser o último degrau e tiver entrado no Caminho, tudo muda.
As dúvidas que podia ter com relação ao seu guia desaparecem e, ao mesmo tempo, seu guia torna-se menos necessário para ele do que antes. Em muitos sentidos, agora pode até ser independente, porque sabe para onde vai. E também não pode mais perder tão facilmente os resultados de seu trabalho e nem cair de novo no nível da vida ordinária, mesmo que se afaste do Caminho.
Há diferentes caminhos. As Escolas que adotam a abordagem do faquir, do monge ou do iogue têm condições muito específicas. Nas Escolas que adotam abordagem simultânea na ação, na devoção e na meditação, há condições especiais que não existem nas outras.
Nestas, na ascensão da escada, uma das condições é que um homem não pode subir o degrau seguinte antes de ter colocado alguém em seu próprio degrau. Este outro, por sua vez, deve colocar um terceiro em seu lugar, se quiser ascender um degrau. Quanto mais um homem sobe, tanto mais se vê na dependência dos que o seguem.
Se eles param, ele também pára. Tais situações são igualmente encontradas no caminho.
O que um homem adquiriu, deve imediatamente repassar àqueles que desejam receber. (Dai de graça o que de graça recebeste); só então poderá adquirir mais.
No próximo artigo será abordada a diferença entre Ser e Saber.

 O TREVO MARÇO 2011
ESCOLA DE APRENDIZES
                                 

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