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domingo, 5 de junho de 2016

DESTRUIÇÃO E RENOVAÇÃO

DESTRUIÇÃO E RENOVAÇÃO

D. Villela

O progresso que, como sabemos, é uma disposição divina, se constitui, basicamente, de mudanças que se efetivam em nossa individualidade espiritual mediante a superação de ilusões e inclinações más e a realização de aquisições nobres nos campos da inteligência e do sentimento, processo este que promove o alinhamento gradual de nossas vidas com as leis estabelecidas pelos Criador para nossa felicidade.

A relativa imaturidade que caracteriza ainda a maioria da Humanidade terrena se traduz, individual e coletivamente, pela tendência à rotina, à acomodação, em suma, ao menor esforço, expressando-se no terreno religioso, como desinteresse sistemático pelas propostas comportamentais das diferentes escolas de fé  que destacam sempre a importância do amor  com a valorização quase que exclusiva de aspectos exteriores, ou seja, com a participação em rituais e cultos que passam a ser socialmente aceitos como indicadores da prática religiosa. Como consequência, nossa educação espiritual se verifica sobretudo em função de choques e atritos, nos quais a destruição tem papel importante por provocar deslocamentos e esforços que ativam nossa inteligência, mostrando, ao mesmo tempo, o valor da solidariedade.

Mudar para melhor não constitui realização simples. A mensagem religiosa está conosco desde a Antiguidade, aí se incluindo, já há dois milênios, a Boa Nova de Jesus, amplamente conhecida em todo o mundo graças à expansão da civilização ocidental que formalmente a adota, difusão está prejudicada por seus próprios representantes que invariavelmente se aproximaram de outras culturas com atitudes de exploração e violência.

 Ilusões e apegos, vício e inércia são periodicamente consumidos pelos processos renovadores da vida que colocam de forma natural a criatura ante situações e desafios novos, em cuja vivência desenvolve ela seus potenciais de vontade, inteligência e sentimento.

Esclarece ainda a Doutrina Espírita que a destruição, como observamos na Terra, é processo inerente à nossa inferioridade moral, transitório, portanto, e que desaparece à medida que ascendemos no conhecimento e na aplicação das Leis Divinas, inexistindo nos mundos superiores, onde as condições de existência são muito diferentes das nossas.

Cabe-nos, assim, compreender e aceitar a destruição como mecanismo educativo, aprendendo, igualmente, a utilizá-la, com discernimento e proveito na construção do bem.

“O Livro dos Espíritos” (questões 728 e 732).


SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Junho 2013 – no 2225

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