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quinta-feira, 9 de junho de 2016

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA #MISSÃO CUMPRIDA

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA

MISSÃO CUMPRIDA


Com mais de 25 milhões de livros vendidos, Chico Xavier cumpriu, sem dúvida, sua missão de divulgador do Espiritismo, não só no Brasil, como no mundo, já que incontáveis traduções de seus livros foram feitas para vários idiomas. Desde 6 de julho de 1932, quando foi lançado pela Federação Espírita Brasileira (FEB) o primeiro livro “Parnaso de Além-Túmulo”, Chico Xavier, com a humildade que caracterizou sua vida, viu o fruto de sua sementeira de luz reproduzir-se a “cem por um”, como disse o Sublime Rabi.

Atualmente, a literatura espírita atinge a casa de dezenas de milhões de livros, considerados a partir dos 38,6 milhões de exemplares vendidos só pela FEB. O trabalho iniciado pelo humilde amanuense do Ministério da Agricultura, no interior de Minas Gerais, há 75 anos, motivou a divulgação da Doutrina através dos modernos meios de comunicação, com novelas radiofônicas e televisivas, peças teatrais, revistas, palestras, congressos e debates, com base nos livros do médium mineiro. Surgiram, então, produções, com temas espíritas e espiritualistas, desdobrando-se em apresentações variadas, de acordo com as fantasias de seus autores. Criou-se, assim, uma verdadeira indústria cultural espírita, a partir da atividade psicográfica de Chico Xavier, há mais de meio século.

Em torno da vida do médium mineiro, foram lançados diversos livros, sendo os mais recentes “As vidas de Chico Xavier” e “Por trás do véu de Isis”, do jornalista Marcel Souto Maior, e “O grande mediador – Chico Xavier e a cultura brasileira”, do antropólogo Bernardo Lewgoy, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A “Revista das Religiões”, da Editora Abril, dedicou seu último número, nas bancas, à comemoração do bicentenário de Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita. A TV Globo, no programa “Linha direta justiça”, reconstituiu três casos judiciais, em que os réus foram absolvidos após os juízes aceitarem, nos autos, mensagens ditadas pelas vítimas, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Chico Xavier foi um exemplo vivo dos postulados espíritas, dedicando-se em tempo integral à prática da caridade. Seu nome foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz, tendo recebido mais de uma centena de títulos, entre os quais o de “Mineiro do Século”.

Apesar dos milhões de livros vendidos, Chico Xavier não auferiu qualquer vantagem de direitos autorais, doados, sempre, a entidades beneficentes.

A respeito do progresso do Espiritismo, o Codificador, na questão 798 de “O Livro dos Espíritos”, indaga aos benfeitores espirituais:

“O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?

Responderam os Espíritos: - Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos.

Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse, do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas inteiramente materiais.

Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos.”

A esta resposta, Kardec acrescentou comentário afirmando:

“As ideias só com o tempo se transformam; nunca de súbito. De geração em geração, elas se enfraquecem e acabam por desaparecer, paulatinamente, com os que as professavam, os quais vêm a ser substituídos por outros indivíduos imbuídos de novos princípios, como sucede com as ideias políticas. Vede o paganismo. Não há hoje mais quem professe as ideias religiosas dos tempos pagãos. Todavia, muitos séculos após o advento do Cristianismo, delas ainda restavam vestígios, que somente a completa renovação das raças conseguiu apagar. Assim será com o Espiritismo. Ele progride muito; mas durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará.

Sua marcha, porém, será mais célere que a do Cristianismo, porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e serve de apoio. O Cristianismo tinha que destruir; o Espiritismo só tem que edificar.”

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 20/11/2004 - no 1912


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