NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
MISSÃO CUMPRIDA
Com mais de 25 milhões de livros vendidos, Chico Xavier cumpriu, sem
dúvida, sua missão de divulgador do Espiritismo, não só no Brasil, como no
mundo, já que incontáveis traduções de seus livros foram feitas para vários
idiomas. Desde 6 de julho de 1932, quando foi lançado pela Federação Espírita
Brasileira (FEB) o primeiro livro “Parnaso de Além-Túmulo”, Chico Xavier, com a
humildade que caracterizou sua vida, viu o fruto de sua sementeira de luz
reproduzir-se a “cem por um”, como disse o Sublime Rabi.
Atualmente, a literatura espírita atinge a casa de dezenas de milhões
de livros, considerados a partir dos 38,6 milhões de exemplares vendidos só
pela FEB. O trabalho iniciado pelo humilde amanuense do Ministério da
Agricultura, no interior de Minas Gerais, há 75 anos, motivou a divulgação da
Doutrina através dos modernos meios de comunicação, com novelas radiofônicas e
televisivas, peças teatrais, revistas, palestras, congressos e debates, com
base nos livros do médium mineiro. Surgiram, então, produções, com temas
espíritas e espiritualistas, desdobrando-se em apresentações variadas, de
acordo com as fantasias de seus autores. Criou-se, assim, uma verdadeira
indústria cultural espírita, a partir da atividade psicográfica de Chico
Xavier, há mais de meio século.
Em torno da vida do médium mineiro, foram lançados diversos livros,
sendo os mais recentes “As vidas de Chico Xavier” e “Por trás do véu de Isis”,
do jornalista Marcel Souto Maior, e “O grande mediador – Chico Xavier e a
cultura brasileira”, do antropólogo Bernardo Lewgoy, da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. A “Revista das Religiões”, da Editora Abril, dedicou seu
último número, nas bancas, à comemoração do bicentenário de Allan Kardec, o
Codificador da Doutrina Espírita. A TV Globo, no programa “Linha direta
justiça”, reconstituiu três casos judiciais, em que os réus foram absolvidos
após os juízes aceitarem, nos autos, mensagens ditadas pelas vítimas, através
da psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Chico Xavier foi um exemplo vivo dos postulados espíritas, dedicando-se
em tempo integral à prática da caridade. Seu nome foi indicado para o Prêmio
Nobel da Paz, tendo recebido mais de uma centena de títulos, entre os quais o
de “Mineiro do Século”.
Apesar dos milhões de livros vendidos, Chico Xavier não auferiu
qualquer vantagem de direitos autorais, doados, sempre, a entidades
beneficentes.
A respeito do progresso do Espiritismo, o Codificador, na questão 798
de “O Livro dos Espíritos”, indaga aos benfeitores espirituais:
“O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado,
como crença, apenas por algumas pessoas?
Responderam os Espíritos: - Certamente que se tornará crença geral e
marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o
tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos.
Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse,
do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de
pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas
inteiramente materiais.
Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão
forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos.”
A esta resposta, Kardec acrescentou comentário afirmando:
“As ideias só com o tempo se transformam; nunca de súbito. De geração
em geração, elas se enfraquecem e acabam por desaparecer, paulatinamente, com
os que as professavam, os quais vêm a ser substituídos por outros indivíduos
imbuídos de novos princípios, como sucede com as ideias políticas. Vede o
paganismo. Não há hoje mais quem professe as ideias religiosas dos tempos
pagãos. Todavia, muitos séculos após o advento do Cristianismo, delas ainda
restavam vestígios, que somente a completa renovação das raças conseguiu
apagar. Assim será com o Espiritismo. Ele progride muito; mas durante duas ou
três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o
tempo aniquilará.
Sua marcha, porém, será mais célere que a do Cristianismo, porque o
próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e serve de apoio. O Cristianismo
tinha que destruir; o Espiritismo só tem que edificar.”
SERVIÇO ESPÍRITA DE
INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado,
20/11/2004 - no 1912
Nenhum comentário:
Postar um comentário