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quinta-feira, 9 de junho de 2016

LIVRO É NOTÍCIA #ENTREVISTANDO ALLAN KARDEC

LIVRO É NOTÍCIA

ENTREVISTANDO ALLAN KARDEC

A escritora Suely Caldas Schubert propõe, em seu novo trabalho, uma viagem no tempo, com destino à França da segunda metade do século XIX. Colocando-se, mentalmente, frente a frente com o Codificador do Espiritismo, realiza – como ela mesmo define – uma “comovente e inesquecível” entrevista, na qual evidencia, através de respostas extraídas de escritos esparsos nas obras do mestre lionês, a atualidade do pensamento kardequiano.

Mais que uma homenagem ao bicentenário, “Entrevistando Allan Kardec” oferece ao leitor a oportunidade de conhecer, de forma abrangente e ao mesmo tempo profunda, as bases sobre as quais se alicerçaram os ideais espiritistas, e saber, por exemplo, a opinião de Kardec a respeito da rápida expansão das ideias espíritas.

“O Espiritismo não tem nacionalidade e não parte de nenhum culto existente; nenhuma classe social o impõe, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo.

Cumpre seja assim, para que ele possa conduzir todos os homens à fraternidade. Se não se mantivesse em terreno neutro, alimentaria as dissensões, em vez de apaziguá-las.

Nessa universalidade do ensino dos Espíritos reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua rápida propagação.

(...) Se o Espiritismo, portanto, é uma verdade, não teme o malquerer dos homens, nem as revoluções morais, nem as subversões físicas do globo, porque nada disso pode atingir os Espíritos” – diz ele (conforme “O Livro dos Espíritos”).

Apesar de longa, a entrevista em momento algum torna-se cansativa. A pauta, bastante interessante, versa sobre assuntos os mais variados, dentre eles: “Caridade”, “Egoísmo e educação”, “Espiritismo e Evangelho”, “Família”, “Genoma humano”, “Jesus”, “Mediunidade”, “Penas futuras”, “Perda de entes queridos” e “Suicídio”.

A “Obsessão”, que também integra essa relação de temas, levou a autora a indagar de Kardec a razão pela qual o ser humano é tão vulnerável aos assédios dos maus Espíritos, e ainda, o que fazer para curar ou evitar que isso aconteça.

“Do mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às perniciosas influências exteriores, a obsessão é sempre resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. A causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros” (“O Evangelho segundo o Espiritismo”).

Sobre a conduta diária do espírita, assim se manifestou o Codificador:

“O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem. Lenir corações aflitos, consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa a sua missão. É nisso também que encontrará satisfação real” (“O Livro dos Médiuns”).

O livro tem 194 páginas, 15x21cm e é dividido em duas partes, a primeira intitulada “De Rivail a Allan Kardec”, subdividido em “O diálogo inesquecível” e “Kardec: a missão”; e a segunda, chamada “A entrevista”, com as perguntas e respostas.

A publicação é da Federação Espírita Brasileira (FEB), que editou as duas primeiras obras da autora, os livros “Obsessão/Desobsessão: profilaxia e terapêutica espírita” (de 1981) e “Testemunhos de Chico Xavier” (de 1986).


“Entrevistando Allan Kardec” pode ser adquirido nas livrarias dos Centros Espíritas ou na FEB, Av. Passos, 30, no Centro do Rio, telefone (21) 3970-2066. Pode ser, ainda, solicitado ao Departamento Editorial da Federação, Rua Souza Valente, 17 – São Cristóvão – CEP 20941-040 – telefone (21) 2187-8282.

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