NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
ANTE A ORFANDADE
Adriana e Eliel ficaram famosos em Sorocaba (SP), e no restante do
país, depois que um gesto muito especial deles ganhou as páginas dos jornais. O
casal decidiu adotar, de uma só vez, cinco crianças, filhas da mesma mãe
biológica, uma antiga vizinha.
“Eu vi todos esses meninos crescerem, mas a mãe deles se envolveu com
um traficante” – conta Adriana, que diz ter ficado de coração partido ao ver as
crianças perambulando sem rumo pelo bairro, o que a fez pensar em adoção. Ao
saber da ideia, o marido não titubeou.
O processo de adoção demorou cerca de um ano, e, com a guarda
definitiva, Adriana, que já tem um filho de 18 anos, e o marido, passaram a
dividir a atenção com os mais novos membros da família: Diego, de 15 anos;
Eduardo, de 13 anos; Talita, de 9 anos; Leonardo, de 7 anos; e Thainara, de 2
aninhos.
Morando numa casa humilde da periferia da cidade, o casal garante que
todos vivem felizes debaixo do mesmo teto e que não passam dificuldades.
“Ganhamos cestas básicas e nos ajeitamos na casa pequena. O importante é que
eles não foram separados” – arremata ela, que todos os dias serve 25 pães para
a família, mais um quilo de feijão, arroz e carne.
As crianças adotadas dizem que hoje estão felizes. “Eu pensei em fugir,
se fossem nos entregar para estranhos. Hoje temos comida, roupa e amor” – conta
Diego, o mais velho.
“Quero que eles se transformem em pessoas honestas e trabalhadoras” –
conclui Adriana.
As informações são da reportagem “Casal adota cinco filhos de uma só
vez em Sorocaba”, do UOL Notícias.
∗
A respeito do tema, vale lembrar a página “Ante a orfandade”, de
Emmanuel, parte do livro “Família” (ed. CEU), psicografado por Chico Xavier:
“Cultivarás a semente nobre que te supre de pão.
Protegerás a árvore respeitável que te assegura a bênção do reconforto.
E plantarás na infância o porvir que te espera.
Recolhe, sim, a criança que chora a ausência do braço paterno ou que se
lastima ante a falta do regaço materno que a morte lhe suprimiu.
A dor dos que vagueiam sem rumo é grito de aflição que clama no seio
augusto da Eterna Bondade.
Não abandones à orfandade moral os corações pequeninos que o Céu te
confia ao apoio à vizinhança.
Não te julgues exonerado do dever de assistir a todos aqueles que, em
plena aurora da vida humana, te defrontam a marcha.
Todos eles aguardam-te a palavra de instrução e carinho e a tua
demonstração de solidariedade e de amor. Orientam-se por teus passos, guiam-se
por teu verbo e atendem por teu chamado.
Agora assimilam-te os gestos e ouvem-te as assertivas e, mais tarde,
reconduzir-te-ão a mensagem do exemplo às existências de que se rodeiam.
O mundo de hoje é o retrato fiel dos homens de ontem que no-lo
transmitiram com as qualidades e os defeitos de que se nutriam no campo das
próprias almas.
A Terra de amanhã será, inelutavelmente, o reflexo de nós mesmos.
Não te comovas tão somente perante o sofrimento que sufoca milhares de
pequeninos.
Faze algo.
Começa diante daqueles que o Senhor te localiza junto aos próprios
sonhos, no instituto doméstico, para que as tuas esperanças no bem não se
resumam à fantasia.
Recorda que os meninos da atualidade estão endereçados à posição de
senhores do lar que te acolherá no grande futuro e neles encontrarás a colheita
do que houveres semeado, de vez que a lei é sempre a lei multiplicando os bens
e os males da vida, conforme a plantação que fizermos, no descaso ou na
vigilância, no trabalho ou na preguiça, nos precipícios da sombra ou nas
eminências da luz.”
SERVIÇO ESPÍRITA DE
INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Janeiro
2013 – no 2220
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