NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
À LUZ DO ESPIRITISMO
A manhã de 26 de dezembro de 2004
ficará marcada para sempre na História como um dos dias mais dolorosos para a
Humanidade. Após um maremoto de grandes
proporções no Oceano Índico, ondas gigantes (tsunamis) devastaram quase que
completamente mais de dez países da Ásia e da África, deixando um número
superior a 150 mil mortos, milhares de desabrigados, enfermos e famintos e,
onde antes existiam paraísos turísticos, um verdadeiro rastro de destruição.
Em meio a tantas lágrimas,
sobreviventes e pessoas de todas as partes do mundo, sensibilizadas com o
acontecido, recorreram às casas de oração em busca de conforto espiritual e
para indagar aos líderes religiosos o porquê do cataclismo. É o que destaca a
reportagem “Fiéis de todas as religiões pedem resposta a Deus por tragédia”, do
jornalista Peter Graff, publicada pela agência “Reuters” e reproduzida no
Brasil em 30 de dezembro pelo “MSN Notícias”.
“Nos templos, mesquitas, igrejas
e sinagogas de todo o mundo, pede-se aos religiosos que expliquem: como um Deus
benevolente pode lançar tanto horror contra pessoas comuns?” – diz trecho da
matéria, que ouviu representantes de várias crenças, alguns, inclusive, que
chegaram a apontar a fúria divina como consequência para o ocorrido.
*
Estudando questões como
imortalidade da alma, reencarnação, lei de causa e efeito, entre outras, o
Espiritismo veio descortinar ao homem informações que lhe ajudam a entender as
dificuldades do dia-a-dia, como se pode observar no capítulo seis da terceira
parte de “O Livro dos Espíritos”, em que os amigos espirituais falam a Allan
Kardec sobre os “Flagelos destruidores”:
“Com que fim fere Deus a
Humanidade por meio de flagelos destruidores? (Questão 737)
– Para fazê-la progredir mais
depressa. Já não dissemos (728) ser a destruição uma necessidade para a
regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau
na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os
resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os
apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que
vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que
mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize
em alguns anos o que teria exigido muitos séculos”.
“Para conseguir a melhora da
Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?
(738)
– Pode e os emprega todos os
dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e
do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se
torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua
fraqueza.”
“Mas, nesses flagelos, tanto
sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso? (738 A)
– Durante a vida, o homem tudo
refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora,
conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso
mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de
alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um
ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem
e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de
toda a sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no
mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo
é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com
seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus
soldados do que com os uniformes deles.”
“Mas, nem por isso as vítimas
desses flagelos deixam de o ser (738 B):
– Se considerásseis a vida qual
ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância
lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus
sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.”
SERVIÇO ESPÍRITA DE
INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado,
22/1/2005 - no 1921
Nenhum comentário:
Postar um comentário