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sexta-feira, 10 de junho de 2016

DOS CONFRADES

SURPREENDA-SE COM OS JOVENS BRASILEIROS

Lucia Moysés

Os jovens são uns alienados. Não querem saber de nada sério. Da próxima vez que você ouvir um comentário desse tipo apresse-se em informar ao seu interlocutor que ele pode estar equivocado. O Instituto de Cidadania publicou em maio passado o resultado da pesquisa Perfil da Juventude Brasileira, feita com 3.500 jovens, de 15 a 24 anos, de ambos os sexos e de todos os segmentos sociais, de áreas urbanas e rurais. Abrangendo diversos aspectos, a pesquisa dedicou parte da investigação ao levantamento dos interesses e preocupações dos jovens. Em determinado momento, dividiu o total de participantes em dois grupos: A e B. Apresentou para cada grupo dez temas diferentes, solicitando que assinalassem os três que mais gostariam de discutir com seus pais ou responsáveis. Os assuntos mais assinalados pelo grupo A foram: educação (61%), drogas (52%) e ética e moral (32%). E pelo grupo B: futuro profissional (68%), violência (53%) e religião (43%).

Apenas para se ter ideia da importância deste resultado, é bom que se saiba que nas listas havia temas como sexualidade, esportes, moda, corpo e saúde, artes, relacionamentos amorosos, entre outros.

Em um momento em que os jovens estão em busca da sua inserção na sociedade, é natural que expressiva maioria tenha indicado o futuro profissional como tema preferencial nessas conversas. Violência e drogas também são escolhas para as quais encontramos facilmente uma explicação. Afinal, são dois males dos tempos atuais que preocupam toda a sociedade. Mas uma observação mais acurada dos demais dados nos aponta algo de alentador: muitos indicaram a educação, a religião, a ética e a moral como temas que gostariam de discutir com seus pais. Vemos aí um desabrochar de consciência que não pode nem deve ser desconsiderado.

Se somos pais ou educadores é hora de fazermos a nossa parte: trazer para o diálogo a temática sugerida. Trata-se, sem dúvida, de tarefa relativamente fácil para os espíritas. Afinal, tais assuntos são  ou deveriam ser  da nossa alçada.

Contamos com algo a nosso favor: a base racional sobre a qual se assenta a Doutrina Espírita, que vai ao encontro das características do pensamento lógico-formal, típico dessa faixa etária. Discutir a educação, a ética e a moral vinculando-as à droga e à violência, sob a ótica espírita, significa equipar o jovem com recursos poderosos de libertação. Uma vez aceito o convite para abordar essas temáticas, a questão religiosa, se bem conduzida, surge, naturalmente, como consequência do próprio processo.

Preparemo-nos, pois, para iniciarmos as conversas com os nossos jovens sobre esses temas  se é que já não o fazemos.

Estejamos confiantes de que estaremos dando um passo em direção aos seus anseios. Exploremos, ao máximo, a oportunidade, apontando a importância dos valores morais e da religião em nossas vidas.

E, ao tratarmos da questão do futuro profissional, busquemos inspiração no filho do rico comerciante de Assis, o jovem Francisco, que, contrariando os desejos do seu pai, optou pela acumulação dos tesouros espirituais, aqueles que enriquecem a alma e se constituem em bens eternos.

Tempos Novos, publicação da União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (Rua dos Inválidos, 182  Centro  CEP 20231-048 Rio de Janeiro, RJ  jornaltemposnovos@yahoo.com.br).


Conselho Espírita Internacional
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Sábado, 9/10/2004 - no 1906

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