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segunda-feira, 27 de junho de 2016

JESUS, ALEGRIA DOS HOMENS

JESUS, ALEGRIA DOS HOMENS

_Frederico Guilherme Kremer_


Jesus continua sendo minha alegria, O conforto e a seiva do meu coração.

Jesus refreia a minha tristeza, Ele é a força da minha vida.

É o deleite e o sol dos meus olhos,

O tesouro e a grande felicidade da minha alma,

Por isso, eu não deixarei ir Jesus

Do meu coração e da minha presença.

O significativo título do coro final da maravilhosa cantata (catalogada como BMV 147) composta, em 1716, por Johann Sebastian Bach, em Leipzig, Alemanha, procura engrandecer e homenagear Jesus de Nazaré, o homem mais importante para a Humanidade, e expressa fielmente a Sua importância para as nossas vidas.

Bach (1685-1770), descendente de uma linhagem de músicos luteranos na região central da Alemanha, foi o primeiro compositor a transpor as Escrituras para a música. Muitos referem-se a ele como o músico de Deus. Até recentemente havia uma dúvida sobre sua religiosidade e se ela era a verdadeira motivação das suas composições. Como trabalhou em igrejas, talvez fosse mera obrigação profissional. Casualmente, a sua Bíblia foi descoberta numa casa de imigrantes alemães nos Estados Unidos, na década de 30 do século passado, e nela existem mais de 400 comentários, indicando que ele tinha a religião como valor de vida.

Embora a Boa Nova seja uma proposta de renovação e esperança, anunciada aos pastores como notícias de grande alegria para o povo (Lucas, 2: 10), a humanidade sempre identificou no Evangelho um conjunto de notícias tristes. O Salvador nasceu pobre, não teve educação formal, curou e ajudou muitas criaturas, foi traído, abandonado, julgado, agredido e crucificado entre dois ladrões. Seus discípulos foram perseguidos e martirizados; entretanto, o próprio Mestre afirmou que aquele que guardar os seus ensinamentos terá a sua alegria e ela será completa. Assim, o verdadeiro cristão é alegre. A alegria é contagiante e dá autenticidade ao ato de doação. Teresa de Calcutá despertava de madrugada para fazer a ronda diária da caridade nas ruas. Antes de iniciar as tarefas, verificava o semblante das suas cooperadoras, pois aquela que não estivesse alegre não acompanharia a grande missionária.

Devemos mencionar que Jesus fez uma distinção entre alegria e felicidade. Felicidade é algo estruturante e tem a ver com a autoconsciência da criatura perante a imortalidade da alma. Para Jesus, felicidade é uma beatitude ou bem-aventurança. A alegria seria uma emoção muito positiva e importante vivenciada pelo homem. Assim, um homem pode ser feliz e sentir tristeza, ou pode ser infeliz e ter seus momentos de alegria. Podemos citar Jesus como exemplo. Espírito perfeito, que manifestou a divindade que jaz dentro de todos nós, teve o seu momento de tristeza quando, no olival de Getssemani, junto aos muros de Jerusalém, na noite anterior à sua crucificação, aguardava a sinistra delegação do Sinédrio que viria prendê-Lo.

Definir felicidade não é fácil, por tratar-se de experiência individual. A filosofia antiga, desde os seus primórdios com Tales de Mileto, procurou estudá-la no campo da ética conectando-a à moralidade; contudo, a partir de Immanuel Kant, filósofo prussiano que desencarnou no início do século XIX, a questão do moralmente bom foi separada da questão da felicidade.

A filosofia desde então pareceu não se preocupar tanto com a felicidade. Por outro lado, os sofridos eventos vivenciados pela humanidade ao longo do século XX tiraram a felicidade do centro dos debates. Nos últimos anos do século XX, os artigos sobre felicidade foram bem poucos. Entretanto, com o início do século XXI, a ciência resgatou a busca pela felicidade. Milhares de artigos e livros foram escritos desde então e a felicidade acabou tornando-se um dos cursos mais procurados da prestigiosa Universidade de Harvard.

Podemos resumir dois aspectos que os estudiosos têm destacado com unanimidade. Primeiro, defendem que a felicidade é consequência de uma fórmula que inclui aspectos genéticos, fatores externos da vida e a ação da vontade do ser humano Segundo, destacam o valor da amizade e do significado da vida na busca da felicidade, que evita o danoso vazio existencial.

Allan Kardec abordou a questão da felicidade em O Livro dos Espíritos, no capítulo 1 da quarta parte. Na condição atual do planeta, o homem ainda não pode gozar da felicidade completa, afirmaram os Espíritos; e, na pergunta 922, esclareceram a medida comum da felicidade na Terra: Para a vida material, é a posse do necessário; para a vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.

Evidente que o conceito filosófico do Espiritismo está em sintonia com o Evangelho. Estejamos cientes que, no longo caminho evolutivo do espírito na sua volta ao Pai, viver com Jesus no coração é uma alegria insubstituível e condição fundamental para que alcancemos a felicidade, à qual estamos todos destinados.

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim SEI: E-mail: boletimsei@gmail.com
Agosto 2014  no 2239

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