VIVÊNCIA NO AMOR, PELOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
ROTEIRO DE PREPARAÇÃO DA PALESTRA
USE-RP – SETEMBRO/2010
ROTEIRO DE PREPARAÇÃO DA PALESTRA
USE-RP – SETEMBRO/2010
Edegar
Tão
1.
OBJETIVO
O
objetivo deste roteiro é oferecer subsídios que possibilitem ao expositor,
elaborar a apresentação da palestra do
mês de setembro de 2010, que tem como tema a “Vivência no amor, pelos caminhos
da educação”.
2. LINHA
DE RACIOCÍNIO
Nossa
principal base de raciocínio tenta estabelecer a ligação entre o amor e o
aprendizado, objetivando o aprimoramento do ser; encontrando apontamentos e/ou
conceitos pedagógicos contidos na Codificação Espírita, no Novo Testamento,
entre outros documentos, relatórios e obras literárias.
Entendendo
que não há crescimento humano sem educação, este roteiro procura fortalecer a
idéia de que o aperfeiçoamento humano é o objetivo primeiro da educação, tendo,
como meios de alcançá-lo, a conscientização do ser como espírito imortal, a
reencarnação como instrumento de aprendizado, a força do progresso e do exemplo,
e a presença indispensável de Jesus e seus ensinamentos.
3. EDUCAÇÃO
3.1. CONCEITO
Houaiss: aplicação dos métodos próprios para
assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser
humano; pedagogia, didática, ensino;
Michaellis:
Processo pelo qual
uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício
Maioria: ato ou processo de educar(-se)
3.2. ETIMOLOGIA
EDUCAÇÃO/EDUCAR
– Duas raízes – Origem latina
1) educare – criar, alimentar
2) educere – conduzir para fora – ex (fora) e ducere (conduzir)
A
pedagoga Consuelo Sanchez Buchon observa que, "Essas duas significações
etimológicas unem-se e completam-se para dizer-nos que a educação se acha constituída por dois movimentos: um, de dentro para fora — o
desenvolvimento — que é essencial ao processo, mas que necessita, para
realizar-se, de outro movimento de fora
para dentro". (Santos, 1963, p. 56 a 58)
4. ALGUMAS
FRASES
IMMANUEL KANT – “É no problema da educação que assenta o grande
segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.
HERBERT
SPENCER
– “A educação deve
formar seres aptos para governar a si mesmos. A função principal da educação é
a formação do caráter”.
ALLAN
KARDEC
- Conjunto de hábitos
adquiridos. A arte de formar caracteres, aquela que cria os hábitos. “Quando
essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os
hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo
que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos
penosa os maus dias inevitáveis.
5. DESENVOLVIMENTO
(CONTEÚDO BÁSICO, IDÉIAS PRINCIPAIS, PALAVRAS-CHAVE)
(CONTEÚDO BÁSICO, IDÉIAS PRINCIPAIS, PALAVRAS-CHAVE)
·
NÃO HÁ EVOLUÇÃO SEM EDUCAÇÃO
o
São os próprios Espíritos
que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para
outra mais elevada.” (OLE-114)
o
A Humanidade
progride, por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e instruem. Quando estes
preponderam pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros. (OLE-789)
·
A FORÇA DO PROGRESSO IMPULSIONA O
ESPÍRITO PARA O APRIMORAMENTO
o
O homem se
desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas nem todos
progridem simultaneamente e do mesmo modo. (OLE – 779)
o
A moral e a inteligência são duas
forças que só com o tempo chegam a
equilibrar-se. (OLE-780b)
·
OBSTÁCULOS QUE NOS IMPEDEM O AVANÇO
o
O orgulho e o egoísmo (OLE
– 785)
·
APERFEIÇOAMENTO DO ESPÍRITO ATRAVÉS
DA REENCARNAÇÃO
o
Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à
perfeição. (OLE-132)
o
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
(OLE-167)
·
A CONSCIENTIZAÇÃO DO ESPÍRITO
NOBILITA SUAS AÇÕES
o
Deus, porém, na Sua sabedoria, quis
que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por uma admirável lei
da Providência, tudo se encadeia, tudo é
solidário na Natureza. (OLE-132)
o
A caridade, porém, desconhece
latitudes e não distingue a cor dos homens. Quando, por toda parte, a lei de Deus servir de base à lei humana, os
povos praticarão entre si a caridade, como os indivíduos. Então viverão
felizes e em paz, porque nenhum cuidará de causar dano ao seu vizinho, nem de
viver a expensas dele.(OLE-789)
o
Fazendo
compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a
responsabilidade dos atos. (OLE-780a)
· E
CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ. (JOÃO 8:32)
o Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes,
isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los
e de os fazer chegar progressivamente à
perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. (OLE-115)
· ENTÃO LHE DISSE JESUS: POIS VAI E FAZE TU O MESMO.
(LUCAS 10:37)
· PORQUE
EU VOS DEI O EXEMPLO, PARA QUE, COMO EU VOS FIZ, FAÇAIS VÓS TAMBÉM. (JOÃO
13:15)
o A
moral sem ações é como a semente sem o trabalho (OLE – 905)
· APRENDEI
DE MIM, QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO (MATEUS 11:29)
o Para o homem,
Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na
Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou
é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de
quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava. (OLE-625)
· APRENDER
SERVINDO (EMMANUEL – CORREIO FRATERNO – 43)
·
Não prescindimos da instrução.
Mas não honraremos o pensamento claro e nobre sem o acrisolamento espiritual.
Mas não honraremos o pensamento claro e nobre sem o acrisolamento espiritual.
A
idéia esclarece.
O
sentimento cria.
A
palavra edifica.
O
exemplo arrasta.
É
por isso que Jesus, exalando a sabedoria, não olvidou a prática do amor.
6.
CONCLUSÃO
A
Doutrina Espírita fornece valiosos instrumentos para proporcionar a educação do
ser. Todo o seu corpo de orientações, aliado às inúmeras obras subsidiárias,
estimula a reflexão e a autonomia, possibilitando a conscientização existencial
e busca pelo melhor. No aspecto moral, os ensinamentos incomparáveis de Jesus
estimulam o exercício do Amor, nas mais diversas manifestações. Aprender sempre
e seguir servindo, são as propostas edificadas pelo Espiritismo.
VIVÊNCIA NO AMOR, PELOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
USE-RP – SETEMBRO/2010
USE-RP – SETEMBRO/2010
Edegar
Tão
O notável filósofo grego Sócrates (469
AC – 399 AC), há aproximadamente 400 anos antes de Cristo, já apontava no “Conhece-te a ti mesmo” um dos mais
eficientes caminhos para a educação.
Desenvolveu
através da sua maiêutica, o método do diálogo construtivo, explorando a
reflexão dos indivíduos através de perguntas, bem como estimulando-os a buscar
respostas num franco processo de potencialização do saber.
Na
sua célebre frase “Só sei que nada sei”,
reconhecia que a sabedoria é limitada pela própria ignorância e, por isso
mesmo, os erros seriam frutos dessas limitações.
Já
podemos considerar, portanto, que a busca pelo aprimoramento intelectual e
moral e, por conseguinte, pelo conhecimento e aplicação das virtudes, nos
possibilita reconhecer nossa ignorância nos vários campos do saber e, porque
não dizer, também do sentir.
Essa
conscientização, de alguma forma, faz com que nos movimentemos em direção a
vivências educativas, submetidos à força do progresso que nos impulsiona a
maiores realizações.
Abandonando nossa arrogância e orgulho,
conscientizando-nos de que somos eternos aprendizes do viver e que toda
experiência nos traz algum aprendizado, estaremos receptivos e permeáveis a
novas idéias e atitudes, travando contato com as lições ocultas daquilo que
vivenciamos, voluntariamente ou não.
Nos
encontraremos mais dispostos e menos amedrontados para compreender e assimilar
a riqueza do conteúdo pedagógico existente em nossas relações, gerando
questionamentos positivos e desafiadores, como estímulos indispensáveis ao
burilamento de nós mesmos.
De fato, a ignorância nos afasta da liberdade,
mantendo-nos acorrentados a crenças e hábitos cristalizados, preconceitos e
superstições onde, não raro, permanecemos estacionados, vitimados pela inércia.
Agindo e pensando conforme nossas
possibilidades e limitações, é bastante natural que ajamos equivocadamente.
Não há, portanto, evolução sem
educação.
No
livro “Educação dos sentidos e mais...”, o psicanalista, educador e teólogo
brasileiro, Rubem Alves, apresenta-nos um texto belíssimo, intitulado “Aprendo
porque amo”. Nele, o autor traça com delicadeza a relação permanente entre o
amor e a aprendizagem; num determinado trecho diz: “se aprende uma coisa que não se gosta por se gostar da pessoa que a
ensina”; ressalta ainda: “...quando
se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas
que seu mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com
ele. Aprendo porque amo, aprendo porque admiro.”
Jesus, Mestre Excelso do Amor e da
Sabedoria, já nos demonstrava esta indissociável relação, quando asseverou: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração”. Afirmou também: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos
libertará”.
Só
é possível aprender verdadeiramente quando somos tocados no coração e, o
sentimento daí decorrente, o Amor, nos impele ao exercício prático do
ensinamento assimilado.
Conhecer
a verdade é ir de encontro a si mesmo, habilitando-se à busca e à aproximação
de novas possibilidades de realização e entendimento, rompendo com os grilhões
escravizantes do egoísmo e do orgulho.
Para Joanna de Angelis, Jesus é “o pedagogo
por excelência, não apenas ensinando a conhecer, a fazer, a conviver e a ser,
mas, sobretudo, demonstrando que Ele o realizava. Vivenciou tudo quanto
ensinou, comportando-se como modelo imprescindível à lição ministrada. Jamais
desmentiu pelos atos o que lecionou por palavras. O Seu é o ministério do
exemplo, da ternura, do amor e da compaixão”.
A relação entre o aprendizado e o amor,
fica ainda mais evidente nestas palavras do Espírito de Verdade: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro
ensinamento; instruí-vos, este o segundo”.
A vivência do amor pelos caminhos da
educação é reafirmada pela proposta essencial do Espiritismo: educação e
caridade.
A
Doutrina Espírita, alicerçada no tripé Ciência, Filosofia e Religião, estimula
a evolução humana através da educação, compreendendo que o processo educativo
de aperfeiçoamento do espírito através das experiências reencarnatórias,
desenvolve a formação moral do ser, que uma vez conscientizando-se,
transforma-se num agente multiplicador do bem, comprometendo-se com a
realização de tarefas cada vez mais construtivas, onde o mais forte ampara o
mais fraco, o saudável auxilia o enfermo, o jovem ergue o idoso, num círculo
virtuoso da solidariedade e fraternidade. Neste particular, Divaldo Pereira
Franco afirma "(...) que a educação pelos
caminhos do amor e o amor pelas vias da educação constituem os melhores
instrumentos para a divulgação do Espiritismo. (...) A educação é a caridade
mais profunda, porque educar o caráter moral é erradicar a causa da miséria
moral a fim de diminuir as consequências das outras expressões da debilidade
humana. O amor é a alma de Deus iluminando o mundo, porque fora do amor não existe
criação, porque Deus é amor".
ANEXO
OS 4
PILARES DA EDUCAÇÃO - JACQUES DELORS
Os quatro pilares da Educação são conceitos de fundamento da
educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.
1 - APRENDER A CONHECER
Esta aprendizagem refere-se
à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio
lógico, compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos
por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante,
não só estes processos em si, como o desejo de os desenvolver, a vontade de
aprender, de querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação
seja encarada, não apenas como um meio para um fim mas também como um fim por
si. Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de
aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos
intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões
e o seu próprio pensamento crítico. Em vista a este objetivo, sugere-se o
incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque,
se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante, não é
menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa
chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do
saber e do desconhecido.
2 - APRENDER A FAZER
Indissociável do aprender a
conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer refere-se
essencialmente à formação técnico-profissional do educando. Consiste
essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos.
Atualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à
comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não apenas reter e
transmitir informação mas também interpretar e seleccionar as torrentes de
informação, muitas vezes contraditórias, com que somos bombardeados
diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias
opiniões mediante novos factos e informações.Aprender a fazer envolve uma série
de técnicas a serem trabalhadas.
3 - APRENDER A CONVIVER
Este domínio da
aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores, pois atua no
campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao conflito, ao
preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Aposta-se na educação como
veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo? O relatório para
UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta faseada em dois
princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois, sendo o
desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da
diversidade humana combate diretamente este “desconhecido”. Depois e sempre, a
participação em projetos comuns que surge como veículo preferencial na diluição
de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a
História Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a
aceitar o semelhante.
4 - APRENDER A SER
Este tipo de aprendizagem
depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como
finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo,
sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”. À
semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação de
valores e atitudes, mas já não direccionados para a vida em sociedade em
particular, mas concretamente para o desenvolvimento individual.
Pretende-se formar
indivíduos autônomos, intelectualmente activos e independentes, capazes de
estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente,
de intervirem de forma consciente e proactiva na sociedade.
OS SETE
SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO – EDGAR MORIN
Em seu
livro Os sete saberes necessários à educação do futuro, Morin apresenta o que
ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma
boa prática educacional.
1º SABER - ERRO E ILUSÃO
Não afastar o erro do processo de
aprendizagem. Integrar o erro ao processo, para que o conhecimento avance. A
educação deve demonstrar que não há conhecimento sem erro ou ilusão
2º
SABER - O CONHECIMENTO PERTINENTE
Juntar as mais variadas áreas de
conhecimento, contra a fragmentação. Para que o conhecimento seja pertinente, a
educação deverá tornar evidentes:
- O
contexto
- O
global
- O
multidimensional – o ser humano é multidimensional: é biológico, psíquico,
social e afetivo. A sociedade contém dimensões histórica, económica,
sociológica, religiosa.
- O
complexo – ligação entre a unidade e a multiplicidade.
3º SABER - ENSINAR A CONDIÇÃO HUMANA
Não somos um algo só. Somos indivíduos mais
que culturais - somos psíquicos, físicos, míticos, biológicos, etc. A educação
do futuro deverá ser um ensino primeiro e universal centrado na condição
humana.
4º SABER - IDENTIDADE TERRENA
Saber que a Terra é um pequeno planeta, que
precisa ser sustentado a qualquer custo. Idéia da sustentabilidade
terra-pátria.
5º SABER - ENFRENTAR AS INCERTEZAS
Ensinar que a ciência deve trabalhar com a
ideia de que existem coisas incertas. Por muito que o progresso se tenha
desenvolvido não nos é possível, nem com as melhores tecnologias, prever o
futuro.
6º
SABER - ENSINAR A COMPREENSÃO
A comunicação humana deve ser voltada para
a compreensão. Educar para compreender uma dada matéria de uma disciplina é uma
coisa, educar para a compreensão humana é outra, esta é a missão espiritual da
educação: ensinar a compreensão entre as pessoas como condição garante da
solidariedade intelectual e moral da humanidade.
7º SABER - ÉTICA DO GÊNERO HUMANO
É a antropo-ética: não desejar para os
outros, aquilo que não quer para você. A antropo-ética está ancorada em três
elementos:
- Indivíduo
- Sociedade
- Espécie
A concepção
complexa do género humano comporta a tríade individuo «-» sociedade «-»
espécie, significa desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das
participações comunitárias e do sentimento de pertença à espécie humana.
Respeitar ao mesmo tempo no próximo, a diferença e a identidade consigo
próprio; desenvolver a ética da solidariedade; da compreensão; ensinar a ética
do género humano. A antropo-ética tem assim a esperança na realização da
humanidade como consciência e cidadania planetária.
NOTAS BIOGRÁFICAS
FONTE: WIKIPEDIA
FONTE: WIKIPEDIA
Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de abril
de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão,
geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era
moderna, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes.
Depois de um longo período
como professor secundário de geografia, começou em 1755 a carreira
universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor
catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando
uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. Realizou
numerosos trabalhos sobre ciência, física, matemática, etc. Kant operou, na
epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes
e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição
empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a
indução). Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo
transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não
vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de
outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza
humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do
relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX
Herbert Spencer (Derby, 27 de Abril de 1820 — Brighton, 8 de
Dezembro de 1903) foi um filósofo inglês e um dos representantes do
positivismo.
Spencer foi um profundo
admirador da obra de Charles Darwin. É dele a expressão "sobrevivência do
mais apto", e em sua obra procurou aplicar as leis da evolução a todos os
níveis da atividade humana. Spencer é considerado o "pai" do
Darwinismo social, embora jamais tenha utilizado o termo. Com base em suas ideias,
alguns autores procuraram justificar a divisão da sociedade em classes e o
Imperialismo europeu, sugerindo que estes seriam exemplos de seleção natural. O
filósofo aplicou à sociologia ideias que retirou das ciências naturais, criando
um sistema de pensamento muito influente a seu tempo. Suas conclusões o levaram
a defender a primazia do indivíduo perante a sociedade e o Estado, e a natureza
como fonte da verdade, incluindo a verdade moral. No campo pedagógico, Spencer
fez campanha pelo ensino da ciência, combateu a interferência do Estado na
educação e afirmou que o principal objetivo da escola era a construção do
caráter.
Jacques Delors (Paris, 20 de Julho de 1925) é um político
europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia
entre 1985 e 1995.
De origem humilde, Delors
foi funcionário do Banco de França em 1945, após a Segunda Guerra Mundial e
estudou economia na Sorbonne. É pai de Martine Aubry, eleita em 2008, primeira
secretária do Partido Socialista Francês. Foi autor e organizador do relatório
para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI,
intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os
Quatro Pilares da Educação.
1969, O Primeiro-ministro
francês Jacques Chaban-Delmas inclui Delors no seu gabinete.
1974, Delors filia-se no Partido Socialista Francês.
1981, nomeado ministro da Economia e Finanças de França.
1985, Janeiro, assume a Presidência da Comissão Europeia (CE), graças ao apoio de François Mitterrand e Helmut Kohl.
1989, Delors é galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.
1993, Em 1 de Novembro, entra em vigor o Tratado de Maastricht, que supõe a criação da União Europeia (UE). Delors tinha trabalhado decididamente no projeto.
1995, Janeiro, termina o período como presidente da CE. É o ex-presidente que mais tempo permaneceu em funções. Nesse mesmo ano declina apresentar-se como candidato à presidência de França, em parte para não interferir na carreira política da sua filha Martine Aubry.
1974, Delors filia-se no Partido Socialista Francês.
1981, nomeado ministro da Economia e Finanças de França.
1985, Janeiro, assume a Presidência da Comissão Europeia (CE), graças ao apoio de François Mitterrand e Helmut Kohl.
1989, Delors é galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.
1993, Em 1 de Novembro, entra em vigor o Tratado de Maastricht, que supõe a criação da União Europeia (UE). Delors tinha trabalhado decididamente no projeto.
1995, Janeiro, termina o período como presidente da CE. É o ex-presidente que mais tempo permaneceu em funções. Nesse mesmo ano declina apresentar-se como candidato à presidência de França, em parte para não interferir na carreira política da sua filha Martine Aubry.
Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho
1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem
sefardita.
Pesquisador emérito do CNRS
(Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e
Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de
mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao
pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para
a educação do futuro. É considerado um dos principais pensadores contemporâneos
e um dos principais teóricos da complexidade. A principal obra de Edgar Morin é
a constituída por seis volumes, "La Méthode" (em português, O
Método). Foi escrita durante três décadas e meia. Trata-se de uma das maiores
obras de epistemologia disponível. Morin inicia os primeiros escritos de
"La Méthode" em 1973, com a publicação do livro "O Paradigma
Perdido: a Natureza Humana", uma transformação epistemológica por
questionar o fechamendo ideológico e paradigmático das ciências, além de
apresentar uma alternativa à concepção de "paradigma" encontrada em
Thomas Kuhn. Seu primeiro livro traduzido para o português é O cinema ou o
homem imaginário, em 1958.
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