Powered By Blogger

quinta-feira, 16 de abril de 2015

VIVÊNCIA NO AMOR, PELOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
ROTEIRO DE PREPARAÇÃO DA PALESTRA
USE-RP – SETEMBRO/2010
Edegar Tão
1. OBJETIVO

O objetivo deste roteiro é oferecer subsídios que possibilitem ao expositor, elaborar a  apresentação da palestra do mês de setembro de 2010, que tem como tema a “Vivência no amor, pelos caminhos da educação”.

2. LINHA DE RACIOCÍNIO

Nossa principal base de raciocínio tenta estabelecer a ligação entre o amor e o aprendizado, objetivando o aprimoramento do ser; encontrando apontamentos e/ou conceitos pedagógicos contidos na Codificação Espírita, no Novo Testamento, entre outros documentos, relatórios e obras literárias.

Entendendo que não há crescimento humano sem educação, este roteiro procura fortalecer a idéia de que o aperfeiçoamento humano é o objetivo primeiro da educação, tendo, como meios de alcançá-lo, a conscientização do ser como espírito imortal, a reencarnação como instrumento de aprendizado, a força do progresso e do exemplo, e a presença indispensável de Jesus e seus ensinamentos.

3. EDUCAÇÃO

3.1.     CONCEITO

Houaiss: aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano; pedagogia, didática, ensino;
Michaellis: Processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício
Maioria: ato ou processo de educar(-se)

3.2.     ETIMOLOGIA

EDUCAÇÃO/EDUCAR – Duas raízes – Origem latina

1)    educare – criar, alimentar
2)    educere – conduzir para fora – ex (fora) e ducere (conduzir)

A pedagoga Consuelo Sanchez Buchon observa que, "Essas duas significações etimológicas unem-se e completam-se para dizer-nos que a educação se acha constituída por dois movimentos: um, de dentro para fora — o desenvolvimento — que é essencial ao processo, mas que necessita, para realizar-se, de outro movimento de fora para dentro". (Santos, 1963, p. 56 a 58)

4. ALGUMAS FRASES

IMMANUEL KANT – “É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.

HERBERT SPENCER – “A educação deve formar seres aptos para governar a si mesmos. A função principal da educação é a formação do caráter”.

ALLAN KARDEC - Conjunto de hábitos adquiridos. A arte de formar caracteres, aquela que cria os hábitos. “Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis.


5. DESENVOLVIMENTO
(CONTEÚDO BÁSICO, IDÉIAS PRINCIPAIS, PALAVRAS-CHAVE)

·         NÃO HÁ EVOLUÇÃO SEM EDUCAÇÃO
o    São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada.” (OLE-114)
o    A Humanidade progride, por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e instruem. Quando estes preponderam pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros.  (OLE-789)
·    A FORÇA DO PROGRESSO IMPULSIONA O ESPÍRITO PARA O APRIMORAMENTO
o    O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. (OLE – 779)
o    A moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se. (OLE-780b)
·    OBSTÁCULOS QUE NOS IMPEDEM O AVANÇO
o    O orgulho e o egoísmo (OLE – 785)
·    APERFEIÇOAMENTO DO ESPÍRITO ATRAVÉS DA REENCARNAÇÃO
o    Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. (OLE-132)
o    “Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?” (OLE-167)
·    A CONSCIENTIZAÇÃO DO ESPÍRITO NOBILITA SUAS AÇÕES
o    Deus, porém, na Sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza. (OLE-132)
o    A caridade, porém, desconhece latitudes e não distingue a cor dos homens. Quando, por toda parte, a lei de Deus servir de base à lei humana, os povos praticarão entre si a caridade, como os indivíduos. Então viverão felizes e em paz, porque nenhum cuidará de causar dano ao seu vizinho, nem de viver a expensas dele.(OLE-789)
o    Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. (OLE-780a)
·    E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ. (JOÃO 8:32)
o    Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. (OLE-115)
·    ENTÃO LHE DISSE JESUS: POIS VAI E FAZE TU O MESMO. (LUCAS 10:37)
·    PORQUE EU VOS DEI O EXEMPLO, PARA QUE, COMO EU VOS FIZ, FAÇAIS VÓS TAMBÉM. (JOÃO 13:15)
o    A moral sem ações é como a semente sem o trabalho (OLE – 905)
·    APRENDEI DE MIM, QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO (MATEUS 11:29)
o    Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava. (OLE-625)
·    APRENDER SERVINDO (EMMANUEL – CORREIO FRATERNO – 43)
·         Não prescindimos da instrução.
Mas não honraremos o pensamento claro e nobre sem o acrisolamento espiritual.
A idéia esclarece.
O sentimento cria.
A palavra edifica.
O exemplo arrasta.
É por isso que Jesus, exalando a sabedoria, não olvidou a prática do amor.


6. CONCLUSÃO

A Doutrina Espírita fornece valiosos instrumentos para proporcionar a educação do ser. Todo o seu corpo de orientações, aliado às inúmeras obras subsidiárias, estimula a reflexão e a autonomia, possibilitando a conscientização existencial e busca pelo melhor. No aspecto moral, os ensinamentos incomparáveis de Jesus estimulam o exercício do Amor, nas mais diversas manifestações. Aprender sempre e seguir servindo, são as propostas edificadas pelo Espiritismo.

VIVÊNCIA NO AMOR, PELOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
USE-RP – SETEMBRO/2010

Edegar Tão

         O notável filósofo grego Sócrates (469 AC – 399 AC), há aproximadamente 400 anos antes de Cristo, já apontava no “Conhece-te a ti mesmo” um dos mais eficientes caminhos para a educação.
Desenvolveu através da sua maiêutica, o método do diálogo construtivo, explorando a reflexão dos indivíduos através de perguntas, bem como estimulando-os a buscar respostas num franco processo de potencialização do saber.
Na sua célebre frase “Só sei que nada sei”, reconhecia que a sabedoria é limitada pela própria ignorância e, por isso mesmo, os erros seriam frutos dessas limitações.
Já podemos considerar, portanto, que a busca pelo aprimoramento intelectual e moral e, por conseguinte, pelo conhecimento e aplicação das virtudes, nos possibilita reconhecer nossa ignorância nos vários campos do saber e, porque não dizer, também do sentir.
Essa conscientização, de alguma forma, faz com que nos movimentemos em direção a vivências educativas, submetidos à força do progresso que nos impulsiona a maiores realizações.
         Abandonando nossa arrogância e orgulho, conscientizando-nos de que somos eternos aprendizes do viver e que toda experiência nos traz algum aprendizado, estaremos receptivos e permeáveis a novas idéias e atitudes, travando contato com as lições ocultas daquilo que vivenciamos, voluntariamente ou não.
Nos encontraremos mais dispostos e menos amedrontados para compreender e assimilar a riqueza do conteúdo pedagógico existente em nossas relações, gerando questionamentos positivos e desafiadores, como estímulos indispensáveis ao burilamento de nós mesmos.
         De fato, a ignorância nos afasta da liberdade, mantendo-nos acorrentados a crenças e hábitos cristalizados, preconceitos e superstições onde, não raro, permanecemos estacionados, vitimados pela inércia.
         Agindo e pensando conforme nossas possibilidades e limitações, é bastante natural que ajamos equivocadamente.
         Não há, portanto, evolução sem educação.
No livro “Educação dos sentidos e mais...”, o psicanalista, educador e teólogo brasileiro, Rubem Alves, apresenta-nos um texto belíssimo, intitulado “Aprendo porque amo”. Nele, o autor traça com delicadeza a relação permanente entre o amor e a aprendizagem; num determinado trecho diz: “se aprende uma coisa que não se gosta por se gostar da pessoa que a ensina”; ressalta ainda: “...quando se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas que seu mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele. Aprendo porque amo, aprendo porque admiro.”
         Jesus, Mestre Excelso do Amor e da Sabedoria, já nos demonstrava esta indissociável relação, quando asseverou: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”. Afirmou também: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.
Só é possível aprender verdadeiramente quando somos tocados no coração e, o sentimento daí decorrente, o Amor, nos impele ao exercício prático do ensinamento assimilado.
Conhecer a verdade é ir de encontro a si mesmo, habilitando-se à busca e à aproximação de novas possibilidades de realização e entendimento, rompendo com os grilhões escravizantes do egoísmo e do orgulho.
       Para Joanna de Angelis, Jesus é “o pedagogo por excelência, não apenas ensinando a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, mas, sobretudo, demonstrando que Ele o realizava. Vivenciou tudo quanto ensinou, comportando-se como modelo imprescindível à lição ministrada. Jamais desmentiu pelos atos o que lecionou por palavras. O Seu é o ministério do exemplo, da ternura, do amor e da compaixão”.

         A relação entre o aprendizado e o amor, fica ainda mais evidente nestas palavras do Espírito de Verdade: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”.
         A vivência do amor pelos caminhos da educação é reafirmada pela proposta essencial do Espiritismo: educação e caridade.
A Doutrina Espírita, alicerçada no tripé Ciência, Filosofia e Religião, estimula a evolução humana através da educação, compreendendo que o processo educativo de aperfeiçoamento do espírito através das experiências reencarnatórias, desenvolve a formação moral do ser, que uma vez conscientizando-se, transforma-se num agente multiplicador do bem, comprometendo-se com a realização de tarefas cada vez mais construtivas, onde o mais forte ampara o mais fraco, o saudável auxilia o enfermo, o jovem ergue o idoso, num círculo virtuoso da solidariedade e fraternidade. Neste particular, Divaldo Pereira Franco afirma "(...) que a educação pelos caminhos do amor e o amor pelas vias da educação constituem os melhores instrumentos para a divulgação do Espiritismo. (...) A educação é a caridade mais profunda, porque educar o caráter moral é erradicar a causa da miséria moral a fim de diminuir as consequências das outras expressões da debilidade humana. O amor é a alma de Deus iluminando o mundo, porque fora do amor não existe criação, porque Deus é amor".

ANEXO

OS 4 PILARES DA EDUCAÇÃO - JACQUES DELORS
           
Os quatro pilares da Educação são conceitos de fundamento da educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.

1 - APRENDER A CONHECER
Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante, não só estes processos em si, como o desejo de os desenvolver, a vontade de aprender, de querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação seja encarada, não apenas como um meio para um fim mas também como um fim por si. Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões e o seu próprio pensamento crítico. Em vista a este objetivo, sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.
2 - APRENDER A FAZER
Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação técnico-profissional do educando. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos. Atualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e seleccionar as torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos factos e informações.Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas.
3 - APRENDER A CONVIVER
Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Aposta-se na educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo? O relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta faseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois, sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da diversidade humana combate diretamente este “desconhecido”. Depois e sempre, a participação em projetos comuns que surge como veículo preferencial na diluição de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a História Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o semelhante.
4 - APRENDER A SER
Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”. À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação de valores e atitudes, mas já não direccionados para a vida em sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento individual.
Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente activos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e proactiva na sociedade.



OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO – EDGAR MORIN

Em seu livro Os sete saberes necessários à educação do futuro, Morin apresenta o que ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional.

1º SABER - ERRO E ILUSÃO

Não afastar o erro do processo de aprendizagem. Integrar o erro ao processo, para que o conhecimento avance. A educação deve demonstrar que não há conhecimento sem erro ou ilusão

2º SABER - O CONHECIMENTO PERTINENTE

Juntar as mais variadas áreas de conhecimento, contra a fragmentação. Para que o conhecimento seja pertinente, a educação deverá tornar evidentes:
  • O contexto
  • O global
  • O multidimensional – o ser humano é multidimensional: é biológico, psíquico, social e afetivo. A sociedade contém dimensões histórica, económica, sociológica, religiosa.
  • O complexo – ligação entre a unidade e a multiplicidade.

3º SABER - ENSINAR A CONDIÇÃO HUMANA

Não somos um algo só. Somos indivíduos mais que culturais - somos psíquicos, físicos, míticos, biológicos, etc. A educação do futuro deverá ser um ensino primeiro e universal centrado na condição humana.

4º SABER - IDENTIDADE TERRENA

Saber que a Terra é um pequeno planeta, que precisa ser sustentado a qualquer custo. Idéia da sustentabilidade terra-pátria.

5º SABER - ENFRENTAR AS INCERTEZAS

Ensinar que a ciência deve trabalhar com a ideia de que existem coisas incertas. Por muito que o progresso se tenha desenvolvido não nos é possível, nem com as melhores tecnologias, prever o futuro.

6º SABER - ENSINAR A COMPREENSÃO

A comunicação humana deve ser voltada para a compreensão. Educar para compreender uma dada matéria de uma disciplina é uma coisa, educar para a compreensão humana é outra, esta é a missão espiritual da educação: ensinar a compreensão entre as pessoas como condição garante da solidariedade intelectual e moral da humanidade.

7º SABER - ÉTICA DO GÊNERO HUMANO

É a antropo-ética: não desejar para os outros, aquilo que não quer para você. A antropo-ética está ancorada em três elementos:
  • Indivíduo
  • Sociedade
  • Espécie

A concepção complexa do género humano comporta a tríade individuo «-» sociedade «-» espécie, significa desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertença à espécie humana. Respeitar ao mesmo tempo no próximo, a diferença e a identidade consigo próprio; desenvolver a ética da solidariedade; da compreensão; ensinar a ética do género humano. A antropo-ética tem assim a esperança na realização da humanidade como consciência e cidadania planetária.

NOTAS BIOGRÁFICAS
FONTE: WIKIPEDIA
Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes.
Depois de um longo período como professor secundário de geografia, começou em 1755 a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciência, física, matemática, etc. Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução). Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX
Herbert Spencer (Derby, 27 de Abril de 1820 — Brighton, 8 de Dezembro de 1903) foi um filósofo inglês e um dos representantes do positivismo.
Spencer foi um profundo admirador da obra de Charles Darwin. É dele a expressão "sobrevivência do mais apto", e em sua obra procurou aplicar as leis da evolução a todos os níveis da atividade humana. Spencer é considerado o "pai" do Darwinismo social, embora jamais tenha utilizado o termo. Com base em suas ideias, alguns autores procuraram justificar a divisão da sociedade em classes e o Imperialismo europeu, sugerindo que estes seriam exemplos de seleção natural. O filósofo aplicou à sociologia ideias que retirou das ciências naturais, criando um sistema de pensamento muito influente a seu tempo. Suas conclusões o levaram a defender a primazia do indivíduo perante a sociedade e o Estado, e a natureza como fonte da verdade, incluindo a verdade moral. No campo pedagógico, Spencer fez campanha pelo ensino da ciência, combateu a interferência do Estado na educação e afirmou que o principal objetivo da escola era a construção do caráter.
Jacques Delors (Paris, 20 de Julho de 1925) é um político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995.
De origem humilde, Delors foi funcionário do Banco de França em 1945, após a Segunda Guerra Mundial e estudou economia na Sorbonne. É pai de Martine Aubry, eleita em 2008, primeira secretária do Partido Socialista Francês. Foi autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação.
1969, O Primeiro-ministro francês Jacques Chaban-Delmas inclui Delors no seu gabinete.
1974, Delors filia-se no Partido Socialista Francês.
1981, nomeado ministro da Economia e Finanças de França.
1985, Janeiro, assume a Presidência da Comissão Europeia (CE), graças ao apoio de François Mitterrand e Helmut Kohl.
1989, Delors é galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.
1993, Em 1 de Novembro, entra em vigor o Tratado de Maastricht, que supõe a criação da União Europeia (UE). Delors tinha trabalhado decididamente no projeto.
1995, Janeiro, termina o período como presidente da CE. É o ex-presidente que mais tempo permaneceu em funções. Nesse mesmo ano declina apresentar-se como candidato à presidência de França, em parte para não interferir na carreira política da sua filha Martine Aubry.
Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita.
Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro. É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade. A principal obra de Edgar Morin é a constituída por seis volumes, "La Méthode" (em português, O Método). Foi escrita durante três décadas e meia. Trata-se de uma das maiores obras de epistemologia disponível. Morin inicia os primeiros escritos de "La Méthode" em 1973, com a publicação do livro "O Paradigma Perdido: a Natureza Humana", uma transformação epistemológica por questionar o fechamendo ideológico e paradigmático das ciências, além de apresentar uma alternativa à concepção de "paradigma" encontrada em Thomas Kuhn. Seu primeiro livro traduzido para o português é O cinema ou o homem imaginário, em 1958.

Nenhum comentário:

Postar um comentário