Tema do mês de junho/2011 – USE Ribeirão Preto
“Há várias moradas na
Casa de meu Pai” – João 14, 2.
O nosso conceito de
que Deus fez a terra e tudo que nela há, o sol, a lua e as estrelas para nós é
falso e é isto que vem nos deixando com idéias arraigadas não nos permitindo
enxergar mais além. Esta visão é bastante egoísta e presunçosa, não há como
admitir, nos dias de hoje, que Deus tenha criado tudo para o gozo, contemplação
e delícia do ser humano, que na verdade não passa de mais um dos seres da
criação divina, cuja diferença para com os animais é ter o raciocínio contínuo.
Entretanto mostra, em algumas situações, mais irracional que os próprios
animais. Para podermos nos situar, vejamos a grandeza do cosmo. Ao depararmos
com sua magnitude chegaremos à conclusão de nossa extrema insignificância
perante o Universo.O cosmo conhecido tem por diâmetro 40.000.000.000 anos-luz.
E para quem quiser mensurar o que representa este número, basta multiplicá-lo por
9.467.280.000.000 km, número este que equivale a um ano-luz. Ora, dentro desta
extraordinária grandeza não há como pensar que somente a terra, talvez nem um
minúsculo grão de areia neste contexto, tenha vida humana. A ciência avança
gradativamente e algumas nações gastam fortunas para tentar captar sons de
outras galáxias, instrumentos cada vez mais potentes e sensíveis são
direcionados para o céu em busca do contato com inteligências extraterrestres.
Pode até parecer ficção científica, mas é a nossa pura realidade nos dias de
hoje.
Perguntaríamos: Dada
a grandeza do cosmo com seus bilhões e bilhões de planetas porque pensar que
apenas a terra teria vida? Não poderia Deus ter criado tantos planetas sem que
tivessem alguma outra utilidade a não ser iluminar nossas noites escuras? Tem
que haver forçosamente, dentro de um senso lógico, vidas em outros planetas.
Para se ter uma idéia somente a Via Láctea possui cerca de 200.000 planetas
semelhantes a terra. Se há vida na terra porque não poderia haver nestes outros
planetas semelhantes ao nosso? Não podemos fugir desta grande possibilidade de
que possa haver vidas em outros planetas.
Suponhamos que um
homem é colocado num foguete e lançado à Marte, desce lá e se não vê vida
humana não quer dizer necessariamente que não há vida em Marte, o que podemos
afirmar é que em Marte não há vida igual ou semelhante à da terra. Poderia
ocorrer, talvez, que a vida em Marte não seria captada pelos nossos sentidos,
como por exemplo, numa gota d’água não enxergamos, a olho nu, os micróbios que
nela vivem, mas se colocarmos esta gota diante de um microscópio veremos uma
infinidade de seres vivendo nesta gota, ou seja, se tivermos um instrumento
apropriado poderíamos deslumbrar com a vida naquele planeta.
E aí as palavras de
Jesus, em João 14, 2, “há muitas moradas na casa de meu Pai”, parecem fazer
sentido. Não estaria ele falando dos vários planetas habitados?
Preocupado com esta
questão Allan Kardec questiona aos espíritos superiores, conforme consta do
Livro dos Espíritos, o seguinte:
Pergunta 55 – Todos
os globos que circulam no espaço são habitados?
Resposta – Sim, e o
homem da terra está longe de ser, como crê, o primeiro em inteligência, em
bondade e perfeição. Todavia, há homens que se crêem muitos fortes, que
imaginam que somente seu pequeno globo tem o privilégio de abrigar seres
racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que Deus criou o Universo só para eles.
Pergunta 56 – A
constituição física dos mundos é a mesma? Resposta – Não, eles não se
assemelham de modo algum.
Pergunta 57 – A
constituição física dos mundos não sendo a mesma para todos, seguir-se-ão
tenham organização diferentes os seres que os habitam? Resposta – Sem dúvida,
como para vós os peixes são feitos para viverem na água e os pássaros no ar.
Vamos descrever como
seriam estes mundos de acordo com as informações dos espíritos superiores a
Kardec. Classificação dos Mundos
I.
Quanto ao grau de adiantamento ou inferioridade dos seus habitantes
a.
Mundos Inferiores – a existência é toda material, reinam as paixões,
quase nula é a vida moral;
b.
Mundos Intermediários – misturam-se o bem e o mal, predominando um ao
outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam;
c.
Mundos Adiantados – a vida é por assim dizer toda espiritual;
II.
Quanto ao estado em que se acham e da destinação que trazem:
a.
Mundos Primitivos – destinados às primeiras encarnações da alma humana;
b.
Mundos de Expiação e Provas – onde domina o mal (Terra);
c.
Mundos de Regeneração – nos quais as almas ainda têm o que expiar,
haurem novas forças repousando das fadigas da luta;
d.
Mundos Ditosos – onde o bem sobrepuja o mal;
e.
Mundos Celestes ou Divinos – habitações de espíritos depurados, onde
exclusivamente reina o bem.
Os espíritos que
encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele
atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingirem
a perfeição.Os mundos estão, também, sob a lei do Progresso. Características dos Mundos:
a) Mundos Inferiores
seres rudimentares;
forma humana sem
beleza;
instintos, não há
sentimentos de delicadeza ou de benevolência;
não tem noção do
justo e do injusto;
a força bruta é a
única lei;
carentes de
indústrias e de invenções;
passam a vida na
conquista de alimentos.
b) Mundos Superiores
forma humana, mais
embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada;
o corpo não tem a
materialidade terrestre, não está sujeito às necessidades, nem às doenças ou
deteriorações que predominância da matéria provoca;
sentidos mais
apurados;
leveza do corpo
permite locomoção rápida e fácil, deslizando pela superfície, usando apenas a
vontade;
é rápido o
desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infância;
vida mais longa do
que na Terra;
a morte não causa
pavor, é considerada uma transformação feliz;
a livre transmissão
do pensamento;
relações amistosas
entre os povos;
só a superioridade
moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia;
a autoridade merece o
respeito de todos, pois está estabelecida no mérito e na justiça;
amor e fraternidade prendem
uns aos outros todos os homens;
possuem bens
adquiridos mais ou menos por meio da inteligência;
o mal, nesses mundos,
não existe;
os mundos felizes não
são orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer dos seus
filhos; a todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarmos a
tais mundos.
c) Mundos Regeneradores
servem de transição
entre os mundos de expiação e os mundos felizes;
encontra neles a
calma e o repouso, acabando por depurar-se;
sujeição às leis que
regem a matéria;
libertos das paixões,
isentos do orgulho, da inveja e do ódio;
ainda não existe a
felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade;
o homem lá é ainda de
carne;
ainda tem de suportar
provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação.
O que isto tudo
representa para nós?
explica de onde vêem
os espíritos que reencarnam na Terra;
nos dá a certeza de,
conforme o progresso individual, irmos aos mundos mais elevados ou o “reino dos
céus”;
pouca significância
do tempo em que estamos aqui na terra;
passagem para o 3º
milênio, depuração da terra dos espíritos inferiores, que não desejam progredir
e não querem que os outros progridam.
Créditos: www.espirito.org.br – autor Paulo da
Silva Neto Sobrinho – Set/95
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