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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Objetivos da Educação Espírita na Infância

"Educação é aquela em que se procura organizar a personalidade do educando de modo coerente com os princípios de amor e igualdade. No caso especial da Doutrina Espírita, esses princípios são dilatados pelo conhecimento da lei de causa e efeito e da reencarnação. Podemos assim resumir o trabalho do educador em três objetivos principais:

1 - Transmissão de conhecimento doutrinário

Atendemos a esse objetivo quando:

a) respeitamos as características e limitações de cada fase da infância, tipos de raciocínio, capacidade de atenção dirigida, interesse das idades;

b) respeitamos a necessidade de concretização na infância, utilizando-nos de recursos audiovisuais para o ensino;

c) não forcamos a compreensão de conceitos abstratos em crianças incapazes de raciocínios lógicos ou abstrações. O valor de tais conhecimentos não se faz sentir pelo seu conteúdo informativo e, sim, pelo seu aspecto formativo.

2 - Socialização

Isto é, preparação para o convívio social, em moldes de fraternidade e solidariedade. Para tal, devemos formar grupos de trabalho, de jogos, de excursões, onde a criança verá e viverá fraternalmente, satisfazendo a necessidade de fazer parte de um grupo (instinto gregário). Muito auxiliará a socialização da criança contar com padrões de identificação que podem ser a figura materna ou paterna, a figura dos educadores e a figura de Jesus em função de sua bondade e do seu ideal de servir ao próximo.

3 - Formação de sentimentos e ideais:

É o mais importante dos nossos forca, a serviço da própria evolução. A natureza não dá objetivos. Para tal precisamos analisar o nosso conceito de educação. Educar não é formar crianças iguais a um modelo ideal para nós (conceito antigo da criança sendo um homem em miniatura). Educar é desenvolver as capacidades de cada uma, respeitando-se as diferenças individuais; é educar a consciência de forma que ela possa ditar os atos e formar uma escala de valores preparando-se para as opções, no decorrer da vida; é disciplinar a vontade para que ela se torna uma poderosa saltos. A educação espirita não fará "milagres de santificação" inesperada, mas poderá fornecer o esclarecimento e o apoio necessários para se iniciar as grandes reformas morais.

A medida certa para avaliarmos a eficiência do trabalho educativo é a melhoria e o progresso que cada um fará de acordo com suas possibilidades espirituais, embora não atinjam a estágios iguais.

Relembremos, aqui, a Parábola do Semeador, os meios e objetivos da educação espirita na infância.

O educador desempenha o papel do semeador. E ele deve sair a semear a boa técnica com tranqüilidade, com segurança, preparando os terrenos das almas infantis.

O conhecimento doutrinário servirá de precioso adubo. E a Centelha divina, em forma de vida, residindo no interior de cada semente, desabrochará e far-se-á visível na qualidade de seus frutos, de acordo com as possibilidades de cada terra.(...) "

Departamento de Educação Espírita Infantil - USE

Regional e intermunicipal de S. J. Rio Preto - SP

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