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quarta-feira, 22 de abril de 2015

LEI DE CONSERVAÇÃO

ÍNDICE



INTRODUÇÃO


Analisando-se o processo evolutivo de todos os seres, podemos entender a importância fundamental do conhecimento da vida espiritual e, em especial, dos ensinamentos da Lei e da vontade Divina, que nos foram trazidos pelo Mestre Jesus.

Evoluem os seres, desta forma, através das múltiplas experiências tanto no plano espiritual como no plano físico, onde a influência da matéria, o contato com as demais pessoas, as vicissitudes, as provações, proporcionam inúmeras condições e oportunidades para o aprendizado, para o desenvolvimento das virtudes, para o crescimento.

Sabemos que a nossa realidade mais importante é a espiritual, mas por representar o plano físico, imprescindível instituição de aprendizado e burilamento, não podemos olvidar que, quando encarnados, a organização física, bem como os bens e condições materiais, terão grande importância como meios de evolução do próprio Espírito.

Este, no entanto, deve ter o pleno conhecimento da sua posição de usufrutuário – tem a posse momentânea, podendo "usar e fruir", porém, com a condição inalienável de "conservar", ou "bem empregar" tudo aquilo que lhe foi emprestado.

Consequentemente, de forma natural, em havendo o abuso, haverá a responsabilização proporcional.

Dentro de sua obra e leis perfeitas, nos proporcionou o Pai Criador o "instinto de conservação".

Para que bem possamos compreender o que isto significa, mister se faz a distinção inicial entre inteligência e instinto.

INSTINTO E INTELIGÊNCIA


Em suas primeiras manifestações no plano físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, grafando-as em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente. Essas ações reflexas incorporam-se, dessa maneira, ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no homem através de atos espontâneos e involuntários, que têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para sua espécie. Podemos identificar esses atos no movimento da planta que se volta na direção dos raios solares, na arte com que a aranha tece sua teia para capturar os insetos de que se nutre, ou no ato de sucção através do qual o bebê se alimenta.

Esses atos inconscientes são o resultado, portanto, do mecanismo coordenado e cada vez mais complexo das ações reflexas, a que denominamos "instintos".

No vegetal, a estruturação desse mecanismo está em seus primórdios, no animal manifesta-se plenamente e no homem sofre a ação da inteligência, que lhe altera e aperfeiçoa as manifestações.

No cap. III do livro "A Gênese", encontramos as seguintes referências: "Podemos, assim, traçar uma demarcação bem nítida entre instinto e inteligência:" "...O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação. É assim que a planta procura o ar, se volta para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutriente; que a flor se abre e fecha alternativamente, conforme se lhe faz necessário."

"...É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou prejudica; que buscam, conforme a estação, os climas propícios..."

No homem, só no começo da vida o instinto domina com exclusividade; é por instinto que a criança faz os primeiros movimentos, que toma o alimento, que grita para exprimir as suas necessidades, que imita o som da voz, que tenta falar e andar. No adulto, certos atos são instintivos, tais como os movimentos espontâneos para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo; tais ainda o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar, etc.

Ainda no mesmo cap. do livro "A Gênese", encontramos: "a inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidade das circunstâncias. É incontestável um atributo exclusivo da alma. Todo ato maquinal é instinto; o ato que denota reflexão, combinação, deliberação é inteligente. Um é livre, o outro não o é...".

INSTINTO DE CONSERVAÇÃO


Na Parte Terceira – Das Leis Morais, capítulo V, de "O Livro dos Espíritos", encontramos o subtítulo "Instinto de Conservação", onde são formuladas duas questões à Espiritualidade Maior:

Questão 702: É lei da Natureza o instinto de conservação? Resposta: "Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de sua inteligência. Nuns, é puramente maquinal, raciocinado em outros".

Questão 703: Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de conservação? Resposta: Porque todos têm que concorrer para cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles os sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.

O despertar da necessidade de viver tem por finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra divina que Deus, em Sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de crescimento para o Bem. O instinto de conservação, portanto, se constitui em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo evolutivo dos seres da criação.

Rodolfo Calligaris, no seu livro "As Leis Morais", em referindo-se ao ensinamento proporcionado pela espiritualidade, de que o instinto de conservação, por ser uma das manifestações da Lei Natural, é inerente a todos os seres vivos, complementa:

Maquinal entre os espécimes situados nos primeiros degraus da escala evolutiva, vai-se desenvolvendo à medida que os seres animam organismos mais complexos e melhor dotados, tornando-se, no reino hominal, inteligente e raciocinado.

Sendo a vida orgânica absolutamente necessária ao aperfeiçoamento dos seres, Deus sempre lhes facultou os meios de conservá-la, fazendo com que a terra produzisse quanto fosse suficiente á matança de todos os que a habitam.

Sabendo, entretanto, que, se as criaturas tivessem que usar os frutos da terra apenas em função de sua utilidade, a lei da conservação não seria cumprida, houve Deus por bem imprimir a esse ato o atrativo do prazer, dando a cada coisa um sabor especial que lhes estimulasse o apetite.

A par disso, pela própria constituição somática com que modelou os seres, restringiu-lhes o gozo da alimentação ao limite do necessário, limite esse que, se observado, lhes asseguraria uma saúde perfeitamente equilibrada.

O homem, porém, no exercício de seu livre arbítrio, freqüentemente se desmanda, cometendo toda a sorte de excessos e extravagância, resultando daí muitas doenças que o excruciam (v. tr. dir. Afligem, martirizam, atormentam. (Do lat. excruciare.) e o conduzem à morte, prematuramente. Mas, como nada se perde na economia da evolução, os sofrimentos decorrentes dos desregramentos que comete dão-lhe experiência, fortalecem-lhe a razão, habilitando-o, finalmente, a distinguir o uso do abuso.

Poder-se-á dizer que, em certas regiões do globo, o solo, imenso fértil, não produz o bastante para a nutrição de seus habitantes e que o grande número de pessoas que nelas sucumbem vitimadas pela fome parece desmentir haja uma Providência Divina a provê-los dos recursos com que cumprirem a lei da conservação da vida.

Tais calamidades ocorrem de fato, mas não por culpa de Deus, a quem não se pode imputar as falhas de nossa sociedade, na qual uns se regalam com o supérfluo, enquanto outros carecem do mínimo necessário.

Fossem os homens menos egoístas, não tivessem apenas a máscara de religiosos, e, nessas contingências, prestar-se-iam mútuo apoio, já que a terra e eles mesmos pertencem a uma só família: a Humanidade.

Cumpre aos homens aplicarem-se no estudo dos problemas que os afligem, seja aperfeiçoando cada vez mais as técnicas de cultivo da gleba, de modo a conseguirem aumento da produção, seja entregando-se a pesquisas, no sentido de descobrirem outras fontes de alimentos, esforços esses que lhes engrandecerão a inteligência, assinalando novas etapas no progresso da civilização.

Mesmo nos casos de circunstâncias críticas, para a conservação da vida, não é lícito, para matar a fome, sacrificar um semelhante. Isto seria homicídio e crime de lesa-natureza. Em casos assim, é preferível morrer, já que grande será o merecimento se formos capazes de tão sublime renúncia por amor ao próximo.

Por outro lado, as privações voluntárias observadas em algumas religiões, de nada contribuem para a elevação da alma. Todos os usos que prejudiquem a saúde, longe de apressarem o desenvolvimento espiritual, retardam-no, pois solapam ((fig.) arruinam; encobrem; dissimulam) as forças vitais de seus praticantes, diminuindo-lhes a disposição para o trabalho, que sempre foi e continuará sendo o único caminho do progresso.

MEIOS DE CONSERVAÇÃO:


A Questão 704 de "O Livro dos Espíritos" e a devida resposta proporcionada pelos benfeitores espirituais, são bastante esclarecedoras com relação a este aspecto.

Questão 704: Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir? Resposta: "Certo, e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver, sem lhes dar os meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.

Na seqüência às questões sobre o assunto, complementa Kardec: "Se é certo que a Civilização multiplica as necessidades, também o é que multiplica as fontes de trabalho e os meios de viver. Forçoso, porém, é convir em que, a tal respeito, muito ainda lhe resta fazer. Quando ela houver concluído a sua obra, ninguém deverá haver que possa queixar-se de lhe faltar o necessário, a não ser por própria culpa. A desgraça, para muitos, provém de enveredarem por uma senda diversa da que a Natureza lhes traça. É então que lhes falece a inteligência para o bom êxito. Para todos há lugar ao Sol, mas com a condição de que cada um ocupe o seu e não o dos outros. A Natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social, nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.

Fora preciso, entretanto, ser-se cego, para se não reconhecer o progresso que, por esse lado, têm feito os povos mais adiantados. Graças aos louváveis esforços que, juntas, a Filantropia e a Ciência não cessam de despender para melhorar a condição material dos homens e mau grado ao crescimento incessante das populações, a insuficiência da produção se acha atenuada, pelo menos em grande parte, e os anos mais calamitosos do presente não se podem de modo algum comparar aos de outrora. A higiene pública, elemento tão essencial da força e da saúde, a higiene pública, que nossos pais não conheceram, é objeto de esclarecida solicitude. O infortúnio e o sofrimento encontram onde se refugiem. Por toda parte a Ciência contribui para acrescer o bem-estar. Poder-se-á dizer que já se haja chegado à perfeição? Oh! Não, certamente; mas, o que já se fez deixa prever o que, com perseverança, se logrará conseguir, se o homem se mostrar bastante avisado para procurar a sua felicidade nas coisas positivas e sérias e não em utopias que o levam a recuar em vez de fazê-lo avançar."

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO


Kardec questiona os Espíritos, na pergunta 719, se o homem merece censura por procurar o bem estar. Os Espíritos respondem: "É natural o desejo do bem estar. Deus só proíbe o abuso, por ser contrário à conservação. Ele não considera crime a procura do bem-estar, desde que não seja conseguido às custas de outrem e não venha diminuir-vos nem as forças físicas, nem as forças morais". Temos aí um ensinamento que contesta fundamentalmente a concepção absurda e até certo ponto blasfema, corrente em certos meios religiosos, de que "o homem nasce nesse mundo para sofrer, a fim de fazer-se merecedor de suaves recompensas do céu".

Sendo a Humanidade terrena uma das mais imperfeitas no concerto universal, compreende-se porque mais sofre do que goza.

Cada um de nós pode e deve promover-se socialmente, conquistando para si mesmo e para os seus, tudo quanto seja agradável, útil e concorra para aumentar a alegria de viver.

Não é verdade, que o homem deva aceitar, passivamente, tudo que o excrucia; conformar-se, submisso, com a má organização da sociedade, responsável pela miséria de tantos; ou mesmo impor-se penitências voluntárias, por serem estas coisas conformes aos planos divinos a nosso respeito.

A Doutrina Espírita nos ensina que Ele quer a felicidade de todos, não apenas "post-mortem", num suposto paraíso de delícias, onde ninguém tenha o que fazer, contanto que Lhe compreendamos os amorosos e sábios desígnios e saibamos pautar nossos atos por uma fiel observância de Suas leis.

Não, não é crime a busca do bem estar.

Criminosa é a ignorância em que os homens vêm sendo mantidos acerca de seus direitos naturais, inerentes à sua condição de filhos de Deus, sem acepção de raça, cor ou nacionalidade.

Criminosas são as manobras do egoísmo empregadas por uma minoria dominante, no sentido de impedir o advento da justiça social e a conseqüente melhoria de vida dos povos.

Criminosos são os gastos enormes que se fazem em programas armamentistas em detrimento da produção dos bens de consumo.

Criminoso é o desvio de vultuosas parcelas da Humanidade (exatamente os elementos mais válidos) dos trabalhos fecundos que ativam a civilização, para a improdutividade das casernas, para as operações bélicas que destroem, em minutos, o que levou séculos para edificar.

O dinheiro constitui pesada responsabilidade para seu possuidor. A aplicação do dinheiro torna-o agente do progresso social, do desenvolvimento técnico, do conforto físico e, às vezes, moral, ou causa de inomináveis desgraças.

Para consegui-lo, empenham-se os valores da inteligência, em esforços exaustivos, por meio dos quais são fomentados o comércio, a indústria, as realizações de alto porte, as ciências, as artes, os conhecimentos. Porém, no sub-mundo das paixões, simultaneamente, dele se utilizando a astúcia e a indignidade favorece os disparates da emoção, aliciando (v. tr. dir. e ind. incitando; provocando. (Do lat. allicerce.) as ambições desregradas para o consórcio da anarquia com o prazer. Sua presença ou ausência é relevante para a quase totalidade dos homens terrenos. Graças a ele estabelecem-se acordos de paz e por sua posse explodem guerras calamitosas.

O dinheiro é meio e não meta. Sendo previdente, o homem pode multiplica-lo a benefício de todos, sem a avareza que alucina ou ambição que tresvaria.

Joanna de Ângelis diz: "De como te servires do dinheiro construirás o céu da alegria ou o inferno de mil tormentos para ti mesmo".

Há muito desperdício no mundo, fomentando larga faixa de miséria entre os homens. O desperdício é fator expressivo de ruína na comunidade. A vida é simples nas suas exigências quase ascetas (s. 2 gên. Pessoa que se entrega inteiramente aos exercícios espirituais e a penitências; (fig.) pessoa de vida irrepreensível. (Do gr. asketes.). No entanto, muitos cristãos distraídos, ataviam-se (v. tr. dir. enfeitam-se; adornam-se; aformoseam-se.), complicando os deveres, sobrecarregando-se do dispensável, desperdiçando valores, tempo e oportunidade edificante para o próprio burilamento.

Kardec preceitua em sua observação à questão 717 de "O Livro dos Espíritos" que: "...Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e o supérfluo. A civilização criou necessidades que o selvagem desconhece... Tudo é relativo, cabendo à razão regrar as coisas. A civilização desenvolve o senso moral e, ao mesmo tempo, o sentimento de caridade, que leva os homens a se prestarem mútuo apoio...".

O gosto pelo supérfluo é, assim, prejudicial ao homem. Os desregramentos que provoca fazem com que a natureza animal tenha preponderância sobre a natureza espiritual. Nessas condições, o atrativo dos bens materiais também funciona como prova para o espírito que vivencia as oportunidades do mundo físico. Para bem se conduzir na esfera carnal, o homem deve conhecer o limite entre o necessário e o supérfluo. Algumas pessoas ainda requerem seguidas experiências e grande esforço para adquirir esse conhecimento. Outras a têm por intuição das conquistas efetivadas em vidas pregressas.

De qualquer modo, segundo Joanna de Ângelis, é necessário renovar os valores: "Renovar é processo fecundo de produzir. Não apenas renovar para variar, antes reativar os valores que jazem vencidos pela rotina pertinaz, ou redescobrir os ideais que, pouco a pouco, vão consumidos pelo marasmo ((fig.) melancolia; apatia moral.), vencidos pela modorra (s. f. grande vontade de dormir; sonolência; letargo; (fig.) apatia; indolência. (Do cast. modorra.), desarticulados pelas contingências da mecânica realizadora".

Deve ser esclarecido a esse respeito, que o limite do necessário não é exato e absoluto, pois em realidade, é relativo às condições de vida proporcionadas pelos avanços da civilização, que criam novas necessidades. Pode-se dizer, contudo, que são essenciais aos homens todos os bens de relevância para a sua sobrevivência, para que desfrutem de relativo conforto e possam participar da vivência social. São supérfluos todos os bens que servem a outras finalidades, tais como o luxo e a satisfação do orgulho, assim como os que acumulados, improdutivos, nas mãos de poucos, fazem falta a muitos. O que desperdiçares hoje, faltar-te-á amanhã, não o duvides ...

Cabe, portanto, ao indivíduo, às instituições e aos Governos, desenvolverem esforços no sentido de estender a todos, sem exceção, os benefícios decorrentes da melhoria do padrão de vida humana, originados dos progressos da civilização, de modo a atenuar as desigualdades sociais.

Joanna de Ângelis, no seu livro " Leis Morais da Vida, cap. 20, comenta: "Reparte a tua fartura com a escassez do teu próximo. Divide os teus recursos, tuas conquistas e vê-los-ás multiplicados em mil mãos que se erguerão louvando e abençoando as tuas generosas mãos...".

Para garantir o cumprimento dessa tarefa, assegurando o bem-estar a todos os homens, são necessários investimentos nos setores da saúde, alimentação, acesso aos meios de comunicação e, em especial, da educação – compreendida em seu sentido mais amplo de formação intelectual, social, moral e espiritual do ser.

As conquistas da ciência e do conhecimento humano, como um todo, possibilitarão à Humanidade ampliar o bem-estar social.

A Doutrina Espírita explica que pela Lei da Evolução, os mundos também progridem e se destinam a oferecer aos seus habitantes condições de morada cada vez mais aprazíveis (adj. 2 gên. Que apraz; agradável; ameno, delicioso; (De aprazer.). O aperfeiçoamento da estrutura sócio-econômica das nações terrenas é, assim, um imperativo categórico, e bom seria que, ao invés de resistir às medidas que o favoreçam, as classes privilegiadas em cujas mãos estão as rédeas do poder, renunciassem espontaneamente a algo que lhes sobeja (v. intr. e tr. ind. - que sobra; que é demasiado, que se tem em excesso.), em favor do bem estar coletivo. Isso evitaria os processos violentos e dolorosos que hão assinalado, até o presente, a marcha do progresso neste minúsculo planeta, inaugurando uma nova era, de compreensão e boa vontade, que os reacionários (contrários à liberdade) batizarão com outros nomes, mas que representará o triunfo do Cristianismo em sua expressão mais autêntica, mais nobre e mais bela.

BIBLIOGRAFIA


Kardec, Allan - A Gênese cap. III - O bem e o mal – pergunta 74.

Kardec, Allan - O livro dos Espíritos. Parte Terceira, cap. V, perguntas 702, 703, 704, 705, 707, 717, 720 e 727.

Calligaris, Rodolfo - As Leis Morais - A Lei da Conservação – páginas 83 à 85; A Procura do Bem-estar páginas 87 à 89.

Franco, Divaldo Pereira. Leis Morais da vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis - Cap. V . Desperdícios.

Apostila da Federação Espírita do Paraná – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Programa I – Unidade III – subunidade 5 – Da Lei de conservação: conservação da vida; necessário e supérfluo.

DA LEI DA CONSERVAÇÃO


É uma lei da natureza que todos os seres vivos possuem em diferentes graus, desde o maquinal, instintivo, até ao nível raciocinado.

Porque os seres vivos têm necessidade de viver para cumprimento dos desígnios da Providência Divina, sentem instintivamente a lei de conservação como parte natural de sua constituição.
Os meios de conservação dados por Deus ao homem nem sequer são entendidos, principalmente os meios que a Terra lhe proporciona, que devem ser utilizados na medida do necessário, de forma sustentada, evitando o supérfluo. Quando o próprio necessário não é alcançado pelo homem no trato da terra isso deve-se à imperícia do próprio homem, que não respeita as leis naturais.
Os esbanjamentos dos recursos materiais demonstram que o homem, no afã de satisfazer as suas fantasias, torna-se imprevidente no uso, caindo no abuso, tendo que sofrer, nos dias de penúria.
"A natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social, nem pelas consequências da ambição e do amor-próprio."

GOZO DOS BENS TERRENOS


Os bens da Terra devem ser entendidos como tudo o que o homem pode gozar neste mundo, e quando o homem não alcança este gozo não pode, nem deve, acusar a natureza como imprevidente, senão reconhecer que é dele a responsabilidade pelo seu sofrimento, por não saber regrar o seu viver.
Se uns têm tanto e outros têm pouco, ou nada, deve-se reconhecer, por um lado, a existência do egoísmo que impede qualquer atitude altruísta e, por outro lado, a indolência e a acomodação, pois quem realmente busca e se esforça, por pouco que tenha, sempre está fadado a conseguir mais e melhor, se não ficar apenas a reclamar, sem produzir. Os obstáculos e impedimentos, o mais das vezes, têm apenas a finalidade de experimentar a constância, a paciência e a firmeza.
Se cada um aprender a ocupar o seu lugar, não ocupando o espaço do semelhante, a organização social tende a apresentar-se de forma equilibrada e estável.
Os esforços dos vários povos que se utilizam de técnicas científicas para o aperfeiçoamento moral provam que o homem, utilizando a inteligência, pode melhorar o seu padrão de vida, desde que não caia em círculos egoístas e de opressão a terceiros. Estes, quando existem, geram condições de sofrimento futuro, devido à infracção da lei.
A necessidade de subsistência gera no homem a exigência do trabalho, que não deve ser escravo nem explorador. E qualquer tipo de malefício e crime que se cometa contra o próximo sempre gerará uma falta do tipo lesa-natureza com as consequências decorrentes. À medida que as sociedades e os mundos se diferenciam evolutivamente a alimentação está em relação directa com a sua natureza, havendo, nos mundos mais elevados, ainda necessidade de alimentação, que não seria bastante substanciosa para os nossos estômagos ainda grosseiros.
O gozo dos bens terrenos é um direito consequente à necessidade de viver e serve para experimentar o homem, desenvolvendo-lhe a razão, preservando-o dos excessos e abusos, educando-o, desta forma. Todas as vezes que o homem ultrapassa o limite do necessário incide no excesso, amargando o gosto da saciedade e perdendo o estímulo do prazer, punindo-se, desta forma, automaticamente.

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO


O homem ponderado estabelece o limite do necessário pela intuição e pela experiência, conquanto a própria natureza estabeleça a linha divisória do uso e do abuso, conhecendo-se este pelos resultados nefastos dele decorrentes.
Sem saúde e sem força o homem não consegue desenvolver convenientemente o seu trabalho, que tem como finalidade prover as necessidades do corpo, sendo natural o seu desejo de bem-estar, desde que não conseguido a custa de outrem.

PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS - MORTIFICAÇÕES


Todo e qualquer esforço que se faça para a privação dos gozos inúteis desprende o homem das suas paixões materiais, elevando a sua alma, que se dignifica ainda mais quando o homem abdica dos seus prazeres para fazer a felicidade do semelhante, através do auxílio fraternal.
A utilização de medidas simuladas, com a finalidade de apenas crescer perante os olhos humanos, além de não trazer nenhum auxílio espiritual para o homem ainda o coloca como ser hipócrita que, com máscaras, procura impressionar o seu semelhante. A privação, por exemplo, de certos alimentos, é tomada como prova de superioridade, embora a constituição do homem exija, para a manutenção das suas forças e da sua saúde, a ingestão de proteínas animais, somente sendo coerente esta privação se for séria e útil, isto é, se não for apenas para sobressair, com o uso de sentimentos de falsa superioridade.
Todo e qualquer sofrimento que não seja natural, portanto criado pelo próprio homem com a finalidade de agradar a Deus, não leva a nada, porque, no fundo, está apenas a atender ao seu egoísmo; mortifica-se inutilmente.
Melhor faria se usasse as suas energias para atender ao semelhante que sofre dificuldades, exercitando o seu desprendimento em acções que resultassem em algo útil para alguém, e não apenas fustigando o seu corpo, de maneira egoísta.

DESPERDÍCIOS


Parte 3ª, capítulo V de O Livro dos Espíritos

Prece inicial

Objetivos da aula:

Reconhecer que o desperdício é um gesto de egoísmo e de desrespeito à natureza e ao próximo;

Identificar as atitudes de desperdícios que praticamos todos os dias;

Construir um quadro de ações que evitem o desperdício.

Bibliografia utilizada: O Livro dos Espíritos.

Primeiro momento: realizar o Jogo da Vida (antiga Forca), com a palavra tema da aula: "Desperdício". Discutir com a turma o significado da palavra.

Obs.: o Jogo da Vida utiliza a mesma sistemática do Jogo Forca, mas no lugar de desenhar o bonequinho quando as crianças erram a letra, deve ser desenhado quando elas acertam, com o objetivo de concluir o desenho do bonequinho. Quem acertar a palavra vai ao quadro e completa o desenho. As crianças gostam muito! O desenho pode ser iniciado pelos pés, ou pela cabeça.

Explicar às crianças, se necessário, que não se trata de Jogo da Forca, porque não devemos enforcar ninguém, nem em uma brincadeira.

Segundo momento: levar exemplares de O Livro dos Espíritos, para que os evangelizandos vão se familiarizando com as Obras Básicas. No caso de não ser possível levar um livro para cada um, pode-se fazer duplas ou trios ou levar as perguntas a serem trabalhadas em tiras de papel. Pedir que localizem em O Livro dos Espíritos, as perguntas de número 711, 715, 719, 922 e 923. Oportunizar alguns minutos para que as crianças leiam e tentem entender as perguntas e respostas. O evangelizador, se necessário, poderá auxiliar os grupos no entendimento do proposto.

Terceiro momento: pedir a um voluntário (ou sortear os grupos para que eles apresentem) para ler a pergunta e explicar o que Kardec quis dizer com aquela pergunta. Outro voluntário lerá a resposta e explicará à turma a resposta lida. Depois de dadas as explicações pelos evangelizandos, o evangelizador deverá complementar as respostas, usando exemplos do dia-a-dia das crianças, desenvolvendo o tema da aula.

Abaixo sugestões para orientar o evangelizador no desenvolvimento das idéias:

 Quais são os bens da Terra? A natureza, moradia, transporte, alimentação, roupas, escola. Devemos preservar os bens terrenos cuidando do lugar onde moramos, da nossa escola, atentando para que não haja desperdício de comida e água, roupas e brinquedos em excesso, ou má utilização da natureza, como destruição.

 Vivemos um projeto de vida para termos o mínimo necessário para viver e evoluir, mas muitas vezes utilizamos mal os bens que temos. Em uma outra encarnação podemos vivenciar a falta daquilo que não valorizamos anteriormente.

 O limite dos bens Terrenos é o da necessidade de cada um. Ex: comer em excesso pode ocasionar doenças e até mesmo a morte.

 Não é errado procurar o bem-estar, desde que seja de modo honesto, trabalhando de modo correto para conseguir as coisas Terrenas, sem roubar e sem ficar triste se não tem todas as coisas que gostaria.

 O que é necessário? O que é supérfluo? Como fazer a diferença?

 Explicar o que é a posse do necessário (o que é necessário para que vivamos com equilíbrio, sem excessos e sem revolta pelo que não temos), consciência tranqüila (certeza de que estamos fazendo o nosso melhor a cada dia, nos esforçando para ter bons pensamentos e atitudes no bem) e fé no futuro (confiar em Deus e realizar a nossa parte). O Livro dos Espíritos, questão 922.

 Por intuição ou por experiência podemos compreender o que faz bem ao nosso corpo e a nossa alma (que somos). Os excessos podem nos prejudicar e aos outros, pois o que nos sobra pode faltar a outras pessoas. Quem desperdiça não está sendo caridoso (a caridade integral pode ser compreendida como todo o bem ao nosso alcance).

 Muitas vezes colocamos nossa atenção em coisas que não são necessárias e sofremos se não as temos; às vezes guardamos para "ter" e não usamos! Exemplos: roupas guardadas até amarelar ou que não nos servem, roupas em excesso quando tem tantas pessoas que não tem o que vestir, água correndo no chuveiro ou em torneiras, comida que sobra no prato; brinquedos em excesso. Não cuidar do que temos também é desperdiçar: livros, brinquedos, material escolar.

Quarto momento: propor a elaboração individual (ou em grupos) de um quadro:

Desperdícios x Ações para Evitar.

Levar folhas de ofício com as duas colunas escritas (Desperdícios x Ações para Evitar). Pedir que cada criança ou grupo complete o quadro, que pode ser comentado no grande grupo ao final.

Exemplos que podem surgirem na aula:

 desperdício de água - não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes, banhos mais rápidos, não deixar torneiras pingando, não usar a água como vassoura para lavar as calçadas.

 não deixar comida no prato - servir apenas o que vai comer ou em pequenas quantidades.

 não deixar as roupas amarelarem no armário sem uso - doar as roupas que não nos servem mais ou que não são usadas.

 guardar brinquedos que não usamos mais - doar às crianças que não tem brinquedos para que elas possam brincar.

 lâmpadas acessas ou TV ligada mesmo sem ninguém no ambiente – apagar a luz, desligar a TV se ninguém estiver assistindo.

Prece de encerramento

LEI DE CONSERVAÇÃO - CHRISTIANO TORCHI


Em 5 de agosto de 2010, o desabamento de uma jazida, ocorrido ao norte do Chile, isolou totalmente do mundo, durante quase três semanas, em condições extremas de insalubridade, desconforto e privação de alimentos e água, 33 trabalhadores, a cerca de 700 metros de profundidade. Resgatados com vida dois meses depois, pelas equipes de salvamento, eles contaram, em detalhes, a apreensão, a angústia e o medo que experimentaram. O episódio comoveu o mundo todo. As autoridades se mobilizaram e milhões de dólares foram gastos para salvar os mineiros.

Esse episódio, como tantos outros que acontecem diariamente mundo afora, reforça a ideia inata de que a vida é um bem inestimável e que tem primazia sobre outros valores. Toda vez que o ser humano se encontra em perigo iminente, as forças ocultas do instinto, independentes ou conjugadamente com o raciocínio, entram em ação para protegê-lo do possível extermínio. Nesse momento, o princípio inteligente que habita o corpo em perigo reavalia todos os seus valores, elegendo como prioridade a proteção ao bem supremo da natureza: a vida!

E por que a vida é cercada de tantos cuidados pelo Criador? Os Espíritos superiores ensinam que o instinto de conservação é uma das leis da natureza. Ele obriga a criatura a prover às necessidades do corpo, pois sem força e sem saúde não consegue realizar o trabalho que lhe compete no concerto evolutivo. Todavia, esta é uma faculdade inerente não apenas ao homem, mas a todos os seres vivos, seja qual for o grau de sua inteligência. Em uns é exclusivamente automático ou inconsciente, enquanto em outros é racional. Sem o instinto não haveria o aperfeiçoamento das espécies, que têm que concorrer para o cumprimento dos desígnios divinos.

O instinto é a mola propulsora que impele os seres orgânicos à prática de atos espontâneos e involuntários, com vistas à sua conservação. A par do instinto, há a inteligência, que se revela por atos voluntários, premeditados, combinados, de acordo com as circunstâncias. O instinto é um guia seguro, que jamais se engana, enquanto a inteligência, pelo fato de ser livre, está sujeita a erros. À medida que a criatura progride, lentamente o instinto vai dando lugar à inteligência, porém, mesmo na pessoa de intelecto mais avançado, o instinto ainda se manifesta em caráter suplementar.

O princípio inteligente, que dormita no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem,1 desde sua origem e em suas primeiras manifestações no plano físico, automatiza, por meio de experiências incontáveis,
repetitivas e sucessivas, vivenciadas em organismos progressivamente mais complexos, reações aos impulsos do meio físico, que se vão gravando no perispírito, com o fim de proporcionar a adaptação desses seres ao meio ambiente:

[...] [os instintos] constituem [...] os fundamentos da vida intelectual; são os mais prístinos e mais duradouros movimentos perispirituais que as incontáveis encarnações fixaram, incoercivelmente, em nosso invólucro fluídico, e, se o verdadeiro progresso consiste no domínio desses instintos brutais, infere-se que a luta seja longa, quão terrível, antes de conquistar esse poderio.2

O instinto predomina no animal, que elabora apenas ideias-fragmentos. 3 Nele, a inteligência e a liberdade estão condicionadas pelas necessidades materiais. Por isso, não tem vida moral, ao contrário do que acontece com o homem que, além da razão e do livre-arbítrio, possui ampla vontade, motivos pelos quais é responsável por seus atos, tanto que se encontra sujeito à lei de causa e efeito.

Se, por um lado, é imposta à criatura humana a necessidade de viver, por outro, Deus concede-lhe os recursos indispensáveis para suprir essa necessidade e suavizar-lhe as lutas. Toda a matéria-prima necessária à alimentação e ao desenvolvimento da indústria e do comércio encontra-se disponível na Natureza. À medida que aprimora a Ciência, o homem vai descobrindo e ampliando meios de satisfazer seus anseios.

Não se contentando com o necessário, o indivíduo, se egoísta e orgulhoso, lança-se, avidamente, à busca do supérfluo, criando necessidades novas em busca de outras satisfações, que lhe trazem muitas
angústias e aflições. É aceitável e natural que procure o seu bem-estar, desde que não incorra em abusos. Atualmente, ainda que de forma tímida, algumas lideranças mundiais vêm propondo ideias, a fim de substituir o modelo de desenvolvimento atual, que é altamente predatório e nocivo ao planeta, por outro que seja economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente responsável.

O limite entre o necessário e o supérfluo não é absoluto. O progresso criou necessidades que eram impensáveis no passado, como, por exemplo, as surgidas com o advento dos modernos sistemas de comunicação.Ninguém admitiria, em sã consciência, que a civilização tornasse a viver como nos tempos primitivos. Se ainda existe miséria no mundo, ela se deve aos vícios da organização social, ainda dominada pela ambição e pelo egoísmo. A Humanidade não alcançará as metas do sonhado desenvolvimento sustentável, se o progresso tecnológico não estiver atrelado ao progresso ético dos indivíduos.

Como ingredientes do instinto de conservação, há dois grandes aliados da evolução: o prazer e a dor. Se não fosse o prazer, a perpetuação das espécies por meio da alimentação e da reprodução sexual estaria em risco. Como visto, Deus concede às criaturas de todos os estágios evolutivos os meios indispensáveis de que necessitam para progredir e ser feliz, ainda que estejam sujeitas, em determinadas etapas de seu desenvolvimento, à dor-evolução ou à dor-expiação, esta última típica dos homens, que ainda estão aprendendo a utilizar o livre-arbítrio.

Em síntese, o uso dos bens da Terra é um direito de todas as criaturas. Deus colocou atrativos no gozo desses bens para estimular o Espírito encarnado ao cumprimento da sua missão e também para experimentá-lo por meio da tentação. O objetivo dessa tentação é desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos.

Ao lado do prazer,Deus colocou também a dor, que é um aviso da natureza para conter o mau uso que poderia levar à rápida destruição do organismo. Mas há outros meios de controle dos gozos, que não apenas pela dor física instantânea. Toda vez que a criatura humana abusa do direito do prazer, pelos excessos que comete, mais cedo ou mais tarde encontrará a resposta das leis naturais, por meio de aflições e doenças, seja na encarnação presente, seja nas encarnações vindouras, conforme as circunstâncias e a intensidade desses abusos, exacerbados em épocas festivas.

Por isso, os Espíritos superiores responderam a Kardec que o homem que procura nos excessos de todo gênero o requinte dos gozos é mais digno de lástima do que de inveja, 4 pois que, ao assim agir, pelo desgaste prematuro do corpo, provoca a antecipação da morte física, acrescida dos sofrimentos morais acarretados pelo remorso.

Ao contrário dos animais, em que os gozos são regulados pelo instinto, o homem, de posse da coroa da razão e do livre-arbítrio, experimenta os prazeres do sexo, do álcool, dos tóxicos e da alimentação,
conforme lhe aprouver. Quando se entrega, sem freios, aos deleites da existência física, descontrola-se e muitas vezes ultrapassa os limites do instinto que nele coexiste com a faculdade de raciocinar.

No outro extremo, há pessoas que, em rompantes de fanatismo, se privam, voluntariamente, das coisas, ou afligem o próprio corpo, sem que isso tenha qualquer finalidade útil ou elevada. Esse tipo de privação pouco valor tem perante Deus, pois há muito mais mérito em fazer o bem aos semelhantes. As privações voluntárias meritórias são aquelas que desprendem o homem da matéria e lhe elevam a alma, com a finalidade de auxiliar outros mais necessitados que ele mesmo.

Aqueles, porém, que se autoagridem no intuito egoístico de ganharem o “céu”, cada vez mais se afastam de Deus, uma vez que estão infringindo a lei natural que nos solicita a conservação do corpo, instrumento indispensável do nosso progresso.

Enfim, todo esforço que empreendermos para viver em harmonia com as leis divinas será recompensado e começaremos a colher aqui mesmo, na Terra, os benefícios de uma vida sóbria. Desenvolvendo
o senso moral, os homens haverão de se prestar mútuo apoio, sem que uns vivam à custa dos outros ou se autodestruam.

A vitória sobre nós mesmos é a grande batalha diária que travamos em nosso campo íntimo, na árdua tarefa de conciliar os instintos com a inteligência, sem desprezar o cultivo dos sentimentos elevados que nos aproximam de Deus.

LEI DE CONSERVAÇÃO


INSTINTO DE CONSERVAÇÃO.


O instinto de conservação é Lei da Natureza. Todos os seres vivos o possuem, seja qual for o grau de sua inteligência. Em alguns, é puramente inconsciente, em outros é racional.
Deus concedeu a todos os seres vivos o instinto de conservação, porque todos têm que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Foi por isso que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresça-se que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Todos o sentimos instintivamente, sem disso nos apercebermos.

MEIOS DE CONSERVAÇÃO


Tendo-nos dado a necessidade de viver, Deus nos facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir e, se não os encontramos, é porque ainda não os compreendemos. Não condiz com a lógica que Deus tivesse criado para nós a necessidade de viver, sem nos oferecer os meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz Ele que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.
Se nem sempre a Terra produz bastante para nos fornecer o necessário é que, por ingratidão, a desprezamos! No entanto, a Terra é excelente mãe. Muitas vezes, também, acusamos a Natureza do que é só resultado da nossa imperícia ou da nossa imprevidência. Se o essencial nos bastasse, o produto da Terra seria sempre mais do que suficiente. Se o que ela produz não basta a todas as nossas necessidades, é que empregamos no supérfluo o que poderia ser aplicado no necessário. Hoje em dia na questão agrária: conforme somos informados pela mídia, o ser humano destrói, por mau acondicionamento e desinteresse no compartilhamento, perto de metade dos grãos que colhe; portanto, hoje já se colhe mais do que o necessário para saciar a fome do mundo - então não seria problema de carência, mas de má gestão, de egoísmo, de interesse pecuniário. Sempre encontraremos do que viver, desde que não criemos para nós necessidades artificiais. Se desperdiçarmos a metade dos produtos em satisfazer nossas fantasias, que motivos teremos para nos espantar de nada encontrarmos no dia seguinte? De nos queixarmos de estarmos desprovidos de tudo, quando chegarem os dias de penúria? Em verdade, imprevidente não é a Natureza, mas nós, que não sabemos regrar o nosso viver.
O solo é a fonte primacial donde procedem todos os outros recursos, pois que, em definitivo, estes recursos são simples transformações dos produtos do solo. Por bens da Terra devemos, pois, entender tudo de que podemos desfrutar neste mundo.
É freqüente a certos indivíduos faltarem formas de subsistência, mesmo em meio à abastança. É pelo nosso egoísmo, que nem sempre fazemos o que nos cumpre. E no mais das vezes, devemo-lo a nós mesmos. "Buscai e achareis"; estas palavras não querem dizer que, para acharmos o que desejamos, basta uma atitude passiva, mas é preciso procurá-lo sempre com ardor e perseverança, sem desanimar ante os obstáculos, que muito amiúde são simples meios de que se utiliza a Providência para nos experimentar a constância, a paciência e a firmeza.
Algumas vezes, os obstáculos à realização dos nossos projetos são, com efeito, decorrentes da ação dos Espíritos; muito mais vezes, porém, nós é que andamos errados na elaboração e na execução dos nossos projetos. Muito influem nesses casos a posição e o caráter do indivíduo. Se nos obstinamos em ir por um caminho que não devemos seguir, os Espíritos nenhuma culpa têm dos nossos insucessos. Nós mesmos nos constituímos em nossos maus gênios.
Se é certo que a Civilização multiplica as necessidades, também o é que multiplica as fontes de trabalho e os meios de viver. Forçoso é, porém, convir que, a tal respeito, muito ainda nos resta fazer. Quando ela houver concluído a sua obra, ninguém deverá haver que possa queixar-se de lhe faltar o necessário, a não ser por própria culpa. A desgraça, para muitos, provém de enveredarmos por uma senda diversa da que a Natureza nos traçou. É então que nos falece a inteligência para o bom êxito. Para todos há lugar ao Sol, mas com a condição de que cada um ocupe o seu e não o dos outros. A Natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social, nem pelas conseqüências da ambição e do excessivo amor-próprio.
É preciso, entretanto, ser cego para ignorar o progresso que, por esse lado, têm feito os povos mais adiantados. Graças aos louváveis esforços que, juntas, a Filantropia e a Ciência não cessam de despender para melhorar a condição material dos homens e, mau grado o crescimento incessante das populações, a insuficiência da produção se acha atenuada, pelo menos em grande parte, e os anos mais calamitosos do presente não se podem de modo algum comparar aos de outrora. A higiene pública, elemento tão essencial da força e da saúde, que nossos antepassados não conheceram, é objeto de esclarecida solicitude. O infortúnio e o sofrimento encontram onde se refugiem. Por toda parte a Ciência contribui para acrescer o bem-estar. Poder-se-á dizer que já se haja chegado à perfeição? Não, certamente; mas, o que já se fez deixa prever o que, com perseverança, se logrará conseguir, se nos mostrarmos bastante avisados para procurarmos a nossa felicidade nas coisas positivas e sérias, e não em utopias que nos levarão a recuar em vez de nos fazerem avançar.
Há situações nas quais os meios de subsistência de maneira alguma dependem da nossa vontade. Assim sendo, a privação seria uma prova, muitas vezes cruel, que nos compete sofrer e que, embora esquecidos, sabíamos de antemão que viríamos a estar expostos. Nosso mérito então consiste em submetermo-nos à vontade de Deus, desde que a nossa inteligência nenhum meio nos permita de sair da dificuldade. Se a morte vier a nos colher, cumpre-nos recebê-la sem murmurar, ponderando que a hora da verdadeira libertação soou; e que o desespero no derradeiro momento pode invalidar por completo o resultado.
Muitas vezes nos perguntamos: Será crime, em certas situações críticas, por exemplo, vermo-nos na contingência de sacrificar nossos semelhantes para matar a fome e perpetrarmos o ato? Sendo crime, este ato não se terá revestido da intenção de atenuar a nossa necessidade de viver, resultado do instinto de conservação? Ora, há mais merecimento em sofrer todas as provações da vida com coragem e abnegação; pois, em tal caso, há homicídio e crime de lesa-natureza, falta que será duplamente punida.
Nos mundos mais evoluídos a organização é mais apurada, mas mesmo assim os seres vivos têm necessidade de alimentar-se; contudo os seus alimentos estão em relação com a sua natureza. Tais alimentos não seriam bastante substanciosos para os nossos estômagos grosseiros; assim como os deles não poderiam digerir os nossos alimentos.

GOZO DOS BENS TERRENOS


O uso dos bens da Terra é um direito de todos nós, mas esse direito é conseqüente da necessidade de viver. Deus não imporia um dever sem nos oferecer o meio de cumpri-lo.
Deus fez os atrativos nos gozo dos bens materiais com o fim de nos estimular ao cumprimento da nossa missão e para experimentar-nos por meio da tentação. O objetivo dessa tentação é desenvolver em nós a razão, que deve preservar-nos dos excessos.
Se só fossemos induzidos a usar dos bens terrenos pela utilidade que têm, nossa indiferença talvez houvesse comprometido a harmonia do Universo. Deus imprimiu a esse uso o atrativo do prazer, porque assim somos impelidos ao cumprimento dos desígnios providenciais. Mas, além disso, tendo dado Deus ao uso dos bens terrenos esse atrativo, quis Ele também experimentar-nos por meio da tentação, que poderá nos arrastar para o abuso, desde que não usemos a razão e o bom senso para nos defender.
A Natureza traçou seus termos aos gozos para nos indicar o limite do necessário. Mas, pelos nossos excessos, ultrapassamos a saciedade e nos punimos a nós mesmos.
Quando procuramos nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, colocamo-nos abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade. Abdicamos da razão que Deus nos deu por guia e, quanto maiores forem nossos excessos, tanto maior preponderância terá a natureza animal sobre a nossa natureza espiritual. As doenças são conseqüências à transgressão da Lei de Deus.


NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO


O homem ponderado conhece o limite do necessário por intuição, mas muitos só chegam a conhecê-lo por experiência adquirida através de esforço próprio.
A Natureza traçou o limite do necessário em nossa própria organização, mas geralmente somos insaciáveis, e por meio dos vícios alteramos nossa constituição criando necessidades que não são reais.
Quando monopolizamos os bens da Terra para auferir o supérfluo com prejuízo daqueles a quem falta o necessário, olvidamos a Lei de Deus e teremos que responder pelas privações que houvermos causado aos outros.
Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e o supérfluo. A Civilização criou necessidades que o selvagem desconhece. O homem civilizado não deve viver como o selvagem. Tudo é relativo, cabendo à razão regrar as coisas. A Civilização desenvolve o senso moral e, ao mesmo tempo, o sentimento de caridade, que nos levam a prestar mútuo apoio. Quando vivemos à custa das privações dos outros explorando em nosso proveito os benefícios da Civilização significa que temos apenas o verniz, como muitos, que da religião só têm a máscara.

PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS. MORTIFICAÇÕES


A lei de conservação nos obriga a prover as necessidades do corpo, porque, sem força e saúde, impossível é o trabalho.
É natural o desejo do bem-estar. Deus só proíbe o abuso por ser contrário à conservação. Ele não condena a procura do bem-estar, desde que não seja conseguido à custa de outrem e não venha a diminuir-nos nem as forças físicas, nem as forças morais.
As privações dos prazeres inúteis nos desprendem da matéria e nos elevam a alma. É meritório resistir à tentação que nos arrasta ao excesso de interesses; tirar de nós o que nos é bastante para dar aos que carecem do necessário também é meritório: todas ações que fizermos em prol de nossos semelhantes serão meritórias aos olhos de Deus. Mas a privação que não passar de aparência, será uma irrisão.
Se a vida de mortificações ascéticas que existe desde a mais remota Antigüidade - e que teve praticantes no seio de diversos povos - serve somente para quem a pratica mas o impede de fazer o bem, é egoísmo, seja qual for o pretexto com que entendam colori-la. Privar-se a si mesmo e trabalhar para os outros, eis a verdadeira mortificação, segundo a caridade cristã.
É racional alimentarmo-nos de tudo o que não nos prejudique a saúde.
Alguns legisladores de diversos povos, porém, com um fim útil, entenderam de interdizer o uso de certos alimentos e, para imprimirem maior autoridade às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.
Dada a nossa constituição física, a alimentação animal não é contrária à Lei da Natureza - ainda a carne alimenta a carne, do contrário perecemos. A lei de conservação nos prescreve, como um dever, que mantenhamos nossas forças e nossa saúde para bem cumprirmos a lei do trabalho. Temos, pois, que nos alimentarmos conforme o reclame a nossa organização.
Será meritório nos abster da alimentação animal, ou de outra qualquer, por expiação, se a prática dessa privação for em benefício dos outros. Aos olhos de Deus, só há mortificação havendo privação séria e útil. Seremos hipócritas se apenas aparentemente, sem um propósito útil ou por pura vaidade, nos privarmos de alguma coisa.
Será que são úteis as mutilações operadas no corpo do homem ou dos animais? Ora, a Deus não pode agradar o que seja inútil e o que for nocivo Lhe será sempre desagradável. Deus só é sensível aos sentimentos que elevam para Ele a alma. Obedecendo-Lhe a lei é que poderemos forrar-nos ao jugo da matéria terrestre.
Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus. Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem. É ilusão pensar que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas. Seremos muito mais úteis se preferirmos trabalhar pelo bem de nossos semelhantes - vestindo o indigente; consolando os que choram; trabalhando pelo que estão enfermos. Sofrer privações só se for para aliviar os infelizes - então nossas vidas serão úteis, agradáveis a Deus. Sofrer alguém voluntariamente, apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.
Contra os perigos e os sofrimentos é que o instinto de conservação foi dado a todos os seres. Fustiguemos o nosso espírito e não o nosso corpo, mortifiquemos o nosso orgulho, sufoquemos o nosso egoísmo, que se assemelha a uma serpente a nos roer o coração, e faremos muito mais pelo nosso adiantamento do que infligindo-nos rigores que não mais se coadunam com esta época em que estamos vivendo.

BIBLIOGRAFIA:

“O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Livro terceiro, cap.V, qq. 702 à 727


O LIVRO DOS ESPIRITOS


CAPÍTULO V - DA LEI DE CONSERVAÇÃO


(QUESTÕES 702 A 703) - INSTINTO DE CONSERVAÇÃO


702
Todos os seres vivos possuem o instinto de conservação, qualquer seja o grau de sua inteligência.
703
Deus outorgou o instinto de conservação a todos os seres com o fim de preservar a vida.

(QUESTÕES 704 A 710) - MEIOS DE CONSERVAÇÃO


704
Tendo determinado ao homem a necessidade de viver, facultou em todos os tempos, os meios para ele o fazer.
705
Quando a terra não produz o suficiente não é por deficiência da Natureza, mas por imprevidência do homem.
706
O solo é a fonte primordial de recursos para a vida do homem.
707
A subsistência deve se buscada com ardor e perseverança sem desanimar ante os obstáculos.
708
Quando faltam meios de subsistência ao homem é por que lhe compete sofrer resignado e ao qual sabia estaria exposto.
709
Quem sacrifica seus semelhantes para matar a fome comete dupla falta, a de homicídio e a de lesa-natureza.
710
Nos mundos superiores os seres vivos têm necessidade de alimento, mas compatíveis com suas necessidades.

(QUESTÕES 711 A 714) - GOZO DOS BENS TERRENOS


711
O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens.
712
O gozo dos bens materiais é o atrativo que Deus usa para instigar o homem ao cumprimento da tarefa que lhe cabe.
A
O objetivo da tentação é o desenvolvimento da razão, que deve preservá-lo dos excessos.
713
A Natureza traçou contornos ao uso dos bens materiais indicando o limite do necessário.
714
O homem que procura os excessos de todo gênero é digno de lástima e está bem perto da morte.
A
Morte física e morte moral.

(QUESTÕES 715 A 717) - NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO


715
O limite do necessário, muitos o conhecem por intuição, outros pela experiência e à sua própria custa.
716
Por meio da organização física a Natureza nos deu limites às necessidades, mas o homem criou necessidades irreais.
717
Quem açambarca os bens da Terra para obter o supérfluo terá que responder pelas privações causadas aos outros.

(QUESTÕES 718 A 727) - PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS. MORTIFICAÇÕES


718
A lei de conservação obriga o homem a prover às necessidades do corpo. Sem força e saúde o trabalho é impossível.
719
A busca pelo bem-estar é natural, Deus só proíbe os abusos e o fato de ser conseguido à custa de outrem.
720
Existe mais mérito no fazer o bem aos semelhantes do que nas privações voluntárias.
A
Existe privações meritórias tais como privar-se de gozos inúteis, resistir à tentação, doar do que lhe é necessário.
721
Privar-se a si mesmo e trabalhar para os outros é a verdadeira mortificação, conforme a caridade cristã.
722
Ao homem é permitido alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde.
723
O homem deve se alimentar conforme o reclame a sua organização. Face à constituição física, a carne alimenta a carne.
724
Será meritório se o homem abstiver-se-se da alimentação animal, mas que seja para benefício dos outros.
725
As mutilações operadas no corpo do homem ou dos animais não têm nenhuma utilidade.
726
Os sofrimentos naturais elevam os homens enquanto os sofrimentos voluntários de nada servem se não houver benefício.
727
Não devemos provocar sofrimento desnecessário, mas podemos preservar-nos dos perigos que nos ameacem.







PLANO DE IDÉIAS Nº 01


Boa noite a todos.......Que Jesus permaneça entre nós

Leis Morais – Resumo        (Deus             Eu                             Próximo)
                                               Adoração      Reprodução              Sociedade
                                               Trabalho        Conservação                        Progresso
                                                                       Destruição                Igualdade
                                                                                                          Liberdade

Narrar o Encontro de Jesus e Hanan

Definição – Necessidade de todos os seres vivos – Busca pela Sobrevivência
BÁSICA -Comer, beber, dormir //// COMPLEMENTAR Cinema, passeios, diversões

Característica - Pode ser Instintiva ou raciocinada. O Homem deve achar meios de manter BUSQUEIS E ACHAREIS

Equilíbrio – a Natureza provê mas o homem pode altera-la – NECESSARIO E SURPEFLUO
É LICITO O BEM ESTAR?-Respeitar as Provas na impossibilidade

Questão: É LEGÍTIMO ROUBAR PARA NÃO MORRER DE FOME? 

“A vida de um homem não é feita da abundancia dos bens que possua”

P. 715 - Como pode o homem conhecer o limite do necessário?
R. Intuição e experiência
P. 716 - A natureza não traçou o limite em nossa própria organização?
R. Sim. O vícios ofuscam a intuição e a razão.

Os Bens da Terra são Quais? – EXCESSO – CONSEQUENCIA - Tudo que o Homem  pode gozar neste mundo – titãs - NOS NÃO QUEREMOS SÓ COMIDA E SIM COMIDA DIVERSÃO E ARTE

PRIVAÇÕES VOLUNTARIAS – SÃO UTEIS? – Resistir as TENTAÇÕES

P. 723 - A alimentação animal, para o homem, é contrária à lei natural?
R. A carne nutre a carne. Ele deve alimentar-se segundo o exige a sua constituição física.
P. 726 - ... Elevamo-nos pelos sofrimentos criados voluntariamente?
R. Não. Visita ao enfermo, noite na cabeceira de um doente,...

VERDADEIRO CILÍCIO: VENCER A NÓS MESMOS


PAULO

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