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quinta-feira, 16 de abril de 2015

JESUS GUIA E MODELO

INDICE




Objetivo Do Tema







Bibliografia Principal


O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec)
Capitulo
O Livro dos Espiritos – (Allan Kardec)
Questões

Bibliografia Complementar





JESUS, MODELO E GUIA


Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
Centro Espírita Léon Denis
Palestrante: Sergio Aleixo
Rio de Janeiro - 21/07/2000

Organizadores da palestra:


Moderador: "lflavio" (nick: ||Moderador||) "Médium digitador": "cacs" (nick: Sergio_Aleixo)

Oração Inicial:


<||Moderador||> Deus, nosso Pai; Jesus, nosso Mestre, queremos agradecer pelo dom da vida, e pela oportunidade de estarmos juntos, para aprender mais sobre os ensinos e sobre a vida de nosso Mestre. Rogamos aos amigos espirituais, que nos envolvam e envolvam de maneira especial, nosso irmão Sergio, encarregado do estudo da noite. Que assim seja !

Considerações Iniciais do Palestrante:


Estimados companheiros, que Jesus nos abençoe e nos conceda a sua paz!

Em meio à crescente proliferação de doutrinas exóticas no seio mesmo do movimento espírita, sobremodo nos preocupam aquelas cujo resultado é a deturpação da legítima visão espírita de Jesus de Nazaré.
Ao contrário do que a negligência de muitos confrades pode supor, Allan Kardec deixou bem definida a concepção espírita sobre a natureza do Cristo, quer física, quer, sobretudo, espiritualmente. Senão vejamos:
No comentário ao nº 226 de "O Livro dos Espíritos", o codificador estabelece que, quanto ao estado no qual se encontram, os espíritos podem ser encarnados, errantes ou puros. Acerca dos puros, dizem os espíritos superiores: "Não são errantes ... Esses se encontram no seu estado definitivo. Tal é a condição espiritual de Jesus: a dos espíritos puros, ou seja, a dos espíritos que "percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria" (Ob. cit., 113).
Apesar de integrar o número dos que "não estão mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis", dos que "realizam a vida eterna no seio de Deus" (id., ibid.), entre nós, por missão, o mestre encarnou-se.
Conforme o item 233 de "O Livro dos Espíritos" esclarece, "os espíritos já purificados descem aos mundos inferiores", a fim de que não estejam tais mundos "entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los". É bem verdade que no comentário ao item 625 da mencionada obra, Allan Kardec apresenta Jesus como "o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra", em quase exata conformidade com o que diz sobre os espíritos superiores: "Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo" (Ob. cit., 111).
Evidentemente, o codificador considera a encarnação de espíritos superiores uma exceção neste mundo pelo fato de espíritos dessa classe já haverem superado o nível de provas como nós costumamos entendê-las (Ob. cit., 268), estando, pois, evolutivamente, situados para além do que o nosso planeta lhes poderia proporcionar em termos de aprendizado
Na linguagem escriturística, são chamados, por vezes, "filhos do homem", porque suplantaram, neste caso, as condições evolutivas da Terra.
Mais adiante na evolução, contudo, estão aqueles que, a exemplo de Jesus, ultrapassaram o próprio plano ôntico de humanidade. Integram já o "estado definitivo", de que a questão 226 de "O Livro dos Espíritos" nos fala, ou seja, o estado angelical. Salientemos porém que, na doutrina espírita, o rigor do conceito de pureza se concentra na expressão puro espírito, que Kardec explicou ser o estado dos seres que tradicionalmente são chamados "anjos, arcanjos ou serafins". Entretanto, não quis o codificador estabelecer, com isso, a existência de gradações, ou níveis diferentes, no estado de pureza espiritual. Basta confrontarmos o item 113 com o item 226 de "O Livro dos Espíritos". Tanto assim é que o mestre lionês afirma em "O Céu e o Inferno", 1ª parte (VIII:13): "[o espírito] pouco a pouco se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia espiritual até o estado de puro espírito ou anjo. Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o grau supremo, gozam da felicidade relativa ao seu adiantamento (...)".
O sacrifício tipicamente missionário de um retorno físico à Terra, porém, mesmo quando já não há necessidade desse tipo de experiência para evoluírem, é meritório aos espíritos superiores, isto é, do ponto de vista de sua progressão. Até porque os espíritos superiores não integram ainda a classe dos puros espíritos, ou seja, não se encontram ainda no seu estado definitivo. Alguns entendem que este seria o caso de Jesus de Nazaré. Ele teria atingido a perfeição, ou, quiçá, um grau evolutivo mais alto entre os "filhos do homem" somente após o cumprimento de sua missão...
Aliás, isso é sugerido pelo autor da Epístola aos hebreus, o qual entende que Jesus, por seus sacrifícios, teria passado, de "sacerdote", à condição de "sumo sacerdote" do que ele chama "ordem de Melquisedeque". (cf. V, 5-10; VI, 20). Ainda que essa idéia não confronte com o ensino de "O Livro dos Espíritos" (no qual Jesus figura, conforme vimos, como espírito superior; passível, portanto, seria ele de aperfeiçoamento), não devemos desposá-la.
E isso por uma razão muito simples: a codificação espírita começa em "O Livro dos Espíritos", mas não termina nele! O próprio mestre lionês disse: "O Livro dos Espíritos" não é um tratado completo do Espiritismo; não faz senão colocar-lhe as bases e os pontos fundamentais, que devem se desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação ("Revista Espírita", julho de 1866. IDE, Tomo IX, p. 223). Assim foi que Allan Kardec, de comum acordo com os espíritos superiores que o orientaram, desenvolveu o conceito espírita sobre a condição espiritual de Jesus, como aliás o fez em relação a outros temas doutrinários. Senão, vejamos:
Já mesmo em "O Livro dos Médiuns", obra que constitui a seqüência de "O Livro dos Espíritos", o mestre de Lyon passou a classificar Jesus como espírito puro. Na nota que escreve à dissertação IX do capítulo XXXI, falando de Jesus, distingue, com absoluta clareza, "os espíritos verdadeiramente superiores" daquele que é o espírito puro por excelência.
No mesmo sentido, em "A Gênese" (XI:45), o codificador mantém a distinção: "(...) espíritos superiores, embora sem as qualidades do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra para desempenhar missões especiais, proveitosas, simultaneamente, ao adiantamento pessoal deles, se as cumprirem de acordo com os desígnios do Criador." Vê-se que Allan Kardec diz que tais espíritos, mesmo superiores, não têm as qualidades do Cristo. De novo, ele estabelece, portanto, marcada diferença entre Jesus e os espíritos superiores, como fez no trecho citado de "O Livro dos Médiuns." E por quê?
Tão-só porque os espíritos superiores ainda não são puros. E não se trata de considerar Jesus um espírito puro apenas depois do cumprimento de sua gloriosa missão, tendo sido, antes dela, superior. Em "O Céu e o Inferno", 1ª parte (III:12), elucida o mestre lionês: "Os puros espíritos são os messias ou mensageiros de Deus pela transmissão e execução das suas vontades. Preenchem as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do universo, tarefa gloriosa a que se não chega senão pela perfeição. Os da ordem mais elevada são os únicos a possuírem os segredos de Deus, inspirando-se no seu pensamento, de que são diretos representantes."
No mesmo sentido, em "A Gênese" (XI:28), Kardec explica que, "chegados ao ponto culminante do progresso", os espíritos são "... admitidos nos conselhos do Onipotente, conhecem-lhe o pensamento e se tornam seus mensageiros, seus ministros diretos no governo dos mundos, tendo sob suas ordens os espíritos de todos os graus de adiantamento".
Mais adiante, no capítulo XV, item 2, o codificador diz que Jesus está colocado, "por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre", explicando ainda o seguinte:
"Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento dos seus desígnios. Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um messias divino".
E Kardec prossegue afirmando sobre Jesus: "Como homem, tinha a organização dos seres carnais; porém, como espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível." Ora! Se, antes do cumprimento de sua missão, Jesus era, conforme entende o codificador, mensageiro direto da divindade (porquanto tal missão lhe foi confiada antes de sua encarnação), é que o mestre já havia atingido o ponto culminante do progresso: a perfeição relativa, isto é, a que a criatura comporta perante o seu Criador.
Salvo melhor juízo, o Cristo não dependeu, portanto, do desempenho de sua missão para purificar-se. Ele era, desde muito antes de se encarnar entre nós, um espírito puro ou messias. Daí o arremate de Allan Kardec ao item 2 do capítulo XV de "A Gênese": "Que espírito ousaria insuflar [a Jesus] seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo a definição dada por um espírito, ele era médium de Deus." Assim, entre Jesus e Deus não havia, não há nem nunca haverá outros espíritos; ou seja, ele não agia como médium de espíritos superiores, porque não os há superiores ao mestre dos mestres, embora, evidentemente, haja-os como ele, também puros, em comunhão perfeita com o pai celestial.
No livro "Obras Póstumas", em seu estudo sobre a natureza do Cristo, item V, afirma Kardec que o "estado normal" de Jesus é o de identificação com a divindade. No item IX desse mesmo estudo, Kardec esclarece que, ao se dizer filho único de Deus, Jesus não entendia tratar-se do "único ser que haja chegado à perfeição, mas que era o único predestinado a desempenhar aquela missão na Terra".
Lembraríamos ainda de uma pertinente instrução do espírito Emmanuel. Na obra "O Consolador", psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sua resposta à questão 327, afirma o benfeitor: "Em Jesus cessaram os processos, sendo indispensável reconhecer na sua luz as realizações que nos compete atingir". Desse modo, podemos, até aqui, constatar que tudo o que há ressaltado da codificação espírita é ratificação lógica das palavras do próprio Jesus a seu respeito, contidas nas escrituras.
Em João 10:30, o mestre afirma: "Eu e o Pai somos um", o que revela, não a divindade do Cristo, que não é Deus, mas sua plena integração com o pai do céu, sua condição de mensageiro direto da divindade, de espírito puro ou messias, porque atingiu seu estado definitivo, após, como qualquer outro espírito, evolucionar até o ponto culminante do progresso, ou seja, até o grau supremo de perfeição que a criatura comporta.
Esta condição, aliás, Jesus Cristo assinalou-a como essência e destino de todos nós, pois defendeu o título de 'Filho de Deus' identificando sua natureza com a nossa, ao argumentar: "Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? - Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, então daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou filho de Deus? (João 10:34-36). Equivaleria a dizer: "Se vocês, que ainda não foram santificados, isto é, que ainda não realizaram a perfeição a que estão destinados, são, em si mesmos, deuses, ou seja, filhos de Deus, como é que eu, já tendo realizado essa perfeição, poderia estar blasfemando ao dizer-me filho de Deus!?... O texto integral do Salmo 82, em seu versículo 6, não deixa dúvidas quanto ao fato de Jesus ter identificado sua natureza à nossa: "Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo."
A diferença, pois, entre Jesus e nós outros, segundo o próprio mestre, estava na santificação, isto é, na plenitude da evolução espiritual, que ele já atingira e da qual, por certo, estamos ainda muito longe. Em João 3:10-13, após explicar a lei dos renascimentos ao perplexo Nicodemos, Jesus afirma: "És mestre em Israel e ignoras essas coisas? - Em verdade, em verdade, te digo: falamos do que sabemos, e damos testemunho do que vimos, porém não acolheis o nosso testemunho. - Se não credes quando vos falo das coisas da terra, como ireis crer quando vos falar das coisas do céu? - Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do mesmo. Que prova da evolução espiritual pela reencarnação! O mestre assegura ao doutor da lei que está falando do que sabe e está dando testemunho do que viu. Isto quer dizer que, sobre perfeição, sobre a destinação de todos os filhos de Deus, o Cristo tem conhecimento de causa. Ele tem, portanto, absoluta autoridade para ensinar, pois, a seu turno, em eras remotas de mundos para nós desconhecidos, também ele se feriu nas urzes da trilha evolutiva, conhecendo-a passo a passo.
Jesus evidencia ter atingido sua condição de pureza evoluindo, como qualquer outro espírito criado por Deus, pois que subiu ao céu.
Ora! Se subiu, não esteve sempre lá, em estado de perfeição, mas o atingiu, como ressalta também de sua dita em João 16:33: "Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. - No mundo, tereis aflições, mas tende bom ânimo: eu venci o mundo". O que vale dizer: "Eu venci essa fase de evolução pela qual vocês agora passam, como já venci as demais; e vocês também as vencerão. Para isto, eu vim até vocês." O processo de evolução de Jesus, é claro, aconteceu antes que este mundo existisse, antes da formação deste planeta, cuja co-criação e direção sempre lhe esteve nas mãos. É o que deduzimos de Mateus 28:18: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra". Toda a autoridade! Não é alguma autoridade. É toda! No céu, ou seja, evolução em planos mais sutis, e na Terra: planos mais densos.
Em João 1:3, lemos: "Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez". E em João 17:4-5, lemos: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer - e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo." Vejamos bem! Jesus não se refere a uma glória maior, mas à mesma glória de antes, junto do pai celeste... É que ele não evoluiu ao desempenhar sua tarefa, simplesmente exerceu a perfeição que já lhe era inerente. Não havia o que evoluir. Talvez nos dirijam refutações com a idéia, eminentemente matemática, de uma evolução espiritual que seria infinita. Muito monótona, pensam, seria a perfeição: nada a fazer... nada a aprender... Ora! A matemática pode ser muito boa para a física, mas não estamos tão certo de sua validade para esta questão da metafísica. A idéia de uma evolução infinita, conforme já vimos, "O Livro dos Espíritos" e toda a codificação não a endossam.
A título de ilustração, podemos citar, ainda, o que ensina o item 290 da obra-base, ao afirmar que espíritos de diferentes níveis de evolução podem ver-se "de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando houverem se igualado na perfeição". Um espírito pode, pois, chegar antes que outro à perfeição; porém, quando este segundo também a atinge, àquele primeiro forçosamente se iguala, o que não seria possível se a evolução do primeiro ainda estivesse em processo. A mesma preocupação, por assim dizer, igualitarista, é manifestada por Kardec no item 126 de "O Livro dos Espíritos", quando inquire: "Chegados ao grau supremo da perfeição, os espíritos que andaram pelo caminho do mal têm, aos olhos de Deus, menos mérito do que os outros?" Respondem os espíritos: "Deus olha de igual maneira para os que se transviaram e para os outros e a todos ama com o mesmo coração."
Quanto à hipótese de o espírito perfeito, finda sua evolução, nada mais ter a fazer, só podemos lamentar o desconhecimento doutrinário dos que com ela pretendem contra-argumentar. Basta lermos o item 113 de "O Livro dos Espíritos", o já citado item 12 do capítulo III da 1ª parte de "O Céu e o Inferno", ou, ainda, o também citado item 28 do capítulo XI de "A Gênese". O que não falta é trabalho!
A evolução, dizem comentaristas mais perspicazes, seria infinita porque teríamos sempre o que aprender diante de Deus. No entanto, se assim fosse, caducaria o item 226 de "O Livro dos Espíritos", pois não existiriam espíritos puros, isto é, em "estado definitivo", apenas os haveria encarnados ou errantes, errantes ou encarnados, eternamente. Lembraríamos dos números 10 e 11 de "O Livro dos Espíritos", que, condensadamente, dizem o seguinte: "Será dado um dia ao homem compreender o mistério da divindade, a natureza íntima de Deus, quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá."
O item 562 de "O Livro dos Espíritos" é claro demais para permitir qualquer dúvida remanescente a este respeito. Allan Kardec perguntou aos espíritos superiores, em termos categóricos: "Já não tendo o que adquirir, os espíritos da ordem mais elevada se acham em repouso absoluto, ou também lhes tocam ocupações?" Resposta: "Que quereríeis que fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício." A isso redargüiu o codificador: "De que natureza são as suas ocupações?" Resposta: "Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao universo inteiro e velar porque sejam cumpridas."
Ou seja, sem que isso represente, para a criatura, igualar a perfeição de Deus, o Absoluto é, de alguma forma, acessível ao ser relativo, num estado de espiritualidade que somente compreenderá ao atingi-lo, no final do processo evolutivo, quando "não lhe faltar para isso o sentido" ("O Livro dos Espíritos", 10). É certo, todavia, que, para o espírito no seu "estado definitivo" (ibid., 226), no seu "estado de pureza perfeita" (ibid., nº 268), nada mais representam tempo, espaço, ou qualquer de nossos parâmetros habituais de mensuração, porque, "ao cabo de muitas existências", já se encontra, finalmente, "integrado em Deus", embora, nem por isso, possa igualar-se a ele (ibid., 243 e 243-a).
A plenitude do ser criado, a perfeição relativa, é o máximo estado de comunhão possível com Deus, por ele mesmo determinado. Nesse estado, o espírito não cogita, como nós outros, de evoluir, mas, simplesmente, de exercer a plenitude de sua condição de criatura; e tal condição nada tem de monótona, porque cheia do dinamismo divino, do incondicional amor, cujo exercício não redunda num melhoramento pessoal, porquanto o ser não é mais, a essa altura, o que conhecemos por persona (máscara); suas atividades redundam numa perene afirmativa da perfeição, numa perene afirmativa da "meta" que atingiu ("O Livro dos Espíritos", 115).
Nosso objetivo não é aqui dogmatizar. É esclarecer. No Espiritismo não existem dogmas, embora devamos reconhecer que haja nele diretrizes muito bem definidas. Ora! O agnosticismo é a conseqüência imediata da idéia eminentemente matemática de uma evolução infinita. Tal proposição pode ser intelectualmente sedutora, pois aparece sempre fantasiada de filosofia; mas, conforme vimos, não é esse o entendimento da doutrina espírita.
Eis o que ensina a terceira revelação da lei de Deus acerca de Jesus: guia e modelo da humanidade ("O Livro dos Espíritos", 625).
Mas em que sentido considerar a palavra 'humanidade'? Num sentido restrito à Terra? Se tivermos em vista apenas "O Livro dos Espíritos", sim. Todavia, conforme demonstramos, não, se considerarmos a codificação em sua plenitude conceitual a respeito de Jesus.
Disse também Kardec em "O Céu e o Inferno", 1ª parte (III:14): "A humanidade não se limita à Terra, habita inúmeros mundos que no espaço circulam; já habitou os desaparecidos, e habitará os que se formarem. Tendo-a criado de toda a eternidade, Deus jamais cessa de criá-la. Muito antes que a Terra existisse e por mais remota que a suponhamos, outros mundos havia, nos quais espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de mais recente formação, atingindo seu fim antes mesmo que houvéramos saído das mãos do Criador. De toda a eternidade.
Como eu já havia adiantado, a condição de angelitude, no rigor de sua acepção espírita, não admite gradações, pois é sinônima de puro espírito. Se considerarmos, porém, o significado da palavra 'anjo', que é 'mensageiro', teremos de convir que os existem sem que sejam necessariamente puros.
Para ilustrarmos, citemos Kardec mais uma vez, na "Revista Espírita" de janeiro de 1862, no seu magistral ensaio sobre a interpretação da doutrina dos anjos decaídos: "A palavra anjo é empregada indiferentemente, uma vez que se costuma dizer: os bons e os maus anjos, o anjo das luzes e o anjo das trevas; de onde se segue que, em sua acepção geral, significa simplesmente espírito.
Segundo a doutrina espírita, de acordo nisto com vários teólogos, os anjos não são seres privilegiados de criação, isentos, por um favor especial, do trabalho imposto aos outros, mas espíritos chegados à perfeição por seus esforços e seus méritos.
Para evitar todo equívoco, conviria reservar a qualificação de anjos para os puros espíritos." O espiritismo, então, no caso de eventual necessidade de distinção entre os anjos, no sentido benigno da palavra, entende-os como mensageiros indiretos de Deus, quando pertencentes à segunda ordem, isto é, às várias classes de bons espíritos ("O Livro dos Espíritos", 107 a 111). Ou então os entende como mensageiros diretos de Deus, quando integrantes da primeira ordem, classe única: a dos espíritos puros (ibid., 112 e 113). Não nos parece existirem argumentos, extra ou menos ainda intradoutrinários, que tornem necessária uma mudança nesta diretriz do pensamento espírita... Jesus: espírito puro, isto é, que atingiu o grau supremo de perfeição que a criatura comporta perante o Criador.
E oras! Se, conforme vimos, na condição de espírito puro, pode Jesus "receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao universo inteiro e velar porque sejam cumpridas" ("O Livro dos Espíritos", 562), por que estaria ele restrito à Terra?
O fato é que, como qualquer outro espírito puro, o mestre dos mestres possui, sob sua augusta responsabilidade, inúmeros educandários de almas, correspondentes eles a todos os níveis da evolução universal, dos jardins de infância às universidades.
Por isso disse Jesus: "Tenho outras ovelhas que não são deste redil: devo conduzi-las também" (João 10:16); E em Mateus 28:19: "Eis que estou convosco até a consumação dos séculos", isto é, com Pastorino: "até a consumação dos ciclos", quer dizer, até o fim das etapas de nossa evolução: a perfeição espiritual.
Lembremos da chamada oração sacerdotal de Jesus: "Ó Pai, eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos. Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste..." (João 17:22-24).
Pois que caiam as máscaras, desapareçam as personas e, à semelhança do mestre dos mestres, surpreenderemos o suposto Silêncio a cantar e cantar todas as líricas que compôs para nos jurar seu eterno amor.
Muita paz, meus queridos irmãos! E obrigado pela paciência. (t)

Perguntas/Respostas:

<||Moderador||> [01] <|Marcelo-RJ|> Como fica a questão da Virgindade de Maria, se Jesus disse que não veio destruir as leis?
Não é nosso tema na noite de hoje. (t)
<||Moderador||> [02] Boa noite Sérgio .Algumas revistas espíritas e espíritas condenam a Bíblia como fonte de estudos e base do cristianismo por ter sido manipulada pelos homens e por conter erros provenientes de traduções para os diversos idiomas. Qual sua posição quanto a isso?
A posição da Doutrina Espírita em "O Livro dos Espíritos" concordâncias bíblicas concernentes a criação: A Bíblia não é um erro, os homens é que se equivocaram ao interpretá-la. (t)
<||Moderador||> [03] A seleção de Jesus como modelo e guia não restringe o âmbito da doutrina espírita a uma só religião ou filosofia, no caso o Cristianismo?
Não. Ninguém foi mais universalista do que Jesus, a despeito de ter vivido no mais sociocêntrico dos povos. (t)
<||Moderador||> [04] Como entender a posição de Jesus como guia e modelo, se seus ensinos são tão diversamente interpretados, pelas diversas correntes do Cristianismo?
A moral é inquestionável. É o que afirma Kardec em "O Evangelho Segundo o Espiritismo". (t)
<||Moderador||> [05] <|Marcelo-RJ|> Certos autores de determinados livros espíritas afirmam que Jesus teve várias encarnações na Terra. Como, por exemplo: 2 na Lemúria, 2 em Atlantida, uma na Pérsia (como krisna), uma na Índia (como buda) e uma última na Palestina (como Jesus). Qual a sua opinião a respeito disto?
Não são livros espíritas. Emmanuel em "A Caminho da Luz" esclarece-nos ser falsa essa suposição. (t)
<||Moderador||> [06] O espírito Verdade, presente no livro "O Evangelho ..." pode ser Jesus?
Não digo que pode ser. Afirmo que é. Confira o item 48 de "O Livro dos Médiuns". Kardec chama Jesus de "O Espírito da Verdade". (t)
<||Moderador||> [07] Como, na prática, usar os ensinamentos de Jesus como modelo, se muitos nas dificuldades afirmam: "Não sou Jesus!"
A visão reencarnacionista do Espiritismo nos dá a medida exata desta responsabilidade. Jesus orienta com conhecimento de causa, com autoridade de quem passou por tudo que passamos hoje. Ele venceu! E veio a nós para que também vençamos.(t)
<||Moderador||> [08] Sempre quando mencionam a mansidão de Jesus me lembro da Sua indignação com os vendedores no templo, quando destruiu barracas e expulsou os vendedores. Isso significa que para tudo há um limite?
Kardec comenta a passagem em "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Não vê nela nada que atente contra a superioridade de Jesus. Não podemos confundir energia com violência. A passagem, apesar de verdadeira, não serve de pretexto para expansões coléricas, de corações odientos. Jesus o fez com autoridade e amor. Quem tiver ouvidos ouça. (t)
<||Moderador||> [09] Boa Noite a todos. Gostaria de saber a opinião do colega Sergio, acerca de variados pensadores espiritas brasileiros, dizerem com toda a convicção que Jesus foi o "médium" de Cristo. Ou seja Jesus e Cristo duas individualidades bem diferentes.
Esta é uma doutrina anticrística. João evangelista afirma em sua primeira epístola cap. I, versículo 22: "Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo. Este é o anticristo. O que nega o PAI e o Filho".
Portanto, vemos que este tipo de mistificação é antigo. Revela um plano da sombra para desvirtuar nossa visão sobre Jesus. Estes tais pensadores ao que o irmão se referiu, não são espíritas, pois é ponto pacífico no Evangelho e na codificação que Jesus é o Cristo.
Pedro, certa vez, estando mediunizado, afirmou: "Tu és o CRISTO, o Filho do Deus vivente". Jesus aceita a revelação, dizendo: "Bem aventurado és Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que te revelaram isto, mas meu PAI que está nos céus".
Portanto, os que afirmam que Jesus não é o Cristo, pretendem saber mais sobre Jesus do que Ele mesmo. (t)
<||Moderador||> [10] No mundo de hoje temos uma violência e incompreensão, incompatíveis com o exemplo do Mestre Jesus, mesmos entre os ditos cristãos. O que leva a esta incompreensão?
A ignorância e a imperfeição humana. Ao mesmo tempo, temos exemplos dignos que nos provam a evolução do homem no caminho do bem. Conhecidos uns e desconhecidos outros. Para isso veio a doutrina: multiplicar o número dos chamados e dos escolhidos. (t)
<||Moderador||> [11] <|Marcelo-RJ|> Algumas pessoas defendem a hipótese de que Jesus esteve em nosso meio com um corpo fluídico ou um corpo especial, sem ser igual ao nosso. Na sua opinião, isso é correto?
Jamais. Aliás, esta é outra mistificação antiga, denunciada por João evangelista em suas primeiras e segunda epístola. "O Espírito que não testemunhar que Jesus veio em carne, não é de Deus. Este é o anticristo". Portanto, são inimigos antigos do cristianismo do Cristo, denunciados desde a primeira hora: Os que negam que Jesus é o Cristo, e os que dizem que Jesus não veio em carne. (t)
<||Moderador||> [12] Gostaria de saber qual a credibilidade, no meio espírita, do livro "A História de Jesus ditada por Ele mesmo", o qual teve como médium uma camponesa francesa? (t)
Nenhuma credibilidade. Apócrifo, sem dúvida. (t)
<||Moderador||> [13] Sendo Jesus o molde evolutivo do Cristianismo, seria coerente afirmar que só se é realmente cristão ao aprender e pôr em prática os ensinamentos, tornando-se assim , espíritos puros como Ele?
Só seremos Espíritos puros ao final de nossa evolução. Por hora, almejemos o título de amigos de Jesus, porquanto o Mestre nos ensina: "Sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando". (São João, cap. XV). (t)

Considerações Finais do Palestrante:


Agradeço a atenção e peço a Jesus que abençoe a todos. Muita paz. (t)

Oração Final:


Bem, amigos, vamos elevar nossos pensamentos à Jesus Cristo, à Deus acima de tudo, a fim de agradecer à Ele a possibilidade de mais esta noite de estudos, mais uma oportunidade de obtermos conhecimentos à cerca da doutrina Espírita, a doutrina de Jesus , codificada por Kardec, num clima de paz, amor e amizade.

Pai, agradecemos a não interferência de irmãozinhos encarnados ou desencarnados que porventura pudessem aparecer e prejudicar o ambiente harmonioso sob o qual desenvolvemos este belíssimo trabalho no dia de hoje. Agradecemos também o amigo Sérgio Aleixo, agradecemos às pessoas presentes no canal e que tenhamos uma semana de muita paz , com o trabalho que nos educa e, principalmente, com a humildade que sempre nos eleva em nome de Deus. Que assim seja!


Jesus: Guia E Modelo - Leda de Almeida Rezende Ebner


de Ribeirão Preto, SP

Na questão 625 em O Livro dos Espíritos, à pergunta de Allan Kardec: "Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?", os Espíritos responderam simplesmente: "— Vede Jesus".
Entender Jesus como guia dos homens não nos parece difícil, uma vez que, durante sua vida na Terra, demonstrou sempre, no seu viver e nos seus ensinos, que veio para indicar aos homens, o roteiro para o desenvolvimento moral. Ao declarar: "Sede perfeitos..." deixou claro que todos os homens podem aperfeiçoar-se, pois ele falava para toda a humanidade.
Guia, segundo o dicionário, é "ação de guiar, dirigir. A pessoa que dirige, que ensina o caminho." Jesus se enquadra perfeitamente nesta definição.
Ao nascer, trouxe aos homens o conhecimento da lei maior, a lei do amor, sentimento existente no íntimo de todos e cume do desenvolvimento intelectual e moral de todos. Seus ensinos brilham no mundo tal qual farol gigantesco indicando o verdadeiro caminho para a paz e para a felicidade.
Os Espíritos continuam nascendo na Terra, retornando ao plano espiritual, renascendo de novo e, sempre, por maneiras e canais diferentes, são sempre convidados ao: "Amai, pois, os vossos inimigos, fazei bem...", "Amai-vos uns aos outros...", "Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes", embora o orgulho e o egoísmo os impeçam de compreender.
Todavia, como se aprende pelo desenvolvimento intelectual e moral, através de repetições de experiências, a mensagem de Jesus continua ecoando por toda parte, conclamando os homens a perceberem e a valorizarem as coisas espirituais.
Jesus é o irmão mais velho que veio ensinar a finalidade da vida na Terra, que é o aperfeiçoamento do Espírito e como aproveitar as experiências terrenas para que esse determinismo divino aconteça.
Jesus recebeu de Deus a incumbência de guiar a humanidade na sua evolução e ele continua apontando o caminho, dirigindo-a até que ela, a humanidade, se aperfeiçoe.
Acreditamos que mesmo os Espíritos que vão ficando na retaguarda, os que não acompanhando o progresso dos demais, renascem em mundos inferiores à Terra atual, continuam fazendo parte desta humanidade e recebendo o amor e a orientação de Jesus e seus mensageiros, cujo número se amplia com os que aprendem e seguem o caminho indicado pelo Mestre.
Parece-nos fácil compreender Jesus como o guia mais perfeito vindo à Terra.
Mas, como pode um Espírito de tal transcendência espiritual, um ser angélico, cujos ensinos e exemplos continuam após 2000 anos sendo estudados e atraindo os homens, ser nosso modelo?
Segundo o dicionário, modelo é: "Tudo o que serve de tipo para ser imitado, pessoa ou ato que pela sua perfeição são apontados como dignos de se imitarem, de servirem de exemplo".
Sendo Jesus modelo para os homens, como disseram os Espíritos a Kardec, isto significa que ele pode ser imitado, servindo de exemplo.
E o Espiritismo nos esclarece por quê e como podem os homens imitá-lo, ao nos apresentar Jesus como sendo um filho de Deus, criado como todos nós, Espíritos imortais, simples e ignorante, tendo feito a sua evolução em mundos materiais. Está muito acima de nós no que se refere à realização espiritual.
O Espiritismo nos mostra que todos os Espíritos, sem exceção, são criados da mesma maneira e cabe a todos atingir o determinismo divino: a perfeição, o que aconteceu com Jesus e muitos mais.
Então, ele pode ser e é nosso modelo, nosso exemplo, porque passou pelo processo que estamos passando. Como filho de Deus, como nós, venceu sua ignorância e desenvolveu seu potencial divino, através de existências em mundos materiais, tendo alcançado, antes da Terra existir, o grau evolutivo que lhe permitiu ser o representante de Deus na Terra e nos corações dos homens.
Jesus é pois, nosso guia, nosso modelo de vida e de amor!
(Jornal Verdade e Luz Nº 167 Dezembro de 1999)


JESUS O MODELO - JUVANIR BORGES DE SOUZA


A Doutrina Moral que o Cristo deixou como mensagem para os homens é a expressão mais pura das Leis de Deus.

Nelas se encontram revelações antigas, reafirmadas ou retificadas, assim como novas verdades e realidades não percebidas até então, apesar de estarem na Natureza.

Jesus sabia e sabe das dificuldades dos homens para apreenderem as leis naturais.

Quando Allan Kardec indaga dos Espíritos Reveladores "Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para servir de guia e modelo?", a resposta, pronta e sintética, é - "Jesus" (O Livro dos Espíritos - questão 625).

Esse esclarecimento da Espiritualidade Superior quanto ao modelo da perfeição moral a que toda a humanidade pode aspirar na Terra é peremptório, indiscutível, definitivo, como ensinamento.

Perlustrando a história do homem neste Orbe verificamos que, em todos os tempos, houve missionários, fundadores de Religião, filósofos, Espíritos Superiores que aqui encarnaram, trazendo novos conhecimentos sobre as Leis Divinas ou Naturais com a finalidade de fazer progredir os habitantes deste Planeta.

Entretanto, por mais admiráveis que tenham sido suas missões, nenhum se iguala ao Cristo de Deus.

Mesmo porque todos eles estiveram a serviço do Mestre Incomparável, o Guia e Governador Espiritual deste mundo de expiação e provas.

Criaturas imperfeitas, vivendo e revivendo em um mundo atrasado como é a Terra, as lições da Vida e os ensinos morais nem sempre são apreendidos na sua verdadeira significação.

Além disso, princípios das leis divinas conhecidos há milênios foram adulterados, no todo ou em partes, por intérpretes e usos e costumes de povos e civilizações, antes e depois da vinda do Cristo.

Assim, a evolução humana é complexa e lenta.

No campo do conhecimento, o progresso científico e tecnológico acabou por beneficiar grandes contingentes da Humanidade, principalmente quando os meios de transportes e comunicação se aperfeiçoaram.

No terreno moral-espiritual, entretanto, o progresso é lento e difícil, porquanto depende de cada indivíduo, que precisa aprender, assimilar e vivenciar cada aspecto da Lei Divina.

Ora, em qualquer época, desde os tempos primitivos, passando por todas as civilizações até a atualidade, o homem terreno tem demonstrado rebeldia no tocante à sua transformação moral.

Dotado de livre - arbítrio para aceitar ou não as regras comportamentais e princípios morais, sua inteligência e sua sensibilidade dificultam muitas vezes seu progresso, para atender seus interesses imediatos, num mundo material como o nosso.

Diante desse quadro real, que expressa resumidamente a realidade da vida de bilhões de criaturas humanas que encarnam e reencarnam inúmeras vezes na crosta terrestre, torna-se mais fácil compreender o planejamento do Governador Espiritual da Terra para redimir seus habitantes.

Durante milênios enviou seus emissários para instruir povos, raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei natural.

Depois, há dois mil anos, veio pessoalmente ratificar ou retificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio de todos os terráqueos.

Mas em sua mensagem e em sua exemplificação, sabendo que o homem tem propensão natural para evoluir no campo intelectual, deu ênfase ao conhecimento e à prática das leis morais que regulam a vida e o aperfeiçoamento moral.

Para obviar e contornar as deturpações de sua Mensagem, Ele mesmo previu a vinda futura de outro Consolador, com a incumbência de repor as coisas nos seus lugares, vale dizer, retificar as deturpações de seus ensinos pela ignorância e interesses dos homens.

Não resta dúvida de que o Consolador Prometido é a Doutrina Espírita que, a partir dos meados do século XIX, foi trazida pela Plêiade de Espíritos Superiores sob a orientação do Espírito de Verdade.

É o próprio Cristo que retorna, após mais de dezoito séculos, repetindo para os homens o ensino das Leis de Deus.

Agora, a nova Mensagem já não necessita da linguagem alegórica nem das parábolas, para atender a dificuldade de entendimento dos homens de há 2000 anos. Mas, como advertem os próprios Espíritos Reveladores, é necessário "que a verdade se torne inteligível para todo o mundo", e acrescentam:

"A nossa missão consiste em abrir os olhos e ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos possam julgar e apreciar com razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a Lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade". (O Livro dos Espíritos - q.627).

Não poderiam ser mais claros os Espíritos do Senhor incumbidos da Terceira Revelação, quanto à missão de retransmitir aos homens a Doutrina de Jesus.

Não só no trecho transcrito, mas em várias passagens dos livros da Codificação, está evidente o verdadeiro caráter da Doutrina Espírita, revivência dos ensinamentos do Cristo.

A autêntica Doutrina Cristã é a que resulta dos ensinamentos e exemplificações de Jesus, o Cristo de Deus, não dos que são apresentados pelas diversas religiões ditas cristãs, com suas interpretações, tradições, dogmas, cultos exteriores e interesses diversos, que se acumularam ao longo do séculos.

O Espiritismo revive o Cristianismo do Cristo e não o das igrejas e seitas que se formaram à sombra dos ensinos de Jesus, mas que deles se desviaram por múltiplos fatores.

Aos Espíritas sinceros cumpre não perder de vista essa realidade de suma importância - a total vinculação do Espiritismo com os ensinos de Jesus, o Cristianismo primitivo, pela base moral comum a ambos, sem desvios impostos pelo interesse dos homens.

O ensino moral do Cristo, como observa criteriosamente Allan Kardec, é o Código Divino diante do qual a própria incredulidade se curva.

Realmente, filósofos, pensadores, historiadores, pesquisadores das mais variadas tendências rendem-se à personalidade ímpar de Jesus, o Cristo.

Exemplo disso é Ernesto Renan, pesquisador e historiador arguto, racionalista e independente afirmar:

"Portanto Jesus não poderia pertencer unicamente aos que se apelidam seus discípulos. É a honra comum a todos os que tem coração de homem. A sua glória não se consiste em estar retirado da História; presta-se-lhe mais verdadeiro culto mostrando que toda a história é incompreensível sem Ele".

A figura de fulgor resplandecente do Filho de Deus e do Filho do Homem, como Ele se declarava, continua sempre, em todos os tempos, como o Guia Espiritual da Humanidade terrena, amando-a e instruindo-a com paciência infinita.

Calcula-se que já se tenha escrito mais de cinquenta e cinco mil obras sobre Jesus Cristo.

Jamais houve outra personalidade que possa aproximar-se do Mestre Incomparável, mesmo de longe. Daí a fascinante atração que Ele exerce sobre os mais privilegiados pensadores quanto sobre os mais humildes corações.

O consolador, a Doutrina Espírita, é o Cristo de volta ao mundo com sua doutrina. É a continuação da obra cristã, aclarada pelo pensamento dos Espíritos Reveladores a serviço do Mestre e Modelo.

Fonte: Jornal Luzes do Caminho


Jesus: Guia E Modelo Para A Humanidade - Orlando Ribeiro


O objeto deste nosso estudo é a pergunta 625, de “O Livro dos Espíritos”. De antemão, deve-se deixar claro de que não se pretende esgotar o assunto, visto que a doutrina dos Espíritos é tão completa que, quanto mais se estuda, mais se aprende e quanto mais se aprende, mais se deve pesquisar.
Presume-se que o estudioso, ao chegar na questão aludida, já deve ter compreendido que a Doutrina Espírita não está personificada em ninguém; porém, a questão moral que a norteia sim, está realmente centrada em alguém, um Espírito de jaez elevada, cuja apresentação se evidencia na questão 625, quando Allan Kardec pergunta aos Imortais, qual teria sido o Espírito concedido por Deus aos homens para lhes servir de modelo e guia. “Vede Jesus”.
O conceito expresso nestas simples palavras aponta que o Cristo personifica a Ética contida nas Leis Divinas, razão pela qual é apresentado pelos Benfeitores Espirituais como o seu maior intérprete entre nós, o que se complementa nas perguntas subseqüentes (626 – 627).
Recordemos que existe uma divisão didático-metodológica do Evangelho, expressa na Introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, segundo a qual a obra teria cinco temas: “Os atos comuns da vida do Cristo; Os milagres; As predições; As palavras que alicerçaram os dogmas da Igreja e, por último, O ensino moral”. Se os quatro primeiros foram e ainda são questionados por alguns, nada se pode contra o quinto tema, qual seja a Moral pregada por Cristo. Ou seja, se os quatro primeiros temas foram o nascedouro de diversas controvérsias teológicas, que incorreram no surgimento de variadas correntes filosóficas cristãs e no nascimento de inúmeras igrejas, os postulados ético-morais revelados por Jesus à Humanidade jamais foram contestados.
Na época de Jesus, a sua comunidade regia-se pelas leis mosaicas, que eram repetidas a exaustão nas escolas e templos, mas quase que sem nenhuma reflexão. Com o passar dos tempos, foram surgindo questionamentos que tais preceitos não esclareciam. O meigo nazareno surgiu então para mostrar àquele povo que as leis divinas não estavam contidas nos textos manipulados pelos escribas, fariseus e outros aproveitadores, que apresentavam verdades distorcidas, de pouco ou quase nenhum entendimento junto aos mais simples.
Os ensinamentos de Jesus calavam fundo na consciência de cada um, pois que esta era a missão do Mestre: iluminar consciências. Porém, ele não poderia fazê-lo com uma linguagem direta, visto que pregava para uma comunidade semi-analfabeta e pouco desenvolvida culturalmente.
Assim, para poder cumprir seus propósitos e atingir o coração (e a mente) de seu povo, Jesus lançou mão de quarenta e seis parábolas, estórias breves que eram baseadas no cotidiano de sua gente, da quais se servia para lecionar os princípios ético-morais de que era portador. Mesmo assim, o povo ainda não estava amadurecido para receber todo o conteúdo dos seus ensinamentos, razão pela qual Ele lhes prometeu um Consolador, papel desempenhado pelo Espiritismo, a partir de 1857.
Este intróito histórico foi necessário para asseverar o por quê de Jesus ter sido apresentado, de acordo com a resposta à pergunta 625, de "O Livro dos Espíritos", como o verdadeiro modelo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra.
Nos comentários coerentes de Allan Kardec, o Mestre "sintetizava todas as perfeições." É interessante notar que Jesus disse "Não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento". Quer dizer, o Cristo iria mostrar que nenhuma teoria se concretiza bem sem o exercício, sem o trabalho, sem a ação.
Os seus ensinamentos não ficariam sem o aval de sua exemplificação. A nova doutrina que instalou, denota que é imprescindível estudar para enriquecer nosso pensamento, ter uma vida nobre, um trabalho ativo, muita compreensão fraterna, serviço ao semelhante, respeito à natureza e oração. Ao pregar que recebemos de acordo com o que damos, Jesus mostra como podemos ser agradável a Deus.
Em "O Evangelho segundo o Espiritismo", (cap. 1, item 4), Kardec esclarece que o papel de Jesus "não foi simplesmente o de um legislador moralista sem outra autoridade além da palavra". "Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado a sua vinda, e a sua autoridade provinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina".
Em outro trecho, amplia-se a informação de “O Livro dos Espíritos”, ao retratar que o papel de Jesus foi “ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; (...) ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos”.
Em suma, Ele nos convoca para iniciarmos o nosso processo de melhoria pessoal, através do esforço de melhoria íntima, na direção de promover o amor a si; ao próximo e a Deus, acima de todas as coisas.


Nosso Guia E Modelo - Renato Costa


Na questão 625 de O Livro dos Espíritos, Kardec perguntou “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?”, ao que os bondosos e sábios espíritos que ditaram a Doutrina Espírita responderam com a resposta mais curta encontrável em toda a Codificação, portadora, no entanto, de um profundo significado que nos propomos a explorar neste estudo, qual seja: “Jesus”1.

Sabemos, pela leitura dos evangelhos, que Jesus não ensinou o que lhe haviam ensinado seus pais ou outros mestres na existência neles relatada, mas, sim, aquilo que ele mesmo havia aprendido em vidas anteriores e nelas tinha vivenciado através de seus pensamentos e suas ações. Tal fato faz de Jesus o Mestre perfeito, aquele que tudo sabe sobre as Leis de Deus por experiência própria.

Pelo relato dos evangelistas, ficamos sabendo que Jesus conhecia profundamente as escrituras (a Lei e os Profetas), pois constantemente as citava junto aos doutores da lei sem jamais ter sido contrariado por eles quanto ao acerto do que falava. O que aprendemos com isso é que devemos estudar profundamente a Doutrina Espírita de modo a sempre termos em mente o que ela ensina e estarmos prontos a manifestar nossa opinião sobre qualquer assunto sob a sua luz.
Jesus não guardava para si o que sabia, mas estava a todo instante ensinando ao povo. Termos
Jesus como modelo significa que não existe hora mais apropriada para esclarecermos nossos irmãos, a nós cabendo fazê-lo em toda oportunidade que se nos apresentar, seja no lar, no trabalho ou na rua, não nos limitando a fazê-lo no centro que freqüentamos.

Somos informados, também, que Jesus orava e meditava constantemente, pondo-se em sintonia com as Leis de Deus e seguindo-as religiosamente como filosofia de vida. Em qualquer circunstância da vida saibamos, portanto, nos colocar em sintonia com a espiritualidade superior, não só nos momentos em que temos algo a pedir, mas, também, para agradecer, louvar ou apenas para nos sentirmos renovados antes das empreitadas das quais nos compete participar. Mantermo-nos em constante sintonia com o bem pode ser difícil para nós no estágio em que nos encontramos, no entanto, se não tentarmos desde já, mais tempo levará para termos sucesso nesse intento.

Encontramos no Novo Testamento o relato das inúmeras curas que Jesus praticou, todas elas atendendo a três condições básicas que foram: a fé do paciente, a não mais necessidade da doença para o fim a que se destinava e o indiscutível equilíbrio emocional do Mestre, possibilitando a sua contínua vinculação com os bons espíritos que o auxiliavam no processo.

Saibamos, portanto, que se, por um lado, as curas espirituais são possíveis, por outro elas nem sempre ocorrem, pois dependem de condições a serem atendidas. Saibamos, ainda, que nós também podemos ser agentes de cura, pois, se Jesus é nosso modelo e guia, é nossa obrigação tentarmos imitá-lo. Comecemos aos poucos exercitando o passe magnético na casa espírita à qual estamos vinculados. No entanto, tenhamos em mente que tal atividade é um ensaio, um aprendizado, tendo como finalidade desenvolver em nós as condições necessárias à realização de curas. Não sejamos “burocráticos” na administração dos passes. Tentemos, antes, melhorar a cada dia, aumentando nossa sintonia com os bons espíritos e desenvolvendo a nossa fé na capacidade de ajudarmos a nossos semelhantes. Lembremos da exortação de Jesus de que, se o seguíssemos, faríamos as mesmas obras que ele fazia e ainda maiores. Logo, não desanimemos jamais.

Jesus nos ensinou que devemos odiar o pecado, mas amar o pecador. Trabalhemos, pois, nossos sentimentos para não nutrir qualquer forma de emoção negativa contra nossos irmãos, não importa se nos fizeram mal ou se nos invocam repulsa aparentemente gratuita. Odiar o pecado é agir com firmeza para eliminá-lo através do trabalho no bem e do esclarecimento do pecador. Saibamos, em toda circunstância, olhar para todos como nossos irmãos, mesmo aqueles que estão em momentaneamente em desvio. Se focarmos nosso combate contra o mal e não contra quem o pratica, estaremos ajudando o mal a desaparecer do mundo.

Um dia, para que não tivéssemos dúvida quanto ao destino que espera a todos nós, o Mestre nos exortou: “Sede perfeitos como vosso Pai é perfeito”. Saibamos, portanto, que ao final da jornada, quando nada mais tivermos a aprender em nenhum mundo, tendo desenvolvido totalmente nosso potencial de bondade e sabedoria seremos perfeitos.

Vejamos, finalmente, que orientação deu Jesus àqueles que o desejassem seguir. Quando anunciava a seus discípulos a proximidade de seu martírio, Jesus disse-lhes um dia: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”. (Mt 16:24).

Com renunciar-se a si mesmo, Jesus quis nos dizer que abandonássemos o egoísmo e o apego exagerado às coisas materiais e não orientar-nos a ignorar as necessidades básicas do corpo, o que seria contradizer a própria necessidade da vida.

Quanto à cruz que devemos tomar, não é difícil concluir que ela é a nossa missão neste mundo. Para saberemos qual é a nossa cruz basta respondermos a algumas perguntas que podemos fazer a nós mesmos. Ainda temos vícios ou falhas morais a corrigir ou já somos perfeitos? Além de nós mesmos, alguém mais depende de nós ou todos os nossos familiares, amigos e conhecidos prescindem de nossa ajuda? O ambiente em que vivemos, no lar, na cidade, no país, nos diversos locais que freqüentamos é organizado, limpo, saudável e feliz ou pode melhorar se dermos nossa contribuição nesse sentido?

Renunciemos, pois, ao egoísmo, praticando a caridade cristã em nossos pensamentos e ações e tomemos com alegria a nossa cruz, aceitando as dificuldades que se nos apresentarem como provas a serem por nós superadas com paciência e perseverança. Sigamos a Jesus, nosso guia inigualável, lembrando de tudo o que ele nos ensinou e, a cada situação difícil que enfrentarmos, imaginemos o Mestre como modelo, pensando em como ele agiria em nosso lugar. Que sempre saibamos permitir que os bons espíritos estejam do nosso lado nos ajudando nessa empreitada.

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1 - No original em Francês, a resposta dos Espíritos é "Voyez Jésus" ("Vede Jesus", "Mirem-se em Jesus"). Guillon Ribeiro, ao fazer sua tradução ao português, omitiu o verbo.
Artigo publicado originalmente em O Espírita Fluminense, Ano L, No 309, Novembro/Dezembro de 2006


PLANO DE IDEIAS Nº 01

625 - VEDE JESUS

Mestre PELO EXEMPLO.

estudar profundamente a Doutrina

QUALQUER HORA É HORA

CONSTANTE SINTONIA COM O BEM

NÃO CURAVA A TODOS – VÓS SOIS DEUSES

ODIAR O PECADO, MAS AMAR O PECADOR.

“SEDE PERFEITOS COMO VOSSO PAI É PERFEITO”.

“SE ALGUÉM QUISER VIR COMIGO, RENUNCIE-SE A SI MESMO, TOME SUA CRUZ E SIGA-ME”.

abandonássemos o egoísmo e o apego exagerado às coisas materiais e não orientar-nos a ignorar as necessidades básicas do corpo, o que seria contradizer a própria necessidade da vida.
Quanto à cruz que devemos tomar, não é difícil concluir que ela é a nossa missão neste mundo. Para saberemos qual é a nossa cruz basta respondermos a algumas perguntas que podemos fazer a nós mesmos. Ainda temos vícios ou falhas morais a corrigir ou já somos perfeitos? Além de nós mesmos, alguém mais depende de nós ou todos os nossos familiares, amigos e conhecidos prescindem de nossa ajuda? O ambiente em que vivemos, no lar, na cidade, no país, nos diversos locais que freqüentamos é organizado, limpo, saudável e feliz ou pode melhorar se dermos nossa contribuição nesse sentido?

“APRENDEI COMIGO QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO”


40 (todas) as parábolas do Novo Testamento…

A maneira predileta de Jesus ensinar era pelo uso de parábolas. Sabia que as pessoas gostavam de ouvir uma boa estória! Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isto aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito:
Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo. — Mateus 13.34-35 (NTLH)
Uma das parábolas mais contadas é aquela da ovelha perdida. Jesus a contou da seguinte forma:
Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida ata acha-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida.” Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender. — Lucas 15.4-7 (NTLH)
A parábola é contada para nos dispor a receber de braços abertos não só as pessoas “bonitinhas” que gostamos, mas também os desprezados, cuja presença em nosso meio, que por motivo ou outro, nos causa aborrecimento e mal estar. Pense em apenas o nosso caso como igreja! É uma lição bem conhecida, entretanto, difícil de pôr em prática. E essa é apenas uma entre as 40 parábolas do Novo Testamento e algumas até mesmo do Antigo Testamento. Eis uma lista:
Do Novo Testamento:
  1. O bom samaritano — Lucas 10.30-37
  2. A ovelha perdida — Lucas 15.4-7
  3. A moeda perdida — Lucas 15.8-10
  4. O filho (perdido) pródigo — Lucas 15.11-32
  5. O administrador desonesto — Lucas 16.1-8
  6. O homem rico e Lázaro — Lucas 16.19-31
  7. Os servos — Lucas 17.7-10
  8. A viúva e o juiz — Lucas 18.2-5
  9. Os talentos — Lucas 19.12-27
  10. Os lavradores maus — Lucas 20.9-16
  11. A roupa nova — Lucas 5.36
  12. O vinho novo — Lucas 5.37-38
  13. Os dois alicerces — Lucas 6.47-49
  14. Os dois devedores — Lucas 7.41-43
  15. O semeador — Lucas 8.5-8
  16. A lamparina — Lucas 8.16-18
  17. Os empregados alertas — Lucas 12.35-40
  18. O amigo persistente — Lucas 11.5-8
  19. O rico sem juízo — Lucas 12.16-21
  20. O empregado fiel — Lucas 12.42-48
  21. A figueira sem figos — Lucas 13.6-9
  22. A figueira sem folhas — Lucas 21.29-31
  23. A semente de mostarda — Lucas 13.18-19
  24. O fermento — Lucas 13.20-21
  25. Os convidados para festa de casamento — Lucas 14.7-14
  26. A grande festa — Lucas 14.28-33
  27. A construção duma torre — Lucas 14.28-33
  28. O fariseu e o cobrador de impostos — Lucas 18.10-14
  29. O retorno do proprietário — Marcos 12.1-9
  30. A semente que cresce — Marcos 4.26-29
  31. O joio — Mateus 13.24-30
  32. O tesouro escondido — Mateus 13.44
  33. A pérola — Mateus 13.45-46
  34. A rede — Mateus 13.47-48
  35. O empregado mal — Mateus 18.23-24
  36. Os trabalhadores no vinhedo — Mateus 20.1-16
  37. Os dois filhos — Mateus 21.28-31
  38. A festa de casamento — Mateus 22.2-14
  39. As dez virgens — Mateus 25.1-13
  40. As ovelhas e as cabras — Mateus 25.31-36
Do Antigo Testamento:
  1. A ovelha — 2Samuel 12.1-4
  2. O vinhedo — Isaías 5.1-7
REFLEXÃO PARA DEVOCIONAL:
Para cada dia da semana escolha uma parábola. Para “decodificá-la” tente responde as seguintes perguntas:
  • Para quem a parábola foi contada?
  • Porque a parábola foi contada?
  • Qual é a moral da parábola?
  • Existe algum ponto culminante na parábola?
  • Alguma interpretação é dada na passagem para a parábola?
Obs.:   Conhecendo melhor as parábolas - Os evangelhos relatam 44 parábolas apresentadas por Jesus.Lucas mostra 31, Mateus 22, Marcos 6 e João apenas 2


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