INDICE
Objetivo Do Tema
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Bibliografia Principal
O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec)
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Capitulo
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O Livro dos Espiritos – (Allan Kardec)
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Questões
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Bibliografia Complementar
JESUS, MODELO E GUIA
Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
Centro Espírita Léon Denis
Palestrante: Sergio Aleixo
Rio de Janeiro - 21/07/2000
Organizadores da
palestra:
Moderador: "lflavio" (nick: ||Moderador||)
"Médium digitador": "cacs" (nick: Sergio_Aleixo)
Oração Inicial:
<||Moderador||> Deus, nosso
Pai; Jesus, nosso Mestre, queremos agradecer pelo dom da vida, e pela
oportunidade de estarmos juntos, para aprender mais sobre os ensinos e sobre a
vida de nosso Mestre. Rogamos aos amigos espirituais, que nos envolvam e
envolvam de maneira especial, nosso irmão Sergio, encarregado do estudo da
noite. Que assim seja !
Considerações Iniciais
do Palestrante:
Em meio à crescente proliferação de doutrinas exóticas no seio
mesmo do movimento espírita, sobremodo nos preocupam aquelas cujo resultado é a
deturpação da legítima visão espírita de Jesus de Nazaré.
Ao contrário do que a negligência de muitos confrades pode
supor, Allan Kardec deixou bem definida a concepção espírita sobre a natureza
do Cristo, quer física, quer, sobretudo, espiritualmente. Senão vejamos:
No comentário ao nº 226 de "O Livro dos Espíritos", o
codificador estabelece que, quanto ao estado no qual se encontram, os espíritos
podem ser encarnados, errantes ou puros. Acerca dos puros, dizem os espíritos
superiores: "Não são errantes ... Esses se encontram no seu estado
definitivo. Tal é a condição espiritual de Jesus: a dos espíritos puros, ou
seja, a dos espíritos que "percorreram todos os graus da escala e se
despojaram de todas as impurezas da matéria" (Ob. cit., 113).
Apesar de integrar o número dos que "não estão mais
sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis", dos que "realizam a
vida eterna no seio de Deus" (id., ibid.), entre nós, por missão, o mestre
encarnou-se.
Conforme o item 233 de "O Livro dos Espíritos"
esclarece, "os espíritos já purificados descem aos mundos
inferiores", a fim de que não estejam tais mundos "entregues a si
mesmos, sem guias para dirigi-los". É bem verdade que no comentário ao
item 625 da mencionada obra, Allan Kardec apresenta Jesus como "o tipo da
perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra", em quase exata
conformidade com o que diz sobre os espíritos superiores: "Quando, por
exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos
oferecem o tipo da perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo"
(Ob. cit., 111).
Evidentemente, o codificador considera a encarnação de espíritos
superiores uma exceção neste mundo pelo fato de espíritos dessa classe já
haverem superado o nível de provas como nós costumamos entendê-las (Ob. cit.,
268), estando, pois, evolutivamente, situados para além do que o nosso planeta
lhes poderia proporcionar em termos de aprendizado
Na linguagem escriturística, são chamados, por vezes,
"filhos do homem", porque suplantaram, neste caso, as condições
evolutivas da Terra.
Mais adiante na evolução, contudo, estão aqueles que, a exemplo
de Jesus, ultrapassaram o próprio plano ôntico de humanidade. Integram já o
"estado definitivo", de que a questão 226 de "O Livro dos
Espíritos" nos fala, ou seja, o estado angelical. Salientemos porém que,
na doutrina espírita, o rigor do conceito de pureza se concentra na expressão
puro espírito, que Kardec explicou ser o estado dos seres que tradicionalmente
são chamados "anjos, arcanjos ou serafins". Entretanto, não quis o
codificador estabelecer, com isso, a existência de gradações, ou níveis
diferentes, no estado de pureza espiritual. Basta confrontarmos o item 113 com
o item 226 de "O Livro dos Espíritos". Tanto assim é que o mestre
lionês afirma em "O Céu e o Inferno", 1ª parte (VIII:13): "[o
espírito] pouco a pouco se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia
espiritual até o estado de puro espírito ou anjo. Os anjos são, pois, as almas
dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em
sua plenitude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o grau supremo,
gozam da felicidade relativa ao seu adiantamento (...)".
O sacrifício tipicamente missionário de um retorno físico à
Terra, porém, mesmo quando já não há necessidade desse tipo de experiência para
evoluírem, é meritório aos espíritos superiores, isto é, do ponto de vista de
sua progressão. Até porque os espíritos superiores não integram ainda a classe
dos puros espíritos, ou seja, não se encontram ainda no seu estado definitivo.
Alguns entendem que este seria o caso de Jesus de Nazaré. Ele teria atingido a
perfeição, ou, quiçá, um grau evolutivo mais alto entre os "filhos do
homem" somente após o cumprimento de sua missão...
Aliás, isso é sugerido pelo autor da Epístola aos hebreus, o
qual entende que Jesus, por seus sacrifícios, teria passado, de
"sacerdote", à condição de "sumo sacerdote" do que ele
chama "ordem de Melquisedeque". (cf. V, 5-10; VI, 20). Ainda que essa
idéia não confronte com o ensino de "O Livro dos Espíritos" (no qual
Jesus figura, conforme vimos, como espírito superior; passível, portanto, seria
ele de aperfeiçoamento), não devemos desposá-la.
E isso por uma razão muito simples: a codificação espírita
começa em "O Livro dos Espíritos", mas não termina nele! O próprio
mestre lionês disse: "O Livro dos Espíritos" não é um tratado
completo do Espiritismo; não faz senão colocar-lhe as bases e os pontos fundamentais,
que devem se desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação
("Revista Espírita", julho de 1866. IDE, Tomo IX, p. 223). Assim foi
que Allan Kardec, de comum acordo com os espíritos superiores que o orientaram,
desenvolveu o conceito espírita sobre a condição espiritual de Jesus, como
aliás o fez em relação a outros temas doutrinários. Senão, vejamos:
Já mesmo em "O Livro dos Médiuns", obra que constitui
a seqüência de "O Livro dos Espíritos", o mestre de Lyon passou a
classificar Jesus como espírito puro. Na nota que escreve à dissertação IX do
capítulo XXXI, falando de Jesus, distingue, com absoluta clareza, "os
espíritos verdadeiramente superiores" daquele que é o espírito puro por
excelência.
No mesmo sentido, em "A Gênese" (XI:45), o codificador
mantém a distinção: "(...) espíritos superiores, embora sem as qualidades
do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra para desempenhar missões
especiais, proveitosas, simultaneamente, ao adiantamento pessoal deles, se as
cumprirem de acordo com os desígnios do Criador." Vê-se que Allan Kardec
diz que tais espíritos, mesmo superiores, não têm as qualidades do Cristo. De
novo, ele estabelece, portanto, marcada diferença entre Jesus e os espíritos
superiores, como fez no trecho citado de "O Livro dos Médiuns." E por
quê?
Tão-só porque os espíritos superiores ainda não são puros. E não
se trata de considerar Jesus um espírito puro apenas depois do cumprimento de
sua gloriosa missão, tendo sido, antes dela, superior. Em "O Céu e o
Inferno", 1ª parte (III:12), elucida o mestre lionês: "Os puros
espíritos são os messias ou mensageiros de Deus pela transmissão e execução das
suas vontades. Preenchem as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à
harmonia geral do universo, tarefa gloriosa a que se não chega senão pela
perfeição. Os da ordem mais elevada são os únicos a possuírem os segredos de
Deus, inspirando-se no seu pensamento, de que são diretos representantes."
No mesmo sentido, em "A Gênese" (XI:28), Kardec
explica que, "chegados ao ponto culminante do progresso", os
espíritos são "... admitidos nos conselhos do Onipotente, conhecem-lhe o
pensamento e se tornam seus mensageiros, seus ministros diretos no governo dos
mundos, tendo sob suas ordens os espíritos de todos os graus de adiantamento".
Mais adiante, no capítulo XV, item 2, o codificador diz que
Jesus está colocado, "por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade
terrestre", explicando ainda o seguinte:
"Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação
neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a divindade
somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento dos seus desígnios.
Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus
para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto
seria um messias divino".
E Kardec prossegue afirmando sobre Jesus: "Como homem,
tinha a organização dos seres carnais; porém, como espírito puro, desprendido
da matéria, havia de viver mais da vida espiritual do que da vida corporal, de
cujas fraquezas não era passível." Ora! Se, antes do cumprimento de sua
missão, Jesus era, conforme entende o codificador, mensageiro direto da
divindade (porquanto tal missão lhe foi confiada antes de sua encarnação), é
que o mestre já havia atingido o ponto culminante do progresso: a perfeição
relativa, isto é, a que a criatura comporta perante o seu Criador.
Salvo melhor juízo, o Cristo não dependeu, portanto, do
desempenho de sua missão para purificar-se. Ele era, desde muito antes de se
encarnar entre nós, um espírito puro ou messias. Daí o arremate de Allan Kardec
ao item 2 do capítulo XV de "A Gênese": "Que espírito ousaria
insuflar [a Jesus] seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir?
Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo a
definição dada por um espírito, ele era médium de Deus." Assim, entre
Jesus e Deus não havia, não há nem nunca haverá outros espíritos; ou seja, ele
não agia como médium de espíritos superiores, porque não os há superiores ao
mestre dos mestres, embora, evidentemente, haja-os como ele, também puros, em
comunhão perfeita com o pai celestial.
No livro "Obras Póstumas", em seu estudo sobre a
natureza do Cristo, item V, afirma Kardec que o "estado normal" de
Jesus é o de identificação com a divindade. No item IX desse mesmo estudo,
Kardec esclarece que, ao se dizer filho único de Deus, Jesus não entendia
tratar-se do "único ser que haja chegado à perfeição, mas que era o único
predestinado a desempenhar aquela missão na Terra".
Lembraríamos ainda de uma pertinente instrução do espírito
Emmanuel. Na obra "O Consolador", psicografada pelo médium Francisco
Cândido Xavier, em sua resposta à questão 327, afirma o benfeitor: "Em
Jesus cessaram os processos, sendo indispensável reconhecer na sua luz as
realizações que nos compete atingir". Desse modo, podemos, até aqui,
constatar que tudo o que há ressaltado da codificação espírita é ratificação
lógica das palavras do próprio Jesus a seu respeito, contidas nas escrituras.
Em João 10:30, o mestre afirma: "Eu e o Pai somos um",
o que revela, não a divindade do Cristo, que não é Deus, mas sua plena
integração com o pai do céu, sua condição de mensageiro direto da divindade, de
espírito puro ou messias, porque atingiu seu estado definitivo, após, como
qualquer outro espírito, evolucionar até o ponto culminante do progresso, ou
seja, até o grau supremo de perfeição que a criatura comporta.
Esta condição, aliás, Jesus Cristo assinalou-a como essência e
destino de todos nós, pois defendeu o título de 'Filho de Deus' identificando
sua natureza com a nossa, ao argumentar: "Não está escrito na vossa lei:
Eu disse: sois deuses? - Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a
palavra de Deus, então daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo,
dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou filho de Deus? (João 10:34-36).
Equivaleria a dizer: "Se vocês, que ainda não foram santificados, isto é,
que ainda não realizaram a perfeição a que estão destinados, são, em si mesmos,
deuses, ou seja, filhos de Deus, como é que eu, já tendo realizado essa
perfeição, poderia estar blasfemando ao dizer-me filho de Deus!?... O texto
integral do Salmo 82, em seu versículo 6, não deixa dúvidas quanto ao fato de
Jesus ter identificado sua natureza à nossa: "Eu disse: sois deuses, sois
todos filhos do Altíssimo."
A diferença, pois, entre Jesus e nós outros, segundo o próprio
mestre, estava na santificação, isto é, na plenitude da evolução espiritual,
que ele já atingira e da qual, por certo, estamos ainda muito longe. Em João
3:10-13, após explicar a lei dos renascimentos ao perplexo Nicodemos, Jesus
afirma: "És mestre em Israel e ignoras essas coisas? - Em verdade, em
verdade, te digo: falamos do que sabemos, e damos testemunho do que vimos,
porém não acolheis o nosso testemunho. - Se não credes quando vos falo das
coisas da terra, como ireis crer quando vos falar das coisas do céu? - Ninguém
subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do mesmo. Que prova da evolução
espiritual pela reencarnação! O mestre assegura ao doutor da lei que está
falando do que sabe e está dando testemunho do que viu. Isto quer dizer que,
sobre perfeição, sobre a destinação de todos os filhos de Deus, o Cristo tem
conhecimento de causa. Ele tem, portanto, absoluta autoridade para ensinar,
pois, a seu turno, em eras remotas de mundos para nós desconhecidos, também ele
se feriu nas urzes da trilha evolutiva, conhecendo-a passo a passo.
Jesus evidencia ter atingido sua condição de pureza evoluindo,
como qualquer outro espírito criado por Deus, pois que subiu ao céu.
Ora! Se subiu, não esteve sempre lá, em estado de perfeição, mas
o atingiu, como ressalta também de sua dita em João 16:33: "Estas cousas
vos tenho dito para que tenhais paz em mim. - No mundo, tereis aflições, mas
tende bom ânimo: eu venci o mundo". O que vale dizer: "Eu venci essa
fase de evolução pela qual vocês agora passam, como já venci as demais; e vocês
também as vencerão. Para isto, eu vim até vocês." O processo de evolução
de Jesus, é claro, aconteceu antes que este mundo existisse, antes da formação
deste planeta, cuja co-criação e direção sempre lhe esteve nas mãos. É o que
deduzimos de Mateus 28:18: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra". Toda a autoridade! Não é alguma autoridade. É toda! No céu, ou
seja, evolução em planos mais sutis, e na Terra: planos mais densos.
Em João 1:3, lemos: "Todas as cousas foram feitas por
intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez". E em João
17:4-5, lemos: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me
confiaste para fazer - e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a
glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo." Vejamos bem!
Jesus não se refere a uma glória maior, mas à mesma glória de antes, junto do
pai celeste... É que ele não evoluiu ao desempenhar sua tarefa, simplesmente
exerceu a perfeição que já lhe era inerente. Não havia o que evoluir. Talvez
nos dirijam refutações com a idéia, eminentemente matemática, de uma evolução
espiritual que seria infinita. Muito monótona, pensam, seria a perfeição: nada
a fazer... nada a aprender... Ora! A matemática pode ser muito boa para a
física, mas não estamos tão certo de sua validade para esta questão da
metafísica. A idéia de uma evolução infinita, conforme já vimos, "O Livro
dos Espíritos" e toda a codificação não a endossam.
A título de ilustração, podemos citar, ainda, o que ensina o
item 290 da obra-base, ao afirmar que espíritos de diferentes níveis de
evolução podem ver-se "de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para
sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando houverem se
igualado na perfeição". Um espírito pode, pois, chegar antes que outro à
perfeição; porém, quando este segundo também a atinge, àquele primeiro
forçosamente se iguala, o que não seria possível se a evolução do primeiro
ainda estivesse em processo. A mesma preocupação, por assim dizer,
igualitarista, é manifestada por Kardec no item 126 de "O Livro dos
Espíritos", quando inquire: "Chegados ao grau supremo da perfeição,
os espíritos que andaram pelo caminho do mal têm, aos olhos de Deus, menos
mérito do que os outros?" Respondem os espíritos: "Deus olha de igual
maneira para os que se transviaram e para os outros e a todos ama com o mesmo
coração."
Quanto à hipótese de o espírito perfeito, finda sua evolução,
nada mais ter a fazer, só podemos lamentar o desconhecimento doutrinário dos
que com ela pretendem contra-argumentar. Basta lermos o item 113 de "O
Livro dos Espíritos", o já citado item 12 do capítulo III da 1ª parte de
"O Céu e o Inferno", ou, ainda, o também citado item 28 do capítulo
XI de "A Gênese". O que não falta é trabalho!
A evolução, dizem comentaristas mais perspicazes, seria infinita
porque teríamos sempre o que aprender diante de Deus. No entanto, se assim fosse,
caducaria o item 226 de "O Livro dos Espíritos", pois não existiriam
espíritos puros, isto é, em "estado definitivo", apenas os haveria
encarnados ou errantes, errantes ou encarnados, eternamente. Lembraríamos dos
números 10 e 11 de "O Livro dos Espíritos", que, condensadamente,
dizem o seguinte: "Será dado um dia ao homem compreender o mistério da
divindade, a natureza íntima de Deus, quando não mais tiver o espírito
obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de
Deus, ele o verá e compreenderá."
O item 562 de "O Livro dos Espíritos" é claro demais
para permitir qualquer dúvida remanescente a este respeito. Allan Kardec
perguntou aos espíritos superiores, em termos categóricos: "Já não tendo o
que adquirir, os espíritos da ordem mais elevada se acham em repouso absoluto,
ou também lhes tocam ocupações?" Resposta: "Que quereríeis que
fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício." A
isso redargüiu o codificador: "De que natureza são as suas ocupações?"
Resposta: "Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao
universo inteiro e velar porque sejam cumpridas."
Ou seja, sem que isso represente, para a criatura, igualar a
perfeição de Deus, o Absoluto é, de alguma forma, acessível ao ser relativo,
num estado de espiritualidade que somente compreenderá ao atingi-lo, no final
do processo evolutivo, quando "não lhe faltar para isso o sentido"
("O Livro dos Espíritos", 10). É certo, todavia, que, para o espírito
no seu "estado definitivo" (ibid., 226), no seu "estado de
pureza perfeita" (ibid., nº 268), nada mais representam tempo, espaço, ou
qualquer de nossos parâmetros habituais de mensuração, porque, "ao cabo de
muitas existências", já se encontra, finalmente, "integrado em
Deus", embora, nem por isso, possa igualar-se a ele (ibid., 243 e 243-a).
A plenitude do ser criado, a perfeição relativa, é o máximo
estado de comunhão possível com Deus, por ele mesmo determinado. Nesse estado,
o espírito não cogita, como nós outros, de evoluir, mas, simplesmente, de
exercer a plenitude de sua condição de criatura; e tal condição nada tem de
monótona, porque cheia do dinamismo divino, do incondicional amor, cujo
exercício não redunda num melhoramento pessoal, porquanto o ser não é mais, a
essa altura, o que conhecemos por persona (máscara); suas atividades redundam
numa perene afirmativa da perfeição, numa perene afirmativa da "meta"
que atingiu ("O Livro dos Espíritos", 115).
Nosso objetivo não é aqui dogmatizar. É esclarecer. No
Espiritismo não existem dogmas, embora devamos reconhecer que haja nele
diretrizes muito bem definidas. Ora! O agnosticismo é a conseqüência imediata
da idéia eminentemente matemática de uma evolução infinita. Tal proposição pode
ser intelectualmente sedutora, pois aparece sempre fantasiada de filosofia;
mas, conforme vimos, não é esse o entendimento da doutrina espírita.
Eis o que ensina a terceira revelação da lei de Deus acerca de
Jesus: guia e modelo da humanidade ("O Livro dos Espíritos", 625).
Mas em que sentido considerar a palavra 'humanidade'? Num
sentido restrito à Terra? Se tivermos em vista apenas "O Livro dos
Espíritos", sim. Todavia, conforme demonstramos, não, se considerarmos a
codificação em sua plenitude conceitual a respeito de Jesus.
Disse também Kardec em "O Céu e o Inferno", 1ª parte
(III:14): "A humanidade não se limita à Terra, habita inúmeros mundos que
no espaço circulam; já habitou os desaparecidos, e habitará os que se formarem.
Tendo-a criado de toda a eternidade, Deus jamais cessa de criá-la. Muito antes que
a Terra existisse e por mais remota que a suponhamos, outros mundos havia, nos
quais espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de
mais recente formação, atingindo seu fim antes mesmo que houvéramos saído das
mãos do Criador. De toda a eternidade.
Como eu já havia adiantado, a condição de angelitude, no rigor
de sua acepção espírita, não admite gradações, pois é sinônima de puro
espírito. Se considerarmos, porém, o significado da palavra 'anjo', que é
'mensageiro', teremos de convir que os existem sem que sejam necessariamente
puros.
Para ilustrarmos, citemos Kardec mais uma vez, na "Revista
Espírita" de janeiro de 1862, no seu magistral ensaio sobre a
interpretação da doutrina dos anjos decaídos: "A palavra anjo é empregada indiferentemente,
uma vez que se costuma dizer: os bons e os maus anjos, o anjo das luzes e o
anjo das trevas; de onde se segue que, em sua acepção geral, significa
simplesmente espírito.
Segundo a doutrina espírita, de acordo nisto com vários
teólogos, os anjos não são seres privilegiados de criação, isentos, por um
favor especial, do trabalho imposto aos outros, mas espíritos chegados à
perfeição por seus esforços e seus méritos.
Para evitar todo equívoco, conviria reservar a qualificação de
anjos para os puros espíritos." O espiritismo, então, no caso de eventual
necessidade de distinção entre os anjos, no sentido benigno da palavra,
entende-os como mensageiros indiretos de Deus, quando pertencentes à segunda
ordem, isto é, às várias classes de bons espíritos ("O Livro dos
Espíritos", 107 a 111). Ou então os entende como mensageiros diretos de
Deus, quando integrantes da primeira ordem, classe única: a dos espíritos puros
(ibid., 112 e 113). Não nos parece existirem argumentos, extra ou menos ainda
intradoutrinários, que tornem necessária uma mudança nesta diretriz do
pensamento espírita... Jesus: espírito puro, isto é, que atingiu o grau supremo
de perfeição que a criatura comporta perante o Criador.
E oras! Se, conforme vimos, na condição de espírito puro, pode
Jesus "receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao universo
inteiro e velar porque sejam cumpridas" ("O Livro dos
Espíritos", 562), por que estaria ele restrito à Terra?
O fato é que, como qualquer outro espírito puro, o mestre dos mestres
possui, sob sua augusta responsabilidade, inúmeros educandários de almas,
correspondentes eles a todos os níveis da evolução universal, dos jardins de
infância às universidades.
Por isso disse Jesus: "Tenho outras ovelhas que não são
deste redil: devo conduzi-las também" (João 10:16); E em Mateus 28:19:
"Eis que estou convosco até a consumação dos séculos", isto é, com
Pastorino: "até a consumação dos ciclos", quer dizer, até o fim das
etapas de nossa evolução: a perfeição espiritual.
Lembremos da chamada oração sacerdotal de Jesus: "Ó Pai, eu
lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o
somos. Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para
que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me
deste..." (João 17:22-24).
Pois que caiam as máscaras, desapareçam as personas e, à
semelhança do mestre dos mestres, surpreenderemos o suposto Silêncio a cantar e
cantar todas as líricas que compôs para nos jurar seu eterno amor.
Muita paz, meus queridos irmãos! E obrigado pela paciência. (t)
Perguntas/Respostas:
<||Moderador||> [01] <|Marcelo-RJ|> Como fica a
questão da Virgindade de Maria, se Jesus disse que não veio destruir as leis?
<||Moderador||> [02] Boa noite Sérgio
.Algumas revistas espíritas e espíritas condenam a Bíblia como fonte de estudos
e base do cristianismo por ter sido manipulada pelos homens e por conter erros
provenientes de traduções para os diversos idiomas. Qual sua posição quanto a
isso?
<||Moderador||> [03] A seleção de Jesus como
modelo e guia não restringe o âmbito da doutrina espírita a uma só religião ou
filosofia, no caso o Cristianismo?
<||Moderador||> [04] Como entender a
posição de Jesus como guia e modelo, se seus ensinos são tão diversamente
interpretados, pelas diversas correntes do Cristianismo?
<||Moderador||> [05] <|Marcelo-RJ|> Certos autores
de determinados livros espíritas afirmam que Jesus teve várias encarnações na
Terra. Como, por exemplo: 2 na Lemúria, 2 em Atlantida, uma na Pérsia (como
krisna), uma na Índia (como buda) e uma última na Palestina (como Jesus). Qual
a sua opinião a respeito disto?
<||Moderador||> [06] O espírito Verdade,
presente no livro "O Evangelho ..." pode ser Jesus?
<||Moderador||> [07] Como, na prática,
usar os ensinamentos de Jesus como modelo, se muitos nas dificuldades afirmam:
"Não sou Jesus!"
<||Moderador||> [08] Sempre quando mencionam
a mansidão de Jesus me lembro da Sua indignação com os vendedores no templo,
quando destruiu barracas e expulsou os vendedores. Isso significa que para tudo
há um limite?
<||Moderador||> [09] Boa Noite a todos.
Gostaria de saber a opinião do colega Sergio, acerca de variados pensadores
espiritas brasileiros, dizerem com toda a convicção que Jesus foi o
"médium" de Cristo. Ou seja Jesus e Cristo duas individualidades bem
diferentes.
Portanto, vemos que este tipo de mistificação é antigo. Revela
um plano da sombra para desvirtuar nossa visão sobre Jesus. Estes tais
pensadores ao que o irmão se referiu, não são espíritas, pois é ponto pacífico
no Evangelho e na codificação que Jesus é o Cristo.
Pedro, certa vez, estando mediunizado, afirmou: "Tu és o
CRISTO, o Filho do Deus vivente". Jesus aceita a revelação, dizendo:
"Bem aventurado és Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o
sangue que te revelaram isto, mas meu PAI que está nos céus".
Portanto, os que afirmam que Jesus não é o Cristo, pretendem
saber mais sobre Jesus do que Ele mesmo. (t)
<||Moderador||> [10] No mundo de hoje
temos uma violência e incompreensão, incompatíveis com o exemplo do Mestre
Jesus, mesmos entre os ditos cristãos. O que leva a esta incompreensão?
<||Moderador||> [11] <|Marcelo-RJ|> Algumas pessoas
defendem a hipótese de que Jesus esteve em nosso meio com um corpo fluídico ou
um corpo especial, sem ser igual ao nosso. Na sua opinião, isso é correto?
<||Moderador||> [12] Gostaria de
saber qual a credibilidade, no meio espírita, do livro "A História de
Jesus ditada por Ele mesmo", o qual teve como médium uma camponesa
francesa? (t)
<||Moderador||> [13] Sendo Jesus o molde
evolutivo do Cristianismo, seria coerente afirmar que só se é realmente cristão
ao aprender e pôr em prática os ensinamentos, tornando-se assim , espíritos
puros como Ele?
Considerações Finais do
Palestrante:
Oração Final:
Pai, agradecemos a não
interferência de irmãozinhos encarnados ou desencarnados que porventura
pudessem aparecer e prejudicar o ambiente harmonioso sob o qual desenvolvemos
este belíssimo trabalho no dia de hoje. Agradecemos também o amigo Sérgio
Aleixo, agradecemos às pessoas presentes no canal e que tenhamos uma semana de
muita paz , com o trabalho que nos educa e, principalmente, com a humildade que
sempre nos eleva em nome de Deus. Que assim seja!
Jesus: Guia E Modelo - Leda de Almeida Rezende Ebner
de Ribeirão Preto, SP
Na questão 625 em O Livro dos Espíritos, à pergunta de Allan
Kardec: "Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe
servir de guia e modelo?", os Espíritos responderam simplesmente: "—
Vede Jesus".
Entender Jesus como guia dos homens não nos parece difícil, uma
vez que, durante sua vida na Terra, demonstrou sempre, no seu viver e nos seus
ensinos, que veio para indicar aos homens, o roteiro para o desenvolvimento
moral. Ao declarar: "Sede perfeitos..." deixou claro que todos os
homens podem aperfeiçoar-se, pois ele falava para toda a humanidade.
Guia, segundo o dicionário, é "ação de guiar, dirigir. A
pessoa que dirige, que ensina o caminho." Jesus se enquadra perfeitamente
nesta definição.
Ao nascer, trouxe aos homens o conhecimento da lei maior, a lei
do amor, sentimento existente no íntimo de todos e cume do desenvolvimento
intelectual e moral de todos. Seus ensinos brilham no mundo tal qual farol
gigantesco indicando o verdadeiro caminho para a paz e para a felicidade.
Os Espíritos continuam nascendo na Terra, retornando ao plano
espiritual, renascendo de novo e, sempre, por maneiras e canais diferentes, são
sempre convidados ao: "Amai, pois, os vossos inimigos, fazei bem...",
"Amai-vos uns aos outros...", "Perdoai não sete vezes, mas
setenta vezes sete vezes", embora o orgulho e o egoísmo os impeçam de
compreender.
Todavia, como se aprende pelo desenvolvimento intelectual e
moral, através de repetições de experiências, a mensagem de Jesus continua
ecoando por toda parte, conclamando os homens a perceberem e a valorizarem as
coisas espirituais.
Jesus é o irmão mais velho que veio ensinar a finalidade da vida
na Terra, que é o aperfeiçoamento do Espírito e como aproveitar as experiências
terrenas para que esse determinismo divino aconteça.
Jesus recebeu de Deus a incumbência de guiar a humanidade na sua
evolução e ele continua apontando o caminho, dirigindo-a até que ela, a
humanidade, se aperfeiçoe.
Acreditamos que mesmo os Espíritos que vão ficando na
retaguarda, os que não acompanhando o progresso dos demais, renascem em mundos
inferiores à Terra atual, continuam fazendo parte desta humanidade e recebendo
o amor e a orientação de Jesus e seus mensageiros, cujo número se amplia com os
que aprendem e seguem o caminho indicado pelo Mestre.
Parece-nos fácil compreender Jesus como o guia mais perfeito
vindo à Terra.
Mas, como pode um Espírito de tal transcendência espiritual, um
ser angélico, cujos ensinos e exemplos continuam após 2000 anos sendo estudados
e atraindo os homens, ser nosso modelo?
Segundo o dicionário, modelo é: "Tudo o que serve de tipo
para ser imitado, pessoa ou ato que pela sua perfeição são apontados como
dignos de se imitarem, de servirem de exemplo".
Sendo Jesus modelo para os homens, como disseram os Espíritos a
Kardec, isto significa que ele pode ser imitado, servindo de exemplo.
E o Espiritismo nos esclarece por quê e como podem os homens
imitá-lo, ao nos apresentar Jesus como sendo um filho de Deus, criado como
todos nós, Espíritos imortais, simples e ignorante, tendo feito a sua evolução
em mundos materiais. Está muito acima de nós no que se refere à realização
espiritual.
O Espiritismo nos mostra que todos os Espíritos, sem exceção,
são criados da mesma maneira e cabe a todos atingir o determinismo divino: a
perfeição, o que aconteceu com Jesus e muitos mais.
Então, ele pode ser e é nosso modelo, nosso exemplo, porque
passou pelo processo que estamos passando. Como filho de Deus, como nós, venceu
sua ignorância e desenvolveu seu potencial divino, através de existências em
mundos materiais, tendo alcançado, antes da Terra existir, o grau evolutivo que
lhe permitiu ser o representante de Deus na Terra e nos corações dos homens.
Jesus é pois, nosso guia, nosso modelo de vida e de amor!
(Jornal Verdade e Luz Nº 167 Dezembro de 1999)
JESUS O MODELO -
JUVANIR BORGES DE SOUZA
A Doutrina Moral que o
Cristo deixou como mensagem para os homens é a expressão mais pura das Leis de
Deus.
Nelas se encontram
revelações antigas, reafirmadas ou retificadas, assim como novas verdades e
realidades não percebidas até então, apesar de estarem na Natureza.
Jesus sabia e sabe das
dificuldades dos homens para apreenderem as leis naturais.
Quando Allan Kardec
indaga dos Espíritos Reveladores "Qual o tipo mais perfeito que Deus tem
oferecido ao homem, para servir de guia e modelo?", a resposta, pronta e
sintética, é - "Jesus" (O Livro dos Espíritos - questão 625).
Esse esclarecimento da
Espiritualidade Superior quanto ao modelo da perfeição moral a que toda a
humanidade pode aspirar na Terra é peremptório, indiscutível, definitivo, como
ensinamento.
Perlustrando a
história do homem neste Orbe verificamos que, em todos os tempos, houve
missionários, fundadores de Religião, filósofos, Espíritos Superiores que aqui
encarnaram, trazendo novos conhecimentos sobre as Leis Divinas ou Naturais com
a finalidade de fazer progredir os habitantes deste Planeta.
Entretanto, por mais
admiráveis que tenham sido suas missões, nenhum se iguala ao Cristo de Deus.
Mesmo porque todos
eles estiveram a serviço do Mestre Incomparável, o Guia e Governador Espiritual
deste mundo de expiação e provas.
Criaturas imperfeitas,
vivendo e revivendo em um mundo atrasado como é a Terra, as lições da Vida e os
ensinos morais nem sempre são apreendidos na sua verdadeira significação.
Além disso, princípios
das leis divinas conhecidos há milênios foram adulterados, no todo ou em partes,
por intérpretes e usos e costumes de povos e civilizações, antes e depois da
vinda do Cristo.
Assim, a evolução
humana é complexa e lenta.
No campo do
conhecimento, o progresso científico e tecnológico acabou por beneficiar
grandes contingentes da Humanidade, principalmente quando os meios de
transportes e comunicação se aperfeiçoaram.
No terreno
moral-espiritual, entretanto, o progresso é lento e difícil, porquanto depende
de cada indivíduo, que precisa aprender, assimilar e vivenciar cada aspecto da
Lei Divina.
Ora, em qualquer
época, desde os tempos primitivos, passando por todas as civilizações até a
atualidade, o homem terreno tem demonstrado rebeldia no tocante à sua
transformação moral.
Dotado de livre -
arbítrio para aceitar ou não as regras comportamentais e princípios morais, sua
inteligência e sua sensibilidade dificultam muitas vezes seu progresso, para
atender seus interesses imediatos, num mundo material como o nosso.
Diante desse quadro
real, que expressa resumidamente a realidade da vida de bilhões de criaturas
humanas que encarnam e reencarnam inúmeras vezes na crosta terrestre, torna-se
mais fácil compreender o planejamento do Governador Espiritual da Terra para
redimir seus habitantes.
Durante milênios
enviou seus emissários para instruir povos, raças e civilizações com
conhecimentos e princípios da lei natural.
Depois, há dois mil
anos, veio pessoalmente ratificar ou retificar os conhecimentos já existentes,
deixando a Boa Nova como patrimônio de todos os terráqueos.
Mas em sua mensagem e
em sua exemplificação, sabendo que o homem tem propensão natural para evoluir
no campo intelectual, deu ênfase ao conhecimento e à prática das leis morais
que regulam a vida e o aperfeiçoamento moral.
Para obviar e
contornar as deturpações de sua Mensagem, Ele mesmo previu a vinda futura de
outro Consolador, com a incumbência de repor as coisas nos seus lugares, vale
dizer, retificar as deturpações de seus ensinos pela ignorância e interesses
dos homens.
Não resta dúvida de
que o Consolador Prometido é a Doutrina Espírita que, a partir dos meados do
século XIX, foi trazida pela Plêiade de Espíritos Superiores sob a orientação
do Espírito de Verdade.
É o próprio Cristo que
retorna, após mais de dezoito séculos, repetindo para os homens o ensino das
Leis de Deus.
Agora, a nova Mensagem
já não necessita da linguagem alegórica nem das parábolas, para atender a
dificuldade de entendimento dos homens de há 2000 anos. Mas, como advertem os
próprios Espíritos Reveladores, é necessário "que a verdade se torne
inteligível para todo o mundo", e acrescentam:
"A nossa missão
consiste em abrir os olhos e ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e
desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a
fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem
equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos possam
julgar e apreciar com razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que
Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a
Lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de
amor e de caridade". (O Livro dos Espíritos - q.627).
Não poderiam ser mais
claros os Espíritos do Senhor incumbidos da Terceira Revelação, quanto à missão
de retransmitir aos homens a Doutrina de Jesus.
Não só no trecho
transcrito, mas em várias passagens dos livros da Codificação, está evidente o
verdadeiro caráter da Doutrina Espírita, revivência dos ensinamentos do Cristo.
A autêntica Doutrina
Cristã é a que resulta dos ensinamentos e exemplificações de Jesus, o Cristo de
Deus, não dos que são apresentados pelas diversas religiões ditas cristãs, com
suas interpretações, tradições, dogmas, cultos exteriores e interesses
diversos, que se acumularam ao longo do séculos.
O Espiritismo revive o
Cristianismo do Cristo e não o das igrejas e seitas que se formaram à sombra
dos ensinos de Jesus, mas que deles se desviaram por múltiplos fatores.
Aos Espíritas sinceros
cumpre não perder de vista essa realidade de suma importância - a total
vinculação do Espiritismo com os ensinos de Jesus, o Cristianismo primitivo,
pela base moral comum a ambos, sem desvios impostos pelo interesse dos homens.
O ensino moral do
Cristo, como observa criteriosamente Allan Kardec, é o Código Divino diante do
qual a própria incredulidade se curva.
Realmente, filósofos,
pensadores, historiadores, pesquisadores das mais variadas tendências rendem-se
à personalidade ímpar de Jesus, o Cristo.
Exemplo disso é
Ernesto Renan, pesquisador e historiador arguto, racionalista e independente
afirmar:
"Portanto Jesus
não poderia pertencer unicamente aos que se apelidam seus discípulos. É a honra
comum a todos os que tem coração de homem. A sua glória não se consiste em
estar retirado da História; presta-se-lhe mais verdadeiro culto mostrando que
toda a história é incompreensível sem Ele".
A figura de fulgor
resplandecente do Filho de Deus e do Filho do Homem, como Ele se declarava,
continua sempre, em todos os tempos, como o Guia Espiritual da Humanidade
terrena, amando-a e instruindo-a com paciência infinita.
Calcula-se que já se
tenha escrito mais de cinquenta e cinco mil obras sobre Jesus Cristo.
Jamais houve outra
personalidade que possa aproximar-se do Mestre Incomparável, mesmo de longe.
Daí a fascinante atração que Ele exerce sobre os mais privilegiados pensadores
quanto sobre os mais humildes corações.
O consolador, a
Doutrina Espírita, é o Cristo de volta ao mundo com sua doutrina. É a
continuação da obra cristã, aclarada pelo pensamento dos Espíritos Reveladores
a serviço do Mestre e Modelo.
Fonte: Jornal Luzes do Caminho
Jesus: Guia E Modelo Para A Humanidade - Orlando
Ribeiro
O objeto deste nosso estudo é a pergunta 625, de “O Livro dos
Espíritos”. De antemão, deve-se deixar claro de que não se pretende esgotar o
assunto, visto que a doutrina dos Espíritos é tão completa que, quanto mais se
estuda, mais se aprende e quanto mais se aprende, mais se deve pesquisar.
Presume-se que o estudioso, ao chegar na questão aludida, já
deve ter compreendido que a Doutrina Espírita não está personificada em
ninguém; porém, a questão moral que a norteia sim, está realmente centrada em
alguém, um Espírito de jaez elevada, cuja apresentação se evidencia na questão
625, quando Allan Kardec pergunta aos Imortais, qual teria sido o Espírito
concedido por Deus aos homens para lhes servir de modelo e guia. “Vede Jesus”.
O conceito expresso nestas simples palavras aponta que o Cristo
personifica a Ética contida nas Leis Divinas, razão pela qual é apresentado
pelos Benfeitores Espirituais como o seu maior intérprete entre nós, o que se
complementa nas perguntas subseqüentes (626 – 627).
Recordemos que existe uma divisão didático-metodológica do
Evangelho, expressa na Introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”,
segundo a qual a obra teria cinco temas: “Os atos comuns da vida do Cristo; Os
milagres; As predições; As palavras que alicerçaram os dogmas da Igreja e, por
último, O ensino moral”. Se os quatro primeiros foram e ainda são questionados
por alguns, nada se pode contra o quinto tema, qual seja a Moral pregada por
Cristo. Ou seja, se os quatro primeiros temas foram o nascedouro de diversas
controvérsias teológicas, que incorreram no surgimento de variadas correntes
filosóficas cristãs e no nascimento de inúmeras igrejas, os postulados
ético-morais revelados por Jesus à Humanidade jamais foram contestados.
Na época de Jesus, a sua comunidade regia-se pelas leis
mosaicas, que eram repetidas a exaustão nas escolas e templos, mas quase que sem
nenhuma reflexão. Com o passar dos tempos, foram surgindo questionamentos que
tais preceitos não esclareciam. O meigo nazareno surgiu então para mostrar
àquele povo que as leis divinas não estavam contidas nos textos manipulados
pelos escribas, fariseus e outros aproveitadores, que apresentavam verdades
distorcidas, de pouco ou quase nenhum entendimento junto aos mais simples.
Os ensinamentos de Jesus calavam fundo na consciência de cada
um, pois que esta era a missão do Mestre: iluminar consciências. Porém, ele não
poderia fazê-lo com uma linguagem direta, visto que pregava para uma comunidade
semi-analfabeta e pouco desenvolvida culturalmente.
Assim, para poder cumprir seus propósitos e atingir o coração (e
a mente) de seu povo, Jesus lançou mão de quarenta e seis parábolas, estórias
breves que eram baseadas no cotidiano de sua gente, da quais se servia para
lecionar os princípios ético-morais de que era portador. Mesmo assim, o povo
ainda não estava amadurecido para receber todo o conteúdo dos seus ensinamentos,
razão pela qual Ele lhes prometeu um Consolador, papel desempenhado pelo
Espiritismo, a partir de 1857.
Este intróito histórico foi necessário para asseverar o por quê
de Jesus ter sido apresentado, de acordo com a resposta à pergunta 625, de
"O Livro dos Espíritos", como o verdadeiro modelo da perfeição moral
a que a Humanidade pode aspirar na Terra.
Nos comentários coerentes de Allan Kardec, o Mestre
"sintetizava todas as perfeições." É interessante notar que Jesus
disse "Não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento". Quer dizer,
o Cristo iria mostrar que nenhuma teoria se concretiza bem sem o exercício, sem
o trabalho, sem a ação.
Os seus ensinamentos não ficariam sem o aval de sua
exemplificação. A nova doutrina que instalou, denota que é imprescindível
estudar para enriquecer nosso pensamento, ter uma vida nobre, um trabalho
ativo, muita compreensão fraterna, serviço ao semelhante, respeito à natureza e
oração. Ao pregar que recebemos de acordo com o que damos, Jesus mostra como
podemos ser agradável a Deus.
Em "O Evangelho segundo o Espiritismo", (cap. 1, item
4), Kardec esclarece que o papel de Jesus "não foi simplesmente o de um
legislador moralista sem outra autoridade além da palavra". "Ele veio
cumprir as profecias que haviam anunciado a sua vinda, e a sua autoridade
provinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina".
Em outro trecho, amplia-se a informação de “O Livro dos
Espíritos”, ao retratar que o papel de Jesus foi “ensinar aos homens que a
verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino
dos céus; (...) ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de
eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das
coisas por vir, para a realização dos destinos humanos”.
Em suma, Ele nos convoca para iniciarmos o nosso processo de
melhoria pessoal, através do esforço de melhoria íntima, na direção de promover
o amor a si; ao próximo e a Deus, acima de todas as coisas.
Nosso Guia E Modelo - Renato Costa
Na questão 625 de O Livro dos Espíritos, Kardec perguntou “Qual
o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e
modelo?”, ao que os bondosos e sábios espíritos que ditaram a Doutrina Espírita
responderam com a resposta mais curta encontrável em toda a Codificação,
portadora, no entanto, de um profundo significado que nos propomos a explorar
neste estudo, qual seja: “Jesus”1.
Sabemos, pela leitura dos evangelhos, que Jesus não ensinou o que
lhe haviam ensinado seus pais ou outros mestres na existência neles relatada,
mas, sim, aquilo que ele mesmo havia aprendido em vidas anteriores e nelas
tinha vivenciado através de seus pensamentos e suas ações. Tal fato faz de
Jesus o Mestre perfeito, aquele que tudo sabe sobre as Leis de Deus por
experiência própria.
Pelo relato dos evangelistas, ficamos sabendo que Jesus conhecia
profundamente as escrituras (a Lei e os Profetas), pois constantemente as
citava junto aos doutores da lei sem jamais ter sido contrariado por eles
quanto ao acerto do que falava. O que aprendemos com isso é que devemos estudar
profundamente a Doutrina Espírita de modo a sempre termos em mente o que ela
ensina e estarmos prontos a manifestar nossa opinião sobre qualquer assunto sob
a sua luz.
Jesus não guardava para si o que sabia, mas estava a todo
instante ensinando ao povo. Termos
Jesus como modelo significa que não existe hora mais apropriada
para esclarecermos nossos irmãos, a nós cabendo fazê-lo em toda oportunidade que
se nos apresentar, seja no lar, no trabalho ou na rua, não nos limitando a
fazê-lo no centro que freqüentamos.
Somos informados, também, que Jesus orava e meditava constantemente, pondo-se em
sintonia com as Leis de Deus e seguindo-as religiosamente como filosofia de
vida. Em qualquer circunstância da vida saibamos, portanto, nos colocar
em sintonia com a espiritualidade superior, não só nos momentos em que temos
algo a pedir, mas, também, para agradecer, louvar ou apenas para nos sentirmos
renovados antes das empreitadas das quais nos compete participar. Mantermo-nos
em constante sintonia com o bem pode ser difícil para nós no estágio em que nos
encontramos, no entanto, se não tentarmos desde já, mais tempo levará para
termos sucesso nesse intento.
Encontramos no Novo Testamento o relato das inúmeras curas que
Jesus praticou, todas elas atendendo a três condições básicas que foram: a fé
do paciente, a não mais necessidade da doença para o fim a que se destinava e o
indiscutível equilíbrio emocional do Mestre, possibilitando a sua contínua
vinculação com os bons espíritos que o auxiliavam no processo.
Saibamos, portanto, que se, por um lado, as curas espirituais
são possíveis, por outro elas nem sempre ocorrem, pois dependem de condições a
serem atendidas. Saibamos, ainda, que nós também podemos ser agentes de cura,
pois, se Jesus é nosso modelo e guia, é nossa obrigação tentarmos imitá-lo.
Comecemos aos poucos exercitando o passe magnético na casa espírita à qual
estamos vinculados. No entanto, tenhamos em mente que tal atividade é um
ensaio, um aprendizado, tendo como finalidade desenvolver em nós as condições
necessárias à realização de curas. Não sejamos “burocráticos” na administração
dos passes. Tentemos, antes, melhorar a cada dia, aumentando nossa sintonia com
os bons espíritos e desenvolvendo a nossa fé na capacidade de ajudarmos a
nossos semelhantes. Lembremos da exortação de Jesus de que, se o seguíssemos,
faríamos as mesmas obras que ele fazia e ainda maiores. Logo, não desanimemos
jamais.
Jesus nos ensinou que
devemos odiar o pecado, mas amar o pecador. Trabalhemos, pois, nossos
sentimentos para não nutrir qualquer forma de emoção negativa contra nossos
irmãos, não importa se nos fizeram mal ou se nos invocam repulsa aparentemente
gratuita. Odiar o pecado é agir com firmeza para eliminá-lo através do
trabalho no bem e do esclarecimento do pecador. Saibamos, em toda
circunstância, olhar para todos como nossos irmãos, mesmo aqueles que estão em momentaneamente
em desvio. Se focarmos nosso combate contra o mal e não contra quem o pratica,
estaremos ajudando o mal a desaparecer do mundo.
Um dia, para que não tivéssemos dúvida quanto ao destino que
espera a todos nós, o Mestre nos exortou: “Sede perfeitos como vosso Pai é
perfeito”. Saibamos, portanto, que ao final da jornada, quando nada mais
tivermos a aprender em nenhum mundo, tendo desenvolvido totalmente nosso
potencial de bondade e sabedoria seremos perfeitos.
Vejamos, finalmente, que orientação deu Jesus àqueles que o
desejassem seguir. Quando anunciava a seus discípulos a proximidade de seu
martírio, Jesus disse-lhes um dia: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e
siga-me”.
(Mt 16:24).
Com renunciar-se a si mesmo, Jesus quis nos dizer que abandonássemos o egoísmo e o
apego exagerado às coisas materiais e não orientar-nos a ignorar as
necessidades básicas do corpo, o que seria contradizer a própria necessidade da
vida.
Quanto à cruz que devemos tomar, não é difícil concluir que ela
é a nossa missão neste mundo. Para saberemos qual é a nossa cruz basta
respondermos a algumas perguntas que podemos fazer a nós mesmos. Ainda temos
vícios ou falhas morais a corrigir ou já somos perfeitos? Além de nós mesmos,
alguém mais depende de nós ou todos os nossos familiares, amigos e conhecidos
prescindem de nossa ajuda? O ambiente em que vivemos, no lar, na cidade, no
país, nos diversos locais que freqüentamos é organizado, limpo, saudável e
feliz ou pode melhorar se dermos nossa contribuição nesse sentido?
Renunciemos, pois, ao egoísmo, praticando a caridade cristã em
nossos pensamentos e ações e tomemos com alegria a nossa cruz, aceitando as
dificuldades que se nos apresentarem como provas a serem por nós superadas com
paciência e perseverança. Sigamos a Jesus, nosso guia inigualável, lembrando de
tudo o que ele nos ensinou e, a cada situação difícil que enfrentarmos,
imaginemos o Mestre como modelo, pensando em como ele agiria em nosso lugar.
Que sempre saibamos permitir que os bons espíritos estejam do nosso lado nos
ajudando nessa empreitada.
********************************
1 - No original em Francês, a resposta dos Espíritos é "Voyez
Jésus" ("Vede Jesus", "Mirem-se em
Jesus"). Guillon Ribeiro, ao fazer sua tradução ao português, omitiu o
verbo.
Artigo publicado originalmente em O Espírita Fluminense, Ano L,
No 309, Novembro/Dezembro de 2006
PLANO DE IDEIAS Nº 01
625 - VEDE
JESUS
Mestre PELO EXEMPLO.
estudar profundamente a Doutrina
QUALQUER HORA É HORA
CONSTANTE SINTONIA COM O
BEM
NÃO CURAVA A TODOS – VÓS SOIS DEUSES
ODIAR O PECADO, MAS AMAR
O PECADOR.
“SEDE PERFEITOS COMO VOSSO PAI É PERFEITO”.
“SE ALGUÉM QUISER VIR COMIGO,
RENUNCIE-SE A SI MESMO, TOME SUA CRUZ E SIGA-ME”.
abandonássemos o egoísmo
e o apego exagerado às coisas materiais e não
orientar-nos a ignorar as necessidades básicas do corpo, o que seria
contradizer a própria necessidade da vida.
Quanto à cruz que devemos tomar, não é difícil concluir que ela
é a nossa missão neste mundo. Para saberemos qual é a nossa cruz basta
respondermos a algumas perguntas que podemos fazer a nós mesmos. Ainda temos
vícios ou falhas morais a corrigir ou já somos perfeitos? Além de nós mesmos,
alguém mais depende de nós ou todos os nossos familiares, amigos e conhecidos
prescindem de nossa ajuda? O ambiente em que vivemos, no lar, na cidade, no
país, nos diversos locais que freqüentamos é organizado, limpo, saudável e
feliz ou pode melhorar se dermos nossa contribuição nesse sentido?
“APRENDEI
COMIGO QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO”
40 (todas) as parábolas do Novo Testamento…
A maneira predileta de Jesus ensinar era pelo uso de parábolas. Sabia que as pessoas gostavam de ouvir uma boa estória! Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isto aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito:Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo. — Mateus 13.34-35 (NTLH)
Uma das parábolas mais contadas é aquela da ovelha perdida. Jesus a contou da seguinte forma:
Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida ata acha-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida.” Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender. — Lucas 15.4-7 (NTLH)
A parábola é contada para nos dispor a receber de braços abertos não só as pessoas “bonitinhas” que gostamos, mas também os desprezados, cuja presença em nosso meio, que por motivo ou outro, nos causa aborrecimento e mal estar. Pense em apenas o nosso caso como igreja! É uma lição bem conhecida, entretanto, difícil de pôr em prática. E essa é apenas uma entre as 40 parábolas do Novo Testamento e algumas até mesmo do Antigo Testamento. Eis uma lista:
Do Novo Testamento:
- O bom samaritano — Lucas 10.30-37
- A ovelha perdida — Lucas 15.4-7
- A moeda perdida — Lucas 15.8-10
- O filho (perdido) pródigo — Lucas 15.11-32
- O administrador desonesto — Lucas 16.1-8
- O homem rico e Lázaro — Lucas 16.19-31
- Os servos — Lucas 17.7-10
- A viúva e o juiz — Lucas 18.2-5
- Os talentos — Lucas 19.12-27
- Os lavradores maus — Lucas 20.9-16
- A roupa nova — Lucas 5.36
- O vinho novo — Lucas 5.37-38
- Os dois alicerces — Lucas 6.47-49
- Os dois devedores — Lucas 7.41-43
- O semeador — Lucas 8.5-8
- A lamparina — Lucas 8.16-18
- Os empregados alertas — Lucas 12.35-40
- O amigo persistente — Lucas 11.5-8
- O rico sem juízo — Lucas 12.16-21
- O empregado fiel — Lucas 12.42-48
- A figueira sem figos — Lucas 13.6-9
- A figueira sem folhas — Lucas 21.29-31
- A semente de mostarda — Lucas 13.18-19
- O fermento — Lucas 13.20-21
- Os convidados para festa de casamento — Lucas 14.7-14
- A grande festa — Lucas 14.28-33
- A construção duma torre — Lucas 14.28-33
- O fariseu e o cobrador de impostos — Lucas 18.10-14
- O retorno do proprietário — Marcos 12.1-9
- A semente que cresce — Marcos 4.26-29
- O joio — Mateus 13.24-30
- O tesouro escondido — Mateus 13.44
- A pérola — Mateus 13.45-46
- A rede — Mateus 13.47-48
- O empregado mal — Mateus 18.23-24
- Os trabalhadores no vinhedo — Mateus 20.1-16
- Os dois filhos — Mateus 21.28-31
- A festa de casamento — Mateus 22.2-14
- As dez virgens — Mateus 25.1-13
- As ovelhas e as cabras — Mateus 25.31-36
- A ovelha — 2Samuel 12.1-4
- O vinhedo — Isaías 5.1-7
Para cada dia da semana escolha uma parábola. Para “decodificá-la” tente responde as seguintes perguntas:
- Para quem a parábola foi contada?
- Porque a parábola foi contada?
- Qual é a moral da parábola?
- Existe algum ponto culminante na parábola?
- Alguma interpretação é dada na passagem para a parábola?
Obs.: Conhecendo melhor as
parábolas - Os evangelhos relatam 44 parábolas
apresentadas por Jesus.Lucas mostra 31, Mateus 22, Marcos 6 e João apenas 2
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