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sábado, 18 de abril de 2015

CASAMENTO E AMOR

INDICE




OBJETIVO DO TEMA







BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL


O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec)
Capitulo
O Livro dos Espiritos – (Allan Kardec)
Questões

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR





O LIVRO DOS ESPIRITOS


CAPÍTULO IV - DA LEI DE REPRODUÇÃO


(QUESTÕES 686 A 687) - POPULAÇÃO DO GLOBO


686
A reprodução dos seres vivos é lei da Natureza. Sem ela o mundo corporal pereceria.
687
O homem não tem com que se preocupar com o aumento da população mundial. A isso Deus provê e mantém o equilíbrio.

(QUESTÕES 688 A 692) - SUCESSÃO E APERFEIÇOAMENTO DAS RAÇAS


688
As raças humanas crescem e decrescem na Terra, em obediência às leis que nos regem.
689
Os homens atuais são os mesmos espíritos que voltaram para se aperfeiçoar, ainda distantes da perfeição.
690
Do ponto de vista físico os corpos atuais sofreram o aperfeiçoamento dos corpos primitivos pela reprodução.
691
O caráter das raças primitivas era a força bruta. Hoje, o homem faz mais pela inteligência do que pela força corporal.
692
O homem é um dos instrumentos de que Deus se serve para o aperfeiçoamento das raças animais e vegetais.
A
Desde que o progresso se realize, não importa que não haja merecimento, importa a intenção o trabalho

(QUESTÕES 693 A 694) - OBSTÁCULOS À REPRODUÇÃO


693
Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha, como obstáculo à reprodução, é contrário à lei natural.
A
Quanto à reprodução de animais e plantas nocivas, o homem pode se lhe opor sem abusar, como regulador da natureza.
694
As tentativas de obstar a reprodução para satisfazer a sensualidade é a prova da predominância da matéria no homem.

(QUESTÕES 695 A 699) - CASAMENTO E CELIBATO


695
A união permanente de dois seres não é contrária à lei da natureza, mas um progresso na marcha da Humanidade.
696
A abolição do casamento seria uma regressão da sociedade humana à vida dos animais.
697
A indissolubilidade absoluta do casamento é lei humana contrária à Natureza. O homem muda as leis, a natureza não.
698
O celibato voluntário não representa um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus.
699
Todo o sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem. Mais sacrifício.... Mais mérito.

(QUESTÕES 700 A 701) - POLIGAMIA


700
A igualdade numérica, existente entre os sexos, é um indício da proporção em que devam unir-se.
701
A poligamia é uma lei humana, cuja abolição marca um progresso social.




A VISÃO ESPÍRITA DO CASAMENTO – CHRISTINA NUNES



Já explanei sobre o tema em outras oportunidades. Desta vez, é a propósito de uma conversa (mais uma!) com grande amiga, com quem divido agradáveis reflexões e insights sobre o lado mais espiritual das nossas vivências.
Comentávamos sobre relacionamentos conjugais, e sobre como se torna difícil conviver com a faceta do ciúme, mais evidenciado em algumas relações do que em outras.
Evocando experiências particulares e as de que pudemos tomar conhecimento, chegamos a uma constatação em comum: o maior problema do ciúme, fora de um contexto aceitável dentro das convivências amorosas, é a exacerbação do sentimento - melhor dizendo, da ilusão - de posse de outro ser humano, sob o pretexto do "até que a morte os separe", ou de um conceito distorcido do que seja aquilo que se entende como o "amor eterno", entre as almas gêmeas.
Ora; amor eterno, mesmo entre almas gêmeas, imprescindível lembrar se dá dentro de um pressuposto irrestrito de liberdade, e, antes de tudo, de respeito pela liberdade daquele com quem interagimos.
A afinidade fulminante e a sintonia energética entre as almas gêmeas não é imposta por nenhuma das partes envolvidas - acontece dentro de um ritmo de naturalidade e espontaneidade absolutas, que os aproximam em função da atração existente entre dois seres que querem, prazerosamente, ficar juntos.
Isto se dá num contexto completamente diverso daquele sugerido pela oficialização institucional do casamento: a partir do momento em que os cônjuges assinam o contrato nupcial, estabelece-se algo muito distanciado da essência do amor, na sua versão mais sublime, que é, ou deveria ser, a liga mestra de qualquer união - sob o apanágio incontestável da liberdade de escolha. E isto nada tem a ver com assinaturas e com juras verbais pronunciadas durante o momento de embriaguez emotiva proporcionada pelos cerimoniais idílicos do matrimônio.Amor se nutre de vida - não de juras, e de assinaturas em papéis que, passados dez anos, já estarão rotos, na mesma proporção em que as próprias juras e trocas sentimentais em comum, em não sendo devidamente regadas, em decorrência dos frutos nem sempre doces da convivência e do amadurecimento cultivado com a comunhão das experiências divididas nos reveses, muitas vezes ásperos, do dia-a-dia.
Toda esta ordem de considerações me fez evocar o conteúdo de um dos meus livros, ainda a ser publicado, "Elysium", que descreve os detalhes cotidianos da vida numa das estâncias espirituais acima da crosta material terrena.
Há uma passagem onde a personagem principal, tendo retornado à cidade invisível já há algum tempo, e tendo reencontrado, ali, o seu consorte espiritual, - o verdadeiro - a sua alma gêmea em termos de sintonia e de afinidade evolutiva - se vê na eventualidade de visitar o ex-marido, provindo da última jornada material de ambos, quando ainda reencarnados. O trecho da história descreve a extrema sutileza a que ela (espírito mais esclarecido acerca da amplitude da vida eterna, com todo o seu repertório de vivências, que vêm nos exigir reformulação, por vezes drástica, de conceitos e de atitudes) tem de recorrer para lidar com a estreiteza de conceitos daquele ex-marido, que atravessa os portais da morte contando que, uma vez do "outro lado", ainda terá direitos sobre a esposa, continuando indefinidamente um histórico que se prendia apenas ao aprendizado de uma vida física, não necessariamente tendo que se estender para além dos portais da matéria, a menos que, de comum acordo, houvesse unidade de sentimentos e de propósitos, de ambas as partes, neste sentido.
É uma passagem que ilustra bem a utilidade prática de, mesmo enquanto ainda com a consciência confinada na faixa mais densa de impressões impostas pelo contexto material da existência, nos inteirarmos, em nosso próprio benefício, da real e vasta riqueza, inerente aos destinos do nosso aprendizado rumo às luzes maiores da vida.
Saber que a família, constituída no período corpóreo, reúne em comum almas empenhadas ativamente no seu próprio burilamento: na resolução de pendências e de desacertos em comum; em trabalho de apoio e assistência mútua, quando nos casos das afinidades naturais, e em esforço de harmonização, naqueles outros em que o que se dá são as antipatias gratuitas, as convivências difíceis; os dissabores rudes entre cônjuges que muitas vezes se perguntam em função de que se deu uma tal união, se tantas são as contrariedades na vida em comum.
Por fim, compreender que, se o estágio terreno é mero capítulo, num histórico imenso e repleto de lances, já incontáveis, entre milhares de seres que, no correr da eternidade, estabelecem conosco contatos e vínculos, imprescindível se faz assimilar a noção de liberdade evolutiva máxima para cada participante, nos rumos do universo infindo, e a cada novo episódio entre o céu e a Terra, evitando, assim, o erro grave de se querer agrilhoar corações, necessitados de alimento novo para o seu avanço no domínio espiritual mais vasto, que a cada um de nós aguarda, e que não se prende, em nenhuma hipótese, às nossas ilusões emocionais e afetivas acerca daquilo que vem a ser o matrimônio físico, e o que é, de fato, o verdadeiro matrimônio - o espiritual - que há de se dar para nós, um dia, tão espontaneamente quanto o girassol se volta para a luz do astro rei - acima das convenções mundanas, dos enganos, e das ilusões sentimentais oriundos de uma visão imatura do amor, e de papéis e de juras proferidas naquele momento mágico, em que cada um intui, não de maneira totalmente errônea, que nos estão destinados, nos caminhos tortuosos das vivências conjugais, o príncipe ou a princesa encantados dos contos de fadas...


CASAMENTO E AMOR - ALBERTO ALMEIDA



Podemos comparar o casamento a uma ponte assentada sobre colunas de amor que o sustentam.

Quanto mais numerosos são os pilares amorosos e quanto mais firmes eles se postam, tanto maior será a estabilidade do matrimônio, não só para permitir a travessia dos conteúdos iluminativos de vida entre os parceiros,mas também para sustentar o peso dos conflitos íntimos que cada um deles traz para a vida a dois; para suportar sazonalmente os ventos e furacões ameaçadores das investidas externas de extraconjugalidade; para garantir integridade quando, eventualmente, o terremoto do adoecimento físico ou psicológico alcançar um dos cônjuges; para resisitir ao subir das águas nas enchentes dos anos da rotina e do envelhecimento.


Há, portanto, aspectos fundamentais que precisam ser analisados, a fim de se avaliar a quantas anda a ponte do casamento, como também em que bases as suas fundações se estabeleceram.

Desse modo, alguns eixos básicos representando demandas naturais podem ser assim nomeados: sexualidade, afetividade, intelectualidade, cultura, espiritualidade, moral... Há outros importantes, que podem ser incluídos ou não, a depender da dinâmica de reflexão de cada relacionamento, quais sejam o econômico, o profissional, o corporal, etc.

Texto extraído do livro "A Arte do Reencontro - Casamento" de Alberto Almeida.


FELICIDADE: AMOR E CASAMENTO - FRANCISCO HIROTA


A principal esperança do Homem é ser FELIZ; não é apenas ter mais velocidade, mais eficiência, mais globalização ou mesmo mais dinheiro, o que queremos é: Mais felicidade!
Creio que poucos negarão que esta é a principal META do ser humano. E nós fomos feitos para a felicidade e a procuramos, necessariamente.

O nosso desafio é encontrá-la onde ela estiver e não onde queremos que esteja. A felicidade geralmente é encontrada nos lugares e nas pessoas mais simples que jamais imaginamos. Na verdade, a felicidade perfeita só pode ser encontrada de modo real e permanente em DEUS: Fonte de felicidade eterna!!

E dentre todas as coisas humanas, o CASAMENTO é o que promete mais FELICIDADE, mais chances de se exercer e encontrar nele profundidade para a VIDA.

Na verdade o que quero dizer é sobre o MATRIMÔNIO, que é um passo além do casamento. Segundo o dicionário Aurélio, Casamento é a união solene entre duas pessoas de sexos diferentes, com legitimação religiosa e / ou civil. MATRIMÔNIO, é uma celebração solene, sendo um dos 7 sacramentos da Igreja. E encontrar o parceiro para esta jornada me parece ser hoje um dos maiores desafios do Homem “moderno”.

O MATRIMÔNIO é ainda a fonte estabilizadora das sociedades, por ser a base para geração das FAMÍLIAS, na sua acepção fidedigna. É onde as VIRTUDES humanas são iniciadas e aprofundadas através dos exemplos. Se quisermos destruir um País e só acabar com as famílias.

Entendo que houve profundas alterações comportamentais nestes últimos 50 anos que mudaram a trajetória do Casamento. Uma longa história carrega esta instituição ao longo do existencialismo humano e nas diversas formas sociais e religiosas; o casamento traz fartura de estatísticas e análises que poderiam nortear debates infindáveis. Vamos preferir nos ater a nossa realidade alcançável.

Estou convencido de que, traçando um paralelo, o Casamento de hoje se tornou uma possibilidade cada vez mais remota e inexeqüível, vendo-o ou percebendo-o da forma como estamos sendo levados. Comparo-o a um pino elétrico de duas saídas que se encaixa a um pino de duas entradas: macho-fêmea; onde o primeiro pino seria o da necessidade fisiológica e o segundo pino, todas as demais “exigências”. Era o Casamento tradicional de “antigamente”. Hoje, para a escolha de nosso parceiro, temos uma infinidade tão grande de pinos que dificilmente já encontramos alguém com a mesma quantidade de in e out ; muito menos fazer com que se encaixem. Seria como nas entradas e saídas de nossos computadores que nem sabemos para que existem tantos “dentinhos”. E quando se encaixam, já existem pinos mais modernos que satisfazem melhor as “necessidades”. A individualidade crescente cria opções cada vez mais pessoais e acabamos achando que as pessoas com quem conviveremos é que devem se encaixar aos nossos pinos, e não o contrário.

O casamento se tornou gestão de Marketing, onde as pessoas se tornaram produtos em busca de um público alvo e desenvolvidos com foco definido. Ou seja, cada vez mais estamos segmentados, cada um sendo lançado no mercado em busca de um consumidor cada vez mais exigente e arredio. Outrora bastava ter o produto e o seu respectivo preço e o consumidor estava satisfeito; hoje, temos que saber como e onde disponibilizar os candidatos, como promover e como agregar valor a eles. Enfim viramos produto de consumo e com brutal concorrência e exigências e, o pior, com índice de satisfação pós-venda duvidosa e sempre em contestação.

Assim, esta é a primeira grande dificuldade: encontrar o parceiro certo neste mundo desvairadamente globalizado, e que ambos estejam dispostos a serem complementares e não se mantendo inflexíveis com a sua individualidade: princípio fundamental do Casamento.

A segunda questão envolve o período do conhecimento mútuo, hoje totalmente exacerbado do sentido real. Quando duas pessoas começam a pensar que “foram feitas uma para a outra”, podem acabar por julgar que não foram feitos para mais ninguém, e que também não precisam de mais ninguém.

O Amor romântico não enxerga os defeitos da outra pessoa. O Amor Real tende a enxergar todos, ou pelo menos estar convencido de que existem os defeitos e que vão se manifestar um dia. E temos que amar o outro com os defeitos que tem, isto é, amá-lo como na verdade é. E de tudo, é o mais difícil!!

Portanto, o período de escolha deve ser exercido com critério, e após isto, o Casamento pressupõe Comprometimento Mútuo.

Uma declaração que equivale a dizer “Eu o amo com a condição de que você não tenha defeitos” simplesmente não seria amor.
Querer o amor com a condição de que não seja necessário esforçar-se para amá-lo...... é puro e simples egoísmo.
Esta é a fonte constante dos desacertos pré e pós Casamentos. A FELICIDADE que o casamento pode e deve trazer está enraizada no aspecto de compromisso e entrega que caracteriza o amor conjugal. Longe de mortificar a liberdade da pessoa, esta fidelidade protege-a do subjetivismo e relativismo e torna-a participante da sabedoria Criadora.
São destrutivas e ameaçadoras as forças que pregam que a felicidade pode ser alcançada sem norma moral alguma, sem nenhum autodomínio ou generosidade e sobretudo a uma vida centrada no eu.

O Casamento é, obviamente, uma das tendências mais naturais da natureza humana. Ora, se é assim, parece difícil imaginar que, em circunstâncias normais, seja natural que o casamento fracasse. Se tantos casamentos fracassam hoje em dia, talvez seja porque as circunstâncias que cercam o matrimônio já não são normais. Ao invés de o casamento estar fracassando para o homem, não será o homem que vem fracassando em relação ao casamento??

Não será que o erro, ao invés de residir no casamento, reside no homem moderno, e mais especialmente no modo como ele encara o casamento?? A polarização nas coisas terrenas e a procura egocêntrica do hedonismo satisfazem a sede de felicidade??

O amor no casamento não está destinado a permanecer apenas como amor entre duas pessoas. A vocação natural é expandir-se, incluir cada vez mais elementos. O Amor conjugal está projetado para se tornar amor familiar; está destinado a crescer seja biologicamente ou não, e neste crescimento, incluir e acolher outros seres humanos, que são o fruto deste amor. Mesmo aos casais que não concebem naturalmente (hoje próximo de 30%) a expansão deste amor com agregação é recomendável.

Todo casamento chega a um período crítico, a um ponto de inflexão a partir do qual crescerá rumo a uma realização mais plena e definitiva, ou irá de mal a pior.
Este momento pode sobrevir em um tempo muito curto, tão logo se desvaneça o clima romântico e fácil, coisa que ocorre freqüentemente um ou dois anos depois do casamento.
Se o casal não enfrentar adequadamente este momento crítico, o casamento poderá ir por água abaixo.
O respeito e a compreensão mútua irão diminuindo, e as discussões e brigas se tornarão cada vez mais freqüentes; terá começado um processo gradual de distanciamento que pode terminar, dez ou quinze anos mais tarde, numa total indiferença mútua ou numa ruptura.

Na verdade, em geral, parecemos ter mais facilidades para ver os defeitos dos outros do que para identificar suas virtudes. Isto acontece especialmente quando duas pessoas vivem juntas de um modo tão constante e íntimo como no casamento. E acontece sobretudo quando, nessa vida em comum, preferem ficar a sós. Duas pessoas que se olham continuamente frente-a-frente encontrarão com certeza muito mais defeitos uma na outra.

Quando este tempo de prova chegar, cada um dos cônjuges necessitará, em primeiro lugar, de um motivo de peso que o ajude a ser Leal ao outro, um motivo que seja suficiente para fazê-lo perseverar na tarefa de aprender a amar o outro. Em segundo lugar, cada um necessitará de um motivo poderoso que leva a aperfeiçoar-se pessoalmente, a ser menos egocêntrico e mais amável. Na figura dos filhos, a natureza põe nas mãos esses dois motivos.

Para que o amor não somente sobreviva, mas cresça cada um dos cônjuges tem de poder descobrir virtudes - virtudes novas ou virtudes amadurecidas - no outro. Para que o amor no casamento cresça, o outro tem que tornar-se cada vez mais amável. E aqui está uma das maiores virtudes do casamento. A pessoa se tornará mais amável para o parceiro e também para o mundo, e progredir, se efetivamente for convertendo em uma pessoa melhor. A generosidade e doação de si mesmo é que torna uma pessoa melhor e mais amável. O sacrifício pelo outro é uma exigência da vida matrimonial. Todo o sacrifício que os filhos exigem dos pais já desde os seus primeiros anos é o principal fator previsto pela natureza para amadurecer, desenvolver e unir os pais. O sacrifício compartilhado é um dos melhores laços de amor.

Vejamos algumas dicas que os protagonistas do Casamento mais longo do mundo (Percy e Florence, de Londres), segundo o Guinness Book , nos deram depois de 80 anos de matrimônio:

-Não esticar uma discussão

-Beijar-se com freqüência

-Dar as mãos para ir para a cama

-Cultivar o prazer de estar na companhia do outro

-Querer sempre a felicidade do outro

Hoje, depois de longas e intermináveis controvérsias, o Matrimônio estável volta a estar na moda, e inclusive na moda o Casamento religioso. O índice dos casamentos desfeitos chegou próximo a 50 % nos últimos anos nos EUA, na Inglaterra a 40 %, e no Brasil estamos próximo disso. Somente 18 % dos matrimônios superam os 20 anos e menos de 6 % os 30 anos. E comemoram BODAS de OURO somente 0,31 %, ou seja, três casais em casa 1000 atingem este marco histórico. Lembremos que para se casar são necessárias duas pessoas e para divorciar-se, basta uma. Hoje é mais fácil terminar um casamento de 25 anos do que finalizar um contrato de trabalho de poucos meses. Não há uma incongruência nisso??

A questão não é eliminar as leis do divórcio, ou iniciar uma discussão sobre a sua bondade ou maldade.
O que importa é trabalhar para o fortalecimento do matrimônio, ajudar os casais com problemas a superá-los.
Se for possível, ainda que difícil às vezes, não optar pela saída do divórcio que pode parecer fácil à primeira vista. É trabalhar com vistas ao futuro, formando as novas gerações para que vivam seu matrimônio com a decisão firme de esforçar-se para que seja de fato “até que a morte nos separe”.

Hoje em dia, parece soar bem expressar em público que o matrimônio é somente uma opção entre outras e que a mera co-habitação deveria ter os mesmos direitos. Direitos à parte, porém, a realidade social prova que o matrimônio ainda marca a diferença.

As estatísticas e os benefícios em longo prazo justificam e provam que o matrimônio seja tratado como uma opção social preferível. Em conjunto, os casados gozam de melhor saúde, têm um estado emocional e psíquico mais satisfatório e estão mais estimulados a aumentar as suas rendas que aqueles que vivem sós ou que co-habitam. A questão da defesa do contrato matrimonial, pelos seus efeitos positivos, deixou de ser uma “mera” preocupação moral para se converter em uma questão de saúde pública.

A segurança de um matrimônio estável assemelha-se a um seguro TOTAL, que anima os pares a tomarem decisões em conjunto e a se especializarem em tarefas que facilitam a vida em comum. A não estabilidade atua como um freio e corta as possíveis economias de escala, pois se pretende ao mesmo tempo nadar por aí e guardar a roupa em casa. Também a ameaça que os tribunais possam dividir as propriedades, ou definir a quem corresponde a custódia dos filhos, impedem uma tranqüilidade produtiva.

Vários fatores sociais foram pesquisados ao redor do mundo sobre as vantagens de um casamento estável, indo desde o aumento da felicidade geral, como melhor saúde e qualidade de vida além de maior expectativa de vida, passando por todos os tipos de indicadores sociais.

Os rendimentos nas famílias estáveis nos EUA chegam a ser 90 % maiores do que as famílias que vivem juntas mas não casadas e 160 % maiores que as separadas ou divorciadas.

No Chile, 76 % dos jovens encarcerados não contam com pais casados, 44 % provêm de famílias instáveis e 64 % provêm da gravidez de adolescentes.

Nos EUA 60 % dos reclusos por roubo, 72 % assassinos juvenis e 70 % dos condenados à prisão perpétua cresceram em famílias sem pai. O abuso sexual por parte dos padrastos é de 6 a 7 vezes superior à média.

Nos EUA, 92 % das crianças que recebem serviços de assistência do estado, provêm de casamentos inconsistentes ou fracos, tornando-se um grave problema público.

No Reino Unido, 80 % das crianças que apresentam conduta adequada estão perto dos seus pais biológicos e somente 4 % dos que têm problemas de conduta vivem com seus pais verdadeiros.

As estatísticas indicam que, quem se divorciou uma vez, tem hoje 60 % de chances de se divorciar novamente, contra 45 % na média de quem ainda não o fez.

Está também comprovado que os filhos de casais com más relações, porém que permanecem unidos se divorciam menos que aqueles cujos pais optaram pelo divórcio e se encontram em melhor situação que os filhos destes.

Comprovou-se ainda que, nos países com história de divórcio, as uniões irregulares aumentam.

Nenhum adulto, filho de família divorciada, quer que seus filhos repitam suas experiências de infância.

Recomendo para quem se interessar o texto de Stephen Kanitz ( “Eu te amarei para sempre” - site kanitz.com.br) e o site www.portaldafamilia.org.

Enfim, o Matrimônio estável é incomparavelmente mais benéfico para a nossa existencialidade, que remonta muitos anos, e não somente os anos mais vigorosos.


AMOR E CASAMENTO NO COTIDIANO - TOMÁS MELENDO GRANADOS


Segundo especialista, o amor se alimenta de detalhes cotidianos

A chave das chaves


Convêm ler o que vou expor à luz deste princípio básico: o casamento deve ser cultivado! Como? Com paciência, atenção e cuidados de um bom jardineiro. Como as plantas: estarão vivas se crescem! Não é possível conservá-las por muito tempo em um congelador. Como tudo o que é vivo, o amor ou cresce ou morre ou, no melhor dos casos, fica a ponto de mumificar-se.

“Conservar” o amor, simplesmente conservá-lo, é uma tarefa vã... equivale a decretar a sua morte: ao vivo não se admite “conservação”; é preciso alimentá-lo para que atinja progressivamente todas as suas possibilidades.

Antes que se acabe


Balzac escreveu: “O casamento deve lutar sem trégua contra um monstro que a tudo devora: o costume”. O seu inimigo mais insidioso é a rotina: perder o desejo da criatividade original; pois assim o amor acaba por esfriar e perecer. Às vezes, trata-se de um processo lento, quase imperceptível no início, e cujas conseqüências só são percebidas quando a degradação é dada como irreparável, ainda que não o seja na realidade: como a planta que se deixou de regar e que durante certo tempo mantêm o seu viço, para logo em seguida, sem motivo imediato aparente, murchar de vez.

 Soluções


Cada noite, devem responder com um sim sincero a seguinte pergunta:

Ø  hoje dediquei diretamente um tempo, uns segundos ao menos, para ver como poderia fazer uma surpresa ou causar uma alegria concreta?

O carinho não se alimenta com a simples inércia ou com o correr dos anos: tem se ser alimentado com muitos pequenos gestos e atenções, com um sorriso e também com um pouco – ou com muito!- de inteligência: evitando o que se intui ou se sabe por experiência que desagrada o outro, ainda que seja em si mesmo uma bobagem e buscar, por outro lado, o que pode agradar.

Como lembra um autor norte-americano: “os casamentos felizes estão baseados em uma profunda amizade. Os cônjuges se conhecem intimamente, conhecem os gostos, a personalidade, as esperanças e sonhos do outro. Mostram grande consideração um pelo outro e expressam o seu amor não só com grandes gestos, mas com pequenos detalhes cotidianos”

Entretanto, nada se alcança sem esforço. De acordo com a perspicaz comparação de Masson, “o amor (sentimental) é uma harpa que sonha espontaneamente; o casamento, um piano que não soa senão a força de pedalar”... e o resultado deste pedalar é uma felicidade indescritível, que ninguém é capaz de imaginar... até que a prove.


SUCESSO NO CASAMENTO


Amor é a transcendência da alma sobre o corpo"


Uma jovem solteira estava discutindo com o Pastor alguns pretendentes que lhe tinham sido sugeridos, e explicou que nenhum deles a atraía.

O Pastor achou graça. "Você tem lido muitos romances" – disse ele. "O amor não é a emoção arrebatadora e ofuscante que vemos no mundo da ficção. O amor verdadeiro é uma emoção que se intensifica no decorrer da vida. São os atos pequenos, do cotidiano, a proximidade, que fazem o amor florescer.
É partilhar, cuidar e respeitar um ao outro. É construírem juntos uma vida, uma família e um lar. Quando duas vidas se juntam para formar uma, com o tempo, há um determinado ponto no qual cada parceiro sente-se como parte do outro, onde cada parceiro não consegue mais visualizar a vida sem o outro ao seu lado."

Na verdade, alguém sabe realmente o que é o amor?

O amor é o componente isolado mais necessário na vida humana. É tanto dar quanto receber; permite-nos sentir outra pessoa e deixar que aquela pessoa nos sinta. Muitas vezes olhamos o amor de maneira egoísta, como algo que queremos e precisamos; porém o verdadeiro amor, como faz parte de nosso relacionamento com Deus, é altruísta.

Um de nossos princípios espirituais mais básicos é "Ama teu próximo como a ti mesmo". Como isso pode ser possível – não amamos a nós próprios mais que qualquer outra coisa? A resposta está no fato de que o amor verdadeiro, altruísta, não brota do corpo, mas da alma. Ao nível da alma, é possível realmente partilhar-se com outra pessoa. Para chegar ao amor altruísta, você deve primeiro amar a si mesmo, para criar harmonia entre seu corpo e sua alma.

A diferença entre amor egoísta e amor altruísta


Os dois tipos de amor são diametralmente opostos. O amor egoísta é condicional; você simplesmente quer que suas necessidades sejam satisfeitas, e se a pessoa que você escolheu não serve a sua necessidades, você rejeita aquela pessoa e procura em outra parte. Embora ele possa parecer lindo por algum tempo, este tipo de amor está propenso a ser fugidio. Quando a pessoa que você ama quer ajuda, talvez você a forneça. Mas quando o preço se torna muito alto, se você sentir que está dando mais do que recebe, você simplesmente deixa de amar. Afinal, há mais desconforto do que aquilo que você deseja tolerar por outra pessoa.

O amor altruísta, porém, significa elevar-se acima de suas necessidades. Significa sair de si mesmo, conectando-se realmente com a alma de outra pessoa e, portanto, com D'us. Num amor assim altruísta não há condições; quando D'us é o foco de nosso amor, não redefinimos constantemente nossos desejos e necessidades.

Como se pode chegar ao amor altruísta?


Para conseguir o amor altruísta, primeiro você deve amar a si mesmo, a criar harmonia entre seu corpo e sua alma. Isso significa entender quem você realmente é, para que foi colocado neste mundo. Se está em conflito consigo mesmo, como pode esperar conseguir um amor confortável com outra pessoa?

Se você não encontrar uma maneira de amar a Deus, de amar o Deus que habita sua alma, você estará numa constante busca pelo amor. Muitas vezes voltamo-nos para formas não sadias de amor para repor esta carência de amor interior.

O que faz um casamento ser bem-sucedido?


A chave para o sucesso de um casamento é valorizar sua natureza sagrada. Quando marido e mulher introduzem Deus em seu relacionamento, eles tornam-se um, com um vínculo invisível que torna sua unidade, seu casamento, muito maior que a soma de suas partes.
Duas pessoas podem amar e cuidar-se mutuamente, mas sem partilharem um objetivo elevado, nada têm para conectá-los eternamente. Esta conexão é necessária, pois, além de serem dois estranhos com diferentes personalidades e tipo de educação, um homem e uma mulher diferem biológica, emocional e psicologicamente, e passarão por muitas transições durante a vida.

Confiança no casamento


Um casamento bem-sucedido deve incluir confiança. A confiança não vem da noite para o dia; leva anos para construir. Porém, uma vez que esteja estabelecida, serve como um sólido alicerce que apoiará o casamento durante qualquer crise.

A confiança não vem de um comportamento perfeito; vem da responsabilidade. Não se espera que alguém seja perfeito, mas pode-se esperar que seja responsável, que reconheça um erro. Confiança significa que você demonstrou que seu cônjuge pode depender de você, que você tem integridade para agir corretamente mesmo quando ninguém, exceto Deus, está assistindo.

Dedique tempo para atividades espirituais com a pessoa que você ama – estudarem juntos, rezarem lado a lado. Reserve tempo uma vez por semana para discutir os caminhos emocionais e espirituais que vocês trilham. Partilhem suas metas, suas visões – suas aspirações. Certifique-se de separar tempo não somente para discutir assuntos monetários e domésticos, mas também os etéreos e eternos.

O compromisso se baseia numa visão mútua. Porém, às vezes são as pequenas coisas que importam, que provam a seu cônjuge que você se interessa. Fazer compras. Limpar a casa. Oferecer-se para ajudar quando seu cônjuge tem as mãos cheias. Quando um dos dois viaja, deveria trazer uma lembrancinha para o outro. Mesmo quando você está trabalhando em algo independente de sua casa ou casamento, deveria tentar envolver seu cônjuge como um constante parceiro em sua vida.

O elemento chave e fundamental para se conseguir um casamento amoroso é cultivar a paz em casa, aprendendo a comunicar-se e lidar com as variáveis que surgem em todo casamento. Aprender como contornar uma discussão, como se reconciliar, como agir quando as coisas não vão bem. Acima de tudo, uma união amorosa é: Sempre que um dos dois estiver com um problema, o outro deveria lembrar-se que eles são duas metades da mesma alma.

Não se importar com seu cônjuge é o mesmo que negligenciar a si mesmo, ou negligenciar a Deus.


SEU MARIDO TE FAZ FELIZ????


VEJA A RESPOSTA E REFLITAM...

Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: - 'Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade?'

Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança.
Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento.

Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos!
- 'Não, o meu marido não me faz feliz'! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima).

- 'Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz'. E continuou:
- 'O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de 'experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza.

Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai. Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos'.

Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.

SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o tenha machucado, magoado, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o devido valor.

(autoria desconhecida)


PLANO DE IDÉIAS Nº 01


Que jesus permaneça entre nós – Introdução USE

A principal esperança do Homem é SER FELIZ; não é apenas ter mais velocidade, mais eficiência, mais globalização ou mesmo mais dinheiro, o que queremos é: Mais felicidade!  
Creio que todos concordam que esta é a principal META do ser humano.
E nós fomos feitos para a felicidade e a procuramos, necessariamente.

O nosso desafio é encontrá-la onde ela estiver e não onde queremos que esteja.
Modo de caminhar - Rio Reto

E dentre todas as coisas humanas, o CASAMENTO é o que promete mais FELICIDADE

ALMA GEMEA OU AL GEMA – TAMPA DA PANELA – METADE DA LARANJA

O QUE É O AMOR?

O Amor romântico não enxerga os defeitos da outra pessoa. O Amor Real tende a enxergar todos, ou pelo menos estar convencido de que existem os defeitos e que vão se manifestar um dia. E temos que amar o outro com os defeitos que tem, isto é, amá-lo como na verdade é. E de tudo, é o mais difícil!!

O Pastor achou graça. "Você tem lido muitos romances" – disse ele. "O amor não é a emoção arrebatadora e ofuscante que vemos no mundo da ficção. O amor verdadeiro é uma emoção que se intensifica no decorrer da vida. São os atos pequenos, do cotidiano, a proximidade, que fazem o amor florescer.
É partilhar, cuidar e respeitar um ao outro. É construírem juntos uma vida, uma família e um lar. Quando duas vidas se juntam para formar uma, com o tempo, há um determinado ponto no qual cada parceiro sente-se como parte do outro, onde cada parceiro não consegue mais visualizar a vida sem o outro a seu lado."

(Percy e Florence, de Londres), segundo o Guinness Book , nos deram depois de 80 anos de matrimônio:

Ø  -Não esticar uma discussão
Ø  -Beijar-se com freqüência
Ø  -Dar as mãos para ir para a cama
Ø  -Cultivar o prazer de estar na companhia do outro
Ø  -Querer sempre a felicidade do outro

Seu marido te faz feliz?

Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.

Voem Juntos mas nunca amarrados

Paulo ATEP


PLANO DE IDEIAS Nº 02


CASAMENTO E AMOR - (ANOTAÇÕES SOBRE O TEMA)


Não é bom que o homem esteja só.
Far-lhe-ei uma companheira
que lhe seja suficiente.
Gênesis 2.18

Estava aqui pensando...
O que faz as pessoas se casar, se existe hoje tantas alternativas para a vida a dois?.
A justificativa mais comum para o casamento é o amor.
No entanto amor é uma experiência cuja definição está em xeque não apenas pela quantidade enorme de casais que "já não se amam mais", como também pelo número de pessoas que se amam, mas não conseguem viver juntas.

O número de pessoas que optam pelo casamento em sua forma tradicional, do tipo "até que a morte vos separe" cresce a cada dia, mesmo tendo nossa sociedade providenciada “um jeitinho” para suprir as necessidades afetivas das pessoas, que  por motivos diversos  se enquadram nestas duas situações:

Ø  o amor eterno enquanto dura
Ø  o amor incompetente para a convivência

Os relacionamentos temporários em detrimento do modelo indissolúvel.

Afinal de contas, o que é o amor conjugal?

Para muitos, o amor conjugal é confundido com a paixão.

Aquela sensação arrebatadora que nos faz girar por algum tempo ao redor de uma pessoa como se ela fosse o centro do universo e a única razão pela qual vale a pena viver.

E esta sensação vem geralmente acompanhada de uma atração quase irresistível para o sexo, e as vezes se confunde com ela.

Assim, amor, paixão e tesão acabam se fundindo e tornando-se quase sinônimas.

Neste sentido o conceito de amor justifica afirmações do tipo "sem amor nenhum casamento sobrevive", "sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena", "é o sexo apaixonado que dá o tempero para o casamento".

Tenho impressão é que todas estas são premissas absolutamente irreais e falsas.

Vejamos a citação bíblica acima:   , Não é bom que o homem esteja só.

Nesse sentido, casamento tem muito pouco a ver com paixão arrebatadora e sexo alucinante.

v  Casamento tem a ver com parceria, amizade, companheirismo, e não com experiências de êxtase.

v  Casamento tem a ver com um lugar para voltar ao final do dia, uma mesa posta para a comunhão;

v  Casamento tem a ver um ombro na tribulação, uma força no dia da adversidade

v  Casamento tem a ver com um encorajamento no caminho das dificuldades, um colo para descansar

v  Casamento tem a ver com um alguém com celebrar a vida, a alegria e as vitórias do dia-a-dia.

v  Casamento tem a ver com a certeza da presença no dia do fracasso, e a mão estendida na noite de fraqueza e necessidade.

v  Casamento tem a ver com ânimo, esperança, estímulo, valorização, dedicação desinteressada.,.

v  Casamento tem a ver com a certeza de que existe alguém com quem podemos contar apesar de tudo e todos;

v  Casamento tem a ver com a certeza de que, na pior das hipóteses e quaisquer que sejam as peças que a vida possa nos pregar, sempre teremos alguém ao lado.

v  Casamento tem a ver com solidariedade, soma de forças para construir um futuro satisfatório

Nesse sentido, não é certo dizer que sem amor nenhum casamento sobrevive, mas sim que sem casamento nenhum amor sobrevive.

ü  Não é certo dizer que sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena, mas sim que sem relacionamento nenhuma paixão vale a pena.

ü  Não é certo dizer que é o sexo apaixonado que dá o tempero para a vida a dois, mas a vida a dois que dá o tempero para o sexo apaixonado.

Outro dia conversava com meu filho a este respeito e lhe disse que  transar com um corpo é fácil demais da conta, mas transar com uma pessoa....

Ø  Quanto mais valiosa a pessoa, mais prazeroso e intenso o sexo.
Ø  Quanto menos valorizada a pessoa, mais banal a transa.

Se pudéssemos resumir a vida a dois, entre um “casal”, um casal BEM SUCEDIDO, de jeito que satisfaça esta citação da Bíblia ai em cima, em três palavras, poderíamos dizer que:

Um casal bem sucedido é um par de amantes.
Um casal bem sucedido é um par de amigos.
Um casal bem sucedido é um par de aliados.

São três letras “A” que fornecem a base de uma relação duradoura.

Amante se escreve com A
Amigo se escreve com A
Aliado se escreve com A

Será coincidência o fato de que todas as três, amante, amigo e aliado, se escrevem com A... A de AMOR?


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes


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