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quinta-feira, 23 de abril de 2015

ATITUDES RENOVADAS

ÍNDICE




Objetivo Do Tema








Reflexão


Em que classe de convidado te encontras?
Reflexiona e decide, porque o banquete de núpcias já começou...
Cuida de renovar tuas atitudes... Agora!!!

Bibliografia Principal


O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Capitulo XI item 10
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Questões
Atitudes Renovadas – Joanna de Angelis
Capitulo I



Bibliografia Complementar


Perdão - O Caminho da Felicidade! – Aulus - Nelson Moraes

Estude e Viva - Emmanuel e André Luiz  - Francisco C Xavier & Waldo Vieira

Encontro de Paz – Espíritos Diversos - Francisco C Xavier

Bastão de Arrimo - Willian - Francisco C Xavier

Pontos E Contos - Irmão X - Francisco C Xavier








Estudo


 


“Efetivamente, não alcançaremos a libertação verdadeira sem abolir o cativeiro da ignorância no reino do Espírito.

[...] Quem aspire entesourar os valores da própria emancipação íntima, à frente do universo e da vida, deve e precisa estudar.” Emmanuel e André Luiz - Estude e Viva



O Perdão Alterando Destinos


Livro: Perdão - O Caminho da Felicidade! – Aulus - Nelson Moraes

Geralmente, quando as circunstâncias nos obrigam a uma convivência da qual não podemos nos furtar, é porque ela é necessária. Geralmente, o período dessa convivência é determinado pelo tempo que nós levamos para compreendê-la.
Se radicalizamos mantendo a indiferença, ou nos posicionamos como adversários, essa convivência pode durar muitos anos, causando-nos muitos contratempos e desgostos. Entretanto, se buscarmos os caminhos do entendimento fraterno, mesmo quando isso nos impõe atitudes fundamentadas na humildade, poderemos abreviar esse tempo e, com certeza, vamos nos poupar de provações desnecessárias e tirar o devido proveito no que diz respeito a nossa participação dessa convivência, dissolvendo as marcas da rivalidade que provavelmente surgiram um dia em uma existência anterior.
Certa vez fui procurado por uma moça que viera sozinha para São Paulo a fim de trabalhar. Alugara um cômodo em uma casa de cômodos onde moravam outras três moças. Ouvi o seu desabafo:
- Estou desesperada! Preciso mudar do lugar onde estou e não consigo. Faz mais de seis meses que estou tentando; quando encontro um lugar que seria o ideal para mim, alguma coisa dá errado. Eu não aguento mais os desaforos que as minhas vizinhas fazem para mim! Elas me odeiam sem motivo. Nunca fiz nada contra elas, não sei o que está acontecendo. Às vezes, fico vagando pelas ruas a fim de chegar tarde em casa para não encontrá-las.
Percebi, claramente, que se tratava de um reencontro de velhas adversárias do passado. A vida estava proporcionando a elas um momento de convivência reeducativa, exigindo atitudes renovadas.
Meditei profundamente sobre o problema da nossa irmã e a orientei de forma a proporcionar-lhe um aproveitamento adequado da oportunidade que a vida estava lhe oferecendo:
- Sei que o diálogo com essas irmãs se torna impossível, mas você pode reconciliar-se com elas através do pensamento...
Novamente prescrevi a velha receita. Passados alguns meses, nossa irmã nos procurou; estava feliz! Emocionada, relatou-nos os resultados:
- Eu fiz exatamente como o senhor mandou! Todas as noites e, às vezes, até durante o dia, eu fiz as mentalizações. O senhor não acredita! Depois de algum tempo, elas mudaram completamente e se tornaram minhas amigas! Logo depois, consegui o lugar que sempre sonhei morar. No dia da minha mudança, elas vieram se despedir e lamentaram a minha partida.
Com certeza, se nossa irmã permanecesse arredia, furtando-se a buscar a solução que a própria situação lhe impunha e continuasse a corresponder à animosidade existente entre elas, essa convivência poderia se arrastar por muitos anos. Entretanto, com a atitude adotada, ela libertou-se rapidamente de uma convivência dolorosa, porém necessária para quebrar os vínculos ainda existentes no subconsciente de cada uma delas.
Os reencontros difíceis não são provocados por Deus a fim de nos punir.
Os registros existentes em nosso subconsciente é que nos levam, automaticamente, a viver as experiências que se tornaram fundamentais para o nosso crescimento espiritual. Onde estamos e com quem estamos é uma exigência das necessidades e merecimentos que compõem o nosso roteiro evolutivo.
O corpo vive em função da força que o espírito imprime sobre ele.
Se as forças do espírito estão debilitadas por alimentar-se de sentimentos negativos, consequentemente, o corpo, refletindo a debilidade do espírito, adoecerá.


Nosso Espelho – Sigmar Gama


"Todos somos indispensáveis uns aos outros, apesar dos erros e sombras que ainda trazemos de nosso passado.” - André Luiz

Certa ocasião ouvi algures de alguém já bastante amadurecido pelos embates da Vida:

"Quando observamos a queda de um semelhante nosso, temos que colocar a nossa barba de molho."

Diz o brocardo: "A ocasião faz o ladrão.”
Ora, todos fazemos parte da mesma sociedade, do mesmo Planeta.
Se reencarnamos no mesmo patamar evolutivo é porque somos cúmplices, devedores da Lei.
A diferença é que muitos já acordaram para os patamares superiores e outros não.
Mas a "farinha" ainda é do mesmo saco.
Jesus admoestou: "Não julgueis, para que não sejais julgados".
(Mateus, 7:1)
O erro do próximo é também parcela do nosso erro. Tudo que nos rodeia é criação nossa através dos milênios.
Nossos ouvidos moucos não estão atentos aos milenares convites do Mais Alto que, em todas as épocas, nos estimulam a sair dos vales para os acumes[1].
Portanto, o semelhante é o nosso espelho.
Temos no próximo o reflexo do somatório de nossos próprios equívocos.
Em se constatando essa realidade, nossa postura frente às questões deve seguir uma dinâmica que nos levará à emancipação e definitiva alforria: o corte definitivo com os pontos de contacto com o pretérito delituoso, mediante atitudes renovadas e vazadas no Evangelho do Senhor.
Faz-se necessário erguer os muros das virtudes ante o assédio de tudo que mina pela base nossos anseios de mais altos voos.
A seguinte página de André Luiz[2] elucida bem a questão:

“Reconheces-te possuído de irritação: Entretanto, quanto mais tolerares a irritação do próximo, mais perto estarás da brandura e da calma”.
Observas-te invadido pela impertinência: Contudo, quanto mais suportares a impertinência do outro, mais perto estarás da tolerância e da compreensão.
Enxergas-te envolvido pelo orgulho: Todavia, quanto mais relevares o orgulho do próximo, mais perto estarás da humildade.
Constranges-te por teres manias e hábitos incômodos: No entanto, quanto mais compreenderes as dificuldades do outro, mais perto estarás da harmonia íntima.
Percebes-te tomado de vaidade: Todavia quanto mais desculpares a vaidade do próximo, mais perto estarás da modéstia.
Notas-te agindo com sarcasmo: Contudo, quanto mais entenderes o sarcasmo do outro, mais perto estarás do comportamento digno e caridoso.
Perante tuas imperfeições não cultives o lamento inútil, nem fujas ao impositivo do autoaperfeiçoamento.
“Compreende sempre os defeitos alheios, na certeza de que todo bem que fizeres ao próximo é um bem que fazes a ti mesmo”.
Observamos, assim, que a estrada da evolução tem mão dupla.
Somente através do caminho da Caridade em todos os seus desdobramentos, conseguiremos nosso desligamento do pretérito delituoso. A exortação de Pedro continua plena de sentido:
“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados. - 1 Pedro 4:8


Ano Novo, Atitudes Renovadas


"Para ser feliz,
próspero,
vencedor,
receber amores e dádivas,
bênçãos e distinções,
podes formular votos,
tecer esperanças,
alinhavar projetos,
enumerar decisões,
vestir cores certas,
brindar à sorte.

Porém,
se no coração,
o homem velho prossegue,
se o ontem ainda te governa,
se melhoras apenas te farão,
mais forte no que te é dispensável,
então prosseguirás,
ano após ano,
imerso no mesmo tempo,
estacionário,
por livre e espontânea vontade,
de um eterno ano velho,
passado."

André Luiz (espírito)


Reflexão


Livro : Atitudes Renovadas – Joanna de ângelis/Divaldo Franco

Se experimentas esse vazio interior, desmotivado para viver ou para laborar em favor do bem-estar pessoal, abre-te ao amor e deixa-te conduzir pelas suas desconhecidas emoções que te plenificarão com legítimas aspirações , oferecendo-te um alto significado psicológico e humano.
Reflexiona, pois, na correria louca para lugar nenhum e considera a vida a oportunidade de sorrir e produzir, descobrindo-te útil a ti mesmo e à comunidade.
Mas, se insistir essa estranha sensação, faze mais e melhor, esquecendo-te de ti mesmo, auxilia outrem a lograr aquilo por que anela, e descobrirás que, ao fazê-lo feliz, preenchido de paz, estarás ditoso também.


O Evangelho Segundo O Espiritismo


Capítulo X I - Amar O Próximo Como A Si Mesmo – Item 10


(...) Hoje, quando o movimento espírita há dado tão grande passo, vede com que rapidez as ideias de justiça e de renovação, constantes nos ditados espíritas, são aceitas pela parte mediana do mundo inteligente. E que essas ideias correspondem a tudo o que há de divino em vós. E que estais preparados por uma sementeira fecunda: a do século passado, que implantou no seio da sociedade terrena as grandes ideias de progresso. E, como tudo se encadeia sob a direção do Altíssimo, todas as lições recebidas e aceitas virão a encerrar-se na permuta universal do amor ao próximo. Por aí, os Espíritos encarnados, melhor apreciando e sentindo, se estenderão as mãos, de todos os confins do vosso planeta. Uns e outros reunir-se-ão, para se entenderem e amarem, para destruírem todas as injustiças, todas as causas de desinteligências entre os povos. (...)


Renovar e Construir - Emmanuel


Livro: Encontro de Paz - Psicografia Chico Xavier

Sentir é essencial.

Não será, porém, apenas sentindo que materializaremos os próprios desejos.

Pensar é básico.

Mas não será exclusivamente pensando que abordaremos a realidade objetiva.

Falar é importante.

Contudo, não será unicamente falando que efetuaremos os encargos que nos competem.

Se conjugarmos, entretanto, emoção, ideia e palavra no trabalho, teremos para breve chegado ao campo da experiência, aquele que nos habilitará em conhecimento e elevação para a Vida Superior.

Isso nos faz refletir quanto à renovação que esperamos de pessoas amadas. Quando não consigam corresponder-nos aos ideais de aperfeiçoamento e grandeza, não será lamentando-as, tão somente malsinando e reprovando-lhes as deficiências que suscitaremos a ascensão delas ao nível desejado.

O pomicultor trata a planta indicada à produção nobre com zeloso carinho.

O arquiteto concretiza o plano da construção com devotamento e vigilância.

Aquele coração ou aqueles corações mais profundamente ligados aos nossos são obras da imortalidade que fomos chamados pela sabedoria da vida a abençoar e burilar.

Se tens contigo alguém que anseias transformar para o bem, silencia qualquer lamentação e cala toda a crítica e, auxiliando quanto possas, ama sempre.

Indulgência é o clima da edificação e da paz.

Além disso, tão só pelo amor e pelo trabalho do amor ser-nos-á possível renovar e construir.


Mensagens De William Machado Figueiredo


Livro: Bastão de Arrimo - Willian - Francisco C Xavier

(...) Há situações onde a palavra falada ou escrita é inexpressiva ou incapaz.
Entretanto, sou o primeiro a reconhecer que precisamos renovar atitudes no caminho de redenção. (...)


O Homem Que Matava O Tempo


Livro: - Pontos E Contos - Irmao X - Francisco C Xavier

Aquelas respostas de Anselmo Figueiredo eram invariáveis.

Convocado à fé religiosa, o rapaz se desviava de qualquer consideração mais grave relativamente à vida. Filhos de pais devotados ao Espiritismo cristão, apesar da assistência carinhosa do genitor e dos comoventes apelos maternais, Anselmo afirmava sempre não haver atingido ocasião adequada.

No seu parecer, o pensamento religioso quadrava tão somente a pessoas avançadas em idade. Entendia que era preciso desperdiçar a mocidade, gastar energias, estontear-se no prazer e, depois, quando chegasse a perspectiva da morte do corpo, resolveria os problemas da fé. Considerava indispensável aproveitar a saúde, para atender a caprichos inferiores.
Não permanecia na Terra? Que fazia a maior parte dos homens? Atendiam a desejos, através de comidas e bebidas, com os jogos e prazeres do tempo.

Falava-lhe o pai amoroso, de quando em quando:

— Anselmo, já não és mais uma criança frágil. Creio que deves refletir maduramente quanto ao nosso destino eterno.

— Ora, meu pai — replicava contrafeito —, lá vem o senhor com as histórias de religião.
Tenha paciência, não lhe pedi conselhos. Quando tiver sua idade, talvez pense nisto. Este mundo é bastante miserável para que se não aproveitem os dias tão curtos da mocidade.

E, depois de gesto irritante, arrematava:

— É necessário matar o tempo.

De outras vezes, comparecia a generosa mãezinha no concerto:

— Meu filho, meu filho, repara que estamos na Terra, de passagem somente. Vamos aprender as lições da fé. Jesus espera-nos sempre com o perdão aos nossos erros.
Anselmo, meu querido, porque não freqüentas conosco a escola de iluminação espiritual?
Seria isto prazer tão grande para tua velha mãe!... Encontraríamos juntos a fonte das águas eternas...

O moço esboçava um sorriso irônico, explicando-se:

— Mamãe, não sou eu criminoso, nem desviado. Creio sinceramente na existência de Deus; mas que quer a senhora? Estou jovem, preciso viver a única ocasião de alegrias na Terra. A senhora e papai estimam os estudos evangélicos, enquanto que eu dou preferência aos cassinos. Que fazer? Não temos culpa, no que concerne às diferenças de predileções. Além disso, como não pode deixar de reconhecer, o período aproveitável da existência é muito enfadonho. É necessário matar o tempo, mamãe!

A pobre matrona suspirava triste e a luta continuava.

Bancário, com remuneração excelente, Anselmo dissipava os vencimentos entre o jogo e os prazeres alcoólicos, comprometendo-se, por vezes, em vultosos empréstimos que o genitor era compelido a resgatar com sacrifícios. Se faltava dinheiro para as extravagâncias, flagelava o coração materno com observações ingratas. E, se os amigos da casa, em visita à família, recordavam ao imprevidente a solução dos problemas da fé, respondia irredutível:

— Que desejam vocês? Observo-lhes o esforço, mas não estimo as tendências religiosas.
Admito que semelhantes impulsos chegam com a idade avançada, ou com a moléstia imprevista. Em sã consciência, coisa alguma exige de mim a manifestação religiosa propriamente dita. Não sou velho, nem sou enfermo. Conseqüentemente, minha conduta é outra. O homem normal e tranqüilo sabe matar o tempo. É o que faço sem perturbar a cabeça.

Após fitar a reduzida assembléia de amigos, como se enfrentasse multidões do mundo, de olhar dominador, Anselmo dirigiu-se ironicamente para uma velhinha simpática, exclamando:

— Que me diz a senhora, Dona Romualda? Acaso, não se aproximou do Espiritismo, em virtude de suas velhas cólicas? Teria pensado em religião antes disto?

A anciã humilde replicava, bondosa:

— Ah! sim, Anselmo, talvez tenhas razão.

— E o senhor, “seu” Manuel — dirigia-se o moço, atrevidamente, a um negociante idoso —, teria buscado o Espiritismo, se não lhe aparecessem as varizes e o reumatismo?

O interpelado, entretanto, que não tinha a paciência de Dona Romualda, respondia firme:

— Mas, meu amigo, é o caso de abençoar as enfermidades. Se é que está esperando por elas a fim de renovar atitudes mentais, formulo votos para que a Providência Divina o atenda breve.

O rapaz esboçava gesto de aborrecimento e dava-se pressa em sair para a rua, murmurando entre os dentes:

— Estou muito distante de tais perturbações e, até que venha ocasião apropriada, matemos o tempo.

De nada valiam observações dos genitores, conselhos amigos, convites fraternais. A qualquer aborrecimento comum, desdobrava-se Anselmo em palavras blasfematórias. Se advertido, mostrava enorme fecundidade por evitar raciocínios nobres, declarando-se em época inoportuna a qualquer cogitação de natureza espiritual. O bilhar, o pano verde, as aventuras do desejo menos digno lhe empolgavam a mente. Convidado inúmeras vezes pela
bondade divina a traçar diretrizes superiores, com ao destino sagrado, Anselmo Figueiredo fugira a todas as oportunidades de iluminação íntima. Preferira as sombras espessas da ignorância a qualquer pequenino serviço de autoeducação. Sua ficha individual na Terra estava cheia de anotações inferiores: ociosidade, libertinagem, negação de atividades úteis.
A qualquer interpelação carinhosa, vinha à baila o velho estribilho: não havia atingido o tempo próprio, sentia-se distante da realização espiritual, aceitava as verdades eternas; entretanto, declarava-se sem a madureza necessária ao trabalho da própria edificação. E assim, o filho do casal Figueiredo atingiu os quarenta e oito anos, sempre se sentindo demasiadamente jovem para aproximar-se do conhecimento divino. Vivera à moda de borboleta distraída, sumamente interessado em matar o tempo.

Contudo, a morte não podia esperar por Anselmo, como os amigos do mundo, e chegou o dia em que o imprevidente não conseguiu abrir as pálpebras do corpo, ingressando em trevas densas, que lhe pareciam infinitas. Percebeu sem dificuldade que não mais participava do quadro terrestre. Sentia-se de posse dos olhos, mas figuravam-se-lhe agora duas lâmpadas mortas. Chorou, pediu, praguejou. Não mais entes amorosos a convidá-lo para o banquete do amor. Não mais a ternura maternal. Todavia, quando o silêncio absoluto não lhe balsamizava as dilacerações da mente em febre, ouvia gargalhadas irônicas, indagações maliciosas e ditos perversos. Nada valiam lágrimas e rogativas. Semelhava-se a um cego perdido em região ignorada, sem família, sem ninguém. Nunca pôde retomar o caminho de casa, ansioso por ouvir agora a palavra dos pais, a observação dos amigos carinhosos. Anos passaram sobre anos, sem que o arrependido pudesse contar o tempo de amarguras.

Houve, porém, um dia em que, após angustiosa prece, entre lágrimas, se fez claridade súbita em sua longa noite. O penitente ajoelhou-se, deslumbrado. Alguém lhe visitava a caverna escura. De repente, na doce luz que se formara em torno, apareceu-lhe a amada genitora a fitá-lo, com extrema doçura.

— Mãe! minha mãe! — bradou o infeliz — socorre-me por piedade!...

Anselmo, em pranto, tentou alcançar a figura luminosa que o contemplava entristecida, mas debalde. A senhora Figueiredo, não obstante se fazer visível, parecia distante. O desventurado procurou correr para atingi-la, ansioso por se retirar das trevas para sempre. A mãezinha devotada, contudo, alçou a destra compassiva e falou emocionada:

— É inútil, por enquanto, meu filho! — Estamos separados pelo abismo que cavaste com as próprias mãos. Há mais de dez anos aguardava ansiosamente este encontro; mas, em que estado lastimável te vejo, filho meu!...

— Querida mãe! — clamou o mendigo de luz —, por que me esqueceu o Senhor do Universo? Abandonado de todos, sou um fantasma de dor, sem o auxílio de ninguém. Por que tamanho padecimento? Por quê?

Enquanto o desditoso arquejava em soluços convulsivos, a genitora esclareceu, triste:
— Deus nunca te esqueceu, foste tu que lhe esqueceste as bênçãos no caminho do mundo. Cuidaste apenas de matar o tempo e o teu tempo agora permanece morto. Trabalha para ressuscitá-lo, meu filho, procurando obter nova oportunidade de serviço, perante a bondade do Senhor.
As lutas do coração desfazem as trevas que rodeiam a alma. Não esqueças a longa estrada que ainda tens a percorrer...

E, antes que Alselmo pudesse formular novas interpelações, a luz espiritual apagou-se devagarinho, voltando à paisagem de sombras, a fim de que o imprudente do passado conseguisse acender a luz da própria alma, com vistas ao porvir.


Saibamos Confiar


Livro: - Vinha De Luz  - Emmanuel - Francisco C Xavier

"Não andeis, pois, inquietos." - Jesus. (MATEUS, 6:31.)

Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade.
O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.
Pede apenas combate ao pessimismo crônico.
Claro que nos achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.
Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos.
Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.
Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.
Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o Sol fulgura no zênite.
Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.
Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.
Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento à cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.
Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis?


Plano de ideias nº 01


Encerramento                                    USE

Somos felizes? Via de regra queremos ser mais felizes
Se ainda não somos o bastante                   Precisamos Renovar nossas Atitudes, para alcançar novos resultados.

A Vida não dá nada a ninguém                     Só devolve o que damos.

O ser humano é o único animal que pensa, e nem sempre reflexiona antes de agir corretamente, condicionado pelos atavismos, nem sempre atendemos a razão ao agir.

Profundamente marcado por hábitos, insalubres e as, vezes perturbadores.

Hábitos, vícios e defeitos - Definir

Ao mesmo tempo, a contribuição do sofrimento trabalhando-lhe o Espírito (a DOR)

Quase todos nós já tivemos a companhia da DOR (Física – Moral – Espiritual) Se a DOR é um fato nesta vida Sofrer é Opção.

O estudo sério e o interesse pela transformação moral e pela aquisição da harmonia encarregam-se de produzir a mudança do comportamento, fenômeno que ocorre com segurança e relativa lentidão.

Enquanto o indivíduo não desperte para a sua realidade de ser integral que é – Espírito, perispírito e matéria – responsabilizando-se pelas mudanças que se devem operar em seu mundo íntimo, a fim de modificar o comportamento, ninguém o poderá auxiliar no trabalho, que é exclusivamente seu.
Desse modo, a renovação moral é pessoal e intransferível.
Conversações obscenas e eróticas, vulgaridades e pessimismo, censuras contumazes e reclamações,

Fadado à plenitude, o processo de iluminação do ser humano é inevitável, cabendo-lhe o dever de estruturar-se nos princípios ético-morais que proporcionam harmonia interior e bem-estar emocional.

Auto eleger-se para ser escolhido em face da autodoação e da entrega ao amor incondicional, é a fatalidade apresentada pela lei do progresso.




Paulo – AMA – TRABALHA – ESPERA – PERDOA


Plano de ideias nº 02

 


Encerramento                                    USE

Somos felizes? Via de regra queremos ser mais felizes
Precisamos nos Reavaliar e Renovar nossas Atitudes

A vida só devolve

O ser humano que pensa, e não reflete, condicionado pelos atavismos, nem sempre atendemos a razão ao agir.

Profundamente marcado por hábitos, insalubres e as vezes perturbadores.

Hábitos, vícios e defeitos - Definir

Ao mesmo tempo, a contribuição do sofrimento trabalhando-lhe o Espírito (a DOR) – Sofrer é Opção

Desse modo, a renovação moral é pessoal e intransferível.

Fadado à plenitude, o processo de iluminação do ser humano é inevitável,

Parabola do Cego de Betsaida

Jesus era mestre porque?

Exemplos  - Frear no Radar

Perdoar 1% do que esta no evangelho

Amar é aceitar








[1] A parte mais elevada; cimo, topo: o cume da montanha. O mais alto grau; auge, apogeu, clímax.

[2] André Luiz/Filho A.B. in "Decisão" Capítulo 36

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