ÍNDICE
Um
trabalho de formiguinha, espontâneo e com simplicidade.
Assim é
o Centro Espírita.
Acolhe.
Consola. Esclarece. Orienta.
“Ditosos
os que hajam dito a seus irmãos: ‘Trabalhemos juntos e unamos os nossos
esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra’, porquanto
o Senhor lhes dirá: ‘Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que
soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que
daí não viesse dano para a obra!’ Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões,
houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão
levados no turbilhão!” – O ESPÍRITO DE
VERDADE – (O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. XX, item 5, “Os Obreiros do Senhor”)
Os Centros Espiritas
“Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se,
permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família
espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um
único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã.” ALLAN KARDEC –(O Livro
dos Médiuns, cap. XXIX, item 334)
O que são os Centros Espíritas
Ø
São núcleos de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho,
praticados dentro dos princípios espíritas;
Ø
São escolas de formação espiritual e moral, que trabalham à luz
da Doutrina Espírita;
Ø
São postos de atendimento fraternal para todos os que os buscam
com o propósito de obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação;
Ø
São oficinas de trabalho que proporcionam aos seus
frequentadores oportunidades de exercitarem o próprio aprimoramento íntimo pela
prática do Evangelho em suas atividades;
Ø
São casas onde as crianças, os jovens, os adultos e os idosos
têm oportunidade de conviver, estudar e trabalhar, unindo a família sob a
orientação do Espiritismo;
Ø
São recantos de paz construtiva, que oferecem aos seus
frequentadores oportunidades para o refazimento espiritual e a união fraternal
pela prática do “amai-vos uns aos outros”;
Ø
São núcleos que se caracterizam pela simplicidade própria das
primeiras casas do Cristianismo nascente, pela prática da caridade e pela total
ausência de imagens, símbolos, rituais ou outras quaisquer manifestações
exteriores; mas e, sobretudo
Ø
são um foco de luz para todos aqueles que buscam auxílio na sua
trajetória terrena.
Missão dos Espíritas
Não escutais já o ruído da tempestade que
há de arrebatar o velho mundo e abismar no nada o conjunto das iniquidades terrenas?
Ah! Bendizei o Senhor, vós que haveis posto
a vossa fé na sua soberana justiça e que, novos apóstolos da crença revelada pelas
proféticas vozes superiores, ides pregar o novo dogma da reencarnação e da
elevação dos Espíritos, conforme tenham cumprido, bem ou mal, suas missões e
suportado suas provas terrestres.
Não mais vos assusteis! As línguas de fogo
estão sobre as vossas cabeças. Ó verdadeiros adeptos do Espiritismo!... sois os
escolhidos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que
deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas
ocupações úteis.
Ide e pregai.
Convosco estão os Espíritos elevados.
Certamente falareis a criaturas que não
quererão escutar a voz
de Deus, porque essa voz as exorta
incessantemente à abnegação.
Pregareis o desinteresse aos avaros, a
abstinência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos, como aos
déspotas! Palavras perdidas, eu o sei; mas não importa. Faz-se mister regueis
com os vossos suores o terreno onde tendes de semear, porquanto ele não frutificará
e não produzirá senão sob os reiterados golpes da enxada e da charrua evangélicas.
Ide e pregai!
Ó todos vós, homens de boa-fé, conscientes
da vossa inferioridade em face dos mundos disseminados pelo Infinito!...
lançai-vos em cruzada contra a injustiça e a iniquidade.
Ide e proscrevei esse culto do bezerro de
ouro, que cada dia mais se alastra. Ide, Deus vos guia!
Homens simples e ignorantes, vossas línguas
se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, que as populações
atentas recolherão ditosas as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de
esperança e de paz.
Que importam as emboscadas que vos armem
pelo caminho!
Somente lobos caem em armadilhas para
lobos, porquanto o pastor saberá defender suas ovelhas das fogueiras imoladoras.
Ide, homens, que, grandes diante de Deus,
mais ditosos do que Tomé, credes sem fazerdes questão de ver e aceitais os
fatos da mediunidade, mesmo quando não tenhais conseguido obtê-los por vós mesmos;
ide, o Espírito de Deus vos conduz.
Marcha, pois, avante, falange imponente
pela tua fé! Diante de ti os grandes batalhões dos incrédulos se dissiparão,
como a bruma da manhã aos primeiros raios do Sol nascente.
A fé é a virtude que desloca montanhas,
disse Jesus. Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem
depositados nos corações dos homens a impureza e todos os vícios que derivam da
impureza. Parti, então, cheios de coragem, para removerdes essa montanha de
iniquidades que as futuras gerações só deverão conhecer como lenda, do mesmo
modo que vós, que só muito imperfeitamente conheceis os tempos que antecederam
a civilização pagã.
Sim, em todos os pontos do Globo vão
produzir-se as subversões
morais e filosóficas; aproxima-se a hora em
que a luz divina se espargirá sobre os dois mundos.
Ide, pois, e levai a palavra divina: aos
grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e
simples que a aceitarão; porque, principalmente entre os mártires do trabalho,
desta provação terrena, encontrareis fervor e fé. Ide; estes receberão, com hinos
de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixarão
a fronte, rendendo-lhe graças pelas aflições que a Terra lhes destina.
Arme-se a vossa falange de decisão e
coragem! Mãos à obra! o
arado está pronto; a terra espera; arai!
Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa
que Ele vos confiou; mas,
atenção! entre os chamados para o
Espiritismo, muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a
verdade.
Pergunta. – Se, entre os chamados para o
Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos
os que se acham no bom caminho?
Resposta. – Reconhecê-los-eis pelos
princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão.
Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis
pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis,
finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de sua
lei; os que seguem sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória;
mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau
para contentar sua vaidade e sua ambição. –
Erasto, anjo da guarda do médium.(Paris, 1863.)
Desafiante
é entender o Espiritismo, sem Jesus e sem Allan Kardec para todos, a fim de que
os nossos princípios alcancem os fins a que se propõem.
Questão de Disciplina
“Se, pois, estais
mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de
ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:
Não toques, não proves, não manuseies?
As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos
e doutrinas dos homens;
As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em
devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor
algum senão para a satisfação da carne.”
- Colossenses 2:20-23
O
problema da disciplina no Centro Espírita é dos mais melindrosos e deve ser
encarado entre as coordenadas da ordem e da tolerância. Não se pode estabelecer
e manter no Centro uma disciplina rígida, de tipo militar.
O
Centro é, além de tudo, um instrumento coordenador das atividades espirituais.
No esquema das suas sessões teóricas e práticas a questão da disciplina é
imperiosa, mas não deve sobrepor-se às exigências do amor fraterno.
Claro
que esse é um problema a ser sempre esclarecido nas reuniões, para que todos
possam ter conhecimento da flexibilidade possível. O simples fato de haver essa
flexibilidade, já tira à disciplina o seu aspecto opressivo.
Essa
mesma dosagem de ordem e tolerância deve ser aplicada a outros problemas, de
maneira a assegurar-se, o mais possível, um ambiente geral sem prevenções, que
muito ajudará na realização dos trabalhos.
Há
pessoas que, por se sentirem mais fortes, decisivas e poderosas que as outras,
embriagam-se com a ilusão do poder, desrespeitando os direitos alheios e
sobrepondo-se, com rompança às opiniões dos outros.
Atitudes
dessa natureza, no meio espírita e no Centro, causam má impressão e
constrangimento no ambiente, fomentado malquerenças desnecessárias. Em se
tratando de Espiritismo, tudo se deve fazer para manter-se um ambiente de
compreensão e fraternidade, sem exageros, tocado o quanto possível de alegria e
camaradagem.
Por
menor que seja, o Centro dispõe sempre de mais de um setor de atividades.
Deve-se fazer o possível para que em todos eles reine um ambiente fraterno, que
é o mais poderoso antídoto dos desentendimentos.
A
disciplina de um Centro Espírita é principalmente moral e espiritual,
abrangendo todos os seus aspectos, mas tendo por constante e invariável a
orientação e a pureza de intenções.
Por
isso a disciplina do Centro não pode ser a dos homens, mas a dos anjos que
servem ao Senhor tatalando no Céu as asas simbólicas da Esperança. Deixemos de
lado a disciplina exigente, para podermos manter no Centro a disciplina do amor
e da tolerância.
Não
lidamos com soldados e guerreiros, mas com doentes da alma. Nossa disciplina
não deve ser exógena, imposta de fora pela violência, mas a do coração. Tem de
ser a disciplina endógena, que nasce da consciência lentamente esclarecida aos
chamados de Deus em nossa acústica da alma. – (Adaptado do Livro o Centro
Espirita de J Herculano Pires)
“Nós
deveremos trabalhar muito pela disciplina na Casa Espírita,mas não podemos
olvidar dos sentimentos, tendo em mente que um grande número de neófitos, que
busca nossa Casa, é constituído por pessoas muito sofridas, que não encontraram
respostas além, e vêm até nós buscando entendimento, cordialidade.” - Divaldo
Pereira Franco
Quem é
O Trabalhador
a)
Compreende a importância da Doutrina
Espírita e os benefícios que ela traz para a Humanidade em geral e para o homem
em particular.
b)
Empenha-se em servir na tarefa de promover
o estudo, a difusão e a prática do Espiritismo, de forma espontânea, voluntária,
consciente e gratuita.
c)
Procura conhecer e estudar, de forma
aprofundada, os ensinos fundamentais da Doutrina Espírita, contidos nas obras
da Codificação Kardequiana, que servem de diretriz para o seu trabalho.
d)
Compreende e respeita as diferenças de entendimento
que possam existir entre companheiros e instituições; destaca, cultiva e
valoriza os pontos afins existentes no trabalho em conjunto; e fortalece os
laços de união pela prática da fraternidade autêntica, para que o trabalho de
difusão da Doutrina seja feito sem retardamento.
e)
Observa que a união fraternal dos
trabalhadores é fundamental para a sustentação da casa espírita onde trabalham;
e que a união das casas espíritas é fundamental para o trabalho que visa
colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviço de toda a Humanidade.
f)
Observa que, no desempenho das atividades
espíritas, o servidor espírita estará sempre a serviço do Cristo, e sob a
orientação dos Espíritos Superiores.
g)
Compreende que a tarefa básica do
trabalhador espírita é a de promover a Doutrina Espírita, com humildade,
desinteresse e sem outro propósito que não seja a prática da Caridade.
h)
Observa que a sua participação no trabalho
de estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita, em benefício de toda a
Humanidade, contribui com o trabalho do seu próprio aprimoramento.
i)
Participa do trabalho espírita com o único
propósito de servir, assumindo com boa vontade e responsabilidade as tarefas
que lhe forem confiadas, sem exigir, sem esperar e sem condicionar sua
participação a atribuições específicas, a cargos, a funções ou a posições de
destaque e reconhecimento pessoal.
j)
Avalia, permanentemente, o seu próprio
trabalho, verificando: ” se está sendo fiel aos princípios da Doutrina Espírita
contidos nas obras básicas de Allan Kardec; ” se está correspondendo aos
investimentos, tanto espirituais como materiais, realizados pela Providência
Divina em seu favor.
k)
Procura colocar em prática o lema vivido
por Allan Kardec: “Trabalho, solidariedade e tolerância”. (Extraído de
“Preparação de Trabalhadores para as Atividades Espíritas”, C.F.N – FEB.) e
l)
Tem chagas abertas pela crucificação diária
que de uma forma ou de outra quase todos nós passamos no curso desta
experiência.
m)
Muitas vezes enxuga as lagrimas e vai
servir, acolhe e consola quando precisava de colo, esclarece e orienta
precisando de norte na vida.
O Visitante
Aquele
que chega pela primeira vez no centro espírita geralmente tem uma série de
dúvidas a respeito do funcionamento da casa. Muitas vezes nem sabe o que irá
encontrar ali, haja visto a grande confusão que há na sociedade sobre o que é e
o que não é Espiritismo.
O Frequentador
O Assistido
Acolhe
Recepcionar
atenciosa e fraternalmente todos que adentram o Centro Espírita é tarefa de
especial importância, que deve ser desenvolvida não por equipes especializadas,
mas por todos que militam naquele espaço de luz.
O Trabalhador
Quem
cuida do cuidador?
O Visitante
Receber
com simpatia e boa vontade aqueles que ainda carregam duvidas a respeito de
nossas Casas e se aproximam para conhecê-las.
O Frequentador
Aqueles
que se habituaram a sombra acolhedora e a água fresca do Oasis, podem cooperar
na manutenção daquele lugar, se forem adequadamente abordados, sem exigências,
descabidas para aquele momento.
“Ajude
sem exigências, para que os outros o auxiliem sem reclamações”
O Assistido
A Casa
Espírita é frequentemente procurada por pessoas desejosas de obter ajuda para a
solução dos problemas com que se debatem.
Buscam
o Templo Espírita, muitas delas, após esgotados os outros recursos e, por isso,
precisam encontrar alguém para expor suas aflições. Suas dificuldades precisam
ser ouvidas com atenção, a fim de se fundamentar uma adequada orientação.
Especialmente
com o frequentador que chega pela primeira vez no Centro, que deve ser
encaminhado ao serviço adequado às suas necessidades.
A
Recepção também coopera com a Divulgação Doutrinária, seja através da
distribuição de mensagens, jornais ou periódicos, seja pelo zelo com que
procuram garantir harmonia do Salão Principal e arredor, coibindo conversas e
manifestações ostensivas, mantendo a ordem e instruindo as pessoas que
participam das atividades da Casa Espírita.
Além
disso, os recepcionistas prestam valioso concurso às demais Coordenações do
Centro Espírita, principalmente na realização de eventos, encontros, palestras,
cursos ou outras atividades relacionadas.
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