Diálogo com os Espíritos
P.
Pode um homem mau, com o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado,
fazer mal ao seu próximo?
R.
Não; Deus não o permitiria.
P.
Que se deve pensar da crença no poder que certas pessoas teriam de enfeitiçar?
R.
Algumas pessoas dispõem de grande força magnética, de que podem
fazer mau uso, se elas forem más, caso em que possível se torna serem
secundadas por Espíritos maus. Não creias, porém, num pretenso poder mágico, que
só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras
leis da Natureza...
P.
Que efeitos podem produzir as fórmulas e práticas, mediante as quais pessoas há
que pretendem dispor do concurso dos Espíritos?
R.
[...] Todas as fórmulas são mera charlatanaria. Não há nenhuma
palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nem talismã, que tenham qualquer
ação sobre os Espíritos, porquanto eles só são atraídos pelo pensamento e não pelas
coisas materiais.
P.
Que sentido se deve dar ao qualificativo de feiticeiro?
R.
Aquele a quem chamais feiticeiros são pessoas que, quando de
boa-fé, gozam de certas faculdades, como sejam a força magnética ou a dupla
vista. Então, como fazem coisas geralmente incompreensíveis, são tidas por dotadas
de um poder sobrenatural...
P.
Têm algumas pessoas, verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contato?
R.
A força magnética pode chegar até aí (poder de curar), quando
secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem,
porque então os bons Espíritos lhe vêm em auxílio [...] Importa desconfiar das
narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito,
a credulidade alheia.
Extraído
de O Livro dos Espíritos, q. 551 a 556, Allan Kardec.
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