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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Das ocupações e missões dos espíritos

Diálogo com os Espíritos




P. Cabe aos Espíritos fazerem alguma outra coisa, que não seja melhorarem-se pessoalmente?
R. Concorrem para a harmonia do Universo, executando as ordens de Deus, cujos ministros eles são.
A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na Terra, porque não há fadiga corporal nem as angústias das necessidades.
P. Os Espíritos inferiores e imperfeitos também desempenham função útil no Universo?
R. Todos têm deveres a cumprir.
Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos serventes de pedreiro como o arquiteto?
P. São permanentes para cada um e estão nas atribuições exclusivas de certas classes, as funções que os Espíritos desempenham na ordem das coisas?
R. Todos têm que percorrer os diferentes graus da escala, para se aperfeiçoarem. Deus, que é justo, não poderia ter dado a uns a ciência sem trabalho, e a outros só a adquirirem com esforço.
P. Já não tendo o que adquirir, os Espíritos de ordem mais elevada se acham em repouso absoluto ou também eles têm ocupações?
R. Que quererias que eles fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício.
P. São incessantes as ocupações dos Espíritos?
R. Incessantes, sim, atendendo-se a que sempre são ativos seus pensamentos, porquanto vivem pelo pensamento... Essa mesma atividade lhes constitui um gozo, pela consciência que têm de ser úteis.
P. Há Espíritos que se conservem ociosos, que não se ocupem em coisa alguma útil? 
R. Há, mas esse estado é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências.
Há, certamente, como há homens que só vivem para si mesmos. Pesa-lhes, porém, essa ociosidade e, cedo ou tarde, o desejo de progredir lhes faz necessária a atividade e felizes se sentirão por poderem tornar-se úteis...


Extraído de O Livro dos Espíritos, q. 558/564, Allan Kardec.

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