Powered By Blogger

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

BREVE RESUMO DA AULA SOBRE – MEDIUNIDADE

 CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO
(1.º ANO DO CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA)
PELO INSTRUTOR: MARCELO STANCZYK

1. introdução

Já falamos sobre o percurso evolutivo atravessado pela nossa essência inteligente (o espírito). Naquele momento descobrimos que a individualidade real e inteligente no homem não é o corpo físico, sendo que este serve apenas como um veículo de manifestação, ou seja, é intermediário para que nós possamos nos relacionar com as pessoas com quem convivemos e com as coisas que necessitamos tanto para a nossa sobrevivência, quanto  com as coisas que necessitamos para nosso aprimoramento pessoal, nossa evolução.
Daquela aula estudamos acerca da composição existencial do ser humano e de todas as coisas, que são:
1. Princípio Espiritual (no homem, espírito);
2. Fluido Intermediário (no homem, perispírito);
3. Corpo Físico.
O corpo físico não foi estudado até este momento. A ciência poderá fornecer subsídios muito mais profundos neste caso que o contido na Codificação Espírita. Entretanto não por isso será o estudo deixado de lado, até porque é matéria de análise detalhada no ano vindouro, quando então se analisarão outros aspectos relacionados com a mediunidade, com perispírito, com espírito.
Estudamos o perispírito não faz muito tempo, entretanto agora será necessária ainda uma análise um pouco mais profunda da que apresentada até o presente momento. E estaremos abrindo um capítulo especial em nossa aula para isso.
Mas existe a mediunidade? ¾ esta seria a pergunta que estaria circulando na cabeça de cada um dos presentes na aula, ao lado de outra não menos importante: ¾ Ora, se ela existe, para que serve?
A aula de hoje tem por objetivo demonstrar a naturalidade das comunicações entre os seres, tanto encarnados com encarnados, quanto dos desencarnados entre si, e, principalmente, dos encarnados com os desencarnados (ou vice-versa).
Para tanto, necessitamos entender algumas coisas que ficam mais próximas de nós encarnados de modo que depois, nos servindo da analogia, poderá ser muito mais fácil a compreensão dos outros aspectos mais profundos que abordaremos.
A primeira pergunta que faremos hoje para entender o tema:
¾ O homem existe sozinho no universo? Isso é possível?

2. Noções Gerais sobre comunicação

Qualquer pessoa que esteja de boa vontade para responder a primeira pergunta de hoje concluirá que o homem não vive e nem tem condições de viver sozinho.
A resposta é óbvia e até mesmo intuitiva. Percebemos que o homem vive em sociedade e a sociedade não tem função alguma se o homem dela não necessitasse. Isso é até claro.
E podemos dizer mais, se percorrermos a história para trás não conseguiremos  de forma alguma descobrir qual o exato momento do surgimento dessa figura (a sociedade). Isso nos leva a crer que o primeiro impulso humano foi se agrupar.
Agora não é momento para um estudo mais apurado sobre a sociedade, a necessidade de sua existência e outros aspectos que são importantíssimos, mas em um futuro não muito longínquo, quanto estivermos estudando as Leis Morais, voltaremos especificamente ao tema de forma mais clara e profunda. O importante é sabermos da necessidade do homem de se relacionar com seu próximo, com seu semelhante, com o mundo, com as coisas e com a vida.
Daí então poderíamos fazer a seguinte questão:
¾ Mas será que esse percurso evolutivo pelo qual passa o espírito e da qual estudamos na semana passada seria possível sem a interação dos seres?
Até utilizando os mesmos argumentos de que nós fizemos uso para a resposta da questão anterior, poderíamos responder essa. Contudo ainda podemos aprofundar um pouco mais no assunto que é relevante para um bom entendimento.
Pergunto eu: ¾ De que forma o homem evolui?
Percebemos vários aspectos entrelaçados no homem:
1. Aspecto moral;
2. Aspecto científico e tecnológico;
3. Aspecto emocional e sentimental;
4. Aspecto volitivo (relacionado ao desenvolvimento da vontade/desejo/querer).
Se quiséssemos poderíamos desfiar uns cem números de aspectos que, na grande verdade, seria apenas desdobramento desses principais.
A evolução do homem se dá pelo aprimoramento, ou seja, produção de melhores condições em cada um desses aspectos. Essa melhoria de condições está intimamente relacionada com aquisição de novos conhecimentos/informações que possibilitem ao ser desenvolver sua própria melhoria. Disso já se poderá entende que o processo de evolução é pessoal e intransferível, mas com certeza depende de um relacionamento entre sujeitos.
Um ponto comum para todos esses aspectos é que para a aquisição de qualquer conhecimento em relação a eles sempre, repita-se, sempre haverá a necessidade da interação entre sujeitos.
Vejamos por um outro ângulo de visão:
Interessante como nunca nos preocupamos com a comunicação em si, e este fenômeno humano é extremamente importante para a nossa existência, como um todo.
Todos os dias nós nos comunicamos com uma série infindável de pessoas e transmitimos variada gama de conteúdos sem que nos apercebamos disso de forma plenamente consciente.
Ensinamos amigos e amigas a fazerem bolos, tortas e outras coisas que guardamos conosco em cadernos de receitas.
Discutimos no trânsito... Comentamos futebol... Aprendemos a tricotar... Como fazemos isso?
Vamos pensar um pouco mais... Nos comunicamos o tempo todo com outras pessoas. E isso é natural para a nossa existência. Criamos uma linguagem (até porque cada país tem a sua língua, não só falada, como escrita e gestual) e dela nos servimos para passar conteúdos.
O conteúdo é uma mensagem que a pessoal escolhe passar para outra, ou seja, aquilo que ela deseja que a outra saiba, ou que deseja que a outra se manifeste a respeito.
Qualquer transmissão de idéias, conceitos, informações, sensações entre duas ou mais pessoas, seja através do meio que for, a isso chama-se comunicação.
Comunicação é importante porque faz com que o conhecimento de uma pessoa seja transmitido a outra pessoa. A comunicação é como a correnteza do rio que leva a água de um a outro ponto. Como no rio que a correnteza produz a movimentação das águas, e essa movimentação possibilita a oxigenação da água, indispensável para a vida dos peixes, assim como a correnteza permite que a água, alcançando locais mais longe, permite a irrigação do solo. A comunicação traz a dispersão de idéias.
A dispersão/disseminação das idéias possibilita o aumento do conhecimento. E a evolução advém da prática do conhecimento adquirido.
Como pensar no mundo de hoje, sem pensar no conhecimento! Na comunicação...
A comunicação é o único meio de se obter informações externas, originárias de outras individualidades (pessoas).
Mas, então, vocês me questionariam:
¾ Como acontece a comunicação?
Vejamos como ela ocorre:
Na comunicação, podemos perceber três figuras :
O emissor;
O receptor;
A mensagem.
Além desses elementos também há outros fatores importantes, que se deve saber:
A linguagem, e
O meio de transmissão.
O emissor é aquele que transmite a mensagem. O emissor conhece o conteúdo da mensagem, escolhe o meio de transmissão e a linguagem para transmitir a mensagem até o receptor.
O receptor é aquele que recebe a idéia. Nem sempre o receptor é a pessoa a quem o emissor desejava transmitir a sua mensagem. Mas, basta receber a mensagem para ser receptor.
O receptor não conhece previamente a mensagem (apesar de algumas vezes saber a respeito do assunto que será tratado, no máximo) e nem tem escolha quanto ao meio de transmissão e a linguagem que se utiliza, mas irá conhecê-la através da transmissão desta, através do meio de transmissão e da linguagem. Como o receptor não conhece a mensagem, se o meio de transmissão e a linguagem não forem adequadamente escolhidos, poderá ocorrer um entendimento equivocado da mensagem.
No diálogo (di = dois) as mesmas pessoas ora são emissores e ora são receptores, trocando informações, a escolha do meio de transmissão e da linguagem é comum.
O meio de transmissão é a forma com que se deseja transmitir a idéia, por exemplo, escrito, falado, mímica. Existem mensagens que possuem condições de ser transmitida de várias formas, por vários meios sem que isso prejudique o entendimento de seu conteúdo.
A linguagem é a "língua" utilizada pelo emissor.
Existem meios de transmissão que possibilitam várias "línguas" diferentes. Por exemplo, o meio escrito possibilita que seja utilizado várias línguas (português, inglês, espanhol, sinais matemáticos). Outros meios não possuem tantas linguagens para o uso na exposição.
Diante do que até agora discutimos, descobrimos que existem dificuldades nas comunicações. Vamos analisá-las?
O grande problema nas comunicações está na escolha do meio de transmissão e linguagem por parte do transmissor, segundo a mensagem que deseja transmitir.
Se o meio de transmissão não é adequado para transmitir sua mensagem, esta pode chegar deturpada em seu destino e comprometer a comunicação. Por exemplo: Se desejamos transmitir a idéia de beleza de um quadro, a mímica não se presta... Se desejamos transmitir uma informação objetiva sem o concurso da forma verbal (escrita ou falada) estaremos com um sério risco de ver-nos mal entendidos.
Outro fator que deve ser analisado é que a linguagem deve ser idêntica, ou senão, o mais semelhante entre o emissor e receptor, a fim de que a mensagem se perca totalmente ou tenha o seu sentido e entendimento levemente alterado.
Como emissor e receptor são seres humanos, que possuem conhecimentos e conceitos diferentes, podem ter, a respeito de uma mesma figura da linguagem ¾ palavra, ou gesto ¾ entendimentos diferentes. Uma palavra sempre mal compreendida é a palavra amor. Ora amor resume um sentimento entre duas pessoas que se querem bem... ora é o sentimento da mãe, do pai, do irmão... ora é a paixão entre dois amantes... ora é a ação de ser beneficente com alguém (o que seria certo se utilizar a palavra caridade), entre outros sentidos, enfim, se não for entendida cada figura, a mensagem pode ser entendida de forma equivocada.
Outras, ainda, podem ser as dificuldades na compreensão da comunicação, como por exemplo a falta de interesse do receptor sobre o assunto da mensagem.
Bom, daí já conseguimos entender um aspecto da comunicação: a comunicação entre encarnados... Mas poderíamos questionar uma coisa: ¾ A comunicação só é possível entre encarnados?
Bem... Sabemos que o encarnado  possui como veículo de comunicação externa o seu corpo físico, enquanto o desencarnado possui como veículo de comunicação externa o seu perispírito.
Como os meios são comuns entre encarnados, a comunicação é comum e facilmente perceptível (desde que nenhum dos envolvidos, emissor ou receptor, possua alguma anomalia física que o impeça de se comunicar). Também entre desencarnados, quando há a sintonia vibratória, existe a percepção, logo a comunicação se dá nos mesmos moldes que a comunicação entre encarnados. Mas se questiona, e quando não há a percepção vibratória, ou, e quanto a comunicação entre encarnado com desencarnado, ela é possível?
Sim...
Existe a possibilidade de percepção entre um encarnado e um desencarnado,  comunicação esta conhecida como mediunidade, assim como existe a possibilidade de percepção entre desencarnado de duas faixas vibratórias distintas, através do pensamento (de forma sutil) e através de outras formas que são semelhantes às formas mediúnicas, mas não se constituem, em mediunidade especificamente.

CENTRO ESPÍRITA ISMAEL
DEPARTAMENTO DE ENSINO DOUTRINÁRIO
AV. HENRI JANOR, 141, JAÇANÃ - S. P.


Nenhum comentário:

Postar um comentário