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segunda-feira, 9 de março de 2009

Reflexões sobre Pedras e Vidraças

LEMBRETE FRATERNO

 

 

“Ser pedra... Ser vidraça... Duas vivências no mesmo aprendizado.”

Anônimo

Jogar pedras ainda é uma ação relativamente fácil, neste orbe em que vivemos, tanto quanto era fácil para aquela multidão que foi dispersa pela força moral de Jesus, nos tempos bíblicos, quando ele exigiu que atirasse a primeira pedra quem não tivesse pecados.

Fazer juízo de valor, tanto quanto atirar pedras, é um apanágio dos que pretendem ser ilibados em sua conduta e perfeitos em sua avaliação. É nesse momento que, na maioria das vezes, o homem aumenta seus compromissos com a Lei de Causa e Efeito, ficando manietado com o passado e comprometido com o futuro.

Ser vidraça está na outra ponta do caminho. É a condição em que, após as experiências necessárias, o homem se condiciona para o testemunho, a passar pelo seu “portal de Damasco”. Ser vidraça é inevitável para quem soube atirar pedras, para quem destruiu por gestos, palavras e ações.

É a Lei de Causa e Efeito seguindo seu curso e que muitos confundem com o “castigo divino”, é o efeito se mostrando de forma que seja perceptível e ofereça a exata dimensão do ajuste, sem o que, não faria sentido.

O Espiritismo nos ensina que temos o livre-arbítrio e, portanto, podemos escolher o nosso caminho e praticar os atos que nos pareçam melhores, mas a importância desse conhecimento é ajustada pela noção de responsabilidade e a certeza da justiça do Pai, está realizada nos binômios: livre-arbítrio e responsabilidade, causa e efeito, pedra e vidraça.

Condenar é um processo doloroso, exige uma consciência irretocável, mas...    Consciências irretocáveis não condenam, elas buscam a compreensão, o lado positivo das coisas. Emmanuel nos classifica a todos como aprendizes e isso é o que somos, estamos aprendendo a viver, a caminhar, a chorar e, principalmente, a valorizar a felicidade de estarmos vivos diante da realidade desse aprendizado.

O vigor das palavras do Mestre Jesus, segundo João 8:11, alimenta sua imortal lição de que somos incompetentes para julgar o nosso próximo, pois isso, nem mesmo ele o fez!

Em nosso dia-a-dia, estamos defrontando situações delicadas que nos levam à reflexão: Será que o homem não consegue visualizar o verdadeiro sentido da justiça? Será que é tão difícil perceber que não existe impunidade? Pode haver a sensação de que ela existe, mas essa sensação é mais um produto de nossa cegueira. A Lei de Causa e Efeito é um instrumento universal da moral divina, é a presença de Deus, não porque ela pune, mas porque ela resgata, regenera, modifica e não existe como dela escapar, pois está implantada na consciência e não nos artifícios humanos.

Assim, o melhor é não atirar pedras, mesmo para os explicitamente culpados. Isso está muito claro em outra pétrea lição de Jesus, quando, nas dores do madeiro em que foi crucificado, implorou ao Pai que perdoasse os seus algozes, principalmente porque eles não sabiam o que estavam fazendo.

 

Assaruhy Franco de Moraes

 

O Boletim

Ano 50- Nº 607 — Junho/2008

Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Maia de Lacerda, 155, Estácio, Rio de Janeiro — RJ

CEP 20250-001

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