A ilusão é uma marca quase que registrada do mundo em que vivemos.
Temos grande facilidade para nos iludirmos com as situações, por vezes chegamos a ponto de considerar que os outros são os motivos de nossa infelicidade. Exclamamos: Ah, se eu conhecesse ele antes certamente não teria me casado!
Em época de eleição não é diferente, ficamos no aguardo do Salvador da Pátria, alguém que com poderes mágicos ditará rumos gloriosos ao nosso país. Iludimo-nos novamente, esperamos mudanças do governo, cruzamos os braços, não alteramos nosso comportamento e exclamamos: Ah, se eu soubesse que ele nada faria não teria o meu voto!
Dia desses escutei o comentário de um pai infeliz com a postura de seu filho:
- Dei de tudo a esse garoto, melhores escolas, melhores roupas, lazer, cultura e olha o que aconteceu, tornou-se a ovelha negra da família!
Pai iludido que se recusa a enxergar a realidade dos fatos negligenciou que a criança necessita muito mais do que boas escolas e roupas de “marca”, carinho, afeto, compreensão e repreensão quando necessário fazem parte da boa educação.
O iludido sempre deposita suas frustrações em ombro alheio.
Outro dia uma amiga retirou-se da instituição religiosa que freqüentou por 20 anos – motivo: mais uma vez ela – desilusão com as pessoas.
Esperou demais dos outros, colocou fardo pesado na fragilidade humana e o resultado não poderia ser outro: dor, sofrimento e desilusão.
Temos que considerar: O ser humano é suscetível a equívocos, e se creditamos responsabilidade em demasia nos outros, a decepção poderá não tardar a chegar.
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